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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Segundo Luciano Gonçalves, o novo presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), a partir da próxima época poderão ser requisitados árbitros estrangeiros para dirigir jogos das competições profissionais portuguesas:
«Esta medida foi ratificada em Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol e é uma hipótese que estará em cima da mesa ao longo da temporada. Falta ainda definir a forma como esses árbitros serão requisitados, a sua nacionalidade e se a medida abrangerá somente os jogos com os chamados "grandes". Esta medida só foi aprovada para salvaguardar essa possibilidade.»
Compreendo muitíssimo bem a razão de ser desta tomada de decisão - aliás, é um tema debatido há anos - mas nem por isso deixo de lamentar a sua necessidade, por considerar que desprestigia portugueses e o futebol português.
Fundamentalmente, não se procura competência fora fronteiras. Há e sempre houve árbitros competentes em Portugal. Procura-se, sim, isenção de critérios e imparcialidade, reconhecendo-se que são valores humanos cada vez mais difíceis de garantir através de juízes portugueses. E é precisamente isto que é lamentável e diz muito pouco do carácter português.
Com tudo isto dito, contudo, teremos de esperar para ver como funcionará na prática, não só quanto à escolha dos homens do apito estrangeiros, como também pela inevitável vulnerabilidade ao erro dos mesmos, como pode muito facilmente ser comprovado nas competições europeias.
A segunda também importante medida que foi aprovada, relaciona-se com a divulgação dos relatórios dos árbitros logo após os jogos. Luciano Gonçalves confirmou a novidade, não esclarecendo, no entanto, o timing da divulgação, uma vez que os relatórios terão de ser analisados primeiro pelo Conselho de Arbitragem.
Nada a apontar neste contexto. Uma medida que já devia estar a ser praticada há muito e a única razão que demorou tanto tempo a vir à luz do dia é, apenas e tão só, porque seria - e será ainda - uma inconveniência para determinadas figuras e até organismos do futebol português.
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