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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não é de estranhar que em certos cantos da praça noticiosa já se nota um certo destaque aos 4 cartões amarelos de William Carvalho e Fredy Montero, dado que daqui a dois jogos o Sporting defronta o clube da Luz. Ambos viram o 4.º amarelo no dia 11 de Janeiro, na 15.ª jornada, no jogo do Estoril, o que significa que poderiam ter "limpo" o registo frente ao Arouca, cumprir o respectivo jogo de castigo este fim-de-semana pela visita da Académica a Alvalade e estarem completamente tranquilos para o importante "derby" da 18.ª jornada.
Desconheço o funcionamento interno desta SAD, assim como a filosofia de Leonardo Jardim neste sentido, ficando portanto na dúvida quem tem a palavra final sobre decisões deste cariz. Ao longo dos anos, trabalhei com treinadores que são receptivos a estas "limpezas" e com outros que optam por viver à beira do precipício, assumindo posteriormente as consequências das suas decisões. Por norma, tenta-se respeitar sempre a preferência do treinador mas a decisão é invariavelmente feita em reunião, com a participação do director responsável e a equipa técnica, assente essencialmente nas alternativas que o plantel oferece e o calendário da competição.
Pessoalmente, sempre preferi "limpar" o registo assim que possível, com jogadores importantes para a equipa, como é o caso de William Carvalho e Fredy Montero. Por conseguinte, teria dado instruções para esse efeito relativamente ao jogo com o Arouca. Dito isto e atendendo ao espírito puritano que aparenta prevalecer no Sporting, não me admiraria nada que haja quem seja contra estas medidas de "limpeza", porventura por as considerar desonestas. Tive esta exacta conversa com um amigo meu - sportinguista - e a resposta dele foi, "Se não jogarem contra o Benfica, não jogam", minimizando o impacte da sua ausência. Bem, disse e digo eu, se aquele que é nada menos do que o melhor jogador do Sporting da actualidade e, o outro, que apesar da "seca", é o melhor marcador, não fazem falta, então sou eu que não percebo patavina de futebol.
Como todos nós sabemos, não é preciso cometer grande falta para ver um "amarelo" com certos árbitros, e mesmo com o jogador consciente da situação, na fervura da luta e inadvertidamente, é muito fácil acontecer. Esperamos que não venha a ser esse o caso no domingo frente aos "estudantes".
Nota à parte, sempre que se evoca este tema, vem-me prontamente à ideia o notório caso de Liedson de há uns anos atrás, em que o "balão" para a bancada impediu-o de jogar contra o clube da Luz. Ainda hoje insisto que o fez deliberadamente mas, muito sinceramente, nunca consegui apurar as razões.
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