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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não está em discussão a qualidade de José Mourinho como treinador. Como já referi várias vezes aqui no Camarote Leonino, tive ocasião de o conhecer pessoalmente nos seus primeiros dias em Alvalade, em 1993, era ele ainda um mero intérprete para o malogrado Sir Bobby Robson. Fiquei com má impressão dele na altura, disposição que nunca se alterou ao longo dos anos.
Dito isto, respeito-o como técnico de futebol e louvo os seus feitos ao longo da sua brilhante carreira. Entre os muitos títulos que já conquistou, dou destaque, e sempre dei, às conquistas da Taça UEFA e da Liga dos Campeões, em épocas consecutivas, ao serviço do FC Porto. Nem sequer evoco os títulos nacionais, mas esta proeza europeia é de uma dimensão nada menos do que espectacular.
Entre muito mais, sempre foi um mau perdedor, por vezes com um comportamento excessivamente grosseiro. Caso hajam dúvidas, basta perguntar ao Rui Jorge, entre outros.
Assisti ontem à disputa da Supertaça Europeia entre o Real Madrid e o Manchester United e acho que os 'espanhóis' foram justos vencedores. Houve um período de cerca de meia hora durante a primeira parte, que os 'red devils' levaram um autêntico banho de bola. Também não vi decisões algumas da arbitragem com influência no resultado. Contrário ao que José Mourinho contestou depois do jogo, até directamente ao árbitro no centro do terreno, o golo de Casemiro, na minha opinião, não é irregular. Ele está em linha com o último defesa no momento do passe. De igual modo, também não tomei nota de decisões do juiz, com influência no jogo, a favorecer Cristiano Ronaldo. No entanto, o treinador luso teve isto para dizer:
"Se houvesse vídeo-árbitro e fosse um bom vídeo-árbitro, teríamos outro resultado. Sei que ao intervalo vi que era claramente fora de jogo", referiu, em alusão ao golo inaugural, marcado por Casemiro em suposta posição irregular.
Também na zona de entrevistas rápidas, pouco depois, foi ainda mais incisivo nas críticas: "Quando o Cristiano Ronaldo entrou, o árbitro prestou-lhe vassalagem, ele merece vassalagem mas não do árbitro. O Cristiano foi super inteligente e super experiente e o árbitro a prestou-lhe vassalagem".
O facto de ter oferecido a medalha que lhe foi entregue pelo presidente da UEFA a um adepto, não obstante a tentativa a justificação da sua parte, apenas acentua esta sua postura de mau perdedor.
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