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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Ao que consta, o Vitória de Guimarães não tem nos planos exercer o direito de preferência e exclusividade na compra do passe do extremo Gonzalo Plata, assegurado no âmbito da transferência de Edwards para o Sporting.
O Sporting tenciona fazer um bom negócio com a futura venda do extremo e a Direcção presidida por António Miguel Cardoso assume que não terá capacidade financeira para igualar a melhor oferta, sendo irrelevante para os minhotos, a notícia de que o Valladolid, clube ao qual se encontra emprestado o internacional equatoriano, abdicará de accionar a opção de compra fixada em dez milhões de euros, conforme anunciou publicamente o director desportivo Fran Sánchez ainda no começo de Fevereiro.
O mesmo direito de preferência para a transferência definitiva de Gonzalo Plata, a partir de 2022/23, será válido para outros jogadores do Sporting caso não seja exercido o do equatoriano, mas essa opção apenas será considerada pelos responsáveis vitorianos se não implicar um investimento avultado. A contenção de custos passará a marcar a gestão do clube e a nova equipa directiva não quer abrir excepções.
Entretanto, recorde-se, Gonzalo Plata, de 21 anos, tem contrato com o Sporting até Junho 2023 e o seu futuro está longe de ser definido.
Algumas considerações de Rúben Amorim merecedoras de destaque...
O que espera do jogo? Sporting não sofre golos há três encontros...
"Não sofrendo golo costumamos marcar sempre, tirando o recém-jogo do Manchester City. Costumamos sempre marcar e estamos sempre mais perto de vencer. É a forma como atacamos, como preparamos transições... o foco não é não sofrer golos, é marcar, jogarmos bem, defendermos bem. A maior parte das vezes precisamos de estar concentrados porque defendemos subidos, e mantendo a baliza a zero estamos mais perto de vencer os jogos".
Diferenças entre Ajax que venceu Sporting e que perdeu contra o Benfica. Como está o kickboxing?
"Não vi os jogos, mas o Benfica eliminou uma grande equipa, contra um país com o qual estamos em confronto relativamente aos pontos. Em relação ao kickboxing, é um hobby. Não tenho redes sociais, mas o Pedro [Kol] meteu o vídeo nas dele. Não tenho muito jeito para aquilo e detesto correr, acho que já corri muito durante a carreira e aproveito esses momentos para aliviar a pressão".
Hugo Viana apontado a director desportivo do PSG...
"A obrigatoriedade do director desportivo depende muito dos resultados e de como está estruturado o clube. No nosso caso, ele é imprescindível e a ligação que tenho com ele vem muito além do trabalho, é como se fosse um familiar. Trabalhamos em prol do Sporting, só pensamos no clube, a forma como ele não requer atenção e está sempre pronto a ajudar o treinador e a estrutura a tornar a equipa muito mais forte... tem sido crucial. Para nós é imprescindível, em relação aos outros clubes cada um tem a sua forma de trabalhar, que têm managers que tratam de tudo, mas aqui não. Faz o trabalho como ninguém".
Densidade competitiva vai diminuir. É mais complicado gerir egos, agora que todos querem jogar? Há algum jogador indisponível?
"Matheus Reis teve um problema no pé mas recuperou, de resto está tudo bem, mas ainda temos um treino. Em relação aos egos, o Sporting está em primeiro lugar. Eles sabem que têm todos hipótese, mas que têm de trabalhar porque todos os outros podem jogar. Eu fui sempre aquele que era polivalente e trabalhava e ficava para segundo plano, mas sempre vivi bem com isso. Não vou recompensar quem tiver ego grande, mas sim quem trabalha. Não há qualquer problema. A melhor equipa vai jogar, porque eles sabem que isso não significa que ninguém é melhor que o outro. Eles entendem isso com naturalidade".
Nomeações da Secção Profissional do Conselho de Arbitragem da FPF para os jogos da 27.ª jornada da Liga Bwin:
Vitória SC-Sporting CP
Árbitro: Fábio Veríssimo
Assistentes: Pedro Mota e Nuno Pereira
4.º árbitro: Flávio Lima
VAR: Bruno Esteves
AVAR: Pedro Martins
Boavista FC-FC das Antas
Árbitro: Artur Soares Dias
Assistentes: Rui Licínio e Paulo Soares
4.º árbitro: João Gonçalves
VAR: João Pinheiro
AVAR: Tiago Costa
SL Benfica-Estoril Praia
Árbitro: Nuno Almeida
Assistentes: André Campos e Pedro Felisberto
4.º árbitro: Marcos Brazão
VAR: Hugo Miguel
AVAR: Ricardo Santos
O Sporting alcançou este sábado um triunfo manifestamente expressivo diante do Vitória de Guimarães, em jogo referente à oitava jornada da Liga Betclic. Os leões venceram, por 99-62, liderando sempre o marcador: 34-10 (1.º período), 27-24 (2.º); 16-16 (3.º) e 22-12 (4.º).
Travante Williams foi o melhor marcador da equipa leonina com 20 pontos.
Para o Sporting, o triunfo diante dos minhotos é o sexto no campeonato, em sete jogos, sendo que tem uma partida em atraso diante do Benfica, agendada para janeiro. Os leões ascendem provisoriamente ao segundo lugar, esperando pelos resultados do Imortal (defronta ainda hoje o CAB Madeira) e do Benfica (joga este domingo no reduto do Póvoa), equipas que iniciaram esta ronda à sua frente, ainda que todas com os mesmos pontos.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Vitória de Guimarães da 10.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória leonina por 1-0. Golo de Sebastián Coates (31').
Ao contrário de outros tempos ainda recentes, o Sporting não vacilou no momento que podia passar para a frente da classificação da Liga (num empate pontual com o FC Porto). Se o ataque conseguisse apresentar a mesma qualidade do seu sector defensivo, estaria seguramente no top cinco das melhores equipas da Europa. Os nossos avançados terão que fazer treinos específicos com o Seba, ele ajudará a que falhem menos. Três golos cantados incrivelmente desperdiçados... (Pedro Gonçalves, Matheus Nunes e Paulinho) colocaram a equipa desnecessariamente em maus lençóis nos minutos finais do jogo. E, claro, como é hábito, quem não falhou foi o nosso capitão Sebastián Coates.
DESTAQUE - SEBASTIÁN COATES (CAP) - 5 - Foi o elemento que manteve sempre o melhor discernimento durante os 95 minutos de jogo. Imperial a defender com soberbos cortes de tirar a respiração, sempre no sítio certo, comandou a equipa com grande mestria mantendo os colegas tranquilos a fazerem o seu trabalho com tino na cabeça. Depois o habitual... num pontapé de canto voltou a marcar numa entrada fulgurante aproveitando o excelente desvio do Paulinho na bola, numa jogada bem ensaiada tal como aconteceu na Turquia frente ao Besiktas.
ANTONIO ADÁN - 5 - Esteve fantástico em lance de difícil defesa nos primeiros minutos do jogo; a sua actuação foi determinante para a confiança da equipa em toda a partida. Não é fácil bater o gigante guarda redes do Sporting.
PEDRO PORRO - 4 - Voltou a mostrar boa dinâmica, principalmente durante toda a primeira parte, executou bons lances com triangulações rápidas ligando bem o jogo com os médios e avançados, mas voltou a falhar na decisão do último passe quase sempre por precipitação.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Cumpriu com as principais tarefas defensivas e experimentou algumas vezes o seu bom passe longo a procurar a profundidade nas costas da defesa dos vimaranenses, mas nem sempre com o mais desejado critério. Ainda não tem a confiança totalmente recuperada. Nos momentos de aperto esteve sempre lúcido e não falhou.
ZOUHAIR FEDDAL - 3.5 - No mesmo patamar exibicional do Gonçalo, cumpriu o quanto baste nas tarefas defensivas e raramente se expôs em manobras mais ousadas na ajuda no ataque, procura ainda a sua forma plena para poder sentir-se mais confiante a sair da sua zona de conforto.
MATHEUS REIS - 3 - Voltou ao registo das exibições esforçadas, mostra-se sempre muito solidário nas dobras ou a procurar linhas de passe mas depois define quase sempre mal, aparte do rol das asneiras que efectuou, nas faltas desnecessárias ou na precipitação com entregas da bola ao adversário em zonas proibidas. É um jogador muito desconcertante, nunca se sabe o que vai fazer.
JOÃO PALHINHA - 4 - Disse presente bem alto quando a equipa mais precisou dele nos derradeiros 20 minutos. Voltou a ser o Palhas obreiro de fato macaco a ajudar a segurar o golo de vantagem até final. Não fez uma primeira parte exuberante como é costume fazer, faltou-lhe melhor qualidade no passe e no critério.
MATHEUS NUNES - 5 - Se tivesse marcado aquele golo cantado a abrir a segunda parte - com tremendo falhanço para os apanhados - e seria indiscutivelmente a figura do jogo. Excelente primeira parte em que foi um príncipe a cavalo a galgar várias vezes o terreno do adversário, depois aquela perdida marcou-o e foi baixando a intensidade do seu futebol deixando inclusive de fazer pressão nos adversários ao seu lado.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Só com jogos poderá chegar à sua forma conhecida, voltou a falhar demasiado. Logos nos primeiros minutos teve uma das melhores oportunidades do jogo, solto na área permitiu a defesa do Varela num lance que em nunca falhava. Depois decidiu sempre mal em lances de superioridade numérica matando contra-ataques que deveriam ferir o adversário de outra forma. O seu melhor lance foi quando ofereceu um golo de bandeja ao Matheus Nunes. Marcou um golo que viria a ser anulado.
PABLO SARABIA - 3.5 - Indiscutível a forma como bate muito bem as bolas paradas e que gerou mais um golo do seu capitão Seba, mas o último passe e o critério deixaram muito a desejar. Percebe-se a sua boa qualidade técnica e que tem capacidade para melhorar essas lacunas que apresentou. Marcou um golo que viria a ser anulado.
PAULINHO - 4.5 - Foi o melhor elemento do ataque, muito móvel e dinâmico, sempre excelente na pressão alta ao adversário, correndo muitos quilómetros e mostrando total disponibilidade e querer. Nuno Santos colocou-lhe a bola direitinha para que a metesse na baliza e ... . Precisa de umas lições urgentes do Coates para aquele tipo de lances.
NUNO SANTOS - 3 - Os elementos do ataque da equipa começaram a dar sinais de fadiga a meio da segunda parte, o Pablo deu o lugar ao Nuno Santos e na jogada seguinte meteu a bola direitinha na cabeça do Paulinho, mas este e o golo ainda andam de costas voltadas. Foi o último lance para marcar; a partir daí a ordem foi agarrarem-se uns aos outros para defender o golinho dos 3 pontos.
MANUEL UGARTE - 3 - Depois foi a vez do Pote ir tomar banho e entrar fresquinho o Ugarte; foi útil para os 10 minutos finais para ajudar a segurar a preciosa vitória.
BRUNO TABATA - 1- Decididamente, o seu melhor momento foi os trinta segundos que queimou quando entrou aos 89' a substituir o esgotadíssimo Matheus Nunes. O adversário estava a crescer era hora de acabar com o jogo.
RICARDO ESGAIO - 2 - Fresco, foi útil para ajudar a parar os cruzamentos que pudessem surgir do recém entrado a jogo, Ricardo Quaresma, e até ao apito final do árbitro não lhe deu espaço, trazia a lição estudada do banco.
DANIEL BRAGANÇA - 2 - Foi também um dos ferrolhos da porta que o Rúben Amorim lançou a cinco minutos do final da partida, era hora de irem todos tomar um bom banho saltando para a frente da classificação do campeonato e não aventurarem-se e virem a sofrer dissabores.
RÚBEN AMORIM - 5 - Grão a grão, ponto a ponto e lá vai o Sporting na sua caminhada, num registo impressionante que iguala o da época passada com as mesmas dez jornadas da Liga. Bom futebol na primeira parte que deveria ter outra vantagem no marcador ao intervalo, depois o desgaste chegou e com ele os desequilíbrios nos sectores da equipa, o adversário cresceu, acreditou mais, mas o Míster estava bem atento e fechou as portas da defesa com ferrolhos e trancas e já lá está em cima, no lugar do campeão.
PEPA - 4.5 - Olhos nos olhos na casa do campeão não é para todos, temos que lhe dar esse mérito. Já consta que poderá ser ele a substituir o mestrão da táctica e não será surpresa se vier a acontecer. Evoluiu muito como treinador e sabe arrumar bem uma equipa como ontem se viu. No final soube honrar a derrota e o adversário. Merece por tudo isso nota alta.
RUI COSTA (Árbitro) - 3 - Mantém-se no activo e por isso o Sporting tem que levar com ele de vez em quando. Não é flor que se preze cheirar, nunca foi, diga-se. No mínimo, decide sempre contra o Sporting, mas hoje os tempos são outros e esta equipa leonina é muito difícil de bater mesmo com árbitros manhosos a apitar.
VASCO SANTOS (VAR) - 3 - O Vasquinho também é velho conhecido; pertence à mesma seita de apitadores que anos a fio prejudicou o Sporting; agora foi "promovido" a VAR. Decidiu bem nos dois golos anulados por fora de jogo. Não viu ou entendeu que não houve falta sobre Sarabia aos 53', que daria uma grande penalidade.
Considerações de Rúben Amorim no final do jogo...
Série de seis jogos a vencer: "Esses jogos já passaram, não há uma sequência de vitórias tão grande, não é assim muito normal. Costuma haver uma interrupção da série de vitórias, é nisso que eu penso. Só quero ganhar o próximo jogo, essa série já não conta, está tudo em aberto em todas as frentes. Falta tanto... Conta pouco. Dá confiança, ajuda a equipa, mas vale o que vale."
Poucos golos sofridos: "É uma das forças da equipa, já o era no ano passado. Não é só a defesa, muitas vezes é o desgaste que os homens da frente têm. São uma equipa muito solidária, ajuda quando temos de defender. Não sofrendo golos, a nossa equipa arranjar sempre maneira de fazer um golo, nem que seja o Coates na bola parada. Temos várias oportunidades para fazer, mas, não sofrendo, acabamos sempre por fazer um."
Significado de assumir a liderança partilhada: "Não tem significado nenhum e em primeiro lugar está o FC Porto. Temos os mesmos pontos. Se acabasse hoje... Não estamos em primeiro, estamos em segundo. Vale o que vale. Há ainda muito campeonato, como vimos hoje basta um empate para mudar o líder. Temos de levar isso com normalidade, vai acontecer durante o campeonato, temos de estar sempre atentos."
Sebastián Coates: "É um jogador muito importante. É muito forte na bola parada, mas não só. A forma como joga, como lidera a equipa... Está a ter um momento, como teve no ano passado, foi o melhor jogador da Liga. Merece pela pessoa que é.
Capacidade de sofrer: "Somos muito mais equipa do que éramos na época passada. Tenho muita sorte de os jogadores compreenderem os momentos do jogo cada vez melhor. Dominámos muito mais com bola, hoje sofremos muito no fim, mas mostrámos que temos capacidade de sofrer, de nos agarrarmos uns aos outros. Mas somos muito mais equipa do que no ano passado."
Bruno Varela, guarda-redes do V. Guimarães, comentou o golo do Sporting
"É algo que nós já sabíamos bem que eles poderiam fazer. Sabíamos que com o Besiktas tinham marcado dois golos iguais. Neste golo prefiro dar mérito à batida do Sarabia, o Paulinho desviou e o Coates apareceu naquela zona. Os jogadores do Sporting, como são muito evoluídos tecnicamente, fazem as coisas muito bem e há que dar mérito. Nós estávamos preparados, mas o golo de hoje foi mais mérito deles do que demérito nosso. O Coates no jogo aéreo é muito forte".
Nomeações da Secção Profissional do Conselho de Arbitragem da FPF para os jogos da 10.ª jornada da Liga Bwin:
Sporting CP-Vitória SC
Árbitro: Rui Costa
Assistentes: Nuno Manso e João Bessa Silva
4.º árbitro: Bruno Costa
VAR: Vasco Santos
AVAR: Rui Licínio
Estoril Praia-SL Benfica
Árbitro: João Pinheiro
Assistentes: Tiago Costa e Luciano Maia
4.º árbitro: Ricardo Baixinho
VAR: Bruno Esteves
AVAR: Pedro Felisberto
FC Porto-Boavista FC
Árbitro: Tiago Martins
Assistentes: Pedro Mota e Hugo Ribeiro
4.º árbitro: Miguel Nogueira
VAR: Nuno Almeida
AVAR: André Campos
SC Braga-Portimonense SC
Árbitro: Gustavo Correia
Assistentes: Inácio Pereira e André Dias
4.º árbitro: Pedro Ferreira
VAR: António Nobre
AVAR: Nélson Pereira
Na 16.ª edição desta rubrica, o leitor tem assim a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que o nosso colaborador Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o Vitória de Guimarães - a contar para a 24.ª jornada da Liga NOS - que o Sporting venceu por 1-0, golo de Gonçalo Inácio aos 44 minutos.
"Não tem o golo do minuto noventa e Coates tem o golo do minuto quarenta e Inácio e... menos uma final, mais três pontos. Excelente primeira do Sporting em que não se notou tanto que faltou o capitão, na segunda parte foi fechar, fechar, fechar até ao fim. Para nós adeptos leões foi mais uma sessão de arritmia que nos faz ansiar cada vez mais para que o final deste campeonato não demore muito., uffff!".
DESTAQUE - JOÃO PALHINHA - 5 - Foi enorme em toda a primeira parte, cortou quase todas as tentativas do adversário pela raiz; jogou mais posicional para que João Mário e Bragança pudessem arriscar mais, depois, na segunda parte, com os estoiros da sua companhia a meio campo ficou mais isolado e acabou como pronto socorro.
ANTONIO ADÁN - 4 - Foi expectador grande parte do primeiro tempo e quando foi chamado a intervir fez uma grande defesa num tiraço com selo de golo já dentro da área levando a bola a bater ainda no poste, no canto viu a bola bater na trave e não entrar; segue bem benzida a sua baliza.
PEDRO PORRO - 3.5 - Muito melhor como toda a equipa na primeira parte onde ligou bem o jogo na construção pelo seu corredor, ganhando a maioria dos duelos. Com a radical alteração táctica com que o Guimarães se apresentou na segunda parte, viu-se obrigado a subir menos e a ser mais posicional com a linha de cinco.
LUÍS NETO - 3 - A ausência de Coates trouxe-o de novo ao seu lugar à direita, mas voltou a ser o elo mais fraco da defesa; limitou bastante as saídas do Porro que teve que estar sempre com o olho no colega.
GONÇALO INÁCIO - 5 - Exibição à craque no lugar do patrão e capitão; nunca perde a profundidade para os adversários atacantes e ainda teve tempo para os seus lançamentos "açucarados" que começam a ser habituais. Depois, a cereja no topo do bolo; foi dele o "cabezazo" do jogo que valeu os três pontos da vitória.
ZOUHAIR FEDDAL - 4 - Assumiu o jogo com muita responsabilidade, por ser o mais experiente; as mexidas que o treinador teve que fazer pela ausência do uruguaio, sabia que tinha que agarrar o Gonçalo, e juntos, o cabo de aço da defesa e fê-lo muito bem, deve-se muito a ele toda aquela tranquilidade que o miúdo mostrou no jogo.
NUNO MENDES - 3.5 - Prometeu muito de início com saídas que baralharam o lado direito da defesa do Guimarães; quando muda de velocidade cria o pânico à sua frente, depois e da mesma forma que Porro, teve que posicionar-se na linha de cinco na segunda parte quando o adversário subiu no terreno e meteu quatro avançados na frente; com a entrada de Ricardo Quaresma, e já exausto, era necessário entrar alguém mais fresco e foi substituído.
JOÃO MÁRIO - 3.5 - Não fez uma grande exibição mas cumpriu sempre na tarefa árdua de pensar o jogo e encontrar linhas de rotura na defesa; teve a ajuda do miúdo Daniel e juntos com Palhinha reinaram na primeira parte; foi até não dar para mais e saiu bastante esgotado.
DANIEL BRAGANÇA - 4 - Inteligente o Rúben que percebeu que com este adversário tinha que colocar mais gente com capacidade de segurar a bola no interior; retirou-lhes espaço e o Daniel cumpriu muito bem a sua parte; manteve-se sempre próximo do João Mário e ganhou muitas segundas bolas, foi destaque na construção.
POTE - 4 - Teve alguns lances de génio na primeira parte e esteve perto do golo por duas vezes, foi infeliz com a bola a esbarrar na trave e ainda assistiu o Tomás no lance do golo anulado. Caiu na segunda parte e também recuou para defender o golo da vitória; pena que se ausente ocasionalmente do jogo, um aspecto importante que terá forçosamente que corrigir.
TIAGO TOMÁS - 3 - Mais uma noite de muito trabalho em que até chegou a marcar, mas o VAR invalidou-lhe o golo; tem dificuldades em jogar de costas para os defesas que o marcam e se não o deixam virar acaba por perder a bola e viabilizar contra ataques do adversário; terá que evoluir nessas acções.
PAULINHO - 2.5 - Já se esperava a sua falta de ritmo e acerto; falhou um golo cantado. De registar e louvar o seu esforço e competência na hora de ajudar a defender o resultado, vimo-lo várias vezes a cortar a bola dentro da nossa área.
BRUNO TABATA - 2.5 - Quando esperávamos a entrada do Jovane surge o Tabata, entrou no momento da perda do meio campo, o Daniel já não estava e ao João Mário já se lhe via a língua de fora; a missão que lhe foi pedida para segurar a bola era difícil mas não comprometeu.
DESTAQUE - DÁRIO ESSUGO - 3 - Dezasseis anos e o mais jovem de sempre numa equipa do Sporting nos jogos da Liga. Entrou para o lugar do João Mario, histórico e só por isso tem nota positiva, teremos tempo de ver o que sabe fazer.
MATHEUS REIS - 3 - Era a hora de agarrar o que a equipa já tinha conseguido e esse sinal foi dado com a entrada de Ricardo Quaresma, com o adversário a entrar no risco total. O Rúben Amorim percebeu e não facilitou e o Matheus, fresco, entrou e não se viu o Quaresma.
JOVANE CABRAL - 2.5 - Fica difícil de perceber a razão de Jovane só entrar nos cinco minutos finais; mesmo assim ainda conseguiu carregar a bola por duas vezes para o meio campo do V. Guimarães. O Rúben lá saberá porquê, mas que o jogo já pedia há muito a sua entrada pedia.
RÚBEN AMORIM - 4 - Continua a ganhar e é isso que importa; tem gente que fala que o campeonato para o Sporting só começava hoje, pois foram mais 3 pontos e ficam a faltar 10 finais. A equipa jogou muito bem nos trinta minutos iniciais em que podia ter marcado dois golos; a entrada do Daniel para ajudar o João Palhinha e o João Mário foi muito bem pensada.
JOÃO HENRIQUES - 3.5 - A sua equipa fez uma fraca primeira parte, sem velocidade e sem pressão aos jogadores do Sporting, mas podia ter marcado com duas bolas a bater nos ferros da baliza de Adán; na segunda parte subiu as linhas mas raramente incomodou a sério a defesa do Sporting.
TIAGO MARTINS (Árbitro) - 3.5 - É um árbitro que marca poucas faltas mas deixa o jogo correr, por vezes excessivamente, fazendo vista grossa a faltas flagrantes. Bem no capítulo disciplinar. No golo, apitou fora de jogo antes de terminar a jogada, felizmente que existe o VAR e resolveu bem.
VÍTOR FERREIRA (VAR) - 3.5 - Bem no golo, validando-o depois do árbitro apitar um fora de jogo inexistente. No golo invalidado a Tomás deixou algumas dúvidas, mas houve uma imagem que deixa a ideia de a bola ter passado a linha lateral e se passou decidiu bem.
2070 minutos, ou seja, 23 jogos completos: até este sábado, Sebastián Coates era o único jogador de campo que ainda somava todos os minutos de utilização nesta Liga 2020/21, à semelhança do que também acontece com alguns guarda-redes, uma boa posição que obviamente sofre de bem menos questões de rotatividade.
A ausência do capitão poderia ser sentida pela equipa, mas o rapaz que ocupou o lugar vago no centro da defesa, Gonçalo Inácio, que habitualmente tem jogado mais à direita (ontem jogou Neto aí), cumpriu praticamente na perfeição a função e ainda marcou o golo que deu a vitória ao Sporting.
E isto num jogo em que Rúben Amorim também estreou Dário Essugo, jovem de 16 anos que passou a ser o mais novo de sempre a jogar no Sporting, mais novo ainda do que Nuno Mendes, o lateral de 18 anos que esta semana foi chamado pela primeira vez à seleção e que, na 2.ª parte do jogo desta noite, chegou a ter pela frente alguém com o dobro da sua idade, Ricardo Quaresma, um homem que foi campeão pelo Sporting em 2001/02, o último título nacional conquistado pelo clube.
Rúben Amorim no final da partida:
"Houve muito boas sensações, penso que fizemos um bom jogo, mesmo sem criar muitas oportunidades, tivemos maior controle. Chegámos à frente com mais facilidade, o Dani [Bragança] também nos deu isso e fez um excelente jogo enquanto esteve fresco. Na 1.ª parte o Vitória só teve aquelas duas oportunidades seguidas, que podiam ter tirado confiança, mas não. Defendemos bem e cada vez mais arranjamos soluções para atacar contra equipas que defendem em bloco baixo e estiveram muito bem."
"Ainda somos o segundo melhor ataque da Liga. Já houve períodos em que fizemos mais golos, as equipas agora fecham-nos bem. Eles tiveram dificuldades em pressionar alto, saíamos bem a partir de trás. Sem sofrer estamos mais perto de ganhar os jogos. Eles compensam-se no jogo todo, é uma característica desta equipa."
"O objectivo é ganhar o próximo jogo. Se pensamos mais à frente criamos ansiedade para uma equipa tão jovem. Agora há a paragem e que os jogadores voltem bem das selecções para depois preparamos o próximo jogo."
"Obviamente gostei do Dário, tem apenas 16 anos, teve pouca competição, mas teve bom desempenho. Isto também é uma mensagem para os mais jovens. Todos vão ter uma oportunidade, é uma mensagem para o grupo perceber. Este é o futuro do Sporting. Temos de começar já e o Dário é mais um exemplo."
Muito tem sido comentado durante a semana sobre o provável 'onze' inicial do Sporting frente ao V. Guimarães, face às ausências no plantel leonino.
Os ausentes: Coates e João Pereira (castigo), Nuno Santos (lesão), Matheus Nunes e Antunes (Covid-19).
Não acredito que Rúben Amorim vá alinhar com quatro esquerdinos na defesa, integrando Matheus Reis, como tem sido sugerido por alguns adeptos. Já temos o Gonçalo Inácio a jogar no lado direito do eixo, que apesar de vir a cumprir muito bem, não escapa ao dilema posicional.
Reconhece-se que Luís Neto tem algumas limitações, mas é um jogador muito experiente e, ao fim e ao cabo, tem sido titular uma boa parte da época. Por conseguinte, creio que ele será o substituto de Coates.
A maior preocupação pela ausência do capitão, recai sobre quem irá assumir a fase inicial da construção de jogo. Creio que as ordens do dia serão de entregrar a bola a João Mário, ou até Palhinha, sempre que possível.
Com o regresso de Paulinho, foi-me sugerida uma opção que ainda não me tinha ocorrido: o ex-bracarense a ponta de lança e Tiago Tomás na ala, a substituir Nuno Santos. A ideia até agrada, porque Tabata ainda não convenceu. Jovane será opção mais tarde no jogo, mediante as circunstâncias.
No meio campo teremos indubitavelmente os suspeitos usuais, com Daniel Bragança a espreitar uma oportunidade na segunda parte do encontro.
Resumindo e concluindo, o meu 'onze' leonino para hoje:
Adán; Pedro Porro, Gonçalo Inácio, Luís Neto, Zouhair Feddal e Nuno Mendes; João Palhinha e João Mário; Pote, Tiago Tomás e Paulinho.
DESTAQUES
"O Vitória SC é uma equipa muito boa, não passa por um bom momento, mas não há melhores jogos do que estes com os grandes para mudar isso. O nosso foco esteve na qualidade que o Vitória SC tem no seu plantel, têm baixas na defesa [os centrais Abdul Mumin e Easah Suliman], mas na frente têm jogadores do melhor que há em Portugal e que podem resolver um jogo".
"É sempre mau ter casos de COVID-19; desde o início que fazemos tudo para os evitar, mas há algumas coisas que não controlamos. Quando surge um temos de ser ainda mais rigorosos, se possível, e ir testando e protegendo-os e, no sábado, utilizar os jogadores que estão prontos para ir a jogo e temos muitos".
"Paulinho é mais uma opção e por isso uma boa notícia para a nossa equipa. Podemos jogar de formas diferentes e o Paulinho pode então dar-nos outras coisas na criação de oportunidades, mais jogo aéreo e um homem mais de área, portanto é mais um que pode ajudar e a equipa é mais forte assim".
"As outras equipas também se preparam bem e nós temos de evoluir enquanto conjunto. Já temos mais tempo juntos, eles adquiriram tudo o que demos numa primeira fase, agora vamos tentando introduzir outras nuances. O importante é ganhar e melhorar a nossa forma de jogar e a nossa fluidez".
Nomeações da Seçcão Profissional do Conselho de Arbitragem da FPF para os jogos da 24.ª jornada da Liga NOS:
Sporting CP-Vitória SC
Árbitro: Tiago Martins
Assistentes: Pedro Mota e Hugo Ribeiro
4.º árbitro: Ricardo Baixinho
VAR: Vítor Ferreira
AVAR: Paulo Miranda
Portimonense SC-FC Porto
Árbitro: Rui Costa
Assistentes: João Bessa Silva e Nuno Manso
4.º árbitro: João Malheiro Pinto
VAR: André Narciso
AVAR: Paulo Brás
O Sporting CP e o Vitória SC empataram, esta quinta-feira, a dois golos, no jogo que abriu a quarta ronda da Fase de Apuramento para a Taça Revelação. As duas equipas partiram para esta ronda empatadas com 13 pontos, menos um que o líder SL Benfica.
Renato Veiga (10') colocou os leões na frente do marcador, mas Rui Correia (20') reestabeleceu a igualdade. Contudo, sete minutos volvidos, Chico Lamba (27') voltaria a dar nova vantagem ao conjunto leonino que viria a sofrer o golo do empate já na segunda parte, por intermédio de Jota (50'), através de uma grande penalidade.
Tomar nota da expulsão por cartão vermelho directo de Nicolai Skoglund, depois de um lance com Miguel Magalhães, ainda na primeira parte do desafio.
Sporting CP: Diego Callai [GR], Hevertton Santos [C], Chico Lamba, Rodrigo Rêgo, Gonçalo Costa, Renato Veiga (Edson Silva, 82'), Lucas Dias (Paulo Agostinho, 76'), Duarte Carvalho (Samuel Lobato, 76'), Bruno Tavares (Youssef Chermiti, 90'), Joelson Fernandes (Daniel Rodrigues, 90') e Nicolai Skoglund.
O Sporting bateu, em Guimarães, o Vitória SC, por 4-0, em encontro da 7ª jornada da Liga NOS. Ironicamente, um resultado até algo simpático para a formação vimarenense, tendo presente o número de oportunidades flagrantes criadas pela equipa leonina.
Num encontro que dominaram praticamente desde o apito inicial, os leões marcaram por intermédio de Nuno Santos (11'), Pote (43' e 55') e Jovane Cabral aos 74 minutos.
Com este resultado, o Sporting CP confirmou o primeiro posto da tabela, com 19 pontos, aumentando, provisoriamente, para 4 pontos a vantagem sobre o Benfica, 2.º classificado da Liga NOS que hoje enfrenta o SC Braga.
Algumas considerações de Rúben Amorim no final da partida:
"Sabíamos que seria difícil e a equipa correspondeu. Depois do primeiro golo baixámos a linha, até pela reacção do V. Guimarães, que é uma excelente equipa. Mas nós sentimo-nos confortáveis com espaço nas costas do adversário. Depois não entrámos bem mas com espaço fizemos o terceiro, quarto e podiam ter vindo mais. Excelente jogo, jogadores estão de parabéns. Temos de melhorar em alguns aspectos, pois se há golo do Vitória a abrir a segunda parte o jogo podia complicar-se. Mas não há dúvidas algumas quanto ao vencedor e à qualidade do jogo."
"Jogamos sempre no limite, desde o início da época. E não quer dizer que seja o limite que possam atingir mas sim o limite do dia a dia. Eles fazem o que treinamos e quando as coisas não correm bem ajudam-se uns aos outros. Isso é a única coisa que não vai desiludir os sportinguistas. Sobre o "Pote de ouro", são fases dos jogadores. Fez um grande jogo mas tem de continuar a trabalhar muito pois isto passa num instante. Há um mês estávamos a falar da eliminação com o LASK. Pode mudar para o lado negativo e eles têm de estar preparados".
"O objectivo é vencer o próximo jogo, sabendo que há alguns jogadores que vão agora para as selecções. Neste momento a Liga nem é o objectivo, mas sim a Taça de Portugal, o nosso próximo jogo. Lembrando bem que no ano passado fomos eliminados de forma surpreendente."
"É sempre importante os jogadores irem para uma paragem longa mantendo o lugar. Mas para mim é importante é manter a dinâmica. Agora temos estas três semanas que nos tiram o momento mas eles têm de trabalhar bem. É levar isto como é, o início de um processo. Ainda não está nada feito. Mais do que garantir a liderança, é a forma como nos apresentámos."
E o resto é para conversa de café ou... de blogue.
Algumas considerações de Rúben Amorim no regresso a competição e em antecipação do encontro desta quinta-feira com o Vitória de Guimarães.
“Foram três meses atípicos, mas deu-nos tempo para ver como funciona o clube, conhecer os jogadores, fazer trabalho específico com jogadores da formação que precisaram de uma adaptação mais rápida. Nesse sentido foi bom. Estou entusiasmado para ver os jogos. As equipas vão evoluir com jogos e não só com treino e esta equipa precisa de jogos para ver como está”.
“Vantagens tivemos algumas, nesse aspecto de conhecer o plantel, os jogadores, isso foi uma vantagem para nós porque os treinadores precisam de tempo. Mas isto não foi uma pré-época, não tivemos jogos de preparação. Vamos enfrentar o Vitória com duas ou três semanas de trabalho colectivo e isso é uma vantagem. Acima de tudo a equipa precisou de um período para limpar a cabeça, nesse aspecto foi uma vantagem. Eu não tenho ponto algum de comparação porque os treinos colectivos foram feitos apenas entre nós, daí o meu entusiasmo para ver os jogos, para ver o que está ou não está a funcionar”.
“Pressão sobre mim não... a pressão é sempre a mesma, é ser treinador do Sporting. O Matheus Nunes felizmente vai pagar uma casa à mãe, isso é que é importante. Ele não se tem de preocupar com mais nada. É bom o Sporting ter um presidente que acredite nos miúdos, mas teremos de dar tempo ao miúdo. Tive uma conversa com ele, como aliás tenho com vários, mais de táctica, do que podem fazer. Ele não mostrou ansiedade. Depois da entrevista não senti nada. Quando eles são chamados a confiança vai surgindo aos poucos”.
“O futebol não vai mudar, desde o primeiro treino conjunto não houve qualquer tipo de receio. Não quero dar uma imagem de que já está tudo bem, mas já passamos a fase mais crítica. Eles são controlados, temos um corpo clínico pronto e quando a bola rolar eles vão fazer o que fizeram a vida toda. Vai ser tudo o que era, o que vai mudar é a imagem do estádio sem público, a velocidade do jogo”.
“O Wendel não vai estar disponível para este jogo. As várias lesões que tivemos foram lesões traumáticas e não de sobrecarga, não se pode falar de uma ligação entre a paragem e as lesões. São jogadores habituados a muitos jogos. Mas é uma incerteza para todos os treinador, não sabemos como eles vão responder à fadiga. Mas é bom voltar ao futebol, é bom para nós e para o país”.
“Isso depende de semana para semana. Com este tempo de treino eles estão aptos e se estão no plantel estão aptos. Eu vou vendo os sinais de cada um. O Matheus Nunes é mais um jogador que está disponível para a posição de médio centro. E quem estiver melhor vai jogar. Todos terão oportunidade de mostrar serviço”.
“Estou apenas focado nestes dez jogos que aí vem. Obviamente que já estamos a preparar a próxima época. Já estávamos antes. Mas com estes problemas neste momento há uma incerteza muito grande, devido à Covid-19, mas vamos pensar neste jogo e depois logo vemos”.
“Basicamente foi uma guerra no treino porque toda a gente quer agarrar o lugar [risos]. Uma guerra saudável, claro. Vai jogar aquele que estiver melhor”.
“Jogar sem público não é uma vantagem para ninguém, preferia jogar até num estádio só com adeptos do Vitória. O jogo perde muita graça, o ambiente faz parte”.
“O V. Guimarães é uma equipa com grandes jogadores, com um grande treinador, que vinha de um grande momento de forma e isso pode mudar alguma coisa porque quando o futebol parou o Vitória estava bem. Vamos ver jogadores livres, felizes por voltar e acho que é um excelente teste, não por alguma facilidade, mas porque nos vai testar em todos os momentos porque o Vitória joga bem em transição e joga bom futebol”.
O Conselho de Disciplina da FPF multou o Sporting em 18,489 mil euros, consequência de alguns acontecimentos no encontro com o Vitória de Guimarães, no passado dia 27 de Outubro.
"Entrada e permanência de materiais pirotécnicos no recinto desportivo"... custou ao conjunto verde e branco 1913 euros, enquanto "comportamento incorrecto do público", que deflagraram "tochas" e "potes de fumo" valeu uma coima de 3188 euros.
A maior fatia ‘do bolo’ chegou pelo "arremesso de objecto sem reflexo no jogo", que valeu uma multa de 10 mil e 200 euros. Os restantes 3188 euros devem-se a "agressões graves a espectadoresdores e outros intervenientes", que, segundo consta no comunicado do CD, "pelas 21h00, nos corredores inferiores dos sectores 414 e A16, um adepto foi agredido por dois indivíduos pertencentes ao subgrupo casuais do Sporting".
Desconhecemos as recomendações do vídeoárbitro André Narciso, mas Artur Soares Dias esteve mal ao não assinalar falta do guarda-redes Miguel Silva sobre Bruno Fernandes, aos 47 minutos.
Bruno Fernandes publicou uma foto do seu olho negro nas redes sociais e deixou uma pergunta ao guardião vitoriano:
"Achas que chegaste a tocar?"...
"Foi um bom resultado e importante mas tenho que discordar quando diz que fizemos um bom jogo, na minha opinião não o fizemos.
Na maioria do tempo foi o Guimarães que dominou o jogo e que jogou no campo do Sporting, o Sporting jogou quase sempre no erro do adversário e foi assim que conseguiu os golos, através de transições rápidas após erros do Guimarães.
Neste jogo, o Sporting ofensivamente viveu do Vietto, Bruno Fernandes e do Acuna, os restantes jogadores acrescentam pouco ou acabam por matar a maior parte das jogadas. O caso do Bolasie é evidente, tem muita vontade mas nenhum discernimento ou capacidade para tomar as decisões correctas, mérito para o Jese pelo golo mas nas restantes ações acabou por ser quase sempre inconsequente.
A dupla do meio campo, Doumbia e Eduardo, mais uma vez deixou bastante a desejar, não tem capacidade para sair a jogar e defensivamente também não conseguem parar o jogo adversário, valeu desta vez o acerto dos centrais que cortaram quase todo o jogo ofensivo do Guimarães.
A vitória foi muito importante mas o Sporting tem que jogar muito mais para que as vitórias sejam regulares e não sejam 'acidentes' de percurso".
Leitor: Paulo CFerreira
Com este rigor de análise e grau de exigência, quase que fico sem palavras. Subscrevo apenas a apreciação sobre o meio campo e a performance de Doumbia e Eduardo.
Tendo presente que é futebol de onze, qual é o significado de dizer que o Sporting "viveu apenas de três jogadores", mesmo admitindo que é factual e menosprezando a exibição de Jesé Rodriguez, o seu melhor jogo de leão ao peito?
Reconhece-se qualidade no jogo do V. Guimarães, mas o Sporting esteve quase sempre no controlo das operações e apesar de ter um pouco menos posse de bola, soube explorar os espaços concedidos pela defesa minhota para marcar os seus três golos da partida e ainda criar outras situações de perigo.
Houve um período na segunda parte em que os vimaranenses exerceram maior pressão e atacaram mais - reflectindo muito a análise sobre as exibições de Doumbia e Eduardo -, mas este enquadramento não reduz a qualidade global do jogo realizado pelo Sporting.
Dizer-se que tem de jogar mais, é um argumento válido em qualquer ocasião. Decerto que até Jorge Silas dirá o mesmo, e, de certo modo, até o disse: "Ainda temos que melhorar muito. É certo que o tempo não é muito para treinar como gostaríamos, mas a verdade é que há coisas que temos de afinar. Podemos não estar ainda no nível que queremos mas se formos competitivos podemos ganhar a qualquer equipa".
*** Em nota separada, consta que Wendel foi apanhado na noite. Questionado sobre a sua não chamada para este jogo, Silas apenas teve isto para dizer:
"O Wendel é um jogador que tem um potencial enorme, acreditamos muito no Wendel, mas tem de perceber exactamente onde está. Há valores colectivos que se sobrepõem aos individuais. Vai ter de refletir sobre as ações dele, de repensar. Qual o motivo? Não foi físico, não foi técnico".
Tendo presente outros incidentes do passado, este jovem jogador dá fortes indicações de não querer ter uma carreira de sucesso. Lamenta-se, porque tem talento.
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