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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Rui Patrício
Hoje à tarde quando Rui Patrício subir ao relvado do Jamor, na memória de muitos sportinguistas estará a final da Taça de Portugal com o SC Braga em 2015, a reviravolta épica no marcador, o empate no prolongamento e aquela série vertiginosa de remates da marca grande penalidade.
No momento dos penalties, apesar de estar fisicamente limitado, Rui Patrício nunca se intimidou e olhou inquiridor para o adversário, procurando sempre que ele assumisse a iniciativa. Aguardar até ao último milésimo de segundo foi um jogo psicológico que confundiu os bracarenses. Estes, com as pernas a fraquejar depois do sofrido percurso desde o meio do campo e um estádio inteiro com os olhos postos neles, esperavam que o guarda-redes se denunciasse por um breve movimento. O keeper leonino, do alto do seu metro e noventa, fez orelhas moucas e aguentou o braço de ferro enquanto “escondia” a baliza.
Só Alan é que o conseguiu enganar. Confiante, ele sabia que alguma vez os marcadores chutariam com menos força ou revelariam a direcção do pontapé. Então, num ápice, num movimento felino no instante do remate, qual predador, ávido, Rui Patrício agarrou a bola ou afastou-a do risco fatal. Subitamente, ficou tudo consumado. A competência técnica e emocional de Rui Patrício transformou-o no herói do jogo e, numa correria louca desde o meio do campo, os companheiros de equipa apressaram-se para o vitoriar e gritar o seu nome.
Foi assim que tudo se passou naquela final da Taça de Portugal, no mítico Estádio Nacional, entre o guarda-redes do Sporting e os jogadores do Braga que se aproximaram da marca de grande penalidade.
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