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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O painel do "Tribunal O Jogo" composto pelos três antigos árbitros Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós, pronunciou-se sobre os lances principais do encontro entre a Académica e o Sporting, a contar para a 1.ª Jornada da I Liga, edição 2014/15:
34' - Jogada em Jefferson toca na bola com o braço na área do Sporting
Os três ex-juízes concordam que houve "movimento deliberado" por parte de Jefferson, passível de grande penalidade e cartão amarelo.
42' - Olascuaga cai na área do Sporting em lance com Jefferson
Apenas Jorge Coroado entende que Jefferson tocou "objectivamente" na perna esquerda de Olascuaga, e que ficou uma grande penalidade por assinalar. Os outros dois elementos não verificam causa para o castigo máximo.
45' - O primeiro cartão amarelo de William Carvalho
Todos são da opinião que foi uma decisão acertada do árbitro, em que William foi "impudente" ao tocar por trás em Rui Pedro.
51' - Lance em que Heldon cai na grande área da Académica
Unânimes em que ficou uma grande penalidade por assinalar. O jogador da Académica, Lago, não se preocupou com a bola, apenas procurou "travar" o movimento de Heldon e "impedir a sua progressão", derrubando-o.
66' - Segundo cartão amarelo de William Carvalho
Unanimidade novamente, em que o cartão foi bem mostrado. William "rasteirou e derrubou" Rui Pedro.
O painel do Tribunal O Jogo - constituído pelos antigos árbitros Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós - é unânime ao considerar positiva a decisão de assinalar falta de João Meira sobre Carlos Mané na área do Belenenses, no lance que acabou por resultar no único golo da partida. A opinião também é absoluta naquele que terá sido o maior erro de Cosme Machado: a expulsão de Marcos Rojo que, no entender do Tribunal, deveria ter visto apenas o cartão amarelo.
Jorge Coroado: Rojo foi intempestivo na falta, que justificaria a exibição do cartão amarelo e não do vermelho. Árbitro foi iludido pelo espectáculo de Rojas.
Pedro Henriques: Rojo entra em tackle deslizante e de forma imprudente. Entrada dura, mas não foi uma falta grosseira, razão pela qual deveria apenas ter sido advertido.
José Leirós: É um contacto aparatoso, mas Rojo não utilizou o pé nem a sola para atingir o adversário. Tackle perigoso que devia ter sido punido apenas com amarelo.
Os três elementos concordam que Cosme Machado cometeu alguns erros para os dois lados e que teve falhas disciplinares, mas que a sua actuação não teve influência no resultado.
E é perfeitamente natural que assim seja, tanto na vida como no futebol, e especialmente neste, em relação à arbitragem. Assente neste raciocínio, já esperava diferenças de opinião sobre a actuação de Pedro Proença no embate de quarta-feira entre o Benfica e o FC Porto, mas não tanto como acabo agora de verificar.
Os antigos árbitros Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós - os elementos que constituem o painel do "Tribunal O Jogo" - apenas estão de acordo em três lances do jogo: que a falta de Siqueira sobre Defour não justificava o primeiro cartão amarelo e que a outra falta sobre Quaresma que resultou na expulsão do jogador é bem ajuizada. Por fim, que a entrada de Quaresma sobre Maxi Pereira aos 22' foi merecedora de cartão amarelo.
Não estão de acordo sobre o lance da grande penalidade, sobre as expulsões dos treinadores e ainda sobre a expulsão de Ricardo Quaresma aos 88'.
Não é ocorrência frequente eu estar em sintonia com José Leirós, mas não há regra sem excepção e a sua análise sobre a arbitragem de Pedro Proença coincide com a minha. Partilhamos da mesma opinião sobre o lance da grande penalidade, em que ele afirma:
«Não se vê um empurrão, não se vê uma rasteira, não se vê um pontapé na perna. Não há carga ilegal, não houve grande penalidade.»
Também concordo com a sua apreciação da situação que precipitou a expulsão de Quaresma:
«Só Proença pode explicar o inexplicável. Quaresma não foi punido pela falta. Depois, apenas falou com o árbitro queixando-se de ter levado cotoveladas. Foi expulso com crueldade.»
A análise do jogo entre o Sporting e o V. Guimarães pelos antigos árbitros que constituem o painel do "Tribunal O Jogo": Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós.
Unânimes nos quatro lances de maior relevância do jogo:
48' - O golo de Marcos Rojo foi bem validado, uma vez que os dois jogadores do Sporting que se encontravam em posição irregular não interferiram ou perturbaram a jogada.
50' - Slimani devia ter visto o segundo cartão amarelo por simulação.
60' - O golo de Fredy Montero deveria ter sido validado, dado que ele parte de posição regular, com pelo menos dois adversários a colocá-lo em jogo. O árbitro assistente estava desatento e desconcentrado.
69' - A entrada de Adrien Silva sobre Marco Matias foi deliberada e era merecedora de cartão vermelho directo.
Nota: Slimani viu cartão amarelo, por simulação, aos 5 minutos. No total, o V. Guimarães viu 4 cartões amarelos e o Sporting 3; além de Slimani, Rojo aos 58' e Adrien Silva aos 81 minutos.
O painel do "Tribunal O Jogo", constituído pelos ex-árbitros Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós, é unânime nos lances do jogo que lhe foi apresentado para apreciar:
45 minutos - Adrien e Fernando Alexandre embrulharam-se na grande área do Sporting.
Todos concordam que a decisão de Paulo Baptista em não assinalar grande penalidade foi correcta, dado que o jogador da Académica deixou-se cair quando sentiu as mãos de Adrien nas costas.
52 minutos - Sporting reclama grande penalidade por braço de João Rocha na bola.
Unânimes novamente, em que o jogador jogou a bola com a cabeça e não com o braço. Decisão correcta.
69 minutos - Haliche desviou a bola com o braço direito na grande área da Académica.
Opinam os ex-árbitros que ficou por marcar uma grande penalidade a favor do Sporting, que tanto o árbitro como o árbitro auxiliar não assinalaram.
90 + 2 minutos - William Carvalho é admoestado com cartão amarelo por falta sobre Djavan.
Unanimidade entre os elementos do painel, em que William Carvalho obstruiu deliberada e desnecessariamente o jogador da Académica. Jorge Coroado ainda opina que embora a falta tivesse existido, foi algo forçada por Djavan, que numa outra altura do jogo não teria caído.
O lance em que Jefferson acabou lesionado não foi apresentado ao painel para apreciação. Em análise global, entendem os três ex-árbitros que a prestação de Paulo Baptista foi prejudicada pela grande penalidade a favor do Sporting que não foi assinalada.
O painel de ex-árbitros do "Tribunal O Jogo" são unânimes nos dois principais lances do jogo entre o FC Porto e o Marítimo:
1.º lance aos 57 minutos: Igor Rossi empurra Carlos Eduardo na área do Marítimo.
Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós concordam que Igor Rossi carregou o jogador portista à margem das leis e que ficou uma grande penalidade por marcar a favor do FC Porto.
2.º lance aos 90+3 minutos: Jogada que envolve Igor Rossi e Ghilas, em que o avançado portista cai na área.
Unanimidade novamente aqui, em que Igor Rossi agarrou, puxou e derrubou Ghilas, grande penalidade bem assinalada pelo árbitro Manuel Mota e bem exibido o cartão vermelho.
O painel de ex-árbitros não foi unânime na abordagem a quatro principais lances do jogo entre o Penafiel e o Sporting para a Taça da Liga:
1.º lance aos 48 minutos: Após canto de Jefferson, a bola vai ao braço de João Pedro na área.
Tanto Jorge Coroado como Pedro Henriques concordam que o defesa penafidelense desvia a trajectória da bola de forma deliberada e que ficou uma grande penalidade por assinalar. Já José Leirós entende que a bola vai ao braço de João Pedro, sem este fazer movimento deliberado.
2.º lance aos 51 minutos: Wilson Eduardo é considerado em posição de fora de jogo quando se isola a passe de Cédric Soares.
Os três elementos do painel são unânimes neste lance. Decisão errada do árbitro auxiliar Sérgio Serrão, que estava mal colocado. Wilson Eduardo encontrava-se em posição legal.
3.º lance aos 80 minutos: O árbitro Marco Ferreira assinala grande penalidade por falta de Fábio Ervões sobre Eric Dier.
Discórdia novamente entre os três elementos: Pedro Henriques e José Leirós entendem que a disputar o lance, Ervões toca na perna e derruba Eric Dier. Jorge Coroado, no entanto, considera que "o jogador inglês enganou o árbitro", não havendo motivo para grande penalidade.
4.º lance aos 83 minutos: Adrien desvia a bola na área do Sporting e jogadores do Penafiel reclamam grande penalidade.
Unanimidade neste lance: Adrien jogou a bola com a anca e não com o braço.
Desconheço se o antigo árbitro José Leirós é adepto do Benfica, mas sei que surge frequentemente a favorecer o clube da Luz com as suas opiniões, em oposição ao seus colegas do Tribunal O Jogo. Neste caso concreto, não é a equipa "encarnada" que está em discussão, mas o efeito é quase o mesmo. Recorde-se que foi este o elemento do painel do diário desportivo que elogiou a arbitragem de Duarte Gomes no "derby" para a Taça de Portugal, que, por si, diz muito.
Consequentemente, não surpreende que perante a pergunta: «Foi bem anulado o golo de Slimani por alegado empurrão a Miguel Rodrigues ?», ele tenha respondido assim:
"Há dois empurrões pelas costas, o primeiro de Monteiro (a Marçal) no cruzamento inicial e, depois, o de Slimani antes de cabecear. Perante duas faltas consecutivas, o árbitro puniu a que viu, anulando o golo."
Jorge Coroado: "A falta assinalda não se justifica. Admitia-se que o tivesse feito relativmente à cometida por Montero sobre Marçal momentos antes, o que não sucedeu."
Pedro Henriques: "Montero usa os braços mas não derruba Marçal nem o tira da jogada, e Slimani, ao saltar, não empurra o seu adversário; apenas tem um ligeiro contacto com Miguel Rodrigues, mas não o tira da jogada nem o desequilibra."
O outro lance mais em discussão que envolve a falta cometida sobre Jefferson. Os pareceres dividem-se de semelhante modo:
Jorge Coroado: "O árbitro não agiu em conformidade: Mexer deveria ter sido sancionado com livre directo e a exibição de um cartão amarelo."
Pedro Henriques: "Foi uma entrada fora do tempo e imprudente sobre Jefferson. O árbitro deu, e bem, a lei da vantagem, mas depois não advertiu o infractor na primeira interrupção do jogo."
José Leirós: "O grito ouviu-se no relvado, ms foi apenas um contacto ligeiro no pé de Jefferson, e na disputa da bola. O árbitro decidiu correctamente."
Os três elementos do Tribunal "O Jogo" são unânimes que o árbitro Bruno Esteves esteve mal em não expulsar Rúben Ferreira pela agressão a Diego Capel:
Jorge Coroado: Há agressão de Rúben Ferreira ao jogador do Sporting. A falta devia ser punida com livre directo e cartão vermelho ao jogador do Marítimo.
Pedro Henriques: Agressão nítida e deliberada de Rúben Ferreira, ao dar com o braço no rosto de Capel depois de a bola já não estar naquela zona. Ficou um cartão vermelho por exibir.
José Leirós: Rúben Ferreira de forma deliberada dá uma cotovelada em Capel. Uma conduta violenta passível de livre directo e cartão vermelho.
A disciplina, segundo o Tribunal "O Jogo", foi um dos aspectos em que Bruno Esteves esteve em pior plano. Tecnicamente, Jorge Coroado aponta o dedo aos dois penálties assinalados - discorda que tenham sido faltas - e a outro que terá ficado por marcar, a favor do Sporting, aos 64 minutos.
Concordo que existe margem para discussão quanto às duas grandes penalidades assinaladas, mas discordo que tenha havido uma terceira por marcar. No lance em questão, o jogador do Marítimo faz-se à bola com os braços atrás das costas e juntos ao corpo, e muito embora a bola vá ao braço, entendo que não houve um movimento deliberado dos braços.
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