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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Através de um artigo informativo da autoria de Rahim Ahamad, o Conselho Directivo anuncia a sua intenção de avançar para a proposta da implementação do voto electrónico descentralizado, o qual tem como propósito dar voz e poder de decisão aos sócios de todos os cantos do país e do mundo e não apenas aos da região de Lisboa.
A acreditar na informação apresentada - e não temos razão alguma para duvidar - o Conselho Directivo está preparado para introduzir este sistema assim que os Estatutos o permitam.
Jaime Marta Soares anunciou esta terça-feira que os equipamentos informáticos que deveriam estar disponíveis para a Assembleia Geral de dia 23 não foram disponibilizados pelo Conselho Directivo:
"Os equipamentos foram comprados no último acto eleitoral para que houvesse sempre voto electrónico mas o Conselho Directivo entendeu distribuí-los pelas várias secções (do clube). O voto eletrónico não será possível por este facto. A recusa, se existiu, não foi à MAG porque o convite não é da competência da MAG. Se o fez em relação ao Clube, isso é da responsabilidade de quem tinha de cumprir as normas e as regras. É porque o Sporting não deu as condições para que o voto fosse eletrónico.
Os equipamentos foram comprados por minha ordem para que se ficasse com uma estrutura de computadores e tudo o que é necessário, para ser utilizada a qualquer momento e quando houvesse actos eleitorais. Quando disse que queria o voto eletrónico, responderam-me que o equipamento já não existia. Só as urnas transparentes. O sistema informático e os equipamentos para sustentarem o voto electrónico foram distribuídos pelos serviços. Não devia ter acontecido. Aconteceu. É mais uma atitude que não cumpre com aquilo que foram as solicitações da mesa".
Absolutamente incrível os extremos obscuros a que estes desprezíveis estão dispostos a ir para dificultar os sócios de manifestar a sua vontade sobre o futuro do Clube.
Já não há palavras para verdadeiramente expressar a indignação e a revolta que se sente por tudo do mais vergonhoso que está a acontecer no Sporting.
Basta !!!
Já aqui escrevemos sobre esta temática e também publicámos os regulamentos relativamente ao voto por correspondência, mas surge agora a confirmação que o acesso a voto vai ser ainda mais restrito. As eleições do Sporting serão as primeiras em que se registará o voto electronicamente. Algo que requer a presença do sócio nas urnas, deixando assim de fora da estreia os núcleos que poderiam estar prontos a receber as novas urnas. O voto descentralizado mantém-se assim, por correspondência.
Este cenário dá ainda mais sustento ao nosso argumento que «dar a palavra ao sócio», por muito bonitas manchetes que componha, não passa de um mito. O voto por correspondência envolve um processo que, na prática, vai desmotivar muitos de votar. O inevitável resultado é que só votará quem resida nos concelhos da área metropolitana de Lisboa e um menor número que resida mais distante e que sinta a disposição e que tenha os meios para se deslocar à capital. Estamos no século XXI, mas não necessariamente em Portugal, pelos vistos.
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