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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O prestigiado jornal inglês The Guardian divulgou a lista anual dos 60 maiores talentos do futebol mundial, na qual consta o nome de Joelson Fernandes do Sporting CP.
O avançado de 17 anos, em Julho passado, tornou-se no terceiro jogador mais jovem de sempre a jogar pela equipa principal do Sporting.
Pode rever a lista completa do jornal inglês aqui
Optei, deliberadamente, por não comentar as recém-declarações de Adrien Silva em entrevista ao jornal britânico The Guardian, assim como a reacção de Bruno de Carvalho à mesma, sem primeiro ter oportunidade de ler muito cuidadosamente a publicação original, obviamente em inglês.
No epicentro da entrevista, como não podia deixar de ser, o todo do episódio que acabou por afastar Adrien dos relvados durante cerca de seis meses. A agonia e a frustração que o antigo capitão do Sporting sentiu durante aquele período de muita incerteza quanto ao seu futuro imediato, nomeadamente a sua dificuldade em compreender os regulamentos e a eventual decisão da FIFA, ao não aceitar o recurso do Leicester City.
Na fase ainda preliminar do processo, Bruno de Carvalho fez a seguinte declaração:
"A transferência de Adrien está completa. Espero claramente que o Leicester o consiga inscrever".
Instado a comentar este cenário pelo jornalista Stuarte James, do acima referido jornal, Adrien respondeu assim:
"Frustrado? Com o Sporting não. Com o presidente sim, o que são coisas diferentes. Acredito que ele tentou proteger o seu clube. Mas no futebol, quando se representa um clube, é mais importante proteger a pessoa ou o jogador".
A minha interpretação das afirmações citadas é diferente do que tem merecido atenção mediática em Portugal.
Ora vejamos... ficamos com a ideia que a entrevista foi conduzida inteiramente em inglês, não sendo claramente a expressão mais eloquente de Adrien Silva. A mensagem que ele pretendeu passar foi de fazer sentir toda a sua frustração no momento crucial do processo e as palavras de Bruno de Carvalho deixaram a ideia que o Sporting estava a "lavar as mãos" totalmente do caso, numa altura em que Adrien sentia que precisava do apoio de tudo e de todos para poder resolver o imbróglio de modo a que lhe fosse concedida autorização para jogar imediatamente.
Ainda, pretendeu comunicar não o que foi tradudizo à letra, mas sim o sentimento de que quem dirige um clube e mesmo agindo em defesa dos seus interesses, não pode perder de vista que está a lidar com seres humanos, que são os jogadores.
Por sua vez, Bruno de Carvalho assume uma longa narrativa, como é seu hábito, em resposta à entrevista, começando por afirmar:
"Uma entrevista que espero esteja mal traduzida, pois ouvir que Adrien está desiludido comigo é para rir ou chorar, dependendo do estado de espírito".
O que está sobre a mesa não é uma questão de "tradução", mas sim de interpretação. O presidente do Sporting deveria ter reflectido a essência das declarações de Adrien Silva e compreender o seu contexto, antes de publicar uma resposta na sua página de Facebook.
No que diz respeito ao Sporting Clube de Portugal, Adrien Silva não vacilou com o seu reconhecimento:
"Na despedida, todos os anos que lá passei vieram-me à memória e, por isso, foi muito sentimental. O Sporting fez-me jogador, mas também homem e, por isso, terá sempre um lugar especial no meu coração".
Ainda recuou uns anos para lembrar o episódio em que José Mourinho persuadiu-o, assim como a Fábio Ferreira e Ricardo Fernandes a visitar o Chelsea:
"Foi um momento estrondoso para mim, ainda um jovem. Ter este clube interessado em mim e com José Mourinho a ir a Lisboa falar comigo. Após a nossa visita ao Chelsea e em conversa com os meus pais, foi decidido que o melhor para o meu futuro seria o Sporting, e assim foi".
Os outros dois jovens acabaram por permanecer quatro anos em Inglaterra, sem jogarem um único jogo pelo Chelsea.
A melhor fotografia do Campeonato do Mundo 2014, mediante a eleição pelo
conceituado jornal inglês "The Guardian". Um momento especial
entre Miguel Herrera, seleccionador do México,
e o guarda-redes Guillermo Ochoa.
Mas a minha preferida é esta:
O salto "mortal" de Arjen Robben, que levou à crucial grande penalidade
assinalada pelo árbitro português Pedro Proença.
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