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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A vitória do Sporting CP, um clube que estávamos habituados a ver no caos, é por isso uma apologia ao trabalho e ao planeamento, ao jogo de tabuleiro adaptado a um campo de futebol, onde variadas peças se movem em busca de um objectivo único. E com a vital vantagem de, ao mesmo tempo, ter tido coração e coragem, afastando-se do cinismo que tantas vezes vem de mãos dadas a estes triunfos.
Há muito tempo que não tínhamos a oportunidade de ver uma vitória num jogo grande em Portugal tão estrategicamente sem mácula e haverá com certeza beleza nisso. Mas apesar deste elogio à rotina, não nos esqueçamos que o improviso também faz parte do futebol, principalmente quando o plano inicial falha. O plano do Sporting para a Luz resultou na perfeição, também porque o Benfica não o soube acautelar.
Mas outras equipas já o conseguiram fazer - e os golos salvadores de Coates após cantos contam alguma história. Um canto treina-se, claro, não é uma questão de improviso, mas alturas haverá em que o Sporting terá de improvisar. E como se sairá encostado às cordas será um dos pontos fulcrais do Sporting 2021/22.
Excerto da crónica de Lídia Paralta Gomes, em Tribuna Expresso
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