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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O vídeo-árbitro do Sporting-Estoril esteve em destaque, ao dar (bem) a indicação de fora de jogo em dois golos marcados na fase final da partida, um em cada baliza. Por isso, a FPF divulgou através da conta oficial de Twitter do projecto vídeo-árbitro as explicações de Tiago Martins, que ficou "muito satisfeito" com o desempenho de todos.
"Ao ver os lances pareceu-nos logo que poderia haver fora-de-jogo e marcámos as jogadas, para observarmos caso dessem golo, o que aconteceu", começou por afirmar, explicando desde logo aí a rapidez com que as decisões foram tomadas. "Com este procedimento foi rápido pedir ao operador para rever os lances e verificar que os jogadores estavam em posição de fora-de-jogo".
Como ambos os lances "são claros", o que tornou o trabalho "mais fácil". "Foi feito em 10 a 15 segundos", assegurou, aplaudindo também a decisão dos árbitros assistentes em deixar jogar. "Fizeram o que lhe foi pedido: em caso de dúvida deixar o jogo seguir pois em caso de fora-de-jogo o VAR intervirá."
Quem acompanha o Camarote Leonino sabe que não sou a favor do vídeo-árbitro. As razões são várias, mas a principal é porque temo que venha a afectar a fluidez do jogo. Estes casos no Sporting-Estoril até foram decididos muito rápidos - mérito para os intervenientes - mas nem sempre é assim.
Ainda há poucos dias li umas declarações do lendário guarda-redes da Juventus - Gianluigi Buffon - em que ele se manifesta contra o uso da tecnologia, nomeadamente porque no caso em questão o VAR parou o jogo em três ou quatro ocasiões por mais de três minutos cada. Diz Buffon, não sem razão, que o futebol não deve ser assim interrompido, mesmo para apurar a veracidade de um outro lance duvidoso.
Outro aspecto que me preocupa e já está a surgir - aliás, a própria FPF declarou que é o que está a ser pedido aos árbitros-auxiliares - é que o poder de decisão poderá vir a ser retirado completamente aos juízes de campo. Ou seja, irão cada vez mais "deixar andar", contando com a intervenção do VAR caso haja problemas. A função deles é tomar decisões e não "passar a bola" para terceiros, apenas e tão só por ser mais conveniente. E, claro, a exemplo de casos que até estão a ser alvo de discussão, temos aquelas situações em que o próprio VAR também "deixou andar".
Um dos casos flagrantes em que o VAR "deixou andar"
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