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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não escrevo aqui sobre as aventuras e desventuras do futebol. Mas, como votante desde a primeira candidatura de Bruno de Carvalho (ou de qualquer alternativa ao que foram duas décadas de destruição do meu clube) e alguém que integrou a sua Comissão de Honra nas últimas eleições, sinto o dever de escrever isto: por melhor que tenha sido o seu trabalho à frente do clube (mesmo que o estilo fosse, como escrevi várias vezes, dispensável), isso não dá ao presidente qualquer tutela sobre a consciência dos sócios dos Sporting. Pelo menos sobre a minha não dará.
Eles, como eu e como o sócio Bruno de Carvalho, devem votar qualquer alteração aos estatutos ou qualquer regulamento disciplinar do clube conforme dita a sua consciência. Qualquer ameaça de demissão ou de não recandidatura deve ser totalmente ignorada. É irrelevante para o debate. Os estatutos e os regulamentos do clube ultrapassam qualquer presidente, sempre circunstancial. E este, como qualquer outro, tem o dever de o perceber.
Um presidente lidera, não faz chantagem nem ameaças. Não põe condições aos sócios, aceita as condições dos sócios. Não dá ordens aos sócios, obedece aos sócios. E é por pensar assim que tenciono, se conseguir, ir à próxima Assembleia Geral para votar favoravelmente umas coisas e desfavoravelmente outras e, no fim, aceitar o resultado da votação.
O que o presidente eventualmente decide fazer se não gostar do resultado é um assunto que me é totalmente indiferente. Se se recandidatar e não houver melhor alternativa, muito provavelmente terá pela quarta vez o meu voto. Se não se recandidatar haverá seguramente quem o faça. Os sócios não têm de pedir autorização a ninguém para votarem como entendem.
Daniel Oliveira, jornalista e sócio do Sporting
P.S.: Agradecemos a referência do leitor INOCENCIO.
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