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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Victor Hugo, central de 28 anos que actuava nos brasileiros do VV Guarulhos, vai ser reforço da equipa de voleibol do Sporting Clube de Portugal para a temporada 2020/2021. Jogador detentor de um currículo em que se incluem diversos emblemas brasileiros e um grego.
“É uma sensação muito boa assinar pelo Sporting CP, um Clube grande e com tradição, tanto em Portugal como no resto do mundo. É um orgulho poder fazer parte desta equipa. Falei várias vezes com o Gersinho, que foi meu técnico nas selecção brasileira de juvenis, e isso pesou bastante. É uma boa oportunidade para ter sucesso na Europa e, além disso, a língua também ajuda. Venho para conquistar títulos".
Homem ao mar!
Que importa! O navio não pára. O vento é suave, e o navio tem rumo a seguir. Portanto, avante.
O homem que caiu no mar desaparece, torna a aparecer, mergulha, sobe á superfície; grita; ninguém o ouve. O navio, estremecendo com a violência do furacão, vai todo entregue à manobra; os marinheiros e passageiros nem mesmo vêem o homem submergido; a mísera cabeça do infeliz é apenas um ponto na enormidade das vagas.
São desesperados os gritos que o desgraçado solta das profundezas. Que espectro aquela vela que se afasta! Contempla-a, vê-a convés com os companheiros; pouco ainda antes, vivia. Que teria pois acontecido? Escorregara, caiu; acabou-se.
Debate-se nas águas monstruosas; debaixo dos pés tudo lhe foge e se desloca. As ondas revoltadas e retalhadas pelo vento rodeiam-no, medronhas, os rolos do abismo arrebatam-no, a plebe das vagas cospe-lhe às faces, e confudas aberturas quase o devoram; cada vez que afunda entrevê precipícios tenebrosos; sente presos os pés por desconhecidas e horrendas vegetações; as ondas arremessam-se uma contra as outras, bebe a amargura, o oceano convarde empenha-se em afogá-lo, a imensidade diverte-se com a sua agonia.
O homem mesmo assim, luta.
Diligencia defende-se, intenta suster-se, emprega todos os esforços, consegue nadar. Ele, força perecível, de repente, exausto, combate a força que é inesgotável.
Onde está o navio? Muito longe. Mal se avista nas lívidas sombras do horizonte.
O mar é inexorável noite social, onde a penalidade lança os condenados. O mar é a miséria imensurável.
A alma, em tal báratro, pode tornar-se cadáver. Quem a ressuscitará?
Os Miseráveis - Victor Hugo
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