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Treinadores querem sempre tudo

Rui Gomes, em 16.12.16

 

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Pep Guardiola entende que a FIFA deveria permitir "quatro, cinco ou seis" substituições para combater o esgotamento físico dos jogadores. A entidade do futebol mundial pretende expandir o Mundial para um total de 48 equipas e o treinador do Manchester City acha que semelhante alargamento "matará os jogadores". "Os jogadores passam a vida em concentrações e isso afecta a qualidade. Eles precisam de respirar, ter um intervalo, desfrutar a vida".

 

Se os jogos de futebol passassem a ter mais substituições, haveria, segundo Guardiola, "menos lesões e mais jogos abertos". "E os treinadores poderiam usar tácticas diferentes, tudo seria melhor", resumiu o técnico espanhol.

 

Na realidade, isto não é um novo tema, até porque a FIFA fez a experiência nos Jogos Olímpicos do Rio e agora no Mundial de Clubes em curso, permitindo uma quarta substituição em jogos que vão a prolongamento.

 

Já competi numa Liga onde cinco substituições eram permitidas. Pelas circunstâncias dessa Liga - era "não-amadora", ou seja, integrava jogadores *não-amadores e amadores -  até fazia algum sentido, mas mesmo assim verificava-se muito do que eu antecipo que aconteceria em Portugal. Contrário ao que Guardiola argumenta, não melhoraria a qualidade de futebol e as tácticas dos técnicos teriam como foco quase exclusivo "queimar" o relógio. Se mesmo com três substituições já se verifica isso, dá para imaginar se 4/5/6 fossem permitidas.

 

Não discordo da ideia da FIFA, ou seja, permitir uma quarta substituição em competições em que prolongamento é uma possibilidade. Devido ao cansaço e maior vulnerabilidade a lesões, faz sentido.

 

A FIFA, ou melhor, o "International Board" é extremamente conservador e alterações ao jogo neste contexto vão ser muito moderadas e com implementação de longo prazo.

 

*Pela própria definição da FIFA, um jogador "não-amador" está ligado ao clube em regime de part-time e muito embora seja remunerado, pode exercer outra profissão em simultâneo. Creio ser este o caso da terceira divisão em Portugal.

 

publicado às 04:39

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18 comentários

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De Mike Portugal a 16.12.2016 às 08:54

Eu sou a favor de se poder fazer 2 substituições extra no perí0do de prolongamento e não apenas 1. Mas poder fazer 6 substituições num jogo de 90m só aceitaria a partir do momento em que o cronometro parasse cada vez que o jogo também parasse.
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De Mike Portugal a 16.12.2016 às 09:27

Ah, outra coisa que me esqueci. Para mim a substituição de GR por GR (e apenas esta e teria que ser direta) deveria ser SEMPRE possivel em qualquer circunstância.
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De Schmeichel a 16.12.2016 às 09:56

O problema do excesso do nº de jogos só pode ser contrariado com maior rotatividade no plantel e não no nº de substituições.... não é por um jogador sair aos 70 minutos que terá grande descanso.... no caso europeu, a maioria dos planteis tem cerca de 25 jogadores, o que em teoria dá 2 jogadores por posição, o que permite a tal rotatividade!
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De Rampante a 16.12.2016 às 10:08

Bom dia,

Rui, nesse campeonato não-amador quando havia 5 substituições as mesmas eram repartidas? ou seja, eu tenho ideia de haver campeonatos onde se permitiam 2 substituições na 1ª parte e 3 na segunda, mas como era muito novo, posso estar equivocado.

Eu até aprecio o sistema actual, com exceção, de que deveria de haver a possibilidade de fazer 2 substituições em caso de prolongamento.

Também considero que, havendo um 4º arbitro, o modelo prático em que se procedem às substituições deveria estar mais dinâmico, não encontrando lógica em que em certos jogos as substituições "queimem" mais de 1 minuto de jogo.
Para dar o tal "dinamismo" e evitar perdas de tempo, seria interessante, nem que fosse nas camadas jovens, testar um modelo em que as substituições fossem realizadas durante o jogo corrido, em jogos em que exista 4º árbitro.

FR
RR
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De Rui Gomes a 16.12.2016 às 10:29

Naquela Liga não eram repartidas, timing totalmente à escolha dos treinadores.
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De Rampante a 16.12.2016 às 10:32

Ok, obrigado,

tinha ideia de haver um campeonato desse género onde eram repartidas, para evitar as tais substituições a queimar tempo na 2ª parte.
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De Pedro Miguel a 16.12.2016 às 16:04

Boa tarde.

Nos campeonatos de camadas jovens (futebol 11) é assim. 2 substituições na 1ª parte e 3 na 2ª.

Sendo que, este ano, há a inovação de os treinadores, na 2ª parte, terem apenas 2 momentos para fazer as substituições. Ou seja, podem fazer 3, mas 2 delas têm de ser ao mesmo tempo, assim sendo, o jogo só é interrompido 2 vezes.
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De Vasco Granja a 16.12.2016 às 10:44

Uma substituição não queima tempo. Quem queima tempo é o árbrito, que devia compensar o tempo da substituição. É só parar o relógio durante a substituição, não me lixem.

Se o problema é esse digam que só se pode fazer substituições nos últimos X minutos (e descontos) no caso de lesões.
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De Rui Gomes a 16.12.2016 às 10:51

Como é que se determina que uma lesão é genuína ?
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De Guilherme Rosado a 16.12.2016 às 14:08

Penso que se devia pôr os olhos no futsal, onde cada equipa inscreve 14 jogadores por jogo, normalmente 3 guarda redes e 11 jogadores de campo, as substituições são ilimitadas e podem acontecer em qualquer altura. Os jogos de futsal têm um ritmo incrível, com incerteza no resultado até ao último segundo.
E porque não aproveitar aquilo que o futsal tem de bom? Que benefícios traria para o espetáculo futebol? Podia ser mais ou menos assim: uma equipa inscrevia 20 ou 25 jogadores por jogo, as substituições decorriam sem pausas no jogo, os jogadores substituídos podiam retornar ao jogo. Qual seria o peso dos treinadores no jogo? Muitíssimo na minha opinião.
É claro que isto não passa de uma ideia maluca, mas pelo menos substituições (e em maior número) com o jogo a decorrer podiam acontecer, diminuindo -se o anti-jogo. Afinal para que serve o quarto árbitro?
SL
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De Rui Gomes a 16.12.2016 às 14:18

Há uma enormíssima diferença: no futsal, o relógio para, no futebol não para.
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De RDS a 16.12.2016 às 15:05

Caro Rui Gomes,
Se não me engano nas substituições o relógio não para, acontecem em jogo corrido, apenas nas marcações de faltas, cantos e foras.
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De Rui Gomes a 16.12.2016 às 15:10

Nas substituições é verdade, mas o relógio é parado para tudo o resto. O grande problema do futebol é o tempo desperdiçado por vários meios e NUNCA verdadeiramente compensado pelos árbitros. Isto incentiva ainda mais o anti-jogo, com simulações de lesões e muito mais. Aumento de substituições só agravaria esta disposição.
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De Anónimo a 16.12.2016 às 15:34

Concordo consigo, daí defender os sistemas do futsal e do hoquei (já sei que errei no basquete.
Quanto ao excesso de paragens no jogo pouco há a fazer, passa muito por uma questão de cultura dos jogadores e técnicos. Desconfio que parar o relógio não resultaria porque teriamos jogos de 3, 4 ou 5 horas. Talvez, con a entrada do cartão azul e suspensões de 2 ou 5 minutos a coisa começasse a encarrilhar.
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De RDS a 16.12.2016 às 15:35

A resposta acima é minha.
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De RDS a 16.12.2016 às 15:03

Seria interessante ver como decorreria um jogo de futebol 11 com o mesmo sistema de substituições do hoquei, futsal ou basquet, sem paragens, troca direta com o jogo a decorrer. Penso que poderia resultar e trazer mais dinâmica ao jogo com os treinadores a poderem alterar sistemas táticos mais defensivos ou atacantes. Poderia também ajudar a evitar táticas demasiado defensivas, visto que estas podeiam ser mais facilmente contrariadas durante o jogo.
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De Rui Gomes a 16.12.2016 às 15:12

No basquetebol o jogo é parado, mas também o relógio.
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De RDS a 16.12.2016 às 15:29

Tem razão, obrigado pela correção.

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