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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O director executivo da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Tiago Madureira, acredita que a centralização dos direitos televisivos em Portugal vai contribuir para que o tempo útil de jogo possa aumentar, tornando o espectáculo mais atractivo.
O dirigente abordou o tema numa das mesas de debate da 5.ª edição do World Scouting Congress, evento realizado no Porto, que reuniu um número de intervenientes na indústria do futebol, nomeadamente treinadores, jogadores, elementos de clubes, empresários e agentes.
“A centralização dos direitos de TV irá responsabilizar todos para que o produto futebol profissional em Portugal seja muito melhor. Sinto que há uma grande preocupação generalizada para se debater e resolver esta questão, e até os adeptos devem ser trazidos a este debate, para que haja mais exigência externa.
Como espectáculo que é, serve para entreter e quanto mais dinâmico for, mais amarra o público. Um jogo parado não entretém ninguém. Até já há estudos que dizem que as gerações abaixo dos 30 anos não conseguem estar a ver um jogo durante 90 minutos”.
A ideia foi partilhada pelo treinador de futebol Pedro Martins, que recentemente deixou o comando dos gregos do Olympiacos:
“Na Grécia [o tempo útil] ainda consegue ser pior que em Portugal. É algo cultural que está enraizado em vários países. Uma das formas de alterar é ter debates abertos de partilha, mas mesmo assim não sei se será possível resolver, porque temos de mudar muitas mentalidades. Talvez seja até preciso mudar as regras”, analisou o técnico.
NOTA: O Casa Pia AC-FC Famalicão, da 7.ª jornada da I Liga Portugal, foi o duelo com mais tempo útil da ronda, com 62,18%, equivalente a 59,41 minutos. Miguel Nogueira foi o árbitro do encontro entre comandados por Filipe Martins e Rui Silva. Nota para esta ser a quarta vez que os casapianos figuram no jogo com maior tempo útil da jornada.
Sem mudar as regras, não vejo que seja minimamente possível mudar as mentalidades em Portugal. Por outro lado, confesso que não compreendo como é que a centralização dos direitos televisivos vai afectar, para melhor, esta questão.
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