Uma goleada, uma expulsão, uma grande penalidade, duas lesões e uma exibição para esquecer - ou talvez não. Podemos discutir a arbitragem - há alguma causa para isso - mas, sobretudo, podemos e devemos discutir a equipa portuguesa e uma estratégia de jogo difícil de identificar, especialmente depois do penálti aos 11 minutos.
Seja a referida estratégia, a superioridade do adversário ou o calor - ou a combinação de todos estes factores - fica-se com a ideia que Portugal nunca se encontrou e que tudo o que ocorreu foi simplesmente uma consequência inevitável.
É verdade que João Pereira puxou o avançado alemão pelo braço, mas é igualmente verdade que este também recorreu a falta para ganhar posição sobre o defesa português. O árbitro com rigor absoluto e com critérios discutíveis, não hesitou. A acção de Pepe foi uma infantilidade intolerável a este nivel de competição, mas será que há causa para cartão vermelho directo ?... O árbitro entendeu que sim e agiu novamente sem hesitação. Pela lesão de Hugo Almeida, Hummels apanhou tanto da bola como do homem, o árbitro exerceu os mesmos critérios e nem falta assinalou. O segundo golo é inadmissível: o avançado saltou e cabeceou entre Pepe e Bruno Alves, praticamente na pequena área. Salvo uma ou outra jogada esporádica, Portugal nunca assentou as suas manobras ofensivas e as oportunidades de perigo foram escassas. Em geral, uma equipa portuguesa com muito pouca dinâmica e organização de jogo e com o passar dos minutos a jogar com dez unidades e a sofrer golos, a força anímica desapareceu completamente.
Nada há agora a fazer em relação a este jogo, mas também nada está perdido, mas terá de haver uma enorme recuperação psicológica por parte dos portuguese para viabilizar a continuidade na competição além da fase de grupos.
Primeiro a Espanha e agora Portugal. Quem diria ?