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As Notas de Julius 2023/24 (41)

Julius Coelho, em 18.03.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Boavista da 26ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 6-1. Golos de Viktor Gyokeres 45', 68', 79' (Penálti), Paulinho 54', 90+5' e Nuno Santos 88'.

O GOLO FORASTEIRO ACORDOU E SOLTOU OS LEÕES INSACIÁVEIS

O Sporting foi duramente castigado no único ataque do Boavista, uma má abordagem do seu guarda-redes (Fanco Israel) permitiu o golo da equipa do Bessa que gelou Alvalade, deixando os seus adeptos a roer as unhas durante 45', até que Paulinho fez explodir as bancadas com o golo do empate em cima do intervalo, foi o momento mágico, que iria lançar a equipa para uma segunda parte demolidora. Onze leões à solta e insaciáveis brindaram depois o público com uma avalanche aterradora de ataques sucessivos, bem construídos, que culminaram com uma goleada das antigas, meia dúzia de golos e que ainda podiam ter sido mais. Gyökeres fez hat trick e assistiu, Paulinho liderou a revolta, marcando 2 golos e também assistiu, Nuno Santos marcou e fez 2 assistências, Geny também brilhou, decisiva a sua assistência para o golo da remontada.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - "Gyotrickeres" foi um leão ferido que se transformou num "animal" indomável e insaciável. Destroçou como um furacão toda a defesa axadrezada, rompendo-a por todos os lados, marcou 3 golos, assistiu e ainda escaldou por várias vezes as mãos do guarda-redes do Boavista.

FRANCO ISRAEL - 2.5 - Uma má execução na sua única intervenção, colocou a equipa em apuros em quase toda a primeira parte. Assistiu depois de cadeirinha à remontada, sem nunca mais ser incomodado.

GENY CATAMO - 4 - Entregou-se ao jogo com ganas de ajudar a dar a volta no resultado, a assistência milimétrica para o golo da remontada foi fantástica e o estádio respondeu com tremenda explosão de alegria.

OUSMANE DIOMANDE - 4 - Exibição muito personalizada, com a equipa a ver-se a perder muito cedo, assumiu com coragem a tolerância zero e não deu a mínima chance aos avançados do Bessa. Falhou uma oportunidade flagrante de marcar, numa recarga e com a baliza escancarada atirou ao lado.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Na gíria deu "duas casas" muito pouco habituais no capitão, escorregou, com a bola a ficar à mercê do adversário. Um tremendo "cabezazo" proporcionou uma das defesas da noite ao João Gonçalves.

MATHEUS REUS - 4 - Deu tudo o que tinha e foi dos melhores na primeira parte em que disputou cada lance com raça e intensidade, ajudando a empurrar a equipa na busca da remontada. Saiu exausto aos 55'.

NUNO SANTOS - 4.5 - Sempre com o pé no acelerador voltou a trazer muita intensidade ao seu corredor, combinou quase sempre bem na ligação com o avançado sueco. Fez 2 assistências e marcou o 5º golo.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - O exemplo de um leão ferido, deu mau trato a todos os adversários que tentaram passar pelo seu território. Levou um amarelo e por precaução não regressou após intervalo.

HIDEMASA MORITA - 5 - Parecia multiplicar-se por vários Moritas, porque aparecia em todas as partes, percebeu o perigo e teve que mostrar os galões fazendo uma grande exibição.

FRANCISCO TRINCÃO - 4.5 - Correu kilómetros, tentando agarrar o jogo e a equipa por várias vezes na procura da remontada. Rápido com a bola e muito sacrificado sem ela, mostrou sempre grande inconformismo com o resultado adverso.

PAULINHO - 5 - Liderou a revolta, com uma grande assistência para o golo do empate, no tal momento mágico, a segundos do intervalo, e no início da segunda parte fez o golo da remontada que abanou todo o estádio, acreditou que chegaria aquela bola lançada pelo Geny.

DANIEL BRAGANÇA - 4 - Substituiu o colega dinamarquês e teve grande entrada no jogo, a subir claramente de forma, ganhou a maioria dos duelos e mandou no meio campo. Ofereceu à equipa muita confiança para poder construir os 5 golos que marcou na segunda parte.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Substituiu o exausto Matheus Reis mas teve entrada em falso, falhou nas primeiras intervenções, mas depressa se recompôs. Com um melhor acerto respaldou as costas do Nuno Santos, barrando quaisquer intento do adversário por aquele lado. Sofreu a grande penalidade que resultou no hat trick do Gyokeres.

EDUARDO QUARESMA - 3 - Jogou os vinte minutos finais, com o adversário já vencido e rendido sem qualquer chama atacante. Limitou-se a fechar e bem as costas do Geny.

RICARDO ESGAIO - 2 - Entrou para os derradeiros dez minutos e sem lances de registo.

KOBA KOINDREDI - 2 - Pouco tempo em jogo permitiram ainda assim, levar a bola em 2 lances vistosos, com critério e bem protegida entre linhas do adversário.

RÚBEN AMORIM - 6 - Foi aterrar em Lisboa na sexta feira e só ter o sábado para preparar o confronto de domingo, contra um adversário que podia provocar dissabores. Nesta fase, já não há margem para a recuperação de pontos perdido, só a vitória permite manter a ténue vantagem para o segundo classificado da Liga. A equipa levou logo no inicio um forte murro no estômago, mas teve uma reacção fantástica, exemplar, de campeão. Geriu bem o estado emocional de todos da equipa, levando-a a dar tudo, numa demonstração de força e qualidade, para uma goleada justa, face as inúmeras oportunidades e com lances bem desenhados.

RICARDO PAIVA - 2 - Ainda provocou danos nas unhas dos adeptos do Sporting, com aquele golo madrugador e muito fortuito, "construído" pelo guarda-redes do Sporting na única vez que chegaram à sua área com relativo perigo. A partir daí, viu a sua equipa a ser amassada e só foi uma questão de tempo e do número de golos que acabaram por surgir naturalmente.

ANTÓNIO NOBRE (Árbitro) - 3 - Conseguiu sempre e desde o início enervar as bancadas afectas aos leões pelas várias decisões forçadas em prejuízo do Sporting. Desconcentrado não marcou de imediato a grande penalidade clara e evidente sobre o Gonçalo Inácio, não fosse o VAR e...

LUÍS GODINHO (VAR) - 6 - O lance da grande penalidade sobre o Gonçalo Inácio a que o VAR teve que chamar o árbitro ao monitor, é a prova consistente da grande utilidade desta ferramenta, seria mais uma grande penalidade sonegada ao Sporting.

publicado às 05:34

As Notas de Julius 2023/24 (40)

Julius Coelho, em 15.03.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com a Atalanta para a LIGA EUROPA OITAVOS-DE-FINAL 2ª MÃO, que resultou numa derrota por 2-1. Golo de Pedro Gonçalves 33'.

"ADIOS" EUROPA!

Depois do mau ensaio em Alvalade no jogo da 1ª mão, o Sporting respondeu com uma excelente primeira parte no reduto da Atalanta, mostrando uma clara superioridade contrariando a esperada pressão do adversário e pondo em silêncio o público italiano que encheu as bancadas do estádio. Com justiça chegou à vantagem com um golo de execução soberba da dupla Gyokeres/Pote, mas o reatar pós-intervalo foi (mais uma vez) um descalabro, ainda não tinha decorrido um minuto e já os italianos tinham empatado, um golo que os galvanizou para a reviravolta que acabou por acontecer pouco depois. 2 golos muito consentidos pela defesa leonina que obrigou depois a equipa (já sem Pote) a esforços redobrados a correr atrás do resultado. Nos derradeiros 10 minutos a equipa de Amorim dispôs de várias chances (4) claras para empatar e levar o jogo pelo menos para o prolongamento, mas Edwards (partida deprimente) e Paulinho falharam clamorosamente.

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DESTAQUE - PEDRO GONAÇALVES - 3.5 - Deixou a sua marca com a fantástica jogada finalizada com o excelente golo que dava vantagem na eliminatória. Espontâneamente, as lágrimas brotaram-lhe pelo rosto, mas não foram de felicidade mas sim de tristeza e dor pelo músculo rasgado. Viu-se a diferença de uma equipa com Pote, a mandar no jogo e depois sem ele, em que nunca mais se encontrou.

FRANCO ISRAEL - 3.5 - A equipa perdeu o jogo e a Europa mas ganhou um guarda-redes. O jovem uruguaio está mostrar que pode agarrar a baliza do "Damas". Não foi por ele que o Sporting foi eliminado.

RICARDO ESGAIO - 1 - Voltou a mostrar o que já se sabe, tem poucos argumentos para jogar a este nível elevado na Europa numa equipa do Sporting. A abordagem que teve no golo do empate italiano é surreal. Tentou uma grande corrida para se isolar pelo centro do terreno, mas fé-lo com pouca velocidade e foi parado.

JEREMIAH ST. JUSTE - 2 - Continua ainda muito longe do que pode e sabe fazer, com culpas também nos dois golos da Atalanta, no primeiro chutou na atmosfera. Mostrou pouca mobilidade nos apoios da construção. O Lookman deu-lhe água pela barba na 2ª parte.

OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Ainda é uma miniatura do "El Comandante Coates", muito físico, muita mobilidade mas também alguns erros graves no posicionamento na feroz marcação ao Scamacca. A posição de "5º homem" obriga também a manter a ordem e o comando e aí ainda lhe falta....voz. Nos golos sofridos marcou com os olhos.

GONÇALO INÁCIO - 2 - Aquele passe para os pés do Miranchuk e que resultou no golo da reviravolta italiana, mostrou bem que tem que trabalhar muito mais a concentração após-intervalo e já aconteceu outras vezes. A este nível de competição os erros têm quase sempre custos elevados. Teve o golo do empate à mercê, mas calculou mal o salto

MATHEUS REIS - 2 - Exibição pouco consistente mas fora da culpa directa nos golos sofridos, faltou mais audácia no apoio da construção, temeroso, poucas vezes procurou a profundidade das costas da defesa italiana.

MORTEN HJULMAND - 3 - Grande primeira parte (com Pote) do "6" leonino, pautou o jogo em grande nível técnico e táctico. No arranque da segunda parte e com os italianos a apertarem ainda mais, sentiu muito a falta do Pote ou até do Morita para fechar os espaços no meio campo, período em que foi forçado a recuar várias vezes, empurrado, até à zona central da sua baliza. Com a entrada do Daniel Bragança pôde de novo avançar no terreno, recuperar os seus espaços e o comando das ligações com a linha da frente.

FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Muito ausente do jogo, com a saída do Pote por lesão esperava-se que assumisse esse papel mais criativo e a ligação artística com o Gyokeres, nem uma coisa nem outra, perdendo a maioria dos duelos. Por uma vez tentou isolar-se mas faltou-lhe velocidade.

MARCUS EDWARDS - 1 - Não esteve em Bérgamo. Jogador de dupla personalidade, um génio em uma meia dúzia de jogos por época e no resto dos jogos (esmagadora maioria) um "meia leca" fraco com e sem bola e com mentalidade de um júnior que não sabe ler o jogo. Joga sem alegria alguma, como se de um frete se tratasse. As vezes que perdeu a bola (os adversários já sabem que é só encostar) somando as oportunidades claras de fazer golo, quando nem à baliza remata, colocaram-no como o pior elemento da equipa. Terá que reflectir muito no que pretende do seu futuro no Sporting.

VICKTOR GYOKERES - 3 - Sempre com entrega de corpo e alma ao jogo, preponderante em toda a primeira parte no seu habitual papel de fugitivo quando teve Pote nos seus trilhos. A segunda parte foi diferente, muito mais isolado e sem alimentação da bola, só lá chegava com os chutos do Franco Israel. Também foi melhor marcado fisicamente por um defensor possante que o afastou mais do jogo.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Com dificuldades no início, com um estilo muito diferente do Pote demorou a adaptação ao jogo do adversário e ao da equipa e vice versa, só depois da reviravolta italiana se soltou, cerrou os dentes e agarrou o meio campo junto com o colega dinamarquês, ajudando a equipa a retomar de novo as redeas da partida e a encostar os italianos às cordas até ao apito final.

GENY CATAMO - 2 - Perdeu os 2 primeiros lances e deixou-se intimidar, perdeu audácia e alguma coragem de enfrentar os duelos nunca conseguindo ganhar a profundidade. Fez grande assistência para Edwards falhar escandalosamente e teve a sua oportunidade em lance do seu jeito, atirou em arco com a bola a subir muito.

NUNO SANTOS - 2 - Tentou trazer mais energia ao corredor direito, mas as suas usuais falhas técnicas tiraram-lhe confiança quando perdeu as primeiras bolas para o adversário. No minuto 90' teve um grande remate com a bola a sobrar para o Edwards ter a sua segunda grande perdida da noite atirando para as nuvens.

EDUARDO QUARESMA - 1 - Está a passar um momento critico, de menor confiança física, acusando os vários jogos seguidos em alta rotação. Não trouxe melhoria ao corredor direito, o sector mais fraco da equipa em todo o jogo

PAULINHO - 1 - Esteve perto do Céu, um grande lançamento isolou-o na cara do guarda-redes italiano e tomou a pior decisão, um chapéu já sem espaço quando tinha melhores opções, depois um outro lance com um cruzamento bem à sua medida, mas só fez cócegas com a cabeça na bola.

RÚBEN AMORIM - 2.5 - Jogo estranho com esforço inglório. Quis a vingança do jogo de Alvalade com a primeira parte a ser muito bem conseguida, mas a lesão do Pote e já sem o Morita a equipa afundou-se e não conseguiu segurar a vantagem que levou do intervalo. Terá que reflectir muito sobre a estranha entrada da equipa para as segundas partes, os adversários já usam esse "apagão" como estratégia. Tentou dar mais energia, renovando os corredores e construiu as oportunidades, mas azar, a bola veio parar sempre aos pés dos avançados errados.

GIAN PIERO GASPERINI - 3 - Sempre pragmáticos, duros no corpo a corpo e com enorme aproveitamento do que lhes foi oferecido pelo Sporting. Golos muito facilitados a juntar à ineficácia dos avançados leoninos construiram a sua passagem na eliminatória.

SANDRO SCHÄRER (Árbitro, Suiça) - 2.5 - Arbitragem inclinadinha para os italianos sempre que havia dúvida dos lances. Faltas duras com placagens evidentes dos italianos que deixou passar em claro.

LUCAS FAHNDRICH (VAR, Suiça) - 3 - Sem erros no pouco que teve que analisar.

publicado às 04:30

As Notas de Julius 2023/24 (39)

Julius Coelho, em 11.03.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arouca da 25ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-0. Golos de Viktor Gyokeres 19', Geny Catamo 90+1' e Morten Hjulmand 90+6'.

GENY & GYO RESOLVERAM JOGO DIFÍCIL

Sporting ultrapassou um adversário temeroso, o Arouca, com uma vitória expressiva, mas muito suada. Beneficiaram de um golo nos minutos iniciais mas mantiveram a incerteza do resultado até aos 90'+1, quando Geny Catamo com um "golazo" matou o jogo e as esperanças dos bravos arouquences que tiveram uma melhor adaptação ao relvado em péssimas condições. Logo a seguir Morten Hjulmand deu o xeque mate definitivo com o terceiro golo, que consolidou a liderança dos leões na entrada para a derradeira fase da luta pelo título. 

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DESTAQUE - GENY CATAMO - 5 - À terceira foi de vez, já tinha ameaçado antes com 2 "tiros" mas com a bola a subir demasiado. Com a mira finalmente calibrada pôde fuzilar, sacando as dúvidas de um jogo que ameaçava querer complicar-se. Foi a figura, o seu golo confirmou o triunfo que ainda não estava de todo garantido e fez suspirar de alívio todas as hostes sportinguistas.

FRANCO ISRAEL - 4.5 - Está-se a querer confirmar como a grande surpresa da equipa nesta fase da época, conseguiu fazer esquecer o Adán, ganhando créditos na confiança do seu valor. Duas grandes intervenções, sendo uma delas fantástica a negar o golo do empate ao Arouca.

EDUARDO QUARESMA - 3 - Muitas dificuldades em adaptar-se ao terreno empapado, sem conseguir sair com a bola no pé. Por duas vezes deixou escapar o veloz guineense Sylla e que quase faz o golo do empate. Já não voltou para a segunda parte (Gonçalo Inácio).

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - O capitão voltou a fazer um grande jogo, assumindo a importância da equipa ter que ganhar, liderou o factor concentração dos colegas em todos os momentos do jogo. Imperial no jogo aéreo, mas com o terreno muito empapado e com aquele trio de atacantes arouquenses extremamente velozes, não havia margem para riscos desnecessários e foi por isso substituído quando deu os primeiros sinais de fadiga.

OUSMANE DIAMONDE - 5 - Agora sim, já chegou! "bien venido" da CAN Diomande, foi simplesmente inultrapassável, pelo ar, pelo chão, na antecipação, nos duelos, à esquerda e por fim no centro, foi um autentico leão indomável, grande exibição.

MATHEUS REIS - 4 - Exibição muito competente, até os cruzamentos lhe saíram desta vez com critério, sendo assertivo com e sem bola. Fez grande assistência no primeiro golo, o avançado sueco foi só encostar.

MORTEN HJULMAND - 5 - No geral esteve bem, alguns problemas na primeira parte com o adversário a encontrar as linhas pelo centro do terreno e que criaram desequilíbrios. Corrigiu na segunda parte subindo claramente de rendimento e acabou em grande nível, marcando o 3º golo, num lance que é ele próprio a recuperar a bola.

HIDEMASA MORITA - 3.5 - Teve início forte com muita mobilidade, decisivo a empurrar o Arouca para trás nos minutos iniciais. Com a vantagem no marcador recuou, fazendo espera ao adversário mais atrás e com isso dividiu mais o jogo, permitindo espaços vazios no centro do terreno. Foi perdendo gás e acabou substituído aos 77'. 

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - A grande vontade de querer fazer muito e depressa sacou-lhe a real leitura dos lances, em vários deles foi muito trapalhão, sem o rigor do critério que se pedia. No remate também pecou, com o Gyokeres solto para encostar decidiu atirar para as nuvens.

FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Teve acção muito decisiva no primeiro golo. Num outro lance e após vários dribles entrou na área isolado, mas adiantou muito a bola.

VIKTOR GYOKERES - 5 - Voltou a marcar (descolou-se outra vez do Banza) e assistiu para o golo final do colega dinamarquês. Por duas vezes apareceu na cara do Arruabarrena, mas perdoou, definindo mal.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Entrou apenas na segunda parte e teve início algo complicado, falhando várias interceptações, foi-se adaptando ao jogo e com mais confiança melhorou de produção com o correr do jogo. Terminou igual a si próprio.

JEREMIAH ST.JUSTE - 3 - Entrou bem na partida, mais rápido na chegada aos lances e assertivo no critério. Foi decisivo num lance perigoso com a sua conhecida velocidade.

PAULINHO - 3 - Conquistou a nota positiva pelo excelente lance em que recebeu a bola, rodou e serviu bem o jovem moçambicano para o golo que tranquilizou a equipa e os seus adeptos.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Decisiva a sua entrada quando Morita já não dava mais e o Arouca voltava a ameaçar querer dividir o jogo no meio campo. Ajudou a recuperar o controle do centro do terreno e a criar as bases para os golos da vitória que acabaram por chegar.

NUNO SANTOS - SEM NOTA - (entrou aos 90')

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RÚBEN AMORIM - 5 - Na teoria era um dos campos mais complicados e para agravar a situação, a chuva forte estragou o relvado, criando mais um obstáculo extra à equipa. 3 golos marcados e outros tantos lances desperdiçados dão a ideia de uma vitória fácil, mas não foi assim, o desperdício de golos feitos, provocou a dúvida no resultado quase até final, com o Arouca a ameaçar o empate em cada lance que ganhava a bola. Foi obrigado a fazer correcções, com a equipa na segunda parte a conseguir fechar melhor as linhas de passe aos Arouquenses no centro do terreno, fechando-lhe a torneira que jorrou vários lances de aproximação perigosa à área do Sporting em toda a primeira parte.

DANIEL SOUSA - 3.5 - Ainda embalados pela grande vitória ao FC Porto chegaram a este jogo com o Sporting super motivados, acreditando que também podiam tirar-lhes pontos. Deram tremenda réplica, lutando por cada lance e por todo o centímetro do terreno, explorando com inteligência os equívocos da primeira parte da equipa de Amorim no meio campo, provocando incerteza no resultado quase até o final. Muito bem montada a sua equipa, com ideias de jogo bem claras.

NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 5 - Bom arbitragem no geral, com alguns erros mais notáveis na segunda parte, em que não fez boa avaliação em alguns lances faltosos.

TIAGO MARTINS (VAR) - 5 - Todos lances a foi chamado para passar a pente fino com as imagens ao seu dispor, decidiu bem.

publicado às 05:45

As Notas de Julius 2023/24 (38)

Julius Coelho, em 07.03.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com a Atalanta para a LIGA EUROPA OITAVOS-DE-FINAL que resultou num empate 1-1. Golo de Paulinho 17'.

LEÃO REMENDADO FICOU CURTO PARA A EUROPA

Com a ausência de alguns elementos nucleares, a equipa ressentiu-se e não foi capaz de manter durante muito tempo a vantagem do golo marcado por Paulinho, aos 17 minutos. Os italianos responderam rapidamente, adaptando-se e explorando as fragilidades que o Sporting colocou bem a nu pela queda abrupta da intensidade, incapaz de contrariar as amarras que resultavam da tremenda pressão que os jogadores da Atalanta exerceram em todas as zonas do campo. Os leões com o foco principal na conquista do campeonato e com as várias mexidas na equipa mais titular, levaram para o jogo uma mensagem de cumprimento de serviços mínimos que pudessem manter intactas as possibilidades de discutir a eliminatória em Itália. Um risco que acabou por resultar, apesar de verem 3 bolas a serem devolvidas pelos ferros da sua baliza.

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DESTAQUE - FRANCO ISRAEL - 4.5 - Seis grandes "defesas", 3 delas com os olhos, a desviar a bola para os postes. Surpreendeu pela positiva na maior parte dos lances que interviu. No golo italiano ficou demasiado amarrado na baliza e chegou atrasado para corrigir o erro do passe curto do Quaresma.

GENY CATAMO - 3 - Na única vez que conseguiu fugir aos italianos deslumbrou-se, isolado rematou muito denunciado à figura do guarda redes da Atalanta quando tinha o colega Gyokeres em melhor posição de poder encostar para golo.

EDUARDO QUARESMA - 2.5 - Exibição comprometedora com 2 grandes erros, tem culpas directas no golo italiano pelo atraso muito curto para o seu guarda redes que reagiu tarde e deixou-se comer já dentro da área com uma "cueca", pelo veloz Lookman que atirou ao poste. Melhor acerto na parte final do jogo a defender e com algumas iniciativas de saída com bola em slalom.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 4 - Esteve num nível bem superior aos colegas da defesa, nunca se deixou intimidar pela pressão forte muito subida dos italianos. Teve grande chance de fazer o 2-1 com um "cabezazo" a levar a bola a embater no poste. 

OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Ainda não regressou da CAN.

MATHEUS REIS - 3 - Decisivo no lance que resultou no golo leonino. A pressão constante dos italianos amarrou-o a maior parte do tempo nas acções defensivas.

KOBA KOINDREDI - 2.5 - Algumas poucas saídas e passes largos com boa intenção resultaram em muito pouco para o que a equipa necessitava. Muito macio sem bola, quase sempre acampado esqueceu-se que também fazia parte do jogo.

HIDEMASA MORITA - 3 -Exibiu-se num ritmo muito moderado, sem meter o pé na disputa, evitando os apertos. 

FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - O elemento mais inconfomado da equipa, tentou sempre esticar o jogo carregando a bola e a equipa para a frente nas poucas vezes que os italianos permitiram.

MARCUS EDWARDS - 2.5 - Um grande lance de início enganou a todos que pensaram que iria ter uma grande noite, rapidamente voltou ao registo medíocre dos últimos jogos.

PAULINHO - 3.5 - Um grande lance que resultou num excelente golo, com remate de sucesso e de ângulo já apertado e acabou aí aos (17').

MORTEN HJULMAND - 3 - Poupado jogou a segunda parte e trouxe outro perfume ao meio campo da equipa, mesmo com os italianos a imporem um maior domínio.

JEREMIAH ST. JUSTE - 2.5 - Ainda procura ganhar confiança para poder chegar ao nível que lhe conhecemos.

VIKTOR GYOKERES - 3 - Também foi poupado e só cumpriu os 45' da segunda parte, ao ritmo de um treino "puchadito", sem grandes riscos físicos.

RICARDO ESGAIO - 3 - Os italianos estavam a crescer no jogo e a ameaçar poder voltar a marcar, entrou fresco para fechar o seu corredor e conseguiu.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Entrou para contrariar a pressão cada vez mais intensa que os italianos exerciam em todas as zonas do campo, num ultimo forcing para chegarem ao golo da vitória, o Daniel ajudou a repôr o equilíbrio.

RÚBEN AMORIM - 3 - Momento difícil, ter que saber gerir a equipa mantendo-a na luta final nas duas competições mais importantes da época. Nem todos da equipa conseguiram corresponder positivamente, à sua estratégia de poder levar vantagem no marcador para Itália, a Atalanta apresentou-se com maior capacidade física, limpando com relativa facilidade a maioria dos lances que podiam gerar perigo à sua baliza. O positivo da noite, a eliminatória continuar em aberto e viu com satisfação que pode contar com um guarda- redes à altura dos grandes desafios que a equipa tem pela frente.

GIAN PIERO GASPERINI - 3.5 - Voltou a mostrar que preparou uma equipa muito competitiva, que consegue pressionar durante os 90' e com uma intensidade bem superior ao que o Sporting confronta na Liga portuguesa e também com bons recursos no banco, que lhe permitem fazer rotação sem provocar grandes oscilações no jogo da equipa. Beneficiou muito com o facto de este ser o melhor momento para defrontar um Sporting muito focado na luta (muito acesa) pelo título.

DANIEL SIEBERT (Árbitro - Alemanha) - 3.5 - Jogo sem grandes casos, tomou decisões fáceis, algumas delas (faltas) com inclinação no benefício dos italianos e que pareceram despropositadas.

DASTIAN DANKERT (VAR - Alemanha) - 3.5 - Sem casos complicados para decidir.

publicado às 06:05

As Notas de Julius 2023/24 (37)

Julius Coelho, em 04.03.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o S.C. Farense da 24ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-2. Golos de Daniel Bragança 11', Viktor Gyokeres 29' e Pote 53'.

TANTO FUTEBOL, TANTAS OPORTUNIDADES, PORQUÊ TANTO SOFRIMENTO?

O Sporting em gestão cumpriu diante do Farense. Uma grande entrada de leão a empurrarem os algarvios para o seu meio campo, com um futebol vivo, enérgico e muito atractivo que com naturalidade chegou à vantagem de 2 golos, viu 2 remates devolvidos pelos postes e várias outras acções de ataque bem construídas serem desperdiçadas no ultimo passe por milímetros e que há meia hora de jogo, podiam dar já uma expressão de goleada por 4 ou 5 golos, mas...só durou 30'. O desgaste do derby de quinta feira fez-se sentir, a equipa começou a perder gás, velocidade e a pressionar menos na frente, oferecendo espaços e com isso vida ao adversário. Uma má entrada na 2ª parte (outra vez) permitiu ao Farense empatar a partida, obrigando o treinador do Sporting a lançar os pesos pesados para recuperar o controle do jogo e dar nova energia a uma defesa que se estava a tornar macia. Pedro Gonçalves acabou por resolver com o 3º golo, garantindo uma vitória justíssima, que levou a equipa à liderança isolada da Liga.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 4 - Sempre ele a fazer a diferença, marcou um "golazo" e fez a jogada da noite que levantou o estádio, um lance que merecia ter acabado em golo. Assumiu a voz de patrão quando o adversário fez o 2-2, empurrando a equipa para a vitória, é um ganhador nato.

FRANCO ISRAEL - 3.5 - Teve uma noite muito ingrata, de suor e sangue, sofreu 2 golos sem grandes possibilidades de os evitar e fez 2 grandes defesas a mostrar que podem contar com ele.

RICARDO ESGAIO - 3.5 - No seu jeito "sorrateiro"  apareceu algumas vezes solto sem marcação, mas a falhar os vários cruzamentos, acabou por acertar no mais importante, quando assistiu para o 3º golo que garantiu a vitória.

JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - Exibição agridoce, esteve perto de marcar por 2 vezes, uma delas com a bola a bater no poste, mas no inverso, teve desacerto na defesa, com passe errado para o adversário e falta perigosa à entrada da área  no mesmo lance. No golo do empate do Farense, também se deixou surpreender pela entrada fulgurante do José Luís no centro da área.

OUSMANE DIOMANDE - 3 - A paragem longa está a trazer-lhe dificuldades de voltar à sua forma, ainda não lê bem os lances e reage com lentidão. Voltou a presentar dificuldades nos duelos.

MATHEUS REIS - 3 - Uma exibição idêntica ao jovem colega da Costa do Marfim, dificuldades em impor-se nos duelos e na leitura dos espaços a fechar nas suas costas.

NUNO SANTOS - 3 - Imprimiu muita rotação nos seus movimentos, passando facilmente a segunda linha da defesa algarvia, os problemas chegam sempre depois, na ultima linha, quando tem que cruzar, a falta de técnica limita-o bastante e falhou todos os cruzamentos. Podia ter facturado, quando solto na área adversária rematou duas vezes seguidas, de letra a bola bateu num adversário e depois na recarga com o pé direito, chutou para a bancada.

MORTEN HJULMAND - 3 - Jogou em nítido sacrifício, mas deu ainda bom contributo à equipa na grande meia hora, o desgaste do jogo com o Benfica limitou-o bastante depois e não pôde reinar desta vez no meio campo. Foi dos primeiros a ser substituído 55'. 

DANIEL BRAGANÇA (Cap) - 4 - A melhor exibição desta época. Foi o capitão e fez por merecer a eleição, atirou-se com coragem ao jogo e foi o principal "culpado"  do grande domínio nos primeiros 30' do jogo. Marcou o 1º golo após excelente execução e teve outros lances de bom nível, como as várias recuperações da bola perto da área adversária.

PEDRO GONÇALVES - 4 - Continua a exibir-se em grande plano, a caminho quiçá da sua melhor época ao nível estatístico. Excelente assistência para o golo do Gyokeres e depois resolveu a partida, marcando também o seu golo.

MARCUS EDWARDS - 2.5 - Um pouco melhor que no jogo anterior, mas voltou a ser o elemento menos da equipa, não conseguiu fazer a diferença nos duelos e voltou a perder a bola várias vezes para o adversário, alimentando-lhe vários contra ataques.

FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Entrou bem no jogo (54'), no pior período da equipa já em queda pelo desgaste e ameaçava perder o meio campo. Trouxe energia, frescura e intensidade na melhor altura.

HIDEMASA MORITA - 3 - Não estaria prevista a sua entrada, mas com o resultado incerto e um adversário revigorado a impor alguma pressão, o japonês teve que saltar para o relvado com ordens claras de repor a ordem e conseguiu-o.

EDUARDO QUARESMA - 3 - Uma novidade vê-lo do outro lado de uma defesa que ameaçava abanar com as "chegadas" dos avançados do Farense, mais fresco e veloz fechou de vez a porta ao adversário.

SEBASTIÁN COATES - 3 - Também não estaría previsto vir a jogo, mas os golos do Farense assustaram, impedindo uma melhor gestão. O grande capitão Uruguaio com a sua entrada acalmou toda a defesa e a equipa, trazendo de novo a tranquilidade nos processos e com isso as investidas do adversário foram desaparecendo.

PAULINHO - 2 - Segundos após a sua entrada teve o 4º golo nos pés, teria feito melhor fazer o passe para o Gyokeres que seria só encostar, mas preferiu erradamente optar pelo remate com o guarda redes pela frente e já muito em cima da bola.

RÚBEN AMORIM - 3.5 - A equipa está a passar o momento mais crítico da época, nota-se o desgaste nos principais titulares numa altura crucial da luta pelos objectivos. Tenta tapar um dos lados, mas o lençol é curto e a montanha "russa" ainda só vai a meio. Fez a sua escolha para a equipa de ontem, com várias mexidas, que quase colocam a vitória em risco. Teve boas notícias do Norte com o Benfica a claudicar e que servirá de vitamina extra que ajudará os jogadores exaustos a esquecerem a dor e o cansaço para os próximos jogos. O Sporting é agora primeiro isolado na Liga e com um jogo a menos.

JOSÉ MOTA - 3 - A grande proeza, de em 3 jogos na época marcarem 6 golos à melhor equipa do campeonato e ainda o mérito da excelente reacção no jogo de ontem, depois de estarem a perder 2-0 e chegarem ao empate,  mantendo  até final o resultado indefinido, enervando o banco, jogadores e público de Alvalade. Nota positiva pela ambição demonstrada.

CLÁUDIO PEREIRA (Árbitro) - 4 - Boa arbitragem, sem erros de relevo para nenhuma das partes, deixou jogar a maior parte do tempo.

BRUNO ESTEVES (VAR) - 4 - Ao nível do colega do relvado, sem nada a apontar.

publicado às 04:15

As Notas de Julius 2023/24(36)

Julius Coelho, em 01.03.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Benfica para a Taça de Portugal - Meias Finais - 1ª mão, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Pedro Gonçalves 9' e Viktor Gyokeres 54'.

RESULTADO NÃO TRADUZ A GRANDE SUPERIORIDADE DO LEÃO

O Sporting teve um domínio avassalador sobre as águias durante mais de 1 hora, fazendo por merecer uma vantagem até superior aos 2 golos que se registava nessa altura, mas desperdiçaram várias transições por más definições e ainda terminaram mal a partida. Pote abriu o marcador e Gyokeres (muito individualista) voltou a marcar num lance em que fez o quis do Otamendi. Morita e Hjulmand encheram o campo, Coates foi o melhor da defesa, já Edwards voltou a passar ao lado do jogo e ainda falhou uma oportunidade clara para marcar. Uma vitória justíssima mas com resultado escasso muito injusto para os leões, que deixaram insaciados os seus adeptos.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Protagonizou o grande momento da noite com mais um lance genial, passou como uma bala pelo Otamendi que ficou "nas covas", isolando-se na área encarnada e fuzilou o Anatolii Trubin, fazendo o golo que dá ao Sporting vantagem para a segunda mão.

FRANCO ISRAEL - 3.5 - Nada pode fazer no golo sofrido, Aursners rematou de muito perto fuzilando a sua baliza. Passou noite tranquila, o adversário pouco incomodou.

GENY CATAMO - 3.5 - Exibição com alguns bons lances, mas que não tiveram melhor seguimento devido a alguma lentidão a definir. O momento mais alto, quando assistiu Gyokeres para o lance do segundo golo.

EDUARDO QUARESMA - 4 - Secou o David Neres atirando-o para fora da partida ainda cedo. Sentiu depois mais dificuldades em travar o Di Maria e o Tengstedt, quando estes passaram para o seu lado.

SEBASTIAN COATES (Cap) - 4.5 - Limpou a esmagadora maioria dos lances na sua zona, mas também se "esqueceu" de fechar o espaço onde apareceu o Aursners a fuzilar para o golo encarnado.

OUSMANE DIOMANDE - 3 - Exibição pouco convincente do costa-marfinense que procura ainda recuperar a sua forma. Surpreendeu, ao deixar-se bater em alguns lances aéreos.

MATHEUS REIS - 3.5 - Muito mais fiável a defender que depois na ajuda (sempre desastrada) ao ataque da equipa, com várias perdas de bola pelas más decisões que tomou.

MORTEN HJULMAND - 5 - Encheu o campo e fez excelente assistência para o primeiro golo do jogo, colocou a redondinha na cabeça do Pote que não falhou.

HIDEMASA MORITA - 5 - Também brilhou com exibição de grande nível, especialmente na antecipação cortando inúmeras bolas ao adversário.

PEDRO GONÇALVES - 4 - Excelente primeira parte, a fonte da criatividade e da classe com que assinou vários lances. Fez o sempre mais difícil primeiro golo que ajudou a libertar a equipa.

MARCUS EDWARDS - 2 -  Nunca acrescentou, perdeu quase todos os duelos no meio campo, podia ter marcado numa excelente oportunidade, só que demorou uma eternidade a definir. 

RICARDO ESGAIO - 1 - Fez entrada à sua imagem, competente a fechar e desastrado nas decisõs que tomou nos lances do ataque, por 2 vezes podia ter marcado, mas a chutou às cegas com a bola a passar muito por cima da baliza do Benfica.

NUNO SANTOS - 2 -  Quase que faz outro golo "Puskas" que seria o 3º e que daria maior justiça ao resultado, mas foi invalidado pelo VAR devido ao fora de jogo do Paulinho.

DANIEL BRAGANÇA - SEM NOTA - Entrou aos 90+2'.

JEREMIAH ST. JUSTE - SEM NOTA - Entrou aos 90+2'.

PAULINHO - SEM NOTA - Entrou aos 90+2'. 

RÚBEN AMORIM - 5 - Viu a sua equipa dar excelente resposta ao empate de Vila do Conde, marcando uma clara superioridade sobre o Benfica em todos os setores e que merecia ir para a segunda mão na Luz com uma vantagem bem mais dilatada. A diferença mínima sabe a muito pouco, face ao que a equipa jogou e não deixou jogar o adversário. 

ROGER SCHMIDT - 2 - O Benfica foi uma nulidade durante 1 hora de jogo e quase que não incomodou o Franco Israel em toda a partida. Fez o seu primeiro remate enquadrado aos 58 e só ganhou vida após o lance do Di Maria quando cruzou para o golo que reduziu a diferença. Um resultado claramente melhor que a exibição.

FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 3.5 - Apitou com as dificuldades do costume, má avaliação de alguns lances em que marcou falta ao contrário e não viu um penálti sobre o Pote. No capítulo disciplinar deixou os jogadores exagerarem nos protestos sem os admoestar com cartão amarelo.

FÁBIO MELO (VAR) - 2 - Devia ter intervido no lance em que há grande penalidade sobre o Pote. Ficaram  também algumas dúvidas sobre o lance que daria o 3º ao Sporting, parece ter sido o Otamendi a empurrar para fora de jogo o Paulinho.

publicado às 05:30

As Notas de Julius 2023/24 (35)

Julius Coelho, em 26.02.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave da 23ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 3-3. Golos de Morten Hjulmand 9', Viktor Gyokeres 44' e Sebastián Coates 73'.

FALTOU CABEÇA E COMPETÊNCIA !!!

Ao contrário do que prometeu o treinador do Sporting, afinal a equipa não se apresentou tão preparada para o embate em Vila do Conde, sendo surpreendida por um Rio Ave que teve a ousadia de dividir e discutir a posse e superiorizar-se a espaços na disputa dos lances. Os leões que entraram na partida praticamente a perder (3'), resultado de um erro grave do Geny Catamo que se deixou ultrapassar facilmente pelo marcador do golo, conseguiram depois a remontada, mas entraram numa espiral de erros grosseiros, alguns de difícil explicação, como as 2 grandes penalidades escusadas que ofereceram uma vitamina extra, a que os vilacondenses não se fizeram rogados. Coates ainda deu a esperança da vitória quando voltou a empatar a partida (3-3), mas faltou cabeça, organização e competência na zona de finalização. Um resultado que bem negativo na luta pelo título, mas só podem queixar-se de si próprios, independentemente dos erros grosseiros que a dupla árbitro/VAR cometeu, prejudicando o Sporting na influência directa do resultado final.

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DESTAQUE - HIDEMASA MORITA - 3.5 - Acabou por ser o elemento mais regular da equipa, o que menos erros cometeu. Esteve directamente envolvido no 1º (assistência) e 3º golos da equipa.

ANTONIO ADÁN - 1 - Voltou aos desempenhos catastróficos, exibição de um guardião "finito", numa clara linha descendente da sua carreira, nestes momentos que a equipa necessitava de um grande guarda redes. desiludiu, com péssimas abordagens. Provocou insegurança em quase todos os lances que interviu, um penálti escusado por chegar atrasado, uma bola que largou e que quase deu golo, somando várias outras decisões estranhas, como o arriscar fintar adversários junto à linha de golo.

GENY CATAMO - 1 - Entrou pessimamente mal na partida, como pode ser comido daquela forma tão facil no lance do primeiro golo? Acusou o erro e nunca mais se reencontrou, andou noutra frequência diferente da do jogo, ou se adiantava ou chegava atrasado aos lances.

OUSMANE DIOMANDE - 2 - Uma sombra do que tinha feito no jogo europeu anterior, teve dificuldades em acompanhar a velocidade dos avançados do Rio Ave por má leitura nos lances. Não deu a devida cobertura ao Geny na primeira parte e acumulou erros por faltas desnecessárias no segundo tempo, quando passou para a esquerda da defesa.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Seria também justo dar-lhe o destaque, impediu a derrota da equipa e deu o exemplo na raça e na concentração. Transmitiu sempre boa energia à equipa, empurrando-a por todos os meios para a muito desejada vitória que acabou por não acontecer.

GONÇALO INÁCIO - 2 - Muitas dificuldades em assentar o seu jogo, a acompanhar o ritmo alucinante da partida durante a primeira parte. Os demasiados espaços que o Nuno Santos deixava descobertos ainda lhe aumentaram os problemas. Acabou por sair com procupante lesão muscular.

NUNO SANTOS - 1 - Noite de pesadelo e inaceitável para um profissional do Sporting. Matou a equipa e no pior momento com um penálti inacreditável. O que é que lhe passou pela cabeça para atacar o lance quando só bastava fazer contenção? Além desse lance desastroso, acumulou uma série brutal de acções negativas. Terá as orelhas a arder, pelos raspanetes que levou do capitão Coates e do próprio Gyokeres. Uma atitude no jogo incompreensível, só ao nível de um juvenil e que teve consequências.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - Esteve sempre por cima na luta pelo meio campo, pena a grande instabilidade que a defesa provocou em toda a equipa e que o tirou do sério. Com um bom remate de ressaca fez o 1-1 e tentou repetir o mesmo remate por mais 2 vezes, mas acertou mal na bola.

PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Noite para esquecer, teve vários lances muito favoráveis para dar a vitória à equipa, mas esteve péssimo no remate e desastrado nas bolas paradas. Noutros lances no meio campo e com espaço raramente conseguiu dar a bola em boas condições aos colegas da frente.

FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Estava a ser claramente o elemento mais desequilibrador da equipa até se lesionar fortemente, num lance de claro penálti e eventual expulsão (pé em riste de pitões do Miguel Nóbrega) a que o árbitro e VAR fizeram vista grossa. Antes voltou a estar à beirinha de marcar, numa recarga à boca da baliza que proporcionou a defesa da noite ao Jhonatan.

VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Voltou a ser o elemento mais inconformado e que mais tentou levar a bola e a equipa até à área do Rio Ave, teve duas oportunidades, numa fez o golo da remontada quase a terminar a primeira parte e que podia ter galvanizado a equipa para a vitória, na outra o guarda-redes defendeu.

EDUARDO QUARESMA - 3 - O jogo rapidamente decifrou que devia ter sido ele o escolhido de início, conseguiu com melhor eficácia parar aquela ala direita supersónica do Rio Ave, mas também não ficou bem na fotografia quando deixou o Azis aparecer solto na área, com o Adán a provocar o penálti.

MARCUS EDWARDS - 1 - Entrou muitíssimo mal na partida, não se viu ganhar um único lance, apresentando-se particularmente inadaptado ao terreno e ao jogo do adversário, foi sempre um a menos na equipa.

MATHEUS REIS - 1 - Também não entrou nada bem no jogo, o que lhe valeu fortes reprimendas dos colegas especialmente do Hjulmand. lento e previsível no passe e quando parecia entrar finalmente no jogo, o árbitro apitou para o final.

RÚBEN AMORIM - 2 - Difícil traçar em poucas palavras o muito que deve ser dito da preparação deste jogo em Vila do Conde, queimou-se um tiro por culpa própria, vários jogadores da equipa não conseguiram apresentar a mentalidade competitiva que se exigia para as características do adversário, cometendo serie de acções de erros grosseiros que surpreenderam muito pela negativa. Quando as coisas no relvado não estão a correr bem e só se fazem três substituições, é porque a lição foi mal estudada por todos e o banco não previu soluções. Os corredores foram muito mal defendidos, fechados e nada trouxeram de útil no ataque e na profundidade. Faltou cabeça, organização e competência.

LUÍS CARLOS FREIRE - 5 - Voltou a mostrar o que já se sabia, um treinador da nova era, com futuro. Muita audácia na forma como montou a sua equipa e do pouco fez muito, olhou de frente sem medo a equipa que pratica o melhor futebol  em Portugal, dividiu o jogo, os lances e a posse de bola com mérito e lealdade. Travou o Sporting, mas também beneficiou claramente dos erros grosseiros das equipas de árbitros.

ANDRÉ NARCISO - 1 - Arbitragem manhosa com tendências de inclinação nas suas decisões, prejudicando claramente o Sporting no técnico e disciplinar, deixando depois à conveniência a batata quente nas mãos do VAR nos lances capitais. Viu claramente a joelhada na cara do Gyokeres que seria expulsão, viu o penálti sobre o Trincão e viu a falta clara sobre o Pote no lance que resultou no golo do Rio Ave, a sua intenção percebeu-se também na altura dos descontos, depois do tempo que o jogador expulso demorou a sair do relvado, apitou aos 5' exactos, a missão foi cumprida?

ANTÓNIO NOBRE - 1 - Se ao árbitro ainda se lhe pode dar algum benefício da dúvida nos lances descritos, ao VAR com toda aquela artilharia de camâras e vídeos não pode haver perdão para erros tão grosseiros e agora o que vai acontecer-lhe? No futebol português, o crime é um negócio rentável, compensa sempre !!!

publicado às 04:30

As Notas de Julius 2023/24 (34)

Julius Coelho, em 23.02.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Young Boys para a Liga Europa PlayOffs, 2ª mao, que resultou num empate 1-1. Golo de Viktor Gyokeres 13'.

QUANDO NUM FESTIVAL DE FALHANÇOS CARICATOS A VITÓRIA FOGE

O Sporting voltou a ser muito superior ao Young Boys, mas deixou fugir a vitória no meio de tanto desperdício. Uma boa primeira parte a dar seguimento ao excelente momento que a equipa atravessa, pecando só na escassa vantagem do golo solitário marcado cedo (13'), pelo bombardeiro sueco e que praticamente sentenciou a eliminatória. Com a vantagem clara(4-1) nas duas mãos, os leões passaram a gerir o resultado em toda a segunda parte, baixando consideravelmente o seu rendimento, com as várias substituições a descaracterizarem o jogo da equipa e que acabou por sofrer o golo do empate quase no final (84'). Gyokeres desperdiçou uma grande penalidade, Edwards e Daniel Bragança falharam golos cantados muito perto da linha de golo.

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DESTAQUE - OUSMANE DIOMANDE - 4 - Deu espectáculo, um grande regresso com muita sede de bola e alegria pelo jogo, demonstrando que já é de facto o melhor central do Sporting. Imponente, arrasou em todas as suas intervenções.

ANTONIO ADÁN - 3 -  Até adivinhou o lado na grande penalidade muito bem marcada. Aqueles pés é que continuam a ser uns bons aliados dos adversários, mas há que continuar a tentar...melhorar.

RICARDO ESGAIO - 3 - Sendo dos elementos mais frescos deu boa resposta em toda a primeira parte, no melhor período da equipa, rápido e intenso na disputa dos lances e a dar-se sempre ao jogo, às linhas de passe.

EDUARDO QUARESMA - 3.5 - Mas que grande dor de cabeça para o treinador, enquanto no centro da defesa o recém chegado da CAN, Diomande, dava espectáculo, o Eduardo não lhe ficava atrás e respondia que aquele lugar agora é dele e que está preparado para dar muita luta a todos.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Foi notado o seu grande desgaste físico nos lances que teve que intervir, valeu-lhe muito ter ao lado um super Diomande que resolveu (quase) tudo. Não regressou para a segunda parte.

MATHEUS REIS - 3 - Que pena ser tão ineficaz na segunda fase da construção, quando se aproxima da zona de finalização. Voltou a tomar más decisões no último passe, um tremendo contraste com a primeira fase, em que se mostra sempre muito competente.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - Ganhou com mérito o lugar de indiscutível no centro do terreno onde é rei. Liderou muito bem o ritmo e a intensidade que quis impor e quando foi substituído notou-se bem a diferença.

DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Falhou um belo golo cantado em cima da linha da baliza após grande lance do Edwards, atirou contra o pé do guarda-redes. A seguir, nova grande oportunidade para fuzilar mas atirou para a bancada, a juntar algumas perdidas de bola no meio campo que provocaram contra ataques do adversário. Continua longe do que se lhe exige para jogar nesta grande equipa do Sporting.

FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Assistiu para o golo do Gyökeres, inventou o lance que resultou na grande penalidade e ainda somou mais alguns lances geniais que romperam as linhas defensivas da equipa suíça.

MARCUS EDWARDS - 2.5 - Que falhanço no "toma lá e faz-te famoso" do Gyokeres, foi tão caricato que deve ter aliviado a consciência do Bryan Ruiz pelo histórico falhanço no derby de Alvalade em 2017. Ficou ainda ligado ao golo sofrido, ao cometer a grande penalidade.

VIKTOR GYOKERES - 4 - Não foi poupado, jogou os 90' e voltou a ser o elemento mais produtivo da linha atacante da equipa verde e branco. Marcou grande golo, ofereceu um golo cantado ao Edwards, apesar de ter falhado a grande penalidade e outra oportunidade flagrante.

NUNO SANTOS - 3 - Jogou a segunda parte, competente a defender o corredor, mas quase nada trouxe na ajuda do ataque e ainda falhou soberana oportunidade quando solto dentro da área adversária atirou contra as pernas de um defesa.

KOBA KOINDREDI - 3 - Voltou a deixar na escassa meia hora que jogou boas indicações, além da condução com bola agora mostrou-se nos passes longos bem medidos. Tem todavia os vícios naturais de equipa pequena, não acompanha até ao final os bons lances que cria, o instinto fá-lo parar, com receio de ser apanhado no contra ataque adversário.

PEDRO GONÇALVES - 3 - A equipa estava a cair a pique, a começar a faltar ideias no ataque e a sua entrada (65') devolveu a criatividade, como ficou demonstrado em meia dúzia de lances geniais. Quase que faz um grande golo num remate em arco.

LUÍS NETO - 1 - Sem ritmo de competição, o que se lhe pode exigir? Entrou mal no jogo, desacerto no passe, faltas desnecessárias por chegar atrasado, falhanços na leitura do espaço e onde estava no lance (do seu lado) que resultou no penálti e golo do empate dos suíços? Foram coisas a mais para os apenas 10' que jogou.

IVÁN FRESNEDA  - 2 - Um grande viva para o jovem espanhol neste seu regresso, após longa paragem. Entrou bem na partida, "lleno de ganas" e com bom acerto no pouco tempo que jogou.

RÚBEN AMORIM - 3.5 - 'Que noche' mister! Como pode uma goleada anunciada pela enxurrada de desperdícios acabar num empate? Decidiu não facilitar excessivamente na rodagem de jogadores, a equipa da primeira parte voltou a ser muito competente, jogou o futebol do grande nível das últimas partidas, criando várias oportunidades de golo feito mas a bola só entrou na baliza uma só vez. Na segunda parte era o momento de fazer a gestão, com o risco da consequente quebra de ritmo e acerto no passe, um penálti falhado e os suíços a fazerem o golo do empate castigando injustamente a equipa.

RAPHAEL WICKY - 3 - Tentou aproveitar todas as migalhas que o Sporting lhe foi deixando, as várias oportunidades desperdiçadas, um penálti falhado e a quebra de acerto nos lances... migalhas que o ajudaram a manter-se vivo, até que a oportunidade surgiu, um penálti caídinho das estrelas a oferecer-lhe o empate.

IVAN KRUZLIAK (Árbitro - Eslováquia) - 4 - Arbitragem sem casos, gerindo as suas decisões com bom índice de acerto, passou quase sempre despercebido no jogo e isso é o melhor elogio a um árbitro.

CHRISTIAN DINGERT (VAR - Alemanha) - 4 - Também com decisões acertadas, nas grande penalidades.

publicado às 03:04

As Notas de Julius 2023/24 (33)

Julius Coelho, em 20.02.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Moreirense da 22ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 2-0. Golos de Morita 2' e Pote 23'.

O LEÃO JOGOU À CAMPEÃO

E já são oito vitórias consecutivas no campeonato. Um embate que se antevia de grandes dificuldades para o Sporting na casa da equipa sensação, que ocupa o 6º posto isolado na tabela classificativa, mas que acabou por se tornar numa vitória surpreendentemente tranquila, a que contribuiu a tremenda entrada à campeão que fez golo logo no primeiro ataque (2') e aos 23' ja ganhava por 2-0, somando várias outras oportunidades para matar o jogo. Toda uma primeira parte jogada no meio campo do Moreirense que foi obrigado a permanecer aí encolhido. Os leões muito intensos mandaram sempre no jogo, impondo o ritmo que quiseram, dando a ideia que caso fosse necessário ainda poderiam torna-lo mais intenso. Na segunda parte, já com a vantagem de dois golos, o Sporting entrou em modos de gestão, baixando a intensidade que provocou algum desacerto no passe, mas sem nunca colocarem em perigo a sua baliza.

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DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 5 - Uma primeira parte de luxo, a jogar e a fazer jogar os colegas com excelente visão dos espaços vazios. Fez o segundo golo que assustou e quebrou o adversário e voltou a acertar com o poste no que seria um (grande) golo à...Pote.

ANTONIO ADÁN - 3.5 - Como o adversário não conseguia chegar sequer perto da sua área "entreteve-se" a oferecer-lhe algumas bolas com os pés. Defendeu muito bem o único remate enquadrado à sua baliza.

GENY CATAMO - 4 - Voltou a mostrar que já domina bem os timings da sua explosão e que provocaram desequilíbrios, criando vários lances de perigo, mas pecou na definição.

EDUARDO QUARESMA - 3.5 - Sólido na sua posição, defendendo bem em toda a sua zona, mas mais ineficaz que nos jogos anteriores com a bola nos pés, falhou vários passes fáceis, cansaço?

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 5 - Exibição de alto nível em todos os aspectos e detalhes, ele e o Pote estiveram uns furos bem acima dos colegas. Compensou e equilibrou o menor rendimento da dupla que o ladeou (Quaresma/Inácio), imperial nas alturas, patrão nos cortes e na organização defensiva e celebro na primeira fase da construção. Também ele merece o destaque.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Exibição em alta mas que só durou 35', a partir daí foi baixando o rendimento, com inesperados erros em passes simples que quase comprometeram e que deram por isso mais trabalho ao Nuno Santos, ter que fazer várias piscinas para ajudar a reparar os erros.

NUNO SANTOS - 3.5 - Pode só saber cruzar, fazer passes para trás e para o lado, mas quando imprime velocidade e intensidade essas execuções fazem a diferença. Enquanto as pilhas duraram o corredor foi sempre dele.

MORTEN HJULMAND - 4.5 - Alto, loiro, atlético e com muito celebro voltou a fazer a diferença no centro do terreno. O Polvo nórdico aparecia sempre no sítio certo a agarrar as pontas. Foi sempre muito decisivo na ligação das linhas em lances difíceis.

HIDEMASA MORITA - 4 - Aos 2' lá estava no sítio certo para empurrar a bola para o primeiro golo do jogo (não fosse golo e seria grande penalidade). O japonês entrou bem, com grande intensidade na partida, foi a primeira grande barreira no meio campo ao adversário, ganhando-lhe a maioria dos duelos às segundas bolas.

FRANCISCO TRINCÃO - 4 - O lado direito da equipa funcionou sempre melhor e muito por culpa da energia que o Trincão lhe ofereceu, esteve nos 2 golos e muito perto de voltar a marcar. Menos eficaz na segunda parte, errando várias vezes no passe e com recepções precipitadas.

VICTOR GYOKERES - 3.5 - Não foi a sua noite de serviço, também não houve grande necessidade de levar o seu esforço aos limites, a equipa foi muito competente no geral. Travou luta acesa com os centrais e como é habitual voltou a dar-lhes uns bons nós cegos, conseguindo fugir-lhes na direcção da baliza gerando o pânico.

MATHEUS REIS - 2 - Entrou na parte final da partida para retomar a energia que o Nuno Santos já não podia dar.

MARCUS EDWARDS - SEM NOTA - (entrou aos 89')

DANIEL BRAGANÇA - SEM NOTA - (entrou aos 89')

RÚBEN AMORIM - 6 - Mais uma etapa de subida de primeira categoria da montanha ultrapassada com distinção, cortando a meta de Moreira de Cônegos bem isolado, para uma vitória folgada. Fez leitura perfeita do adversário, sacando-lhe todos os pontos fortes, reduzindo-o e banalizando as suas capacidades que até têm sido muitas especialmente no seu campo. Estava avisado e alertou toda a equipa que respondeu muito positivamente, dando sinais claros do que pretendem deste campeonato.

RUI BORGES - 1 - Um só remate e com reduzido perigo à baliza do Sporting em todo o jogo, foi manifestamente pouco da prestação da sua equipa. Nem a jogar no conforto do seu estádio e do seu público conseguiram dar réplica a um Sporting que se apresentou demasiado forte e determinado. Ficaram sem argumentos.

FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 3.5 - Arbitragem com decisões disciplinares esquisitas e fora das regras. Nem na coerência se salvou, esbarrou-se tomando decisões diferentes para lances semelhantes. Menos mal no aspecto técnico, mas também com demasiados erros, que não interferiram com o resultado final.

FÁBIO MELO (VAR) - 4 - Esteve bem nas análises. No lance que resultou no primeiro golo, se a bola não entra teria que chamar o árbitro para rever o lance, a trajectória da bola é bruscamente alterada por bater no braço bem aberto do defesa, teria que ser assinalada grande penalidade.

publicado às 03:35

As Notas de Julius 2023/24 (32)

Julius Coelho, em 16.02.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Young Boys para a Liga Europa PlayOffs que resultou numa vitória por 3-1. Golos de Auréle Amenda (Auto Golo) 31', Viktor Gyokeres 41' (Penálti) e Gonçalo inácio 48'.

O LEÃO PASSEOU CLASSE E ENCANTOU NA CASA DO CAMPEÃO SUÍÇO

O Young Boys líder destacado da Liga suíça, não perdia na sua casa desde a recepção ao Manchester City para a Champions League, curiosamente pelo mesmo resultado (1-3), o que valoriza ainda mais a estrondosa vitória do Sporting no Wankdorf. A equipa de Rúben Amorim silenciou e gelou os adeptos da casa com um futebol de muita maturidade em todo os tempos do jogo, apresentando-se muito sólida na defesa com destaque para o Quaresma e o Inácio que mandaram em todos os lances, limpando-os e deixando a bola sempre muito jogável para os contra ataques rápidos e uma frente de ataque deveras avassaladora, liderada pelo possante avançado sueco que voltou a evidenciar-se, com o Edwards a desequilibrar e o Pote muito cerebral a inventar espaços. O campeão suíço só na sua capacidade física conseguiu chegar a espaços à área do Sporting.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Foi o grande quebra cabeças do costume nos adversários, com uma notável mobilidade que permitiu o Edwards partir vária vezes para o drible de frente, colocando sempre a dúvida na defesa suíça. Marcou o penálti com a competência habitual. A sua influência no futebol da equipa é brutal e percebeu-se bem a diferença quando saiu (74') poupado pelo treinador. 

ANTONIO ADÁN (Cap) - 4 - Não ficou bem na fotografia no golo suíço, mas esse lapso não apaga mais uma boa exibição pelos vários lances que resolveu com competência de nível elevado.

RICARDO ESGAIO - 3.5 - Mostrou vontade e mobilidade dando sempre linhas de passe, mas acabou relativamente pouco útil e decisivo nos lances de construção quando tinha espaço na profundidade no seu corredor.

EDUARDO QUARESMA - 5 - É um encanto vê-lo jogar, a forma como decide os lances e deixa a bola livre a convidar o contra-ataque, como limpa a sua zona da defesa, pela velocidade e agressividade e ainda como assume ir por ali fora com a bola colada no pé, ziguezagueando entre os adversários.

GONÇALO INÁCIO - 5 - Mais um exame que passou com distinção para a candidatura de patrão, a leitura dos lances que pedem antecipação não falha um único, vai ao choque de olhos muito bem abertos e assume com pinta de craque o passe dos mestres e quando é o momento de sair com a bola colada no pé, fá-lo com segurança, aah! e mais um grande cabezazo para o golo da sua habitual assinatura.

MATHEUS REIS - 3.5 - Exibição esforçada, mais estratégica,  sempre muito posicional sem entrar em grandes aventuras, quando o tentou, a definição foi o costume, catastrófica. Tem muitas dificuldades técnicas no último passe e na decisão.

NUNO SANTOS - 3.5 - Manteve-se também mais cauteloso, posicional para fechar o espaço do seu corredor, provou o sabor amargo de alguns dos seus passes mal medidos, teve que triplicar o esforço na recuperação, para poder emendar a asneira. Percebeu que jogar simples é sempre a melhor solução quando a técnica não abunda.

MORTEN HJULMAND - 4.5 - Ti tac, tic tac... nem acelera muito, nem nunca vai a passo, sempre num compasso a roçar a perfeição no galgar de toda a sua área do meio campo para fechar os espaços ao adversário e a ligar as linhas da equipa, um relógio suíço com marca de leão e que nunca avaria.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - O elemento menos produtivo, na fronteira da nota negativa, uma exibição sempre muito esforçada e sem influência no jogo positivo da equipa, faltou-lhe estofo. Ficou ligado ao golo dos suíços. 

PEDRO GONÇALVES - 5 - Com melhor leitura dos timings para o último passe, tinha isolado em vários lances o colega avançado sueco. Foi o dínamo da construção do ataque que voltou a ser demolidor e ficou a imagem que ainda pode melhorar na decisão e precisão do passe. Fez remate com selo de golo e que proporcionou ao guarda redes suíço a defesa da noite, desviando a bola com a ponta dos dedos na direcção do poste..

MARCUS  EDWARDS - 5 - Foi o desequilibrador de serviço,  criou os lances decisivos que resultaram nos 2 primeiros golos. Destaque também para os movimentos defensivos a perseguir até final o homem da bola.

HIDEMASA MORITA - 3 - A rotação, velocidade e intensidade no Sporting são muito diferentes da sua selecção asiática. Ainda em período de readaptação entrou para somar mais minutos que o vão ajudar a recuperar o ritmo perdido.

GENY CATAMO - 3 - Desta vez saltou para o corredor esquerdo. O jovem polivalente moçambicano tentou várias vezes o drible com espaço para desequilibrar e poder romper a última linha da defesa suíça, mas nunca teve sucesso.

FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Demorou algum tempo a agarrar o ritmo do jogo, uma situação que levou os suíços a terem algum domínio do meio campo, percebeu que tinha que recuar para buscar a bola e acabou em bom plano.

KOBA KOINDREDI - 2.5 - Surpreendeu positivamente na sua primeira aparição com a camisola do leão, vai ser dor de cabeça (das boas) para o treinador, quis agarrar com personalidade o pouco tempo que lhe foi dado, com bola segura no pé num transporte de qualidade e com passada de craque, deixou boa imagem.

RAFAEL NEL - 2 - Pouco tempo e já com o jogo muito partido, em 2 lances teve a chance de decidir o espaço vazio para um colega que se isolava, mas a bola acabou nos pés do adversário.

RÚBEN AMORIM - 6 - Uma nova lição do mestre, na preparação de um jogo que se previa complicado, na casa do líder do campeonato suíço, onde só tinha perdido já faz 4 meses e logo com a equipa de Pepe Guardiola. A equipa fez uma exibição irrepreensível, estando sempre mais perto de aumentar o placard para o 4-1 que o adversário poder reduzir. Uma defesa sólida e um ataque demolidor ofereceram um espectáculo de grande classe que surpreendeu a equipa suíça e os seus adeptos.

RAPHAEL VICKY - 1 - Não espararia tanto do Sporting, com meia hora de jogo percebia-se nas suas expressões faciais a surpresa e o que sentia naquele momento, o que lhe estava destinado naquela noite. A tremenda qualidade do Sporting técnica e táctica reduziram a muito pouco a qualidade essencialmente física da sua equipa. Percebeu que só um milagre poderá inverter o destino da eliminatória.

BENOÎT BASTIAN (Árbitro, França) - 3.5 - Bem tecnicamente mas deixou muito a desejar no disciplinar, perdoou vários cartões amarelos aos jogadores do Young Boys, que por isso acabaram o jogo com 10, porque mais expulsões teria havido.

BENOÎT MILLOU (VAR, França) - 4 - Decisões acertadas, nos golos válidos e inválidos por fora de jogo, como também no lance da grande penalidade.

publicado às 03:05

As Notas de Julius 2023/24(31)

Julius Coelho, em 12.02.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o SC Braga da 21ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 5-0. Golos de Francisco Trincão 8', Eduardo Quaresma 18', Viktor Gyokeres 71', Daniel Bragança 73' e Nuno Santos 85'.

EM NOITE DE INVERNO, CHOVERAM GOLOS

A CÂNTAROS NA BALIZA DO BRAGA

O Leão voltou a atropelar, brindando o SC Braga com mais uma 'manita' (repetição da época passada). Numa primeira parte, em que ofereceram à multidão de adeptos que quase encheram Alvalade, um prato de futebol de excelência e glamour, com a equipa do Minho a ser totalmente arrasada, sem conseguirem qualquer reacção que incomodasse a baliza de Adán uma única vez. A equipa de Amorim entrou para a segunda parte com um ritmo e intensidade mais baixos, a que o Braga quase que aproveita para reduzir, na sua única e grande oportunidade, os leões perceberam o perigo e voltaram a carregar no acelerador, assumindo de novo o comando da partida e com naturalidade apareceram mais golos, o terceiro, quarto, quinto e quase o sexto. O Sporting voltou à liderança, em igualdade pontual com o rival, mas com o "tal jogo" a menos.

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DESTAQUE - EDUARDO QUARESMA - 5.5 - Viveu finalmente a sua primeira (de muitas) noite de sonho, exibição praticamente perfeita, a defender (anulou o Abel Ruiz) e a desequilibrar o adversário com as suas arrancadas plenas de convicção e arte, marcando um golazo numa delas, um golo que jamais irá esquecer, um lance com pinceladas de Beckenbauer, Maradona e Messi e viu Alvalade a seus pés. Agora o céu é o limite, onde pode chegar afinal este jovem herói imprevisto?

ANTONIO ADÁN - 4 - Voltou a querer ameaçar com os seus pés zarolhos naqueles passes que fazem arrepiar, mas na hora H, quando foi preciso, esteve lá, marcando presença com tremenda intervenção a uma bola bem puxada e de muito perto. 

GENY CATAMO - 4 - Notória a sua evolução na competência de fechar o seu corredor, procura agora  consistência e equilíbrio nas outras tarefas que o obrigam a uma exigente leitura do jogo, principalmente do adversário, perceber quando pode carregar a bola e ir por ali fora para cima dos defesas, ensaiou algumas vezes com sucesso, faltou depois uma melhor definição, no último passe e na direcção do remate.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 5 - Voltou a mostrar que está em forma, rápido a chegar na antecipação, pelo chão e pelo ar, ensaiou alguns bons raids que provocaram crateras no meio campo adversário. Foi imperial a matar as poucas bolas que chegaram à sua área. Muito responsável pela ineficácia do ataque do Braga.

GONÇALO INÁCIO - 5 - Fez um jogo de grande desgaste sempre atrás do avançado mais perigoso e veloz do Braga ( Alvaro Djaló), que só por uma vez lhe escapou e quase que faz golo. Aplicou várias vezes mas com menor sucesso, a sua arma já conhecida, a dos passes teleguiados para as costas dos defesas adversários.

NUNO SANTOS - 4 - Exibição no geral competente e equilibrada a fechar e na ajuda na construção pelo seu corredor, mostrando-se sempre disponível a dar linhas de passe. Marcou de trivela o último golo do jogo, pleno de oportunidade, teve ainda outro remate que passou muito perto do poste.

MORTEN HJULMAND - 4.5 - Num ritmo de cruzeiro, voltou a pautar com critério os lances da construção da equipa, na ligação entre as linhas do meio campo. Também muito "culpado" por emperrar a casa das máquinas bracarense (o seu ponto mais forte) do centro do terreno.

HIDEMASA MORITA - 3.5 - Reapareceu na equipa como titular mas ainda em 'modos' enferrujado, todavia com restos do chip da Taça Asiática. Tentou simplificar no passe e sempre muito solidário nas dobras, faltou mais ambição e risco.

PEDRO GONÇALVES - 4.5 - Também em boa forma, com prestações mais consistentes em jogos seguidos. Carimbou a sua exibição com 2 assistências, uma excelente marca para o "cérebro" da construção da equipa.

FRANCISCO TRINCÃO - 5 -  Estará mesmo de volta o "velho" Trincão? Quando a esmola é grande o pobre desconfia. Voltou a desequilibrar em vários lances com a inteligência de um craque. Marcou o sempre complicado golo inaugural e ajudou depois a matar o jogo, assistindo com um passe fenomenal o Gyokeres para o terceiro da noite.

VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Não foi desta vez o grande destaque, mas fez um dos golos mais importantes do jogo, o terceiro que matou o Braga, uma execução que fez recordar Hector Yazalde, com a imagem da sua marca, inúmeros golos marcados na antecipação à boca da baliza. Foi sempre marcado em cima e de forma implacável por dois defesas do Braga, especialmente pelo Paulo Oliveira.

DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Entrou muito bem no jogo a exemplo do anterior em Leiria. Muito activo com ganas de bola a ganhar todos lances. Marcou o 4º, uma bola que lhe apareceu com espaço aberto a pedir fuzilamento.

MARCUS EDWARDS - 2 - Pouco tempo em jogo e já com a vitória garantida, não deu nem para aquecer os "motores".

MATHEUS REIS - 2 - Entrou para substituir o Eduardo Quaresma que recebeu a grande ovação da noite, cumpriu a fechar no restante tempo que faltava jogar (15').

RICARDO ESGAIO - 2 - Jogou os instantes finais ainda a tempo para participar no último golo, lance que teve origem no seu cruzamento.

PAULINHO - 2 - Menos de 10' em jogo, podia ter marcado num lance confuso com vários ressaltos na área do Braga.

RÚBEN AMORIM - 6 - A rábula do jogo de Famalicão ainda está longe do fim, a equipa voltou para Lisboa com uma paragem em Leiria para aviarem o assunto da Taça de Portugal e agora na chegada à Capital aviaram também os guerreiros do Braga, com mais um cumprimento sempre muito especial de uma "manita". Preparou muito bem a desforra da Taça da Liga, o Braga nem sequer incomodou uma única vez a baliza do Adán em toda a primeira parte, a equipa voltou a mostrar o melhor futebol que se pratica em Portugal a uma distância considerável dos rivais. Voltou justamente à liderança e com o tal jogo da rábula ainda por disputar.

ARTUR JORGE - 1 - Levou um novo amasso, a facer lembrar a mesma goleada da época passada, foi deveras um tremendo sacrifício ter que assistir à enxurrada de golos na sua baliza e sentir-se impotente para travar esta equipa do Sporting. Agora cruzarem-se de novo esta época, só será possível na Liga Europa. Foi derrotado sem espinhas.

ANTONIO NOBRE (Árbitro) - 5 - Boa arbitragem, sem nunca complicar deixando o jogo correr e tendo-o sempre na mão. Uma ou outra punição disciplinar que faltou aplicar, mas no geral uma arbitragem muito positiva.

ARTUR SOARES DIAS (VAR) - 5 - Também não complicou, nunca se intrometeu nas decisões do colega do relvado e sem casos difíceis no jogo, também não os inventou.

publicado às 03:04

As Notas de Julius 2023/24 (30)

Julius Coelho, em 08.02.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com a União de Leiria para a Taça Portugal - Quartos de Final, que resultou numa vitória por 3-0. Golos de Viktor Gyokeres 32' e 74'; Pedro Gonçalves 37'.

OS LEÕES NÃO FACILITARAM

Depois da tempestade de Famalicão a bonança em Leiria. O Sporting não facilitou e já está nas meias finais da Taça, Gyokeres voltou a fazer estragos bisando e assistindo, Pote voltou a marcar e Trincão esbanjou oportunidades, num jogo em que o melhor em campo foi mesmo o guarda-redes do União de Leiria.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 4.5 - Agarrem-me se puderem, o avançado sueco foi o artista principal e secundário em mais um filme que aterrorizou toda a defesa adversária incluindo o guarda-redes, fazendo jus à fama do super herói dos adeptos sportinguistas. Bisou, assistiu e ainda tirou tinta ao poste da baliza do Leiria. 

FRANCO ISRAEL - 3.5 - Começa a ganhar o seu espaço, evoluiu bastante em muitos aspectos, mais agilidade, confiança e melhor leitura dos timings, falta agora os pés, esses continuam cegos. Sacou um golo ao Leiria, com uma antecipação muito corajosa aos pés do avançado.

GENY CATAMO - 3.5 - Anda a ameaçar explodir. Os seus dribles curtos, imprevisíveis e a facilidade em mudar de direcção deram (dão) à equipa a nota artística na construção dos seus lances de ataque, abriu crateras nas linhas adversárias.

EDUARDO QUARESMA - 3 - A paragem prolongada sacou-lhe parte do ritmo alto que vinha apresentando, deixou-se ultrapassar algumas vezes comprometendo nesses lances.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Os seus "tenentes" do lado meteram água, colocando o "El Comandante" em apuros em alguns lances e que podiam ter dado golo ao adversário. Valeu o estar em boa forma, quase que volta a marcar.

MATHEUS REIS - 3 - Exibição insípida, com dificuldades em encontrar o timing de entrada e do passe. Numa má leitura, uma bola parada lançada para o seu poste viu o adversário antecipar-se e quase que faz golo.

NUNO SANTOS - 3 - Voltou a ameaçar a explosão em vários lances mas... só lhe saiu pólvora seca. Também ficou mal na fotografia no lance em que o avançado do Leiria cabeceou à vontade, falhando o golo por pouco.

MORTEN HJULMAND - 4 - Não facilitou, mesmo que em "modos" velocidade moderada. Encheu o campo na largura, com um compasso de relógio suíço, sempre no apoio à recuperação das segundas bolas.

PEDRO GONÇALVES - 4 - Voltou a motorizar o ataque leonino para um volume ofensivo impressionante da equipa, a facilidade com que explorou os espaços vazios com a bola no pé ou no passe entre linhas, obrigaram a defesa do Leiria a permanecer quase sempre encolhida junto à sua área.

FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Exibição muito operária e com muita rotação, mas quase sempre fora do timing no critério do passe, com falhanços de vários golos cantados e a somar, o excessivo egoísmo em outros lances.

MARCUS EDWARDS - 3 - Tentou por várias vezes ligar o turbo, ensaiando jogadas a solo na diagonal, mas que nunca conseguiu concretizar com sucesso. 

RICARDO ESGAIO - 3 - Entrou com fome de bola, perseguiu-a por toda a parte mesmo em zonas fora do seu conforto, ficou a atitude e alguns lances e cruzamentos cheios de intenção.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Entrada de rompante com participação directa no 3º golo da equipa, tocando de cabeça para o colega Gyökeres encostar (também de cabeça) para dentro da baliza do Kieszek.

HIDEMASA MORITA - 2.5 - Acabadinho de chegar da sua selecção, entrou para o quarto de hora final, para mudar o chip. 

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Pouco tempo no jogo, (entrou aos 80') para poder chegar à nota positiva. Ficou na retina a fome de bola pela boa atitude, com vários passes com critério e ainda um remate que quase dá golo.

LUÍS NETO - 1 - Entrou e foi logo amarelado, uma pranchada à Neto atirou com o "boneco" ao relvado, falta que deu um livre perigoso, quase em cima da linha da sua grande área.

RÚBEN AMORIM - 5 - Depois de todo aquele furacão que aconteceu no norte e que forçou a equipa a interromper o seu programa definido, o Rúben tinha uma missão complicada e decisiva, refazer esse programa mantendo o foco da equipa e não deixarem cair o excelente momento que estão a viver. A equipa não facilitou em Leiria, contra um adversário que jogou num sistema muito parecido, com ideias de jogo práticas e bem executadas. O objectivo foi cumprido com distinção.

VASCO COSTA - 3 - Tem futuro o jovem treinador (34 anos) do Leiria. Apresentou uma equipa bem montada com um sistema parecido com o do Sporting, a diferença esteve na qualidade dos executantes e aí os do Sporting não facilitaram, com excepção em dois lances que podiam ter dado golo.

TIAGO MARTINS (Árbitro) - 3 - Tomou várias decisões forçadas sem necessidade, aos 30' já tinha amarelado dois jogadores do Sporting, mostrando muita agilidade no gatilho a disparar cartões. No lance do penálti que assinalou e reverteu, não sabemos as imagens que o VAR lhe mostrou.

HUGO MIGUEL (VAR) - 2 - O protocolo é claro, o VAR só intervém em lances claros, sem dúvidas, estranhamos porque reverteu o penálti já assinalado, porque as imagens sendo no mínimo duvidosas, dão a ideia do jogador do Leiria ter tocado na bola com as costas da mão. De todas as formas a dúvida obrigava a ter mantido a decisão do colega.

publicado às 03:04

As golpadas do sistema

Julius Coelho, em 05.02.24

A máquina corruptiva sempre em movimento neste pobre futebol português apanhou mais uma vez o Sporting, colocando-o em "su sítio". Foi mais uma golpada a juntar a tantas outras a que assistimos nestas últimas quatro décadas.

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"Eles" são capazes de tudo, numa época quiçá das mais importantes dos últimos tempos, com a meta dos 100M da Champion League a gerar a cobiça doentia dos maquiavélicos que seguram os cordéis da marioneta em que se transformou o futebol português.

Não vale a pena repetirmos os contornos que envolveu todo o esquema que terminou em sucesso, o retirar da 1ª posição em que estava por direito o Sporting Clube de Portugal no campeonato, as forças invisíveis actuaram e o resultado está à vista. Não foi feito em cima do joelho, à pressa, nada disso, foi bem pensado, sabiam da falta de datas do clube de Alvalade para poder voltar a Famalicão e poder recuperar a liderança rapidamente. O golpe só não teve impacto no clube do Norte, que tinha previsto no assalto ficar a 2 pontos dos lugares que dão acesso aos 100M.

A CS social voltou a ter de novo o seu ópio, como se vê e escuta por todo o universo da comunicação, podem voltar agora a impactar e promover as estrelas do "glorioso" por esse mundo fora e que vão ser vendidas por triliôes e mais triliões e com isso poder manter os tachos de muita gentinha que ajudam a dar movimento à máquina corrupta.

Hoje já não se ouvem os lamentos e a solidariedade com os Polícias e com a sua causa. Foram simplesmente usados.

publicado às 14:00

As Notas de Julius 2023/24 (29)

Julius Coelho, em 30.01.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Casa Pia AC da 19ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 8-0. Golos de Sebastián Coates 14' e 81'; Viktor Gyokeres 23' e 32' (Penálti); Pedro Gonçalves 25'; Francisco Trincão 43' e 90'+4'; Geny Catamo 64'.

LEÃO ASSASSINO, ESMAGOU E TRITUROU

Exibição demolidora do Sporting no regresso ao campeonato, brindaram os casapianos com 8 golos (a maior goleada da Liga) sem resposta, mostrando um nível altíssimo de eficácia. Gyokeres, Coates e Tricão bisaram, Pote e Geny Catamo também fizeram o seu golo num jogo de um só sentido, o da baliza do Casa Pia que nada pôde fazer para impedir o impressionante volume ofensivo dos leões durante toda a partida. Ao intervalo a vitória já estava garantida com cinco golos de vantagem, uma tremenda resposta que a equipa de Alvalade deu às vitórias dos rivais e ao resultado infeliz em Leiria contra o SC Braga na Taça da Liga. Os leões seguem isolados na liderança.

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DESTAQUE - VKTOR GYOKERES - 6 - Surreal a forma como voltou a destruir os defesas adversários, todos eles vão ter pesadelos à noite, de um gigante Viking a correr na sua direcção. É um matador nato e nunca dá uma bola por perdida, incansável entretinha-se ainda a fazer sprinters nos descontos!. Já é o melhor marcador do campeonato e no total já leva 24 golos na época, a sua melhor marca de sempre.

ANTONIO ADÁN - 3.5 - A defesa à sua frente não o deixou brilhar, todas as ofensivas perigosas do Casa Pia foram anuladas antes de chegarem à sua baliza. Sempre bem colocado resolveu com facilidade os poucos problemas que lhe apareceram. Fez grande defesa num remate de cabeça à queima, mas o avançado estava fora de jogo.

RICARDO ESGAIO - 3 - Fez por não complicar, jogando simples no passe certo. Explorou sempre o espaço no seu corredor colocando-se como um extremo, cumprindo com a estratégia. Ganhou na raça várias bolas divididas mas pouco feliz nos cruzamentos e na decisão do ultimo passe que nunca resultaram.

EDUARDO QUARESMA - 5 - Está com a corda toda, voltou a exibir-se a um nível muito alto, ganhando todos os duelos, na velocidade, na raça, na técnica e na superação. Sempre concentrado, não facilitou no passe e na decisão com critério. Agarrou a oportunidade com unhas e dentes e a jogar assim...ninguém lhe saca o lugar.

SEBASTIÁN COATES - 5 - Voltou a bisar depois da época do título e igualmente de cabeça e pé direito, (um bom presságio dos astros). Intratável e implacável dentro da área adversária abriu o marcador com um tremendo cabezazo que fuzilou as redes do Ricardo Baptista, golo que desbloqueou o jogo.

GONÇALO INÁCIO - 4 - Está a tornar-se um mestre nos lançamentos longos teleguiados para as costas dos defesas adversários. Ontem voltou a executar vários que partiram os rins aos centrais casapianos.

NUNO SANTOS - 3.5 - Teve participação activa em 3 golos, na retina ficou o túnel brilhante na origem do 4º golo, mas voltou a somar más decisões e falta de concentração em vários lances que se perderam no ataque e em outros que ameaçaram dar vida ao ataque inexistente do Casa Pia.

MORTEN HJULMAND - 5 - O pêndulo perfeito, marcou a pauta do ritmo do jogo da equipa, indicando-lhe sempre os melhores atalhos para chegar à baliza do Casa Pia. Parecia estar em todo o lado do meio campo a bloquear as investidas do adversário e fez grande assistência para o golo do Pote. O melhor elogio, é já ninguém se lembrar do grande Manuel Ugarte.

PEDRO GONÇALVES - 5 - Que soberba exibição fez nos primeiros 45'. Marcou grande golo, assistiu e rubricou vários lances de grande classe só ao alcance dos predestinados. Já com a vitória garantida ao intervalo, foi poupado e já não regressou para a segunda parte.

FRANCISCO TRINCÃO - 5 - Por vezes excedeu-se no egoísmo do seu individualismo quando podia resolver de forma bem fácil, mas lutou como um leão durante toda a partida e teve o seu merecido prémio, bisou  e um dos golos foi um hino ao futebol.

MARCUS EDWARDS - 3 - O menos fulgurante da linha da frente, fez assistência para o 5º golo, mas raramente saiu ileso dos duelos, faltou-lhe mais rapidez e melhor decisão na execução.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Entrou para a segunda parte e já com o resultado muito desnivelado, procurou que a equipa não baixasse excessivamente o ritmo mas que ainda deu para marcar mais três golos. Cumpriu com exibição competente.

PAULINHO - 3 - Pouco mais de meia hora na segunda parte em que mostrou muita fome de bola e sede de marcar, por isso correu kilómetros atrás da bola e dos adversários e sem dar tréguas a ninguém.

GENY CATAMO - 4.5 - Brutal, acabado de chegar da Taça Africana bastaram-lhe 30' para fazer grande golo e assistência.

MATHEUS REIS - 2 - Jogou o quarto de hora final, a tempo de participar no 8º golo que fechou o placard da goleada.

DÁRIO ESSUGO - SEM NOTA - Entrou nos instantes finais.

RUBÉN AMORIM - 6 - Mesmo soberba, a forma como preparou a equipa para este jogo do campeonato após a derrota injusta com o Braga em Leiria. Era crucial dar uma boa resposta contra um adversário que se situava no meio da tabela e que organiza sempre bem a sua estratégia defensiva, saiu tudo perfeito. A equipa mostrou fome de bola e grande insatisfação em cada golo que ia marcando, foram 8 e ainda sobraram oportunidades para mais. Uma máquina assassina de esmagar e triturar ainda em crescimento e que deixaram muito satisfeitos os adeptos do Sporting. Chegar ao intervalo com 5-0 só mesmo há 50 anos atrás.

PEDRO MOREIRA - 1 - Nunca irá esquecer a noite humilhante de ontem, não contava com um leão tão forte e tão demolidor, viu a sua equipa completamente dizimada em apenas 45'. Um rolo compressor que lhe retirou todas as possibilidades de poder responder. Por ele o jogo acabava ao intervalo para não terem que passar por mais humilhação, menos mal na segunda parte porque o Sporting baixou o ritmo e tiveram mais espaços.

HÉLDER CARVALHO (Árbitro) - 4 - Não existem arbitragens perfeitas e o Hélder Carvalho cometeu os seus erros, correcto o cartão amarelo ao Hjulmand pelo forte pisão, errou depois ao não sancionar da mesma forma os outros pisões violentos a jogadores do Sporting. Ficou também a dúvida sobre um segundo amarelo que não mostrou ao defesa que fez penálti e que impediu o Gyokeres de fuzilar.

BRUNO ESTEVES (VAR) - 4 - Foram nove as vezes que teve que analisar lances e em todas decidiu bem.

publicado às 03:04

As notas de Julius 2023/24 (28)

Julius Coelho, em 24.01.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o SC Braga Taça da Liga Allianz (meias finais), que resultou numa derrota por 1-0.

OS POSTES DA BALIZA DO BRAGA BRILHARAM

Um Sporting de tracção à frente perde num jogo em que foi muito superior até aos 70', dominou em quase todo o tempo e terreno, chegou a vulgarizar o SC Braga sempre muito encolhido na sua defesa num bloco muitíssimo baixo e que raramente conseguiu ultrapassar o seu meio campo, viu por 3 vezes a bola devolvida pelos postes a remates com selo de golo e ainda desperdiçou 3/4 oportunidades. Ao fim de 1h de jogo, no seu 1º contra ataque, os minhotos conseguem chegar ao único golo da partida dando um desfecho inesperado e que lhes garantiu a presença na final de Sábado.

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DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Jogou com um pé saturado com pontos. Foi sempre o que mais tentou empurrar a equipa para a frente dando qualidade em vários lances no último terço. Executou tremendo remate fora da área com a bola a esbarrar com estrondo no poste e com o Matheus pregado no relvado a defender com os olhos.

FRANCO ISRAEL - 3.5 - Fez um pouco de tudo, o bom, algumas paradas de grau de dificuldade elevado, o mau, quando saiu (bem) da baliza para cortar uma bola mas deixou-a nos pés de um adversário, o excelente, quando nega o segundo golo ao FC Braga com duas grandes defesas seguidas (remate e recarga).

RICARDO ESGAIO - 1 - Soma jogos sendo o elemento menos da equipa, defendeu em esforço, saiu com passes muito na queima e atacou sem critério. No golo bracarense ficou pregado no relvado deixando fugir com facilidade o Abel Ruiz a que marcava com os ....olhos. Está a ser ultrapassado também sem surpresa pelo Quaresma no lugar de lateral.

EDUARDO QUARESMA - 3.5 - Mais uma exibição perfeita do jovem leão, que passa a ser também opção para a lateral direita, quando voltar o Diomande da CAN. Ensaiou o lance da noite, com nível muito elevado após uma grande arrancada ficando à beira de um golazo, 43'.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3 - Deu a segurança do costume ao eixo da defesa, imperial pelo ar e sempre com uma boa leitura dos lances antecipado-se ao adversário. No golo bracarense vinha a recuperar depois de uma arrancada  com bola até à área do Braga.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Ganhou sempre os duelos defensivos e tentou sempre aplicar o seu passe largo e bem medido para as costas da defesa adversária, lançando os colegas da frente.

NUNO SANTOS - 3 - Voltou a pecar na técnica que não abunda e na definição dos lances, com precipitação em várias decisões. A sorte também lhe foi madrasta nos 2 excelentes remates que bateram nos "paus" da baliza do Matheus.

MORTEN HJULMAND - 3 - Limpou sempre a sua zona do centro do terreno, fechando bem as linhas de passe nas tentativas de contra ataque sempre frustradas do adversário. Já muito esgotado não teve as forças que a equipa necessitava para ajudar a empurra-la com mais velocidade na busca do golo do empate.

FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Exibição intermitente, a espaços apareceu a galgar linhas com "llegada" na zona de finalização rematando com perigo.

MARCUS EDWARDS - 2 - Prestação muito apagada do extremo inglês no seu regresso à titularidade, longe do impacto que estava a ter na equipa antes do problema gripal. Lento e pouco reactivo nos lances.

VIKTOR GYOKERES - 3 - Com a defesa do Braga sempre muito recuada e junta teve pouco espaço para usar as suas armas mortíferas, a velocidade e o poder físico na disputa dos lances. Noite pouco inspirada com algumas decisões menos acertadas.

PAULINHO - 2 - Entrou para ajudar a equipa a chegar pelo menos ao empate, mas teve pouca bola. A equipa já não conseguia agarrar o comando do jogo atacando com menor discernimento.

MATHEUS REIS - 2 - Mostrou dificuldades a entrar no ritmo do jogo, perdendo de inicio várias bolas que geraram espaço para contra-ataques perigosos do adversário.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Tentou também vitaminar o meio campo da equipa que perdia fulgor e velocidade de execução, mas o Braga fechou-se ainda mais para defender de qualquer forma  e não conseguiu espaços.

RÚBEN AMORIM - 3 - Uma derrota muito injusta, a equipa com tracção à frente teve grande domínio do jogo e criou oportunidades suficientes para chegar ao intervalo com uma diferença de 2 ou 3 golos. O Golo do Braga deu um desfecho muito imprevisto a tanta cavalgada ofensiva dos leões. Desta vez o banco não ajudou em nada quando a equipa mais necessitava. As limitações do plantel ficaram de novo expostas, o positivo, o não terem que se desgastar no jogo da final de sábado e poderem apresentarem-se mais fortes contra o Casa Pia.

ARTUR JORGE - 3 - Uma vitória caída do céu, uma exibição em que só os postes da sua baliza brilharam quando negaram por três vezes o golo ao Sporting. Assistiu à tremenda cavalgada dos leões à sua baliza e teve pouca arte e engenho para sair daquela teia que o treinador do Sporting montou. Conseguiu o golo de forma afortunada e enfim, lá pode respirar e safar-se de boa, da derrota que parecia iminente.

NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 3 - Jogo complicado de dirigir com várias situações de lances difíceis de ajuizar principalmente dentro das áreas, tentou manter o domínio da partida que por várias vezes lhe ameaçou fugir.

TIAGO MARTINS (VAR) - 3 - Manteve a decisão do colega do relvado nos lances de maior dúvida, em que se pediu penálti.

publicado às 03:05

As notas de Julius 2023/24 (27)

Julius Coelho, em 19.01.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FC Vizela da 18ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 5-2. Golos de Viktor Gyokeres 45'+8', 86'; Francisco Trincão 46'; Paulinho 57' e Sebastián Coates 72'.

O HOMEM DA MÁSCARA RESOLVEU

Os leões voltam a ganhar embalagem na frente, empurrando a pressão para os rivais depois de ultrapassarem o Vizela com uma vitória expressiva. Um jogo bastante emotivo com muitos golos (7), com os rapazes de Alvalade a terem que arregaçar as mangas para conseguirem a remontada, após os vizelenses abrirem o marcador com um golo fortuito numa bola parada. Gyokeres, o homem da máscara, voltou a liderar a revolta, a reacção de um leão ferido que carregou imenso em cima do adversário para inverterem a desvantagem, foram recompensados com o golo do empate em cima do intervalo (45'+8') e logo a seguir o golo da reviravolta a abrir a 2ª parte que devolveu a confiança à equipa, que mais tranquila melhorou a eficácia, marcando mais 3 golos dando a justiça ao resultado final, pelas inúmeras oportunidades que criou.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - O homem da máscara liderou a revolta, bisou, atirou na trave com a baliza deserta e somou várias arrancadas à Gyokeres que arrasaram a defesa do Vizela. Teve também um golo anulado por centímetros.

ANTONIO ADÁN - 3 - O Vizela nas poucas vezes que rematou fé-lo com perigo, obrigando o guarda redes espanhol a grande concentração em acções de dificuldade elevada. Todavia não conseguiu impedir que a sua baliza fosse violada por 2 vezes. 

RICARDO ESGAIO - 3 - Voltou ao registo de ser o elo mais débil da equipa, leu mal o lance da bola cruzada que resultou no primeiro golo do Vizela e nada acrescentou no apoio da construção.

EDUARDO QUARESMA - 4 - Quer mostrar-se apto para a luta pelo lugar que pertence ao Diomande, vai criar algumas dificuldades ao jovem costamarfiense quando regressar da CAN. Exibição de nível elevado que agradou bastante. Terá que melhorar a sua capacidade de luta nos lances aéreos, no tempo de salto.

SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - Borrou a pintura quando o avançado do Vizela fez o que quis num lance disputado mano a mano e que resultou no 2º golo do adversário que colocou a equipa em sobressalto (3-2). Redimiu-se pouco depois com o excelente golo que marcou (4-2), numa execução que não deu hipóteses ao Fabijan Buntic. 

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Exibição algo discreta mas segura, competente no passe e na antecipação, garantiu sempre o seu lado bem fechado.

NUNO SANTOS - 3.5 - A bulha do costume que provocou no jogo, fez passe de bandeja para o Gyokeres, com este a falhar o golo escandalosamente (acertou na barra com a baliza escancarada). Foi muito requisitado pelos colegas mas acumulou maus cruzamentos e más decisões.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - Condicionado muito cedo por um amarelo injusto, mas não se deixou perturbar, reinou no centro do terreno.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Duas assistências para golo e mais uma meia dúzia de más decisões em lances com espaço para provocar danos ao adversário.

FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Melhora muito a olhos vistos, está com outra mentalidade competitiva e somou lances de criatividade que desequilibraram as linhas sempre muito juntas da defesa do Vizela, marcou e assistiu.

PAULINHO - 4 - Jogo de coragem com alguns momentos à Gyokeres em que arrastou a defesa adversária atrás de si. Marcou o 3º num excelente cabezazo, assistiu e ainda teve um golo anulado pelo VAR.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Substituiu o amarelado Hjulmand, participou no último golo da equipa (5-2) 

MARCUS EDWARDS - 2 - Entrou aos 79' a tempo de criar um lance na área do Vizela em que foi derrubado para penálti e que o árbitro e VAR fizeram vista grossa.

DARIO ESSUGO - (SEM NOTA) Entrou ao cair do pano (90'+1')

RAFAEL PONTELO (SEM NOTA) Entrou ao cair do pano (90'+1')

RÚBEN AMORIM - 5 - Preparou muito bem a equipa para ultrapassar o obstáculo dos 2 jogos fora seguidos (Chaves e Vizela) e trouxe para Lisboa os 6 preciosos pontos que lhe garantem continuar na frente do campeonato, agora também a equipa com mais golos marcados (45). Exibição de grande qualidade em Vizela e sem acusarem os 2 golos que acabaram por sofrer. Golearam e ainda esbanjaram oportunidades claras para fazer mais golos. A equipa continua a crescer, a ganhar confiança e demonstrar estar bem preparada para o que vem a seguir.

RÚBEN DE LA BARRERA - 2 - Tem um conjunto interessante, com alguns elementos muito bons de bola, de qualidade e que suportam bem a pressão saindo com critério com a bola no pé. Venderam cara a derrota, conseguiram chegar à frente do marcador e quase que chegam ao 2-0, voltaram mais tarde a importunar o líder do campeonato quando reduziram para 2-3 dando uma boa imagem e qualidade ao espectáculo.

ANDRÉ NARCISO (Árbitro) - 1 - Arbitragem repleta de erros bem graves e que não se compreendem porque esteve sempre perto dos lances. Mal disciplinarmente perdoando vários amarelos a jogadores do Vizela que usaram e abusaram da dureza  e dos agarrões. Estava bem posicionado nos lances de claro derrube faltoso ao Coates e  Marcus Edwards na área do Vizela e fez vista grossa, passando a batata quente para um VAR incompetente.

RUI COSTA (VAR) - ZERO - Incompetente e não se compreende como este personagem continua na arbitragem, soma asneiras (de má fé) atrás de asneiras, goza de uma qualquer protecção misteriosa que devia ser explicada. 2 lances de falta clara na área do Vizela, 2 grandes penalidades que voltou a sonegar ao Sporting para juntar ao seu currículo bem negro de decisões que prejudicaram o Sporting CP em toda a sua carreira. Para explicar também tanta demora a visionar os vários lances da primeira parte quando o Sporting perdia por 1-0 e depois a rapidez com que os decidiu na segunda parte, depois do Sporting fazer a remontada.

publicado às 03:35

As notas de Julius 2023/24 (26)

Julius Coelho, em 14.01.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Desportivo de Chaves da 17ª jornada da Liga BETCLIC (última da 1ª volta), que resultou numa vitória por 3-0. Golos de Paulinho 44', Francisco Trincão 52' e Pedro Gonçalves 56'.

SPORTING É O CAMPEÃO DA 1ª VOLTA

Com a vitória categórica em Chaves, o leão dobra a primeira volta isolado na frente do campeonato. Em 12 minutos (44' aos 56'), a equipa de Rúbem Amorim resolveu o jogo, marcando 3 golos contra um adversário de bloco muito baixo mas que não conseguiu evitar as várias oportunidades que os leões foram construindo com alguma facilidade, só a ineficácia e a grande noite do guarda redes Hugo Souza (salvou 3/4 golos cantados) impediram uma goleada mais expressiva. Paulinho desbloqueou, Trincão confirmou e Pote matou e arrumou os 3 preciosos pontos para Alvalade, numa exibição colectiva de grande nível de toda a equipa em que não consentiram uma única oportunidade de golo aos transmontanos.

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DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4.5 - Cresceu muito no jogo, especialmente na 2ª parte destacando-se na entrega, no passe preciso e ainda nas excelentes recepções de bola tensa, num campo muito pesado e imprevisível em que mostrou qualidade e adaptação no transporte. Fez o 2-0 com remate de primeira a uma bola servida de bandeja pelo Nuno Santos, um grande golo que quebrou as ideias que o adversário ainda tinha.

ANTONIO ADÁN (Cap) - 3 - Defendeu tudo com os olhos, a bola nunca chegou com perigo à sua baliza.

RICARDO ESGAIO - 3 - Exibição competente, foi ganhando confiança no decorrer dos lances saindo por cima nos duelos. Seguro a defender.

EDUARDO QUARESMA - 3.5 - Algumas escorregadelas na lama e em zonas perigosas, mas que conseguiu resolver sempre bem. Apreciável a atitude de risco com a bola colada no pé a rasgar as linhas do meio campo  adversário.

GONÇALO INÁCIO - 4 - Foi o melhor elemento da defesa, forte, assertivo nas acções nas saídas e o patrão na hora dos apertos a defender.

MATHEUS REIS - 3 - O elemento de menor destaque na primeira linha da defesa da equipa, não comprometeu a defender mas deu muito pouco na ajuda a construir.

NUNO SANTOS - 3.5 - Dos melhores jogos dos últimos tempos, muito activo e mais rápido a decidir, construiu vários desequilíbrios na defesa adversária e ofereceu de bandeja o golo ao Trincão.

MORTEN HJULMAND - 3 - Teve algumas dificuldades de adaptação ao terreno que lhe sacaram alguma confiança, esteve melhor a fechar o centro do terreno ao adversário, que só muito poucas vezes conseguiu entrar.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Correu muito e falhou demasiado, redimiu-se na segunda parte com o passe/golo que matou de vez o Chaves. Ofereceu um golo ao Gyokeres e ainda fez um bom  remate/passe, com a bola a passar perto do poste.

PAULINHO - 3 - Voltou a marcar e mais um golo importante, desbloqueou o jogo que podia tornar-se complicado, foi o Paulinho do costume, até nos golos cantados falhados à boca da baliza.

VIKTOR GYOKERES - 3 - Exibição pouco feliz em que pouco lhe saiu bem. Voltou a ser importante em vários lances em que arrastou a defesa adversária e podia ter marcado por 2 vezes, obrigou o Hugo Souza a ter que se aplicar nos limites. Procurou o golo na parte final do jogo com algum egoísmo da sua parte.

SEBASTIÁN COATES - 2 - Entrou algo mal no jogo e demorou a entrar nele, pelo meio, algumas entradas sem timing e que lhe valeram um amarelo numa delas.

DANIEL BRAGANÇA - 1 - Pouco mais de 10' em jogo onde pouco se viu.

LUÍS NETO - 1 - Entrou ao cair do pano.

DÁRIO ESSUGO - 1 - Com o frio que estava os 5' no jogo não deu nem para aquecer.

RÚBEN AMORIM - 5 - Dobrou a primeira volta do campeonato como líder isolado e com todo o mérito, como ficou mais uma vez demonstrado em Chaves, com a equipa a arrancar uma vitória categórica, marcando 3 golos e outras tantos desperdiçados e sem permitir ao adversário uma única oportunidade de fazer pelo menos o seu golo de honra. Um controle absoluto do jogo numa gestão bem executada, sem a necessidade de grande desgaste. A equipa respondeu sempre bem ao que o jogo pedia e preencheu com sucesso os espaços do terreno sem entrar em grandes correrias, foi sempre muito compacta a defender e a subir na construção.

JOÃO MIGUEL TEIXEIRA - 2 - faltou sempre qualquer coisa mais à sua equipa em que na primeira fase com bola sabia sair bem com qualidade mas ...depois os lances acabaram por diluir-se na defesa do Sporting. Um bloco muito baixo mas que esbarrou sempre na grande diferença individual e colectiva do Sporting que construiu inúmeras oportunidades de golo.

LUÍS GODINHO (Árbitro) - 3.5 - O Sporting goleou, controlou sempre o jogo, fez poucas faltas e acabou por ver mais amarelos que o Chaves. Lances como o do Gyokeres, em que levou amarelo, houve vários, nas pernas e pés dos jogadores do Sporting. Tecnicamente esteve bem.

BRUNO ESTEVES (VAR) - 3 - Não se compreende de todo o imenso tempo para validar o golo limpíssimo do Paulinho, as imagens são claras e fáceis de ver, porquê toda aquela eternidade para o validar? Procuravam afinal o quê?

publicado às 02:35

As Notas de Julius 2023/24 (25)

Julius Coelho, em 06.01.24

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Estoril da 16ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 5-1. Golos de Marcus Edwards 21' e 45+2; Pedro Álvaro (Auto Golo); Pedro Gonçalves 69' e Francisco Trincão 78'.

O LEÃO ESMAGOU OS CANARINHOS COM MANITA

O Sporting segue imparável numa liderança firme com vitória estrondosa ao Estoril. A equipa de Vasco Seabra que até estava a passar uma excelente fase, levou um correctivo em Alvalade e teve que vergar-se ao futebol avassalador dos leões liderados pelo suspeito do costume (Viktor Gyokeres), que tomaram de assalto a baliza do Marcelo Carné em toda a partida, violando-a por cinco vezes, mais uma mão bem cheia de oportunidades desperdiçadas, umas que os postes impediram e outras por erros na definição. A turma de Alvalade não acusou em nenhum aspecto as várias ausências (Diomande, Morita e Coates) dando uma demonstração consistente de grande capacidade competitiva em que todos os elementos, principalmente os ofensivos, se apresentaram bastante produtivos e deixaram garantias para as próximas batalhas.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - Voltou a brilhar e fez `bullying´ com a defesa do Estoril. Participou (só) em 4 golos (ofereceu 2 golos ao Edwards, fez o lançamento que culminou no 3º golo e ainda serviu o Trincão para o ´golazo` que marcou), faltou-lhe o prémio merecido do seu golo.

ANTONIO ADÁN (Cap) - 3.5 - Sempre muito atento e reactivo aos poucos remates enquadrados que lhe chegaram (apenas quatro) e que defendeu com segurança. Não teve responsabilidades no golo sofrido.

GENY CATAMO - 3.5 - Também esteve à beira de marcar por 2 vezes, mas faltou a pontaria. Forte e imprevisível no drible na saída e eficaz depois a fechar o corredor.

EDUARDO QUARESMA - 4 - Está a ganhar pontos em cada jogo, nota-se-lhe um grande crescimento competitivo, físico e mental. Voltou a fazer corte decisivo, impedindo um golo que parecia certo na sua baliza.

GONÇALO INÁCIO - 5 - Exibição imperial, muito completa destacando-se claramente na linha defensiva, foi o patrão e que impôs a lei do más forte em toda a sua zona. Fez corte fantástico a uma bola que iria isolar um adversário.Também cheirou o golo por 2 vezes, com a marca já bem conhecida dos seus cabezazos e que falharam por muito pouco.

MATHEUS REIS - 3.5 - É um grande lutador, sempre disponível e solidário no apoio, mesmo quando complica quando decide pelo trilhos errados, mas salvou sempre a situação. Foi competente a fechar a profundidade nas suas costas.

NUNO SANTOS - 3.5 - Emprestou muita alma à equipa com o seu futebol repentino e selvagem mas nem sempre os lances lhe saíram, teve nos pés um golo de antologia mas mediu mal o chapéu. Num remate forte teve o seu prémio, a bola foi desviada por um adversário e anichou-se no fundo da baliza do Estoril.

MORTEN HJULMAND - 3.5 - Exibição mais discreta do que lhe é normal exibir, mais posicional na zona do centro do terreno, manteve-se sempre vigilante e activo a fechar os espaços entre as linhas mais avançadas do Estoril numa tarefa de grande desgaste, perseguindo em muitos lances o portador da bola. Rúben Amorim explicou no final do jogo que ele estava "adoentado".

DANIEL BRAGANÇA - 3 - A menos fogosa das exibições da equipa, tentou cumprir tacticamente no apoio ao colega dinamarquês mas sempre com alguma dificuldade em se impor no meio campo, foi o primeiro a sair. Acusou o desgaste dos dias com gripe.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Das três oportunidades que teve para marcar uma delas entrou mesmo e que golo! Rouba a bola a um adversário, fez um tango ao Mangala e remata de pronto com o Marcelo Carné a defender com os olhos.

MARCUS EDWARDS - 5 - Endiabrado o pequeno grande mágico inventou 2 lances que o Gyokeres e o Gonçalo Inácio desperdiçaram, marcou os 2 primeiros golos em lances parecidos, depois de se posicionar no sítio certo para receber o "toma-lá e faz-te famoso" do avançado sueco e ainda acertou no poste.

FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Os adeptos já sentiam saudades e ele também de uma boa entrada na partida, marcou grande golo completando a manita e podia ter feito o segundo que falhou por pouco, a bola bateu no Mangala e foi para canto.

LUÍS NETO - 2.5 - Substituiu o esgotado Eduardo Quaresma, não comprometeu.

DÁRIO ESSUGO - 3 - Entrou ainda a tempo de arrancar nota positiva pelos cortes que executou, matando várias iniciativas de ataque do adversário impondo o seu poder físico, menos bem quando quis transportar a bola e a perdeu.

RICARDO ESGAIO - 2.5 - Fez pela vida no melhor momento do Estoril quando esboçou uma reacção quase no final da partida, muito concentrado a fechar e a dobrar as bolas metidas nas costas dos colegas já batidos.

PAULINHO - 2 - Entrou para os 10' finais da partida, mas a sua acção concentrou-se na ajuda na defesa ás bolas lançadas pelo ar pelo Estoril, que conseguiu alguns ponta pés de canto consecutivos, num desses lances fez o seu golo de honra.

RUBÉN AMORIM - 6 - Estudou muito bem o adversário que tem vindo a praticar um futebol de altíssima qualidade e com os últimos resultados muito positivos, avinhava-se por isso um jogo muito complicado e difícil, mas  todos fizeram bem o seu trabalho e assim ficou mais fácil de obterem mais um vitória e por números expressivos que só pecam por escassos, tantas foram as oportunidades desperdiçadas. A equipa não se ressentiu das ausências dos vários titulares e mostrou estar altamente focada e unida nos objectivos a que todos querem chegar. Leu bem o jogo e com o 4º golo decidiu e bem pela gestão da equipa.

VASCO SEABRA - 2 - A sua equipa apresentou logo de início uma postura de grande concentração na estratégia que levaram para Alvalade, uma linha permanente de cinco elementos e outras duas linhas de 3 e 2 elementos sempre muito juntas e que deixavam muito poucos espaços para os criativos do Sporting, mas do outro lado estava o Viking e uma equipa muito decidida a continuar líder e contra esse enorme argumento não à táctica que resista, uma estratégia que foi naturalmente desfeita a partir do 3-0, a partir daí teve que reiniciar as ideias...

CLÁUDIO PEREIRA (Cap) - 4 - Boa arbitragem, a mostrar que quando não existem outras "agendas" até que se apita bem no futebol português. Houve erros em algumas decisões, mas também é impossível não os haver.

ANTÓNIO NOBRE (VAR) - 4 - Ao nível elevado do colega do relvado, desta vez foram 2 centímetros a favor do Sporting.

publicado às 03:03

As Notas de Julius 2023/24 (24)

Julius Coelho, em 31.12.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Portimonense da 15ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Viktor Gyokeres 59' e Paulinho 80'.

O LEÃO APANHA O AUTOCARRO DE PORTIMÃO PARA PASSAR O ANO NA LIDERANÇA 

O Sporting sofreu a bom sofrer para chegar a uma vitória justa, num jogo de muita paciência contra o usual autocarro montado pelo Paulo Sérgio e que o Pote desbloqueou com um excelente passe para o Gyokeres fazer o 1º da noite, mas correu sérios riscos, com o Portimonense a empatar a partida aos 69' e logo a seguir quase que faz o 2-1 que Eduardo Quaresma evitou com uma grande recuperação e corte e aos 86' teve nova grande chance de voltar a empatar a partida com António Adán a fazer defesa decisiva ao isolado Hélio Varela. Paulinho resolveu com um golo de nota de artística (calcanhar), mas esteve desastrado a falhar golos cantados. A equipa de Rúben Amorim passa para o Ano 2024 na liderança isolada.

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DESTAQUE - ANTONIO ADÁN - 5 - Grande defesa no momento do jogo, quando negou o empate ao Portimonense ja perto dos 90', quando de forma destemida saiu aos pés do isolado Hélio Varela. Em 2 jogos seguidos volta a fazer defesas decisivas.

GENY CATAMO - 3 - Carregou muitas vezes a bola mas faltou-lhe sempre uma melhor decisão no último passe, com alguns cruzamentos sem nexo para a zona de ninguém.

LUÍS NETO (Cap) - 1 - Já lhe faltam argumentos para poder jogar no Sporting, lento a ler o jogo na saída e lentíssimo na reacção.

OUSMANE DIOMADE - 3.5 - Uma falha que podia ter comprometido, quando deixou fugir e isolar-se na cara do Adán o cabo verdiano Hélio Varela. Foi o melhor elemento da defesa.

MATHEUS REIS - 3 - Voltou ao seu jogo atrapalhado, muita disponibilidade física mas pouco discernimento no último passe com várias entregas de bola ao adversário.

NUNO SANTOS - 3 - Muito coração e muita alma leonina que empregou nos lances mas depois faltou-lhe técnica para a imprevisibilidade, ou despejou na área ou fez o passe para trás.

HIDEMASA MORITA - 5 - Foi sempre o elemento mais esclarecido e regular da equipa. Emergiu pela positiva em tanta falta de inspiração colectiva.

PEDRO GONÇALVES - 3.5  - Desbloqueou o jogo no seu momento mais imprevisto, quando auto-analisava se podia continuar no jogo depois de ter sofrido um forte pisão de um adversário, um passe teleguiado para a desmarcação do Viktor Gyokeres que não falhou à boca da baliza.

MARCUS EDWARDS - 3 - Desinspirado no último terço, no meio das linhas recuadas do adversário, raramente encontrou espaços para enganar o autocarro defensivo dos algarvios  e quando o conseguiu o desastrado Paulinho destruiu os lances.

PAULINHO - 3 - Foi o herói com o golo da vitória, num gesto técnico com nota artística, porque os lances fáceis falhou-os todos à boca da baliza.

VIKTOR GYOKERES - 4 - Voltou a facturar abrindo o marcador e fez enorme assistência para o que deveria ter sido um golo fácil do Paulinho e que mataria a partida mas atirou para as nuvens. Teve sempre guarda privilegiada de 2 defesas em cima, em todo o jogo.

EDUARDO QUARESMA - 5 - Entrou bem no jogo, não se compreende o Luís Neto a titular no seu lugar depois da exibição monstruosa que fez contra o FC Porto. Salvou a equipa com uma recuperação à Jeremiah St. Juste, roubando autenticamente o golo da reviravolta dos algarvios e que colocaria a equipa em sérias dificuldades.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Ao contrário do colega Eduardo Quaresma, entrou mal na partida, lento na resolução dos lances deixando-se apertar e a encurralar, com erro muito comprometedor que isolou o avançado do Portimonense.

RICARDO ESGAIO - 1 - Entrou para ajudar a fechar, mas foi do seu lado que apareceu isolado o Hélio Varela.

FRANCISCO TRINCÃO - SEM NOTA - Entrou para ouvir o apito do árbitro final do jogo.

RÚBEN AMORIM - 4 - Entrou com o pé direito no novo ano, na liderança isolada, mas teve que desmontar com muita paciência o autocarro de Portimão que o Paulo Sérgio voltou a levar e que provocou muitas dificuldades à sua equipa. Cometeu o erro da titularidade do Luís Neto e que corrigiu ao intervalo e teve depois que saber sofrer quando o portimonense empatou e ameaçou roubar-lhe a vitória. A equipa não fez um bom jogo, pouco esclarecido e com momentos de demasiada lentidão a construir.

PAULO SÉRGIO - 3.5 - Voltou a montar o seu conhecido autocarro que trás sempre para os jogos do Sporting, com uma linha permanente de 6 defesas e apostando no contra ataque e nas bolas paradas e quase que conseguia fazer história, chegaram ao empate numa bola parada e quase que consegue a reviravolta pouco depois, num jogo em que até aos 70' a sua equipa nunca conseguiram chegar com perigo à baliza do Sporting.

MANUEL OLIVEIRA (Árbitro) - 3 - Mais uma arbitragem habilidosa mas que não surpreendeu de um árbitro que é conhecido pela sua inclinação anti-Sporting. Depois de carregar com amarelos a equipa de Lisboa quis limpar-se no lance do ponta pé de baliza quando era canto contra o Sporting e teve azar, no lance a seguir o Sporting chega ao golo que resultou na vitória. O KARMA.

LUÍS FERREIRA - 3 - Apareceu com surpresa no VAR a substituir o Artur Soares Dias. Não teve casos que pedissem a sua intervenção.

publicado às 03:04

As Notas de Julius 2023/24(23)

Julius Coelho, em 19.12.23

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FC Porto da 14ª jornada da Liga BETCLIC, que resultou numa vitória por 2-0. Golos de Viktor Gyokeres 11' e Pote 60'

SPORTING DESMONTOU POR COMPLETO O FC PORTO

Noite fantástica do leão que trucidou totalmente a equipa do Sérgio Conceição. Uma soberba demonstração de superioridade, tanto na qualidade como no querer e na raça, com um domínio absoluto do jogo, criando sucessivos lances de perigo na área do FC Porto que escapou a uma goleada por números bem expressivos. Nem as várias decisões estranhas da equipa de arbitragem e VAR, conseguiram travar a tremenda  caminhada dos leões no assalto constante à baliza do Diogo Costa. Marcaram 4 golos (2 foram mal anulados pelo VAR) a somar a uma mão cheia de oportunidades desperdiçadas por pequenos detalhes. Por último, o registo de mais uma agressão e expulsão de Pepe para juntar ao seu currículo bem negro. O Sporting recuperou com todo o mérito a liderança isolada da Liga.

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DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 6 - Correu o tempo todo a atropelar a defesa do FC Porto. Logo no início do jogo desmantelou o Pepe, no lance em que fez o primeiro golo da noite, um "golazo". O endiabrado sueco empolgou as bancadas vestidas de verde com portentosos sprints em todos os corredores do ataque, criando sempre o pânico pelos vários lances de perigo iminente, fez a assistência no "toma lá e faz-te famoso" para o Pote empurrar a bola para o segundo golo e ainda lhe foi (mal) anulado um outro, após grande assistência de Eduardo Quaresma na melhor jogada da noite. 

ANTONIO ADÁN - 5 - Foi a noite sim do "keeper" espanhol. Grande parada à cabeçada do Galeno, negando o golo de empate ao FC Porto a acabar a primeira parte. Uma exibição segura e muito concentrado e que transmitiu confiança a todos da defesa.

GENY CATAMO  - 5 - Excelente drible e visão no passe a desmarcar o Gyokeres para o decisivo 2-0. Tinha a missão de carregar o jogo da equipa e ganhou a maioria dos duelos. 

EDUARDO QUARESMA - 6 - Foi o "gigante" joker que Rúben Amorim lançou no jogo, surpreendendo toda a gente, nomeadamente o treinador do FC Porto. Finalmente teve a sua noite de sonho, exibição monstruosa que  meteu no bolso o melhor jogador do Porto (Galeno, o extremo em melhor forma na Liga) pondo-o fora do jogo. Incrível o que fez, na antecipação, no desarme (ganhando todos os lances ao brasileiro/português) e ainda na saída segura em condução. Roubaram-lhe a cereja do cimo do bolo, um tremendo lance ganho em antecipação, no corredor oposto, isola-se e cruza com qualidade para o Gyokeres fuzilar, mas o VAR inventou uma falta e anulou.

OUSMANE DIOMANDE - 5.5 - Foi imperador em toda a zona da sua área, felino nas dobras e raçudo na antecipação em todos os lances que interveio, saindo sempre vencedor. Assumiu o comando da defesa e saiu-se bem contra a dupla Taremi/Evanilson.

GONÇALO INÁCIO - 5 - Bloqueou sempre os espaços ao adversário nas costas do Matheus Reis e por isso nunca se viu o Pêpê nem o João Mario criarem perigo naquela zona. Muita fibra e concentrado nas bolas paradas, nunca deu hipótese nas alturas a ninguém. 

MATHEUS REIS - 5 - Sempre muito móvel, correu kilómetros na ajuda da construção e a fechar nas tentativas do ataque portista pelo seu corredor. Exibição muito competente, deu amplitude ao jogo da equipa com muita disponibilidade para as linhas de passe.

MORTEN HJULMAND - 6 - Foi um autêntico polvo com tentáculos que encheu todo o meio campo que dominou totalmente. Um leão de raça pura que conseguia estar em todo lado, fez inúmeras recuperações de bola e sempre muito assertivo na sua entrega a ligar as linhas da equipa.

HIDEMASA MORITA - 3.5 - Foi dos elementos em menor evidência, mas mostrou sempre muita disponibilidade para o apoio; a fechar nas dobras e depois a construir. Decisivo em vários roubos de bola ao adversário quando este partia com espaço para o contra ataque.

PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Marcou um golo fácil na assistência do avançado sueco mas voltou a ser muito infeliz em vários lances já na zona de finalização e com espaço para poder rematar com êxito.

MARCUS EDWARDS - 3 - Não deu seguimento ao bom momento que apresentou nos últimos jogos. Nunca conseguiu finalizar com eficácia a maioria dos lances que construiu, faltou-lhe mais velocidade de execução e mais raça, parecendo algo desconcentrado na recepção em que se deixou antecipar pelos adversários em alguns lances. Momento alto quando tira um adversário da frente dentro da area portista e dispara para defesa espectacular do Diogo Costa.

NUNO SANTOS - 3 - Entrou no momento certo quando o FC Porto já reduzido a 10 elementos oferecia espaço pelos corredores, bem tentou, por vezes em superioridade numérica, mas os cruzamentos saíram frustrados.

PAULINHO - 3 - Foi lançado aos 75' e manteve a forte dinâmica do ataque da equipa até final. Meteu a bola na baliza no que seria o 3º da equipa, mas o VAR... lá encontrou uma falta para anular.

RICARDO ESGAIO - 3 - Manteve o pobre do Galeno fora do jogo e só isso garantiu a nota positiva.

DANIEL BRAGANÇA - 2 -  Entrou quase no final a tempo de ter acção directa no lance que poderia ter dado o 3º golo e que o VAR anulou.

FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Foi a jogo com a vitória já garantida e com o adversário com a toalha estendida no relvado. 

RÚBEN AMORIM - 6 - A noite em que passou de aluno a professor. Deu lição de grande nível ao Sérgio Conceição e deixou-o no apito final a vociferar coisas sem nexo. Preparação irrepreensível e surpreendente, de um plano de jogo que desmantelou por completo o FC Porto, num domínio absoluto em toda a partida. Noite em que cheirou a goleada a que só o guarda-redes do FC Porto, os árbitros e alguma infelicidade dos avançados do Sporting evitaram. Nota máxima para o treinador do Sporting que ganhou com justiça e volta por isso à liderança isolada da Liga.

SÉRGIO CONCEIÇÃO  - 1 - Teve azar, desta vez enfrentou um Sporting muito superior em todos os momentos do jogo, escapando a uma goleada que o deixaria envergonhado. Chegou a Alvalade com sobranceria, convencido da vitória, pensando que iria desmantelar com facilidade o Sporting e acabou a ser ele e a sua equipa desmantelados. Feio o  jogo que trouxe, com várias acções subterrâneas protagonizadas pelos seus jogadores, mas que de nada valeram, o poderio do grande leão foi evidente, tanto nos golos marcados como nas inúmeras oportunidades esbanjadas. Depois, o karma, atacou justamente o seu capitão e desta vez não houve milagre que o salvasse.

NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 1 - Até que parecia que iria arrancar para uma grande arbitragem, mas fomos enganados. Aos poucos, foi metendo os pés pelas mãos, mostrando incompetência... ou algo mais. Quiçá a vitória de nenhuma das equipas interessava. Verdade que foi o VAR a anular o que seria o 2-0, ainda na primeira parte, mas foi ver as imagens e decidiu pela falta do Eduardo Quaresma sobre o adversário que está batido e já fora do lance e que deixou a perna atrás. Depois vê à sua frente a agressão do Pepe e não teve os ditos cujos para o expulsar. Teve que ser chamado pelo VAR e demorou uma eternidade a ver o óbvio. É esta arbitragem que continuamos a ter? 

TIAGO MARTINS (VAR) - 1 - Depois de conhecermos a forma como o Tiago Martins apitava os jogos, deixando-os correr só apitando nas faltas evidentes e grosseiras, chama o árbitro para dar falta no lance do Eduardo Quaresma. Uma decisão muito estranha em que deixa dúvidas da sua intenção. A expulsão de Pepe é evidente e não podia deixar passar, depois o lance que o Paulinho (que não está fora de jogo) mete a bola na baliza...inventa uma falta do Daniel Bragança sobre um adversário que logo que sentiu o toque atirou-se para o relvado... são demasiados lances.

publicado às 03:35

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