Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Bruno de Carvalho voltou ao seu registo habitual num jantar-convívio no núcleo sportinguista de Alcobaça, realizado na passada 6ª feira. Segundo os jornais, terá afirmado que “o Sporting deu um murro na mesa e disse chega. O desporto será diferente se o Sporting abandonar modalidades.”
O desvario a propósito de uma hipotética extinção das modalidades é apenas isso. Um desvario, felizmente inconsequente, porque ele não põe e dispõe do Clube. Mas, serviu para desiludir aqueles sportinguistas que, pelas recentes movimentações na área da Comunicação, chegaram a acreditar que estava na forja um outro “Bruno de Carvalho”, mais ponderado e assertivo e consciente da especificidade da sua condição de presidente do Sporting. Afinal, continua tudo na mesma, até porque o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita.
Apesar de inconsequente, a catilinária de Bruno de Carvalho teve a mérito de trazer o ecletismo leonino para o centro das conversas entre os sportinguistas, por ser uma matriz identitária do Sporting e permanente na sua já longa duração histórica. Aliás, o jornal Sporting, em 1958, evidenciava a toda a largura das suas páginas a grandeza eclética do Clube e destacava o Estádio José Alvalade que tinha sido inaugurado dois anos antes. Como se sabe, o Estádio ostentava os anéis olímpicos na bancada central.
Muitos de nós recordam-se de como tudo acontecia em Alvalade, desde o futebol às diversas modalidades. Foi precisamente em virtude desse ecletismo que o Sporting se tornou na maior potência desportiva nacional e divulgou no país e no estrangeiro as modalidades desportivas ao mais alto nível. São motivo de orgulho para os sportinguistas os 20 mil títulos conquistados, as 23 taças europeias e as 9 medalhas olímpicas. É por um Clube assim que caminhamos para o Estádio com um olhar de entusiasmo e de ambição.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.