Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Interessantes argumentos finais que decorreram esta terça-feira no Campus de Justiça, em Lisboa, no processo que coloca frente a frente Marco Silva e José Eduardo, a propósito das declarações proferidas em 2014, quando o segundo acusou o primeiro de se ligar “a interesses de gente que pretende destruir o Sporting".
Nélson Soares, advogado do ex-treinador do Sporting, argumentou que José Eduardo cometeu três crimes de difamação agravada: «Foram ataques de carácter e o arguido nunca mostrou arrependimento algum. Que seja uma pena que iniba o arguido de comportamentos semelhantes. Se não houver uma punição severa o arguido irá reincidir no comportamento».
Por seu lado, Jaime Cortesão, advogado de defesa, reafirmou: «Tudo o que José Eduardo disse tinha ouvido da administração do Sporting, pelo que tinha legitimidade para os comentários que proferiu. Marco Silva foi para o Sporting conhecedor do projecto, que passava muito pela aposta em jovens, mas no estágio da Holanda foi o presidente a incluir cinco ou seis jogadores jovens. O arguido não veio aqui passar por coitadinho e tinha consciência do que disse».
Muito interessante... tudo o que José Eduardo disse "tinha ouvido no Sporting", e foi Bruno de Carvalho que escolheu um determinado número de jogadores para irem para estágio na Holanda. Gostaria de saber se houve outras intervenções do género durante a época. Em abono da verdade, até não surpreende, tendo em conta que este presidente só não teve uma grande carreira como futebolista/treinador por mera infelicidade de circunstâncias de vida.
E ficam alguns leitores indignados quando eu afirmo que assistimos a um caso inédito no Sporting naquela época, com o presidente a passar uma boa parte do tempo a "cortar as pernas" ao seu próprio treinador.
Curiosamente - ou talvez não - desde que Jorge Jesus chegou a Alvalade as coisas mudaram radicalmente. Agora é o treinador a fazer as exigências e o presidente a dar-lhe rédeas para mais. Isto, além dos milhões, claro.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.