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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Hegemonia? Bicampeonato (três Ligas em 5 anos anos) e acima de tudo uma superação que há muito não se assistia em Alvalade, uma nova realidade competitiva, de exigência, união, profissionalismo, capacidade de sacrifício, coragem e ousadia que ajudaram a superar múltiplos momentos deveras adversos, após a herança positiva deixada por Rúben Amorim e bem péssima de João Pereira, passando por um tsunami de lesões que arrasaram a equipa e o próprio ânimo, mas que Rui Borges contra tudo e contra todos a agarrou, conseguindo levá-la a bom porto, ao porto do triunfo e da glória.
NOTA 6 para todos os que participaram directa e indirectamente, com mais ou menos foco, para espectacular sucesso, com o DESTAQUE para a equipa que nos momentos cruciais não vacilou, não deu chance aos seus adversários, obtendo mais pontos, sendo o melhor ataque, a defesa menos batida e ainda com o seu artilheiro Viktor Gyokeres a ser o melhor marcador da Liga a larga distancia, dobrando o segundo classificado, com uns incríveis 39 golos que ficarão gravados a ouro nas páginas da história do Sporting Clube de Portugal.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o BENFICA da jornada 33 da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 1-1. Golo de Francisco Trincão, 4'.
O LEÃO À PORTA DO TÍTULO
O Sporting saiu ileso e em vantagem do ninho da águia, num jogo carregado de emoçôes e que acabou justamente empatado, adiando a decisão do título para a última jornada. Os leões em Alvalade contra o Vitória terão que fazer um resultado igual ou melhor que o rival na sua deslocação a Braga, para assegurar o Bicampeonato. Aos 4´ Francisco Trincão "apagou" a Luz, silenciando os seus eufóricos adeptos com um "golazo", dando vantagem no marcador ao campeão e que só não foi ampliada, porque o árbitro e o VAR não deixaram o Sporting ir para intervalo a vencer por 2-0 e com o Benfica reduzido a 10, com a expulsão clara de Nicolás Otamendi perdoada. A equipa de Rui Borges teve na esmagadora maioria do tempo o controlo da partida, mesmo quando sofreram o empate, com o adversário nos 90' a ter um único remate enquadrado à baliza de Rui Silva.
DESTAQUE - MORTEN HJULMAND (Cap) - 5.5 - Um monstro à solta no campo todo, o vírus letal que bloqueou a esmagadora maioria das iniciativas encarnadas. Teve (tem) uma ligação especial e directa com o jogo e com os lances, com uma dimensão a que ninguém conseguiu igualar, nem de perto, controlou quase tudo, o jogo da equipa, os espaços e ritmo do adversário, menos o cartão amarelo que levou e que o retira da grande final de Alvalade no sábado contra o Guimarães.
RUI SILVA - 5 - Sofreu um golo de uma carambola, num passe cruzado já perto da linha de golo. Brilhou com grande defesa, quando já batido roubou o pão da boca ao Akturkoglu que já se preparava para atirar para a baliza deserta.
GENY CATAMO - 4.5 - Um dínamo de energia constante, executando com êxito várias arrancadas ao seu estilo pela direita que vulgarizaram o Álvaro Carreras. Melhorou muito os aspectos defensivos, lendo bem os lances na hora de ir recuperar para fechar as portas. A verdade é que a mortífera ala esquerda encarnada ( Akturo e Carreras) não funcionou.
EDUARDO QUARESMA - 5 - Exibição de grande nível, numa perfeita colaboração com o Geny. Voltou a mostrar que é quase impossível bate-lo no um para um, dando tudo de si em todos os lances, raça, sofrimento, garra e muitíssima qualidade.
OUSMANE DIOMANDE - 5.5 - Outro monstro à solta, marcou o seu território no centro da defesa e defendeu-o com as suas garras de leão até à ultima gota de suor. Intratável nos duelos e na antecipação secou tudo à sua frente e nunca deu nada aos adversários.
GONÇALO INÁCIO - 5 - Sabia que ontem não podia falhar ou hesitar e bateu-se sempre bem, dobrando com qualidade e precisão os espaços nas costas de Max, principalmente nos lances ensaiados com triangulações bem rápidas com manejo pensador do Di Maria. Sempre atento respondeu bem ao jogo aéreo cruzado na sua área.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 5 - Era só mesmo uma questão de tempo a adaptação ao futebol europeu, parece muito feliz e motivado nas suas funções que eleva com tremenda eficácia, esticou o jogo em todo o seu corredor com irrepreensível leitura, percebendo quando e onde tem que fechar ou só vigiar o adversário, acompanhando-o na distancia correta e sem cair na tentação de atacar a bola. Correu com o Di Maria do jogo, ainda fez uma tentativa de se safar no lado oposto, mas encontrou lá o Quaresma e...foi tomar banho mais cedo.
ZENO DEBAST - 4.5 - Completamente integrado nas suas funções do meio campo, ontem contra um adversário de grande nível, bateu-se muito bem, com boa leitura dos espaços que tinha que atacar para fechar os caminhos ao turco 10 do Benfica e ao Florentino, emperrando-lhes e sabotando-lhes a circulação da bola no seu usual carrossel.
FRANCISCO TRINCÃO - 5 - Uma primeira parte de grande nível, foi sempre o elemento mais eficaz no transporte e a provocar desequilíbrios nos espaços entre os centrais encarnados. Leu de forma soberba o lance executado pelo Gyokeres, a que respondeu de primeira com um remate bem colocado e indefensável que apagou a Luz logo aos 4' de jogo. Foram várias as arrancadas velozes com bola, fazendo recordar o Matheus Nunes, até que as pilhas já não deram para mais, saiu esgotadíssimo aos 81'.
PEDRO GONÇALVES - 3 - Durou já com nível aceitável a primeira meia hora, mas ainda não recuperou totalmente a velocidade de execução necessária. Respondeu bem a um passe inteligente do Gyokeres que o isolou na entrada da área mas foi impedido de fazer o 2-0 com falta grosseira do Otamendi que deveria ter sido expulso. Ainda meteu na bola na baliza num lance interrompido pelo árbitro por uma suposta falta muito duvidosa.
VIKTOR GYOKERES - 5 - Ganhou todos os lances aos centrais do Benfica na primeira parte. Depois de um lance da sua marca, um raide estonteante em velocidade que finalizou com passe de bandeja para o Trincão fazer o 1-0. De seguida, uma outra arrancada que resultou no passe mágico para a zona da meia lua da área, onde apareceu o Pote isolado e que foi impedido em falta clara de poder finalizar.
HIDEMASA MORITA - 2 - (entrou 58') A equipa ficou claramente a perder com a sua entrada, não conseguiu elevar-se ao mesmo nível do colega substituído (Debast) lento na reacção e no passe. Teve responsabilidades no golo sofrido, com uma acção defensiva caricata que só facilitou o grego Pavlidis ganhar espaço para cruzar à queima roupa.
GEOVANY QUENDA - 2.5 - (entrou 71') Pareceu melhor fisicamente, a recuperar a potência nas saídas com bola, mas errou muito na leitura, escolhendo as direcções menos aconselhadas, metendo-se no meio de adversários quando tinha colegas soltos no lado oposto.
CONRAD HARDER - 2 - (entrou 82') Era hora de segurar o empate quando o Benfica entrou no desespero, do tudo por tudo. Tinha a missão de esticar jogo e segurar a bola o mais tempo possível se tivesse as linhas de passe fechadas, tentou cumprir, mas teve dificuldades em manter a bola, perdendo-a duas vezes com facilidade não recomendada.
MATHEUS REIS - 2 - (entrou 81') Também foi a jogo com a missão de fechar as portas aos avançados do Benfica. Estando Di Maria em jogo, surpreendeu a sua ausência da equipa titular. Mostrou dificuldades em segurar o possante avançado italiano Belloti.
JEREMIAH ST JUSTE - 3.5 - (entrou 82') Foi uma entrada a sério no jogo, foi dos melhores momentos da equipa na segunda parte. Surpreendentemente apresentou uma velocidade acima de todos, incluindo adversários, supersónico na reacção, chegando sempre primeiro à bola. Brilhou numa arrancada que deixou todos para trás e quando se preparava para se isolar e com o Gyokeres a desmarcar-se, foi ceifado por trás pelo Kokcu.
RUI BORGES - 5.5 - Voltou a levar a melhor ao Bruno Lage, com menos argumentos, montou muito melhor a sua equipa em comparação com a do adversário. O Sporting foi sempre mais adulto a procurar ,trabalhar, segurar e gerir um dos 2 resultados que mais lhe interessava. O inferno escaldante da Luz afinal não lhes fez grande efeito, provocaram grande apagão muito rápido, ainda na primeira parte. Está a crescer claramente como treinador na leitura do jogo e na reacção ao que ele pede. Ficou agora a um passo do seu maior feito até agora, ser campeão nacional, só tem que vencer no sábado a sua anterior equipa, em Alvalade.
BRUNO LAGE - 2 - Já se notava nos últimos dias uma euforia interior na sua forma de estar, principalmente quando falava aos jornalistas, mostrando uma altíssima confiança de que iria derrotar o Sporting e que fariam a festa a seguir. Estava convencido que assim seria, ele e todos os seus adeptos que se deslocaram ao estádio, incluindo muitos dos jornalistas e comentadores da CS, contagiados por essa euforia e que já não conseguiam disfarçar. Afinal faltou-lhes muitas coisas à sua equipa no jogo, poucas ou nenhumas soluções, sem criatividade, numa estratégia baseada muito na fé e no empurrar a bola para a frente de qualquer forma, um único remate enquadrado diz tudo o que foi a exibição pobre da sua equipa. Agora deixaram de depender de si para conseguirem o objectivo.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 2 - Ainda vão ter que lhe arranjar um avião particular para poder apitar os jogos todos. Deixou a sua marca conhecida, bem vincada em vários lances capitais e com influência no marcador: Não se vislumbra uma falta clara na jogada que daria o 2-1 marcado pelo Pote, depois, como pode ter deixado passar o lance escandaloso entre o Otamendi e o Pote? Livre directo ou penálti e expulsão do Otamendi, o defesa argentino que já não estaria em campo para ser protagonista num lance na 2ª parte com o Debast na área do Sporting. Tirando esses lances, até estava a dirigir bem o jogo.
ANDRÉ NARCISO (VAR) - 1 - Mas este tipo esteve na Cidade do Futebol?... Ainda vai receber cachê pela sua "ausência"?.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o GIL VICENTE da jornada 32 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Maximiano Araujo 81' e Eduardo Quaresma 90+3'.
CARGA EMOCIONAL GIGANTE PARA A LUZ
Triunfo da crença e da garra da equipa leonina que vai chegar ao dérbi da Luz em vantagem, a poder jogar para dois resultados para o bicampeonato. Uma vitória que deixou marcas muito positivas nos leões pela forma empolgante como foi conseguida (90+3), uma injecção de uma carga vitamínica emocional gigante que irá unir ainda mais a equipa e treinador para a disputa da grande final de sábado. O Sporting foi incapaz de quebrar o bloco gilista durante uma hora e só com as entradas de Harder e principalmente de Hjulmand (deram um andamento totalmente diferente à circulação) conseguiu encostar a equipa de Barcelos às cordas e chegarem a uma remontada épica, sacada com efeito de "cesariana". Maxi Araújo e Quaresma foram os heróis da noite, numa partida sempre inclinada (sem surpresa) pela arbitragem de Tiago Martins "y sus muchachos".
DESTAQUE - EDUARDO QUARESMA - 4 - O "miúdo" já merecia isto, um golazo de raiva, uma bomba que fez "explodir" o estádio aos 90+3', salvando a equipa de um empate que já parecia certo.
RUI SILVA - 3 - A sina de ter que viver algumas noites muito "geladas" e ingratas, um golo sofrido de penálti que quase derrubou a equipa e sem ter que fazer uma única defesa durante toda a partida.
JEREMIAH ST, JUSTE - 1 - Mais uma paragem cerebral com duplo erro que quase custa a derrota da equipa, derrubou o adversário dentro da área de forma gratuita num lance inofensivo, consequência pela má leitura que fez reagindo com lentidão à dobra do seu colega. Não tem o mínimo de perfil para aquela posição de central do meio, somou vários erros comprometedores.
GONÇALO INÁCIO (Cap) - 2 - Entrou e saiu mal do jogo, um número elevadíssimo de passes errados e más abordagens nas divididas, nunca conseguiu adaptar-se ao terreno e bola encharcados, principalmente na 1ª parte em que abusou das más decisões.
GENY CATAMO - 2.5 - Não desequilibrou como se pedia, raramente conseguiu ultrapassar a última linha defensiva do adversário e quando o conseguiu definiu sempre mal.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 4 - Um dos grandes heróis da noite, um golo inesperado que desbloqueou o jogo da equipa e acordou o campeão para ainda conseguir chegar a tempo à remontada. Foi o elemento verdadeiramente criativo da equipa que mais dificuldades criou à defesa gilista. Confirma em cada jogo que acertaram em cheio na sua contratação.
HIDEMASA MORITA - 2 - Muito apagado, nunca conseguiu entrar no jogo. Perro sem ritmo e com dificuldades na leitura dos lances, não acrescentou.
ZENO DEBAST - 4 - Surpreendeu, sendo o melhor elemento do meio campo até à entrada do capitão dinamarquês. Muito activo e forte na recuperação (nota-se evolução na leitura do jogo) sendo o elemento com mais acerto na procura de linhas de passe.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Voltou a ter uma noite muito desinspirada, somando dois falhanços. A ligação com o Pote foi desastrosa, aparecendo várias vezes os dois no mesmo espaço. Podia ter acordado o leão mais cedo, num livre bem marcado com a bola a bater no poste e com o Andrew pregado no relvado a defender com os olhos.
PEDRO GONÇALVES - 2 - Não conseguiu fazer a diferença. Contra um adversário com sistema defensivo muito robusto e bem trabalhado a não oferecer espaços, ficou mais visível o seu ainda défice físico. Baralhou mais que construiu, aparecendo nos espaços que são também do Gyokeres, provocando afunilamento de vários lances, o que facilitou os centrais do Gil Vicente a bloquearem a passagem da bola.
VIKTOR GYOKERES - 2 - Quiçá o jogo menos conseguido com a camisola do Sporting. Foram poucos os lances que participou e nenhum deles com perigo. Os centralões gilistas taparam-lhe sempre os caminhos da baliza. Pareceu já com a cabeça no dérbi, a preparar-se mentalmente para o jogo da grande decisão do título.
MORTEN HJULMAND - 4 - (Entrou 64') ficou a ideia que se não entra no jogo a equipa não iria conseguir dar a volta à desvantagem do 0-1. Viu-se logo a diferença, com ele é outra coisa completamente diferente, a bola e a equipa circulam com método e classe, até o próprio adversário sente outro respeito e recua mais no terreno. Foi o momento em que o Sporting passou a encostar a equipa do César Peixoto às cordas.
CONRAD HARDER - 3.5 - (entrou 64') - Está com um futebol mais adulto, é o elemento mais prático do plantel, um grande pragmatismo que coloca em todos os seus lances, sem floreados, com bom critério e provocando dificuldades sérias ao adversário. Acrescentou bastante, dando grande contributo à remontada.
GEOVANY QUENDA - 3 - (entrou 64') Ainda sente dificuldades em retomar a mesma intensidade que apresentou em quase toda a época. Alguns rasgos nas diagonais que ajudaram a empurrar os de Barcelos para trás, era o tudo por tudo da equipa.
GABRIEL TEIXEIRA - 2 - (entrou 83') Entrou no melhor período da equipa logo a seguir ao golo do empate e já na perseguição da vitória. Tentou jogar rápido e simples no passe quando o Gil já defendia com toda a gente perto da sua área.
MATHEUS REIS - (SEM NOTA) (entrou 90+7')
RUI BORGES - 3 - Alguns pecados que podiam ter sido mortais, falhou redondamente no plano inicial apostando num elemento sem perfil para o centro da defesa (St. Juste) e tardou a reagir à inércia da equipa, metida num colete de forças, sem chama e sem inspiração para ferir o adversário, dando a ideia que todos ficaram tranquilos à espera do golo que tardava e o tempo corria, corria, corria. Teve que recorrer ao plano B, arriscar a entrada do Morten no jogo e foi dessa forma, também com alguma estrelinha, que salvou o coiro e a equipa. Faz muita diferença entrar no sábado na Luz na frente, pode ser decisivo.
CÉSAR PEIXOTO - 2 - Teve grande audácia inicial, a disputar o jogo no campo todo, mas depois de conseguirem a vantagem através do golo fortuito, recuaram no terreno e só defenderam mas sempre com boa consistência, como se tratasse do ultimo dia das suas vidas. No fim não levaram "ouro" algum, o que ajuda a explicar toda aquela exaltação no final, quando provocaram alguns jogadores do Sporting à espera de qualquer coisa.
TIAGO MARTINS (Árbitro) - 1 - O Sporting está condenado a ter que passar todas as épocas por este tipo de crivo ardiloso, um crivo muito especial de algumas arbitragens encomendadas, de todo tendenciosas. Seria curioso que um dia Tiago Martins viesse a confessar o que tem contra o Sporting, é que já nem disfarça, inclina o campo de forma descarada e sem o mínimo de pudor, fazendo sentir aos jogadores do Sporting um enorme condicionamento, que na mínima é falta e são amarelados. O cenário foi preparado na perfeição, árbitro e VAR (Vasco Santos) especiais e ainda um treinador adversário que preparou uma estratégia muito objectiva e quase que resultava. Imagina-se que na Luz será eleito o seu "irmão gémeo" o João Pinheiro como o derradeiro crivo para o Leão ultrapassar.
VASCO SANTOS (VAR) - 3 - Esteve bem no lance da grande penalidade, o St. Juste fez falta.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Boavista da jornada 30 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 5-0. Golos de Viktor Gyokeres 6', 45'+1, 50', 90+2' e Maximiliano Araujo 57'.
DEPOIS DAS AMÊNDOAS PASCOAIS UMA MANITA COM PÓQUER
O furacão GYOKERES atacou de novo com a fúria animal habitual, agora no norte do País, provocando um arraso total na equipa do Boavista, surpreendida e destroçada no seu estádio por um vendaval nórdico que resultou na maior goleada que o Sporting impôs num campo historicamente negro para os leões. A tradição já não é o que era, a equipa de Alvalade passeou no Bessa mantendo o pé sempre a fundo no acelerador. Uma entrada de rompante que asfixiou os boavisteiros através de um futebol veloz, de pé para pé, criativo, imprevisível e muito eficaz no passe e nas triangulações, muitas delas de arranjo expontâneo fruto da inspiração dos mágicos leoninos, insaciáveis na construção de inúmeras oportunidades que foram desperdiçando, valeu a fúria do sueco (líder da Bota de ouro) que com a sua habitual eficácia, facturou um POKER e ainda deu para falhar três lances isolado. Uma resposta fortíssima do Leão, com mensagem bem gelada em toda aquela fervura de quem com muita euforia já fazia festejos no lado Sul da Segunda Circular. Viktor Gyokeres continua a rebentar escalas, Maxi marcou e assistiu, Trincão somou 2 assistências, Morita voltou.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 6 - Já lhe chamaram de tudo: monstro, animal, furacão, 'machine', vingador, exterminador, mas ficará para sempre na gloriosa História do Sporting e do futebol mundial como o homem da máscara, o Viking do Sporting, que triunfa combatendo com golos atrás de golos o sistema corrupto implantado no futebol português há décadas. Ontem deu mais um festival de golos marcados e falhados, quando a bola lhe chega aos pés, os adeptos do verdão, levantam-se nas bancadas, enquanto uns contêm a respiração a vê-lo 'galopar' com pleno domínio da sua bela arte, outros gritam enfeitiçados e invadidos pelo turbilhão de sentimentos mágicos, de enorme entusiasmo e satisfação por verem ao vivo o seu ídolo que já marcou um lugar eterno nos seus corações. Já é uma lenda o líder actual da Bota de Ouro.
RUI SILVA - 3 - O rosto da grande exibição da equipa, é que nem foi testado uma única vez.
EDUARDO QUARESMA - 5 - Está a chegar o momento da verdade na época, o momento das grandes decisões e o nosso jovem central está também a correr em paralelo para a sua grande forma. Destacou-se em múltiplas tarefas com grande sentido técnico e guerreiro, na antecipação e na segurança do passe e transporte da bola.
OUSMANE DIOMANDE - 5 - Na sua posição defensiva original voltou a ser intratável, arrasou, mas à que continuar a insistir na melhoria das bolas paradas na área adversária, tem que conseguir provocar mais danos no adversário para se tornar um central destacado de grande capacidade mundial. Levou o 5º amarelo, que lhe garante a presença no jogo das decisões na Luz.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Também mostrou mais confiança nas suas acções, com melhor calibragem nos passes longos, rápidos e com precisão pelo seu corredor a lançar o avançado sueco. Boa eficácia defensiva, fechando bem os espaços laterais entre linhas e nas suas costas.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 4 - Com toda a equipa a subir de forma, agarrados uns aos outros a puxarem-se para cima, aparecendo mais soltos e leves com melhor reação na leitura dos lances. O Capitão foi igual a si próprio, absorveu todas as partes do centro do terreno onde reinou. Um deslize desnecessário, no fechar do pano da 1ª parte levou um amarelo que deveria ter evitado e que o coloca provavelmente fora dos jogos em casa com o Gil Vicente e no último com o Vitória.
ZENO DEBAST - 4 - Cada vez mais entrosado nas suas tarefas atirou-se ao jogo destemido, de peito e olhar frontais ao adversário, percebe que na velocidade de execução está o grande segredo do seu sucesso. Está ainda de algum modo em aprendizagem na sua forma de se movimentar quando a bola lhe chega pelas costas.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 5 - Um todo o terreno, com tracção total que lhe dá total equilíbrio com a bola bem colada na bota nas acções, quando atravessa com magica pura as linhas apertadas do adversário. Dos elementos com mais "llegada", fez o 4º da noite porque estava lá quando o colega sueco isolado falhou, aproveitando com êxito a defesa de recurso do Tomás Vaclik e ainda assistiu para o primeiro do póquer do Gyokeres.
GENY CATAMO - 3.5 - A subir de rendimento, foi importante na conquista de espaços com o seu mordaz drible a fazer estragos, a provocarem chamamento de mais elementos adversários para o dobrarem e com isso a deixarem espaços vazios nas suas costas.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Somou mais 2 assistências (2º e 3º golos) mas voltou a desperdiçar oportunidades de deitar as mãos à cabeça, logo aos 2' podia e devia ter feito o golo numa soberba oportunidade, falta-lhe mais audácia e imprevisibilidade na hora de atirar à baliza.
PEDRO GONÇALVES - 3 - Um Pedro ainda longe do Pote, mas que já deu alguns (poucos) sinais positivos. A teimosia pela insistência no lance que resultou no 1º golo e pouco mais conseguiu fazer, pecando sempre no mesmo problema, natural lentidão na reacção. Já foram mais 45' para recuperar o "calo" da competição.
GEOVANY QUENDA - 3 - (entrou 46') Era notório o seu enorme desgaste físico e emocional, a precisar de parar para descanso a que o treinador consentiu em dar-lhe. Ainda se apresentou algo perro nos movimentos, sem a mesma rapidez e agilidade que lhe conhecemos. Os indícios de recuperação já foram claros e estiveram presentes.
HIDEMASA MORITA - 2 - (entrou 69') - "bien venido" é o elemento dos "notáveis" que faltava e que já está de volta, veremos agora se ainda a tempo de conseguir condição competitiva suficiente de poder ajudar. Ontem naturalmente refugiou-se em tarefas mais defensivas, mais distante dos contactos físicos num momento em que necessita de recuperar a confiança.
MATHEUS REIS - 2.5 - (entrou 69') Uma entrada com o resultado já volumoso (4-0), com a equipa a esvaziar a intensidade e velocidade já em forma controladora, cumpriu mantendo a sua zona inviolável mas também ao adversário já lhe faltava atrevimento, resignado pela derrota.
CONRAD HARDER - 3 - (entrou 79') Tinha deixado no último jogo uma má imagem, egoísmo nos lances que provocaram erros infantis e que não se usam a este nível competitivo, apareceu ontem diferente, com outra atitude, mais altruísta, como elemento de uma equipa, mais eficaz a ganhar a primeira bola e com personalidade, como no lance em que ofereceu o póquer ao colega sueco.
JEREMIAH ST. JUSTE - (SEM NOTA) - (Entrou 90').
RUI BORGES - 5 - Assim desta forma mostra serviço ao mais alto nível. Preparou o jogo e a equipa de forma bem irrepreensível, soube como "picá-los" a todos pela goleada dada momentos antes pelo rival e na verdade a equipa percebeu o que tinha que fazer, todos sem excepção alguma arrancaram uma exibição de muito bom nível, foi notório que se preocuparam em fazer bem a sua parte e sem nunca tirarem o pé do acelerador. Excelente triunfo que lhe cai muito bem a todos. Otreinador nunca mais deixou de explorar as 5 substituições, fazendo-as a tempo e horas quando o jogo realmente as pede.
STUART BAXTER - 1 - Ficou perceptível que a sua estratégia era aproveitar todas as bolas paradas com incidência para o 2º poste da baliza do Sporting, mesmo com as artimanhas dos bloqueios que ficaram claros e que foram bem treinados, mas nunca incomodaram com perigo o Rui Silva que acabou como um espectador de cadeirinha. O autocarro que prometeu sempre apareceu, mas muito velho, cheio de buracos e a cair aos pedaços, impossível de conseguir resistir ao furacão GYOKERES.
MIGUEL NOGUEIRA (Árbitro) - 4 - Dirigiu bem o jogo sem grandes casos, não se percebeu o lance em que amarelou o capitão do Sporting, mas ficou a ideia que cabia ao experiente dinamarquês tê-lo evitado.
MANUEL OLIVEIRA (VAR) - 4 - Um lance único de alguma dúvida quando o Gyokeres apareceu estatelado na área boavisteira depois da disputa física de um lance, mas as imagens comprovam que a decisão de não marcar grande penalidade foi correcta.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o MOREIRENSE da jornada 30 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-1. Golos de Viktor Gyokeres 12', 25' e 52'.
AS AMÊNDOAS DE GYOKERES
Em semana Santa da Páscoa, Gyokeres ofereceu amêndoas para todos os sportinguistas, somando mais um hat trick e acabando praticamente com o jogo logo aos 52', quando fez o 3-0. A partir daí os leões entraram no modos gestão, baixando o ritmo da pressão e a velocidade até final, o que permitiu ao Moreirense chegar ao seu golo de honra num jogo em que só deu Sporting. Uma primeira parte brutal, dominadora, à campeão e que podia ter dado em goleada, jogada (num só sentido) sempre perto da área do adversário, abafando-o e amordaçando todas as suas tentativas de poder contra atacar. Pote entrou na 2ª parte (ganhar ritmo) e já deixou umas gotas do perfume do seu futebol.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Mais uma noite bombástica, desta vez com um hat trick recheado de amêndoas para oferecer aos adeptos em semana santa da Páscoa. Agora também a revelar-se um especialista nos livres directos, marcados à bomba. Deu um xeque mate ao jogo ainda muito cedo.
RUI SILVA - 3 - Noite ingrata em que pouco ou nada teve que fazer e acaba a sofrer um golo muito a frio, num cruzamento bem direccionado, que apanhou a defesa do Sporting a dormir, ainda embalada pelos golos do sueco.
EDUARDO QUARESMA - 3 - Foi notado que tenta sair da má forma para voltar ao nível das grandes exibições, esteve de facto mais rápido na reacção e mais concentrado no critério das suas acções, mas ainda apresenta défice na concentração, deixou-se antecipar com facilidade num cruzamento que quase deu o 3-2 ao adversário.
OUSMANE DIOMANDE - 4.5 - Um amarelo muito cedo (3') não o conseguiu condicionar, arrancando mais uma exibição de grande nível, secando tudo à sua volta.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Fez parte do quarteto de sucesso do jogo, junto com Maxi, Geny e Gyokeres carburaram com êxito muitos lances pelo lado esquerdo, que destroçaram o adversário em toda a 1ªparte.
JEOVANY QUENDA - 3 - Estranhamente o elemento com menor rendimento, pouco confiante a partir para os duelos, vendo-se pouco no jogo.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 4 - É sempre um elemento que garante "llegada", que parte destemido e de frente para os duelos, apoiado na elevada técnica individual e no saber bem proteger a bola. Um dinamizador de lances de ataques constantes que provocaram tremendo desgaste no adversário. Evoluiu muito na leitura do jogo e dos espaços que deve atacar. Um único erro, não acreditou no nada inocente cruzamento que apanhou Cedric nas suas costas para fazer o 3-1.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 4 - Também a subir de forma, voltou a ser o pêndulo da equipa no meio campo, marcando a sua fronteira de acção em toda a largura do terreno. Teve influência directa e decisiva no 1- 0.
ZENO DEBAST - 4 - Quando todos da equipa se sentem inspirados para fazerem bem a sua parte, o jovem belga também sobe a pique de produção, com influência muito positiva nas manobras de construção, com movimentos de ataque à área e bem quando é hora de fechar , aparecendo sempre nos espaços e timings certos.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Sabe da sua missão e cumpriu quando o jogo pediu que carregasse a bola e desse safanões no ritmo do jogo, com arrancadas espontâneas e rápidas para o adversário não ter tempo de se organizar defensivamente, menos bem na zona de finalização, bem colocado para fazer golo nunca acertou bem na bola.
GENY CATAMO - 3.5 - Da mesma forma que o colega Trincão fez exibição muito positiva no transporte da bola e nas triangulações, mas também pecou e de forma exagerada no momento de atirar à baliza, com vários remates desastrados.
JEREMIAH ST- JUSTE - 3 - (Entrou 69') - para refrescar a defesa, garantindo velocidade a fechar a profundidade e na antecipação e cumpriu.
PEDRO GONÇALVES - 3 - (Entrou 69') - Nota-se-lhe muita fome de bola, entregou-se com alma ao jogo, correndo praticamente a todos os lances de taque e já deixou algumas pinceladas de mestre em passes que rasgaram a defesa do Moreirense.
IVÁN FRESNEDA - 2 - (Entrou 85') Respondeu bem a um excelente lançamento do Matheus Reis, isolado tentou o chapéu de primeira para o 4-1, mas a bola saiu demasiado alta.
MATHEUS REIS - 2 - (Entrou 85') Brilhou num grande passe para as costas dos defesas do Moreirense que isolou o Fresneda.
RICARDO ESGAIO - 2 - (Entrou 85') Fresco foi ocupar o lugar de médio entrando bem no jogo, executando alguns cortes importantes no meio campo.
RUI BORGES - 4.5 - Foi a melhor 1ª parte do seu ainda curto reinado no Sporting, uma entrada deveras arrasadora, muito dominadora, com a equipa a manter-se a jogar perto da área adversária em todo os 45', marcou 2 golos mas podiam ter sido 4 ou 5, não fosse o desperdício. Com o 3-0 a equipa abrandou caindo de produção, entrando claramente no "modos gestão" até final garantido o objectivo da vitória que garante a liderança na 30ª jornada.
CRISTIANO BACCI - 2 - O leão só lhes deixou os caroços amargos das amêndoas e a custo lá conseguiram sobreviver ao amasso da 1ª parte. Beneficiaram depois do jogo ter caído de velocidade, com os leões mais preocupados em gerir a vantagem do 3-0, puderam enfim respirar e chegar fortuitamente ao golo de honra. Mas cometeram muitos erros defensivos e não conseguiram competir na 1ª parte, foi também o Kewin que impediu um resultado mais expressivo.
FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 3.5 - Um cartão amarelo logo aos 3' ao Diomande ainda a meio do meio campo do Moreirense, preocupou os adeptos sportinguistas, mas arrancou para uma boa exibição, decidindo bem na grande maioria das vezes. Excessivo o amarelo mostrado ao Gyokeres por simulação, as imagens mostram que era uma queda inevitável.
RUI COSTA (VAR) - 3.5 - Sem casos que merecessem a sua intervenção, os golos foram todos bem validados.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o SANTA CLARA da jornada 29 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 1- 0. Golo de Geny Catamo, 50'.
FOI PRECISO VESTIR O FATO-MACACO NO INTERVALO
O Sporting passou nos Açores, mas foi necessário vestirem o fato macaco no intervalo depois de uma primeira parte mal jogada, sem nota artística, contra um Santa Clara vitaminado de energia que se atirou a uma guerra implacável, como se tratasse da sua final da Champions League. Os açorianos provocaram muitos duelos físicos quentinhos, duros e sem darem espaços, mas também apimentados, com doses de manha em cada lance, como se fosse o último das suas vidas. Os leões sem poderem perder mais pontos apresentaram-se de certo modo na expectativa, de smoking e botas a brilhar, mas lá foram conseguindo responder com competência na hora de fechar zonas perto da sua baliza, mas sem a capacidade de chegar na frente, não gerando perigo na baliza do adversário numa clara inadaptação ao vento forte a favor que se fazia sentir, dificultando os passes (muitos falhados) e a provocar mais velocidade na bola que se perdia pela linha final. A equipa apareceu transfigurada no 2º tempo, com fato de operário e com mangas arregaçadas, mais assertiva no passe e nos movimentos de rotura, emergindo Francisco Trincão na batuta, a impor uma nova lei no jogo, a lei do Leão campeão nacional, sendo claramente superiores contra um adversário que nunca incomodou verdadeiramente. Pote voltou, finalmente, entrando perto dos 90'.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Assumiu na 2ª parte as despesas da equipa, a construir e a encontrar os caminhos da baliza do Santa Clara. Grande assistência para Geny fazer o golo da vitória e com vários pormenores de qualidade que romperam em vários lances as linhas mais recuadas do adversário.
RUI SILVA - 3.5 - Firme e seguro a parar os poucos lances que o adversário em que conseguiu criar algum perigo, só nas bolas paradas.
EDUARDO QUARESMA - 2.5 - Exibição intermitente, quis ligar-se ao jogo com a sua habitual autoridade mas nem sempre o conseguiu, vários atrasos na reacção provocaram-lhe dificuldades. Não está ainda em forma.
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Voltou aos seus grandes jogos. Agora que acabou o Ramadan pode voltar à sua habitual performance em que tudo come e não deixa nada para os adversários, é que nem lhes deu hipótese. Ainda festejou o 2-0 depois de um bom movimento e a chegar primeiro a uma bola cruzada de forma irrepreensível pelo Debast, mas estava (?) um tudo de nada fora de jogo.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Muitas dificuldades na 1ª parte, com vários passes curtos falhados e sem nunca assertar com a calibragem perante o vento forte a favor nos passes longos, perdendo vários lances que deviam gerar mais perigo. No 2º tempo contra o vento, apareceu mais concentrado e rápido a executar, melhorando substancialmente, impondo-se nos duelos e mais assertivo no passe.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 3.5 - Deu indicações que está de novo a subir de produtividade. Foi o mais regular da equipa nas duas partes, falta-lhe agora recuperar ainda mais agilidade na reacção e estará de volta, o grande capitão nórdico leonino.
ZENO DEBAST - 3.5 - Foi sempre o mais perigoso nas bolas paradas, colocou melhor a bola, teleguiada, na cabeça dos colegas, criando sérios embaraços na defesa e guarda redes do Santa Clara..
IVÁN FRESNEDA - 3.5 - Protagonizou 2 grandes lances, num um excelente corte orientado, por trás do adversário sem falta e que deu início à jogada que resultou no golo do Geny e pouco depois, um brutal cruzamento oferecendo de bandeja o 2-0 ao Gyokeres que sozinho na pequena área, falhou escandalosamente, deixando cair a bandeja com estrondo.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 2.5 - Nunca conseguiu adaptar-se ao forte vento, chegando sempre atrasado aos passes na profundidade lançados pelos colegas, falhou vários passes curtos nas ligações para romper linhas e ainda dificuldades em se impor nos duelos.
GENY CATAMO - 4 - Duas excelentes arrancadas que podiam ter acabado na felicidade, mas só numa deu golo, voltando a ser talismã ao oferecer os 3 pontos à equipa, falhou na 2ª por ter acertado muito mal na bola.
VIKTOR GYOKERES - 3 - Noite dura para o Viking, uma exibição mediana sendo protagonista do grande falhanço da noite, um passe muito refinado do Fresneda, com a bola a ser-lhe redondinha para fuzilar, mas com tanta pontaria que levou a bola a bater com estrondo no ferro, perdendo escandalosamente o 2-0. Foi impiedosamente marcado pelos Luís Rocha e Sídnei Lima, que não lhe concederam um milímetro, perseguindo-o por toda a parte.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - (entrou 66') Entrou muito bem no jogo, com boas abordagens defensivas, vários cortes importantes, sacando a bola aos adversários de forma limpa e orientada.
GEOVANY QUENDA - 2 - (entrou 66') Vive uma fase menos boa com o acumular da fadiga pelos muitos jogos sem descanso que lhe sacam algum do fulgor na reacção, agilidade nos duelos e energia na hora de pensar, sendo menos criativo.
CONRAD HARDER - 2 - (entrou 77') Voltou a entrar no jogo como um "bulldozer", leva tudo à sua frente, parece não conhecer ainda toda a sua força que tem. Insaciável para participar em todos os lances, com tremendas ganas quando a bola lhe passa perto. Necessita de saber controlar toda aquela sua "fúria de vencer"
MATHEUS REIS (SEM NOTA) (entrou 87')
PEDRO GONÇALVES (SEM NOTA) (entrou 87') Finalmente de volta, muito bem vindo, veremos se ainda a tempo de ajudar.
RUI BORGES - 3.5 - Deu a ideia de querer apresentar evolução na sua forma de abordar as conferências e depois na gestão do próprio jogo, aqui criticamos o ser tão "pesado e arrastado" na ante visão aos jogos, mas desta vez foi mais pragmático, falando só o essencial e com respostas menos floreadas. Criticamos a má gestão das substituições e desta vez fez, surpreendeu, fez as 5 e no timing que de facto o jogo as pedia. Na 1ª parte com o vento a favor tiveram dificuldades a calibrarem os passes, situação que foi corrigida na 2ª parte com o vento contra e com o adversário já desgastado, com menos capacidade de pressionar.
VASCO MATOS - 2 - Se era a sua "Final da Champions" (assim parecia) pois perdeu-a bem perdida e sem espinhas, nunca incomodaram verdadeiramente o guarda redes do Sporting Rui Silva, só através de alguma bolas paradas, lançamentos da linha lateral para a área do Sporting, mas foram sempre bem resolvidos pela defesa da equipa de Alvalade. Curioso foi a forma tão abnegada de se atirarem ao jogo, exercendo uma pressão diabólica aos jogadores do Sporting, entrando em disputas bem rijinhas, na fronteira da dureza excessiva.
CLAUDIO PEREIRA (Árbitro) - 2.5 - Podia ter decidido em marcar grande penalidade no lance logo aos 11', entre o Quaresma e o Matheus Pereira. Depois no final "perdeu-se" naquela confusão que se gerou e acabou a disparar vários vermelhos (4). Já na 1ª volta em Alvalade, foi protagonista em não assinalar 2 penáltis claros, a favor do Sporting
HELDER MALHEIRO (VAR) - 2.5 - Decidiu não chamar o árbitro no lance em que apareceu estatelado na área do Sporting o Matheus Pereira. No golo invalidado ao Diomande, foram afinal quantos milímetros? No final participou ao colega de campo acções que levaram à expulsão de um jogador do Sporting, mas que nas imagens nada se vê claro, para uma expulsão.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o SC BRAGA da jornada 28 da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 1-1. Golo de Viktor Gyökeres 15'.
LEÃO COM A ESTRELINHA MUITO APAGADA
A jornada tão esperada por toda a nação sportinguista, na esperança que ganhariam pontos ao Benfica e descolavam na frente, termina com a perda da liderança, dando um ponto final à série de vitórias do Sporting. Os 20' de domínio e bom futebol iniciais justificaram a vantagem do golo do avançado sueco, mas foi muito insuficiente com a realidade que se viu nos restantes 70', uma equipa sem gás para se impor no meio campo, sem a capacidade de parar ou bloquear o"velhinho" de 38 anos (o cérebro do adversário), que conseguiu mandar como quis nessa zona do terreno, numa melhor leitura ao que o jogo pedia. Mais um balde de água gelada que se ía tornando previsível como o decorrer do jogo e que acabou implacavelmente entornado na cabeça de todos, já em cima dos 90' (3º empate concedido nos instantes finais na era Rui Borges). Abusar do desperdício dá quase sempre mau resultado, que o diga o Trincão que voltou a ter um ataque de egoísmo na hora da finalização, quando tinha colegas melhor posicionados para fazer golo e matar o jogo.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 3.5 - Uma ilha deserta de sol no meio de várias tempestades, marcou o golo leonino de forma inteligente num livre e pouco depois voltou a meter a bola dentro da baliza do brilhante Lukas Hornicek, mas foi anulado por 3 cm. O único que manteve a alta rotação até final.
RUI SILVA - 3 - Sofreu um golo indefensável à boca da baliza, no resto foi competente, esteve sempre bem.
EDUARDO QUARESMA - 2 - Estava a fazer um jogo positivo mas borrou a pintura no derradeiro lance de ataque adversário, não acreditou no cruzamento que saiu bem medido para a cabeça do jovem Afonso Patrão e sem a sua oposição fez o golo do empate e que custou pontos e a liderança.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Foi sempre competente na sua tarefa defensiva e não deu qualquer chance aos avançados do Braga. No golo sofrido está isento de culpas, marcou o seu "homem", o das suas costas que fez o golo, estava à responsabilidade do colega Eduardo Quaresma.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Sem deslumbrar e sem grande protagonismo fazia os serviços mínimos que se exigiam, numa exibição a roçar o positivo, mas não está isento de culpas no golo sofrido, foi lento a perceber o lance que resultou no golo do empate, devia ter caído logo em cima do Zalazar a dificultar ou mesmo impedir o cruzamento, deu-lhe todo o espaço num um erro imperdoável.
MATHEUS REIS - 3.5 - Algo se viu errado ou no mínimo bizarro naquele meio campo dos leões, o central/lateral brasileiro a apresentar-se de serviço para transportar a bola à Maradona para ligar as linhas da frente, o que ajuda em muito a explicar a exibição cinzenta da equipa.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 3.5 - Teve um excelente início, exercendo uma pressão diabólica que engoliu o meio campo do Braga nos 20' iniciais, só que era uma corrida de fundo e não podia ser ele sempre a impor o ritmo da corrida, quando chegou a vez dos colegas o revezarem encolheram-se e esconderam-se, com o meio campo da equipa a cair e afundar-se a pique. Merecia melhores ajudantes ao seu lado.
ZENO DEBAST - 1 - Muitos (excessivos) foram os elogios do seu treinador que pensou ter encontrado no jovem belga uma mina de ouro para o meio campo. Ontem teve uma péssima experiência, numa prova de nível elevado, contra um adversário que sabe como "brincar" nos espaços do meio campo e chumbou com estrondo, foi sempre menos um na equipa e não soube dar o apoio que o seu capitão necessitava e merecia, para não perderem o meio campo. Mostrou-se muito cru em quase tudo, péssimo a ler o jogo, com as reacções quase sempre tardias e muito perdido nos posicionamentos.
JEOVANY QUENDA - 3 - O empate penaliza toda a equipa e a sua nota também sai penalizada por isso. Teve a seu desfavor o jogo ter andado mais balanceado no outro lado (esquerdo), porque quando teve bola brilhou com bons rasgos individuais, num deles obrigou o Hornicek a grande defesa.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Podia e devia ter dado a vitória à equipa e com isso ter mantido a liderança. Terá que repensar, rever o vídeo do jogo para perceber que não tem que chutar sempre à baliza, nunca pode ser o jogador que decide o remate mas sim a equipa, protagonizou 3 lances geniais que decidiu muito mal pelo remate, quando tinha colegas muito melhor posicionados para fazer o golo. Desta vez não se viu sorrir com os falhanços, deu-se conta das consequências. Na equipa só o Gyokeres tem esse estatuto, esse crédito de poder falhar golos, mesmo quando tem adversários melhor posicionados.
GENY CATAMO - 2.5 - Igual a si próprio, felino nas acelerações e depois muitas dificuldades em receber ou tabelar de costas, também esteve sofrível a fechar os espaços quando a equipa perdia a bola.
MAXIMIANO ARAUJO - 2 - A equipa melhorou com a sua entrada, trouxe mais imprevisibilidade nos duelos, obrigando a defesa do Braga a passar por dificuldades maia a sério.
EDUARDO FELICÍSSIMO - 2 - Uma boa nova, trouxe ao seu jogo de ontem a vontade e coragem das "llegadas" e é esse o caminho certo que terá que percorrer, pena a tremideira que o prejudicou com várias más recepções de bola.
CONRAD HARDER - 2 - Voltou a entrar muito tarde, mas ainda a tempo de expulsar do jogo o "maçã podre" só por isso teve o seu momento de fama. Ouviu no final comentários surpreendentes e muito injustos do seu treinador, que o criticou publicamente.
RUI BORGES - 1 - Um bom treinador será sempre aquele que consegue fazer muito com pouco e sem procurar justificações mesmo camufladas quando a equipa perde pontos. Haverá sempre quem venha em sua defesa, ilibando-o dos maus resultados, mas e o mau desempenho da equipa, onde é que fica? É que são coisas diferentes. É o Rui Borges quem treina a equipa, quem escolhe os jogadores, quem desenha as estratégias, quem estuda os adversários, será sempre ele o principal responsável pelo que depois acontece dentro do campo. Quando foi contratado deparou-se com várias dificuldades extraordinárias, muitos titulares lesionados, mas tinha uma vantagem crucial, uma diferença pontual bastante considerável e que não soube conservar, perdendo-a na totalidade e com isso a liderança. Terá que reflectir e muito, o porquê de não conseguir gerir as vantagens no resultado, morrendo na praia quase sempre em cima dos 90´ (o mesmo problema que lhe passou no Vitória), já não se trata de coincidências. As suas equipas "duram" pouco tempo nos jogos e tem que perceber porquê. A equipa ontem estava cansada? Não parece, só fez três substituições e feitas no último quarto de hora. Numa tentativa de justificar-se, escolheu um caminho surpreendente, com criticas duras no final ao jovem Harder, dizendo por outras palavras que afinal não serve. Abusar do conservadorismo, mesmo contra um Estrela da Amadora e um SC Braga inofensivos, não pode ser esse o caminho quando se é treinador do Sporting Clube de Portugal.
CARLOS CARVALHAL - 2.5 - Conseguiu o seu objectivo, sair de Alvalade na frente do FC Porto, resultado de um empate que lhe caiu do céu. Valeu-lhe a noite inspirada do seu guarda redes checo Hornicek com várias defesas e uma equipa do Sporting com um meio campo de algodão e ainda um extra, um "brindazo" da defesa dos leões já em cima dos 90'.
LUÍS GODINHO (Árbitro) - 4 - Desta vez num mau resultado do Sporting não se apontam culpas ao árbitro por más decisões, alguns erros naturais na avaliação das faltas mas sempre num critério coerente, acabou por ser o melhor em campo.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 3 - As suas linhas de fora de jogo assinalaram que o Gyokeres estava 3 cm fora de jogo, vamos acreditar que foi correcta essa decisão.
TANTO DESPERDÍCIO
O Sporting chega às 6 vitórias seguidas e fica com o Jamor à vista. No entanto, podia já ter ficado fechada a eliminatória, tantas foram as oportunidades desperdiçadas, ficando a dever a si próprio uma mão cheia de golos.
Gyokeres abriu o livro e voltou a fazer uma exibição incrível, num patamar altíssimo, muito acima dos colegas, desta vez até juntou à habitual potência, intensidade e velocidade turbo a nota artística, com grandes apontamentos técnicos, dribles desconcertantes e com a cereja no cimo, um penálti à "Panenka", apesar de ter desperdiçado alguns golos.
Geny Catamo também foi destaque, com influência directa nos 2 golos e ainda falhou um golo cantado. Trincão esteve de serviço, de fato macaco, mas foi perdulário e precipitado no último passe. A completar as boas exibições, com ganas de vencer, de Hjulmand, Maxi (falhou golo cantado) e Eduardo Quaresma. Rui Silva deu as garantias habituais nas poucas intervenções que teve.
Os leões nunca deixaram os vilacondenses entrarem no jogo, que no retorno ao Norte, deviam parar em Fátima, para agradecer não terem saído de Alvalade vergados com uma goleada das antigas.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o ESTRELA da AMADORA da jornada 27 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-0. Golos de Viktor Gyökeres 52' (gp), 89' (gp) e Geovany Quenda 81'.
GYOKERES RESOLVEU
Aos 5 minutos de jogo já o Sporting tinha desperdiçado duas flagrantes oportunidades de inaugurar o marcador, deixando uma ideia muito clara de querer resolver o jogo bastante cedo, mas não foi assim que aconteceu, o Estrela assustou-se e recuou de imediato todas as suas linhas num bloco coeso e compacto em frente à sua baliza, fechando todos os espaços interiores aos leões, que esbarraram nesse muro humano que abusou da dureza e de excessiva agressividade. Ficaram aí expostas as dificuldades e limitações de um meio campo leonino muito desinspirado, com os dois médios incapazes de desequilibrar e os dois alas sem "llegada", com a equipa a entrar num impasse, a deixar cair a velocidade de pensar e executar e a intensidade que deveriam fazer a diferença. Uma estratégia montada com muitos elementos com pensamentos mais defensivos e por isso sem ideias de construção, mesmo depois quando ficou a jogar contra 10 do adversário, pouco arriscou. Até que surgiu de novo o "exterminador" o avançado sueco (de volta à sua grande forma) a fazer toda a diferença, resolvendo um jogo que parecia poder complicar-se. Gyokeres bisou de penálti e assistiu, Quenda tranquilizou com "golazo" e Trincão "apagou-se".
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - Soberbo! Bisou, assistiu e expulsou um adversário. Fez um jogo muito completo no regresso à sua grande forma e quando assim acontece, fica indomável. Voltou com os seus "raids" a galgar terreno, a explorar a profundidade e com os adversários a ficarem para trás, fortíssimo na pressão, oferecendo qualidade em apoio, pena que tenha sido mal acompanhado pelo Trincão (noite apagada).
RUI SILVA - 3 - Assistiu de "cadeirinha" a todo o jogo, nem uma defesa para amostra.
EDUARDO QUARESMA - 3.5 - Procura entrar de novo no seu ritmo e intensidade habituais de jogo. Tentou por duas vezes sair com bola, provocando o desequilíbrio nas linhas recuadas do Estrela que o travou com faltas grosseiras.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Ficou na história por ter sofrido um "golpazo" do Alan Ruiz que lhe acertou no pescoço (zona da maçã de Adão) dentro da área do Estrela e que resultou na primeira grande penalidade que desbloqueou o jogo.
GONÇALO INÁCIO (Cap) - 3.5 - Exibição irregular e difícil com o adversário sempre muito recuado e compacto a não deixar espaços para a entrada dos seus usuais "misseis cruzeiro" teleguiados entre as linhas "inimigas". Sofreu faltas duras, pisões, que também o condicionaram.
IVAN FRESNEDA - 3 - Contra um adversário que abdicou de tentar ganhar, sempre muito recuados no seu meio campo o que dificultou muito a sua missão, pelas limitações tecnicas na disputa dos duelos em espaços reduzidos, todavia esteve sempre por cima do Montoya, conquistando a sua expulsão que ajudou a abrir as portas da vitória e da conquista dos 3 pontos à equipa. Acabou por ser o sacrificado, ficando nas cabines após o intervalo.
ZENO DEBAST - 3 - Fez o que pode sem comprometer defensivamente, mas foi sempre muito curto a construir, sem "llegada" não conseguiu desequilibrar na grande maioria dos lances.
EDUARDO FELICÍSSIMO - 2 - Exibição muito fraca, sem capacidade de ter bola, libertando-a demasiado cedo, fora do timing, mantendo-se sempre no risco de tolerancia zero, que pouco ou nada acrescentou à equipa.
MATHEUS REIS - 3 - Muita luta e muita disponibilidade física mas quase sempre com a pouca qualidade que deu aos lances. Teve o golo inaugural nos pés aos 6', quando com espaço acertou em cheio no poste da baliza do João Costa, que reagiu tarde.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Já tem idade e experiência para não acreditar no "el cuento del pajarito" os 2 golos na selecção foram tema de base para os outros jogadores, os do lápis, caneta e teclado brincarem e abusarem com o seu nome, colando-o a vários colossos europeus e parece que se deixou ir na cantiga, só assim se pode explicar tamanho apagão em quase todo o jogo. Ficou um único lance logo no início, quando cruzou com régua e esquadro para o Matheus Reis atirar depois ao poste.
GEOVANY QUENDA - 3.5 - Bastou um lance para ficar na história do jogo, quando tranquilizou equipa e adeptos com o soberbo golo, um "golazo" no (2-0). De resto, falhou tudo.
GENY CATAMO - 3 - (Entrou 46') Tentou agarrar a inspiração do grande golo que marcou na sua selecção e abusou do remate à toa, todos para a bancada quando tinha colegas melhor posicionados para fazer golo. Todavia trouxe alguma da magia que a equipa estava carente.
CONRAD HARDER - 2 - (Entrou 84') Voltou a "exigir" ao treinador mais tempo de jogo, fez a diferença com qualidade em todos os lances que interveio. Um míssil do meio da rua quase que quebrava os dedos das mãos ao João Costa que só teve tempo de sacudir a bola para a frente, onde apareceu Gyokeres, mas impedido em falta (gp) de fazer o golo.
RICARDO ESGAIO - SEM NOTA - (Entrou 84')
GABRIEL TEIXEIRA - SEM NOTA (Entrou 90')
HENRIQUE ARREIOL - SEM NOTA (Entrou 90')
RUI BORGES - 3 - Um jogo em que ficou a ideia estranha e preocupante que se não há Gyokeres o Sporting teria dificuldades extremas em ganhar a um adversário inofensivo e excessivamente passivo, que jogou a maior parte do tempo em inferioridade numérica. Uma estratégia montada com muitos elementos de tracção atrás, sem capacidade de desequilibrar e ter "llegada" com mais elementos a rasgar as linhas já muito presas por arames do Estrela. Apostou tudo no avançado sueco e acertou, de facto fez a diferença e resolveu, mas...
JOSÉ FARIA - 1 - Quando aos 6' viu o adversário falhar 2 golos feitos e pouco depois o Montoya expulso, reuniu as tropas e mudou de imediato o chip a todos, a estratégia passou a defender com todos juntos e recuados, dar pau nos jogadores do Sporting e bombear bolas para a frente, com isso levou 3 golos e não teve um único remate enquadrado à baliza do "solitário" Rui Silva. Ainda pode dar-se por feliz, não ter tido também o Alan Ruiz e o Ferro expulsos, com duplo amarelo.
GUSTAVO CORREIA (Árbitro) - 5 - Teve-os sempre no sítio para decidir os lances que foram acontecendo, não pactuou com a dureza excessiva dos jogadores da casa, amarelando e expulsando a todos os que abusaram dos pisões e das pancadas manhosas, na tentativa de condicionar os jogadores do Sporting. Um único erro, não ter dado também o 2º amarelo ao Alan Ruiz no lance em que "brindou" o Diomande com uma "sul americanada".
RUI OLIVEIRA (VAR) - 5 - Ao mesmo nível da grande qualidade do colega de campo, nas decisões tomadas. Nas duas grande penalidades e nas 2 expulsões.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FAMALICÃO da jornada 26 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-1. Golos Ivan Fresneda 1', Viktor Gyökeres 64' (gp) e Geny Catamo 88'.
SPORTING VOLTA A ESTAR FIRME NA LIDERANÇA
Os leões sobrevivem às semanas difíceis e chegam à paragem das selecções na liderança do campeonato. Com os titulares recuperados das lesões de regresso à equipa (Morita, Hjulmand, Catamo, Quaresma, Matheus Reis) e também com o iminente regresso de Pedro Gonçalves, o campeão nacional pode agora atacar as últimas 8 jornadas com mais e melhores argumentos, na qualidade, experiência e no retorno ao seu famoso modelo de jogarem de olhos fechados. Ontem foi a vez do Famalicão cair em Alvalade, perante um Sporting muito decidido e focado na conquista dos 3 pontos, com um plano de jogo mais próximo de um passado recente, com as linhas mais baixas e a explorar bem com saída directa atacando a profundidade, para tirar partido das qualidades excepcionais do avançado sueco, resultou bem, já que Viktor Gyökeres fez toda a diferença, sendo decisivo nos 3 golos. No entanto é um estilo que deixa a equipa mais permeável defensivamente, com Morita e Morten ainda longe da sua forma. Gyökeres esteve nos 3 golos, Fresneda e Geny também marcaram, Maxi foi expulso e Quenda destacou-se passeando classe.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5.5 - Em semana de grande tempestade voltou o furacão sueco para arrasar com o adversário da noite. Ainda não tinha passado um minuto de jogo e já fazia estragos na defesa do Fama, arrancou por ali fora e ofereceu de bandeja o golo ao Trincão, que falhou escandalosamente, valeu Fresneda que acompanhou o lance para empurrar a bola para o golo inaugural. De volta à sua grande forma, o exterminador de Alvalade não ficou por ali, marcou o seu 40º golo da época (28º Liga) de penálti e ainda fez uma nova oferta de bandeja "no toma-lá e faz-te famoso" ao Geny que carimbou a vitória e os 3 pontos.
RUI SILVA - 5 - Voltou a ganhar créditos nos adeptos pela demonstração de grande segurança na baliza. Mais um par de grandes paradas que negarem o golo ao Famalicão e que parecia já certo.
IVÁN FRESNEDA - 4.5 - Cada vez mais se apresenta como a grande "contratação" do mercado de inverno. De eterno suplente, deu um salto bem surpreendente para titular indiscutível. Beneficiou óbvio, das muitas lesões que vergastaram a equipa, mas a verdade é que tem feito pela vida para agarrar o lugar. Aquele feeeling de que o Trincão ía falhar, levou-o à fama e as bancadas do estádio à loucura, que aplaudiram com estrondo todo aquele esforço para chegar à bola a tempo de a empurrar para o primeiro da noite. Logo a seguir e em boa posição quase que faz o 2-0 de cabeça, faltou força e melhor direcção no "cabezazo".
ZENO DEBAST - 4 - Nota-se uma evolução de jogo para jogo, agora cada vez melhor entrosado com os colegas e com a exigência do peso da camisola que veste, começa a libertar todo o seu potencial, com mais confiança na abordagem dos lances ou com a bola no pé, assumindo a responsabilidade de não poder falhar em zonas criticas do campo ou quando sobe no terreno para apoiar a construção. Exibição segura.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Tem que parar de vez com aquelas viagens vertiginosas e estranhas que vão do oito ao oitenta e que mancham as suas exibições. Mais uma atitude de principiante, que resultou num penálti infantil, oferecendo o golo do empate a um adversário valoroso e que colocou a equipa do Sporting em grandes apuros.
MATHEUS REIS - 3 - Exibição mais em esforço e que precipitou algumas decisões menos felizes, na entrega do último passe. Teve acção árdua e notável para fechar o seu espaço a um adversário forte e muito veloz (Sorriso).
MAXIMIANO ARAÚJO - 2.5 - Falhou de forma ridícula 3 golos cantados, colocou nesses lances excessiva confiança, quando se pedia eficácia e convicção. Acabou (bem) expulso com vermelho directo, após uma entrada desastrosa, por trás, no tendão de aquiles do Gustavo Sá.
MORTEN HJULMAND - 3.5 - Continua na procura da sua melhor forma, apresentou ainda níveis muito aquém do que pode fazer, agilidade, reacção, leitura dos lances e a confiança nos duelos. Teve dificuldades (muito desamparado) no acerto do espaço quando o Famalicão subiu as linhas na 1ª parte. Mostrou melhoria no 2º tempo com o acerto estratégico geral da equipa na reacção com ataque rápido ao portador da bola.
HIDEMASA MORITA - 3 - Exibição intermitente, mas já com alguns rasgos de mestre, no passe entre linhas ou nas triangulações curtas executadas com êxito que desgastaram em muito o meio campo do Fama.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Uma primeira parte muito má, a um nível irreconhecível que teve o exemplo perfeito na forma como quase destruía um golo cantado (1') oferecido de bandeja pelo avançado sueco, um falhanço inexplicável que terá que rever no vídeo. Melhorou substancialmente na 2ª parte em que teve papel determinante no apoio defensivo e nos vários contra ataques que liderou e que lhe seguraram a nota positiva, no limite.
GEOVANY QUENDA - 5 - Passeou classe, brilhando com arrancadas de génio por toda a noite até à sua substituição (90+3) muito ovacionada e de pé por todas as bancadas verdes. Pela esquerda ou pela direita levou o perigo iminente e constante à baliza do Famalicão, merecia o golo, que só lhe foi negado pelo instinto do guarda redes Lazar Carevic e pelo poste da sua baliza.
GENY CATAMO - 3 - (entrou 60'). Foi a jogo no momento certo, quando a equipa necessitava de mais alguma energia e velocidade de execução para chegar de novo à vantagem no marcador. A verdade é que pouco depois a equipa fez o 2-1 e quando o adversário tentava de novo o empate, o jovem moçambicano matou de vez as dúvidas no resultado final, fez o 3-1, aparecendo no lugar certo, no sítio exacto onde o ponta de lança sueco cruzou a bola com peso e medida.
EDUARDO QUARESMA - 2 - (entrou 73') - Mais um regresso que se saúda, após a longa paragem por lesão, mas a verdade é que não entrou bem na partida, teve dificuldades na leitura dos lances, com alguns erros de cálculo na invasão do espaço e no passe, foi melhorando com os minutos e acabou com mais eficiência na execução das suas tarefas defensivas.
CONRAD HARDER - SEM NOTA - (entrou 90+3)
RICARDO ESGAIO - SEM NOTA - (entrou 90+3)
EDUARDO FELICISSIMO - SEM NOTA - (entrou 90+3)
RUI BORGES - 4 - Uma entrada de Leão no jogo, com a vitamina extra do golo inaugurar a funcionar logo nos primeiros segundos de jogo que anteviam uma noite tranquila, mas não foi assim que aconteceu, a equipa depois do golo não soube como contrariar a subida das linhas do Famalicão e essencialmente o seu grande criativo, Gustavo Sá, que passou a mandar no meio campo a distribuir classe ao jogo forasteiro. O intervalo foi o melhor conselheiro para o Sporting, voltou vigorado para a segunda parte, com estratégia clara de um antídoto que assentou numa melhor reacção, mais enérgica de todos ao portador da bola, diminuindo-lhe o espaço de manobra e as linhas de passe. Uma vitória quase arrancada a ferros que saiu do laboratório do treinador e muito da sorte de ter um jogador de grande nível mundial no ataque.
HUGO OLIVEIRA - 3 - Surpreendeu com uma equipa bem arrumada e a jogar bom futebol de forma pragmática, virada sempre para a baliza adversária. Mostraram que sabiam como explorar os espaços entre as linhas recuadas do Sporting, causando-lhes problemas e alguns apertos sérios. Beneficiaram de um golo de um penálti oferecido mas que verdade seja dita, já era merecido pelo que estavam a fazer nesse momento no jogo, só que... não têm Gyokeres e isso fez toda a diferença.
MIGUEL NOGUEIRA (Árbitro) - 2 - Arbitragem estranha de um árbitro estranho, mostrando mais uma vez que nos jogos do Sporting a tolerância é ZERO. Sempre rápido no gatilho para disparar cartões amarelos a jogadores do Sporting e o filme de todas as jornadas, os constantes agarrões ao Gyökeres só tiveram a sua atenção a partir do meio da 2ª parte, até aí foram permitidos na sua lei muito especial e estranha. Muita hesitação na marcação do penálti na falta evidente sobre o Max.
LUÍS FERREIRA (VAR) - 4 - Nada a assinalar, foi elemento vigilante a um árbitro estranho no terreno de jogo. As duas grandes penalidades não deixaram dúvidas e a expulsão do Max também não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o CASA PIA da jornada 24 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-1. Golos de Gonçalo Inácio 12' e Viktor Gyokeres 34' e 77' (gp).
SPORTING DERRUBA AS MURALHAS DA FORTALEZA CASAPIANA
E SEGURA A LIDERANÇA
Os leões foram ao terreno do Casa Pia vencer, repetindo o mesmo resultado (3-1) e os marcadores (Inácio e Gyokeres) da partida da jornada anterior com o Estoril, sendo que as circunstâncias de jogo, os golos marcados e sofridos terem sido muito semelhantes. Uma boa resposta da equipa de Rui Borges que segura a liderança, numa fase em que o calvário das lesões parece estar a abrandar e a desanuviar. Uma 1ª. parte do Sporting tranquila com o golo sofrido (Auto Golo) injustificável para os da casa a aparecer em cima do intervalo, quando a equipa leonina procurava alargar a vantagem de 3 golos, o que daria maior justiça no marcador. Os gansos motivados pela margem mínima, caída do céu, entraram com tudo na 2ª parte, assumindo o controlo do jogo e criando algumas oportunidades para empatar, valeu Rui Silva (um par de grandes defesas) a segurar a equipa. Com a entrada de Morita tudo mudou, foi o antídoto perfeito para restabelecer a ordem, com os leões a retomarem o comando das operações, fazendo o xeque mate nas aspirações dos casapianos com o penálti convertido e que sentenciou a partida. Gyokeres bisou, Inácio voltou a marcar. Hjulmand e Morita voltaram recuparados das lesões.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Cada vez mais perto do seu estilo voltou a bisar. Mostrando a sua habitual disponibilidade física e já a correr para a sua melhor forma, com muita fome de golo de início ao fim. No seu movimento que todos conhecem mas poucos conseguem contrariar, fuzilou para o 2-0 e voltou a marcar de forma irrepreensível a grande penalidade no 3-1 que matou o adversário.
RUI SILVA - 4.5 - Brilhou com duas excelentes defesas, plenas de reflexos e com mãos de aço que seguraram a equipa no seu pior momento, quando os gansos no inicio da 2ª parte acreditaram que podiam chegar ao empate. Mostrou também muita seguranças nas bolas cruzadas nas alturas.
ÍVAN FRESNEDA - 4 - Exibição muito positiva, foi o elemento da equipa que mais linhas de passe deu aos colegas, numa movimentação sempre constante e construtiva de bom critério. Correu quilómetros, fazendo inúmeras piscinas em todo o comprimento do campo.
RICARDO ESGAIO - 2 - Já é Karma ao cúbico, agora já nem necessita de se mexer, a bola vem ter com ele, fazer-lhe tabela e entrar na baliza do Sporting, tem mesmo que ir à bruxa. De todas as formas tem culpa directa, pela passividade que mostrou na leitura do lance. Mostrou as dificuldades habituais em defender cruzamentos.
OUSMANE DIOMANDE - 4.5 - De pantufas estreladas passeou classe, fazendo sempre bem a sua parte não dando qualquer hipótese aos adversários na sua marcação. Forte na reacção na antecipação, dono das alturas nos duelos do 2º andar e como uma gazela a ganhar a profundidade nas bolas lançadas nas suas costas. Precisa sim de trabalhar as bolas paradas na área adversária em que se mostra muito (pajarito), devia rever os vídeos do ex colega, Sebastian Coates.
GONÇALO INÁCIO - 5 - Confirmou o que já tinha ameaçado no jogo anterior, corre a passos largos para a sua melhor forma, super confiante nos duelos a defender e nas entregas da bola em qualquer parte do campo. Voltou a abrir cedo o marcador com o seu movimento habitual de escorpião de ataque mortífero com uma "tolaza" na bola, que fez abanar as malhas do fundo da baliza do Patrick Sequeira
MATHEUS REIS - 3.5 - Exibição deveras fiável e competente, com vincado sentido de concentração. Esforço apreciável na procura de espaços e a carregar a bola na ligação com a linha da frente. Um erro penalizador, deu demasiado espaço ao Larrazabal que cruzou como quis no lance que resultou no Auto Golo.
MORTEN HJULMAN (Cap) - 3 - Pareceu curado da lesão mas ainda longe dos índices físicos que o diferenciam no seu jogo. Faltou-lhe mais agilidade e velocidade nas chegadas à bola e mais intensidade na disputa dos duelos.
ZENO DEBAST - 3.5 - Mais preocupado em marcar e fechar os espaços defensivos que a explorar os apoios em zonas de construção em que não apresentou a sua melhor versão, falhando algumas ligações entres as linhas da frente e com isso secou mais projecção do jogo ofensivo da equipa.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - A esperança que agora com os jogos da equipa a terem uma semana limpa, possa recuperar os músculos saturados sem ter que parar. Percebe-se a vontade do muito querer fazer bem, mas o corpo trai-o pela fadiga acumulada. Na sua função de vagabundo, está a faltar-lhe mais velocidade e reacção nos duelos. Falhou 2 golos cantados, mas teve acção direta na conquista dos 3 pontos, no lance em que sofreu uma falta clara dentro da área e que resultou na grande penalidade que sentenciou o jogo.
GYOVANI QUENDA - 2.5 - Entrou bem no jogo, com energia, mas com as pilhas muito desgastadas não iria aguentar muito tempo, entrou numa queda física abrupta e devia ter sido substituído mais cedo.
GENY CATAMO - 3 - (entrou 64') - Já melhor fisicamente experimentou com êxito algumas das suas arrancadas habituais que provocaram o pânico na defesa adversária, executando o que é a sua maior habilidade, o ataque (da serpente) com a bola no pé para o drible curto e explosão imediata, que deixa os adversários sem reacção.
HIDEMASA MORITA - 4 - (entrou 64') Foi a chave do jogo, a equipa dava já sinais de poder oscilar perante a entrada forte do Casa Pia na 2ª parte na busca do empate, mas o japonês (recuperado da lesão) trouxe para o jogo o antídoto perfeito que bloqueou a ousadia atacante do adversário, muito cerebral deu amplitude ao futebol da equipa que a fez voltou a ganhar confiança e retomar o controle da partida que durou até final.
MAXIMIANO ARAÚJO - 2 - (entrou 79') Entrou com a vitória praticamente garantida, fechada, com o adversário já totalmente desacreditado numa recuperação. Ajudou com assertividade nas acções já nos modos gestão do resultado.
CONRAD HARALD - SEM NOTA - (entrou 88').
EDUARDO FELICÍSSIMO - SEM NOTA - (entrou 88').
RUI BORGES - 5 - Preparou bem o jogo e a equipa face à importância de ganhar num campo que tem vindo a ser uma autêntica fortaleza para o Casa Pia. Desde Agosto que ninguém ganhava ali. Não fosse o autogolo e estaríamos a falar de um jogo sem grande história, por uma provável goleada. Estrategicamente trabalhou bem o plano, com a equipa com mais capacidade de melhorar a sua qualidade durante o jogo, agora com um banco bem mais composto de soluções. Mas só a entrada do Morita teve grande impacto no jogo colectivo da equipa, fez parar de vez toda aquela tempestade que o Casa Pia estava a querer provocar na defesa do Sporting.
JOÃO PEREIRA - 3 - Percebeu-se porque não perdiam há mais de 6 meses no seu campo, uma equipa bem montada a defender e a construir ataques bem delineados, só não conseguiram travar o Gyokeres (mas afinal quem consegue?) e uma forma de contrariar o nipónico que assumiu o comando da ciência do jogo dos leões.
HÉLDER MALHEIRO (Árbitro) - 2.5 - O árbitro já mais conhecido por Hélder Manhoso, vários amarelos inexplicáveis numa clara imparcialidade de decisôes em lances idênticos e que só serviram para condicionar os jogadores do Sporting. No lance da grande penalidade errou duas vezes, viu-a mas deixou para o VAR decidir e por fim, não exibiu o 2º cartão amarelo ao infractor, perdoando-lhe a expulsão.
HÉLDER CARVALHO (VAR) - 5 - Para bem da verdade desportiva que felizmente não foi na conversa do seu colega do relvado, não deixou passar (e bem) o lance da falta clara sobre o Francisco Trincão dentro da área dos casapianos chamando o colega pelas orelhas, para que fosse rever o lance.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o ESTORIL da jornada 23 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-1. Golos de Gonçalo Inácio 5' e Viktor Gyokeres 36' e 90+6' (Penálti).
A BOA 1.ª PARTE JUSTIFICOU A VITÓRIA JUSTA
Os primeiros 45' foram suficientes para o Sporting confirmar a justiça de um triunfo indiscutível. A equipa da casa aproveitou vários erros graves e caricatos da defesa do Estoril numa primeira parte enérgica, competente e muito pressionante dos leões que criaram variados lances de golo, somando mais alguns no segundo tempo, mas o grande desperdício voltou a obrigar a uma recta final do jogo sofrida, com algum nervosismo dentro do campo e nas bancadas após os canarinhos reduzirem para 2-1 aos 84', até que, o suspeito do costume Viktor Gyokeres (bisou) acabou com as dúvidas, ganhou uma grande penalidade que marcou, garantindo os 3 pontos.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Voltou o bombardeiro do campeonato às suas grandes exibições, bisou e massacrou a defesa adversária. Mas até podia ter marcado outros tantos, um par de remates em boa posição e um desperdício de um lance quando isolado na cara de Robles.
RUI SILVA - 2 - Estava a ter uma noite muito tranquila, com total acerto nas intervenções, seguro a agarrar as bolas cruzadas, certeiro e competente nos lançamentos com os pés, até que borrou a pintura no melhor quadro, consentiu o golo forasteiro com um sabor amargo a frango estragado, colocando a equipa em apuros para os momentos finais do jogo.
RICARDO ESGAIO - 4.5 - Engatou para um noite perfeita de acertos, surpreendendo pela solidez das suas acções, incluindo um corte decisivo e uma meia assistência.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Com a cabeça limpa consegue brilhar nas suas tarefas, dando segurança defensiva, menos bem no apoio para as saídas com bola.
GONÇALO INÁCIO (Cap) - 4 - Um belo "cabezazo" que desbloqueou o jogo muito cedo (5'), dando tranquilidade à equipa e no banco. Muita qualidade nas saídas de bola que deram a parecer que recuperou a confiança e a alegria de jogar.
MATHEUS REIS - 3 - Mais avançado no terreno teve missão difícil e muito árdua, com tarefas muito diferentes das que habitualmente faz. Teve que correr o dobro por zonas do terreno que menos conhece e domina, acabou naturalmente desgastado ainda cedo, aos 58', quando foi substituído.
IVÁN FRESNEDA - 3.5 - Frenético,ágil e sempre intenso, mostrou frescura física para dar e vender, dando vida ao meio campo mantendo até final as ligações com a linha da frente. Muito útil nas manobras de construção e nas ajudas às dobras.
EDUARDO FELICÍSSIMO - 3 - Não acusou a titularidade, sem comprometer mas também esteve longe de deslumbrar, tem passe firme e boa leitura dos lances, mas falta depois todo o resto, como perder o medo de assumir e arriscar.
ZENO DEBAST - 5 - Exibição quase perfeita, a um nível muito elevado, tentou e bem estar sempre de frente para a bola devido as suas dificuldades de a receber de costas. Assumiu o risco cerebral de mandar no meio campo e saiu-se bem, 2 enormes assistências e mais um remate com selo de golo, a bola ressaltou e acertou em cheio no poste, de resto perfumou vários lances com muita categoria.
GEOVANY QUENDA - 2.5 - Passou muito ao lado do jogo, nada lhe saiu bem a construir, mas também pouco fez para inverter a situação, pareceu pastoso, lento, desgastado e muito previsível nas suas acções. Melhor esteve nas tarefas defensivas a fechar espaços, mostrando estar comprometido.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Uma cópia da exibição pálida do jovem Quenda, nem as ofertas caricatas da defesa do Estoril o entusiasmaram para uma noite inspirada. Falhou um golo cantado, isolado na cara do Joel Robles. De positivo, só mesmo a boa atitude nos compromissos defensivos.
CENY CATAMO - 2 - Teve mais minutos desta vez, na procura de chegar à sua forma o mais rápidamente possível. Alguns lances com saída rápida com espaço aberto, mas não conseguiu depois dar-lhes a melhor sequência.
HENRIQUE ARREIOL - 1 - Entrou no pior momento da equipa, com o adversário a reduzir para 2-1 e que provocou o inevitável nervosismo geral. Acusou a inexperiência, recuando excessivamente no terreno.
JOSÉ SILVA - 1 - Não marcou quaisquer pontos na estreia, muita vontade e pouco ou nenhum acerto.
CONRAD HARDER - 2 - O mérito do passe em esforço que isolou o Viktor para o lance da grande penalidade que garantiu a vitória. De resto, não acertou uma única decisão.
RUI BORGES - 4 - Alcançou pela primeira vez 2 vitórias consecutivas, o que já é um feito notável, com a equipa a realizar uma boa 1ªparte, todos muito comprometidos com o objectivo obrigatório da conquista dos 3 pontos e podiam ter ido para intervalo com a vitória praticamente garantida, um desperdício de 3/4 golos cantados. Arriscou depois um bocadinho com as 3 substituições de uma assentada, com 2 jovens inexperientes e com o Estoril a reduzir para 2-1, mas quem tem Viktor Gyokeres, arrisca-se a ser sempre feliz.
IAN CASTRO - 2.5 - Uma equipa sempre partida ao meio, com a defesa a cometer muitos erros, vários lances desastrosos que poderiam ter oferecido uma goleada ao Sporting, enquanto o ataque fazia pela vida, conseguindo várias aproximações perigosas à baliza dos leões, quase sempre pela qualidade individual do João Carvalho e do Guitane. Chegaram a um 2-1 de todo injusto para a equipa da casa, no único remate enquadrado (84') que ainda provocou incómodo no adversário e nas bancadas.
HELDER CARVALHO (Árbitro) - 2 - Tecnicamente bem e acima da média, com a maioria das decisões acertadas, quanto ao disciplinar, foi um desastre, com vários amarelos por mostrar a jogadores do Estoril, agarrar uma única vez um jogador do Estoril deu amarelo ao jovem Eduardo, mas agarrar sistematicamente o Gyokeres já foram lances normais, uma situação que se tem repetido em quase todos os jogos do Sporting. Ficou também um vermelho directo no seu bolso, por um pisão grosseiro e intencional do Xeka ao jovem Eduardo.
LUÍS FERREIRA (VAR) - 2 - Bem na análise da grande penalidade, mas mal ao não chamar o árbitro para expulsar o Xeka pelo pisão no tornozelo do Eduardo. O Estoril devia ter ficado aí reduzido a 10 elementos, aos 50', quando estava a perder por 2-0.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o AROUCA da jornada 22 da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 2-2. Golos de Conrad Harder 17' e Francisco Trincão 74'
UMA NOITE À CAMPEÃO DOS DISPARATES
Péssimo resultado para os leões que vêem no espaço de duas semanas a sua vantagem na liderança, ser reduzida de 6 para 2 pontos. Um início de jogo insólito em que tudo correu muito mal, com um conjunto de situações bizarras em que a equipa teve que lidar; 2 lesões logo aos 14', um autogolo num lance disparatado, uma grande penalidade infantil que deu nova vantagem ao Arouca e ainda a expulsão do capitão Hjulmand, que obrigou os colegas a um esforço suplementar, a terem que correr em inferioridade numérica atrás do resultado muito mais com o coração, numa enorme atitude, que com a cabeça e que por pouco não operavam uma reviravolta épica, que seria milagrosa. Gyokeres voltou à titularidade, St. Juste e Bragança voltaram a lesionarem-se.
DESTAQUE: CONRAD HARDER - 4.5 - (entrou 17') - Marcou um grande golo, assistiu para o 2-2 do Trincão e esteve a centímetros de ser um herói milagreiro, quando de calcanhar quase que faz o 3-2 de uma remontada épica, já nos descontos. Como cresceu este possante muchacho nórdico.
RUI SILVA - 4 - Dividiu a asneira com o St. Juste no lance do autogolo por se encontrar mal colocado com uma precipitação grave. Redimiu-se depois com várias enormes defesas, que negaram o 3-2 ao Arouca.
ÍVAN FRESNEDA - 2 - Voltou a ter um registo medíocre, com as dificuldades conhecida com bola, sem capacidade no drible e com os cruzamentos disparatados muitos deles sem olhar.
JEREMIAH ST.JUSTE - ZERO - Inacreditável a sua atitude (pouco profissional), quando a equipa numa fase tão debilitada a necessitar mais do que nunca dos elementos mais experientes que a ajudem a manter-se mentalmente equilibrada e agarrada no objectivo. Lá se estilhaçou mais uma peça das suas pernas de cristal e em vez de sentar-se no relvado para a substituição, continuou a jogar sem poder correr, acabando por fazer um passe disparatado para o seu guarda-redes que, mal colocado, teve um gesto defeituoso que desviou a bola para dentro da sua baliza.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Que se passa com este muchacho que parece ter desaprendido de jogar futebol, tantos são os erros que acumulou nos 90'? Raramente acertou um passe, perdendo a maioria dos duelos físicos e com surpresa, até no jogo aéreo, uma sombra do que já mostrou ser capaz de fazer. A equipa necessita urgente do "regresso" do Gonçalo Inácio, uma das suas principais referências.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 3.5 - De longe o melhor elemento da defesa, mas fez muito mais que defender, carregou a bola e a equipa para a frente, com grande inconformismo, faltou-lhe largar a bola no timing, perdendo-se com isso vários lances importantes que ameaçaram com perigo a baliza do Arouca. Assistiu com peso e medida o Harder, que de calcanhar quase que faz o 3-2 nos descontos.
MORTEN HJULMAND (Cap) - ZERO - "expulsou-se" do jogo desde o seu início, uma exibição muito estranha, para esquecer, nada habitual do médio dinamarquês que tinha sido até ontem o elemento central da equipa, com mais "cabeça" para assumir o comando. Provocou uma grande penalidade de todo desnecessária e infantil, oferecendo o ouro ao bandido e ainda foi expulso com 2º amarelo num lance em que mais concentrado ficaria com o total controle do espaço e da bola. Uma atitude que irá provocar também consequências imprevisíveis para o jogo da próxima jornada na Vila das Aves, por falta de soluções para o meio campo.
JOÃO SIMÕES - 4 - Joga muito este miúdo e com atitude de um veterano, mostrando já uma personalidade de betão e uma tremenda capacidade de sacrifício invulgares para a sua idade e parca experiência a este nível. Teve momentos do jogo em que conseguiu sozinho dominar o meio campo contra 3/4 adversários. Dos poucos elementos com a atitude correcta que se exigia para vencer o jogo.
DANIEL BRAGANÇA - ZERO - Confirmou a enorme fragilidade que tem apresentado nos últimos jogos, voltando a ter nova lesão muscular e que pareceu ser grave.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - O rapaz com pernas e corpo de borracha, muito desgastado mas com fibras de leão, tentou de todas as formas levar a equipa para a frente e criar espaços para a finalização, no meio de todas aquelas pernas adversárias. Muito com o coração e na persistência, quando aproveitou uma boa assistência do jovem avançado dinamarquês para fuzilar no 2-2 e com a equipa reduzida a 10 elementos.
GEOVANY QUENDA - 3.5 - Assumiu a maior parte dos lances de desequilíbrio da equipa através de acções individuais, mas sempre muito comprometido com o processo defensivo, mas voltou a pecar muito na decisão do ultimo passe e nos cruzamentos, falhando vários, por força excessiva ou mal direccionados.
VIKTOR GYOKERES - 3 - Regressou à titularidade mas ainda não está nos seus mínimos do que pode dar. Assistiu com bom passe o Harder para o 1-1 e ficou ligado ao resultado final, quando podia ter feito o 3-2 nos descontos, um falhanço escandaloso de cabeça com salto de peixe e com a baliza escancarada a menos de um metro.
ZENO DEBAST - 1 - (entrou 11') - Assim fica muito complicado entender a sua missão no jogo, voltou a errar muitos passes e a leitura dos espaços. Apresenta lacunas quando joga no meio campo, apresenta lacunas na defesa, frágil no jogo aéreo e no contacto físico, começa a pairar-lhe na cabeça a nuvem negra dos erros de casting. Do outro lado, quando vimos o que faz o Chico Lamba e com a mesma idade, deixa os adeptos sportinguistas a pensarem...
ALEXANDRE BRITO - 1 - (entrou 85') - Tremeu, fazendo algumas faltas desnecessárias que cortaram o ritmo à equipa quando tentava ameaçar poder chegar ao 3-2 da reviravolta.
GABRIEL TEIXEIRA (BIEL) - 1 - (entrou 85') Teve nos pés o 3-2, num lance frontal e já dentro da área, mas chutou para a bancada, após Gyokeres lhe amortecer a bola redondinha.
RUI BORGES - 1 - Jogando em casa deu ontem um sinal muito negativo e preocupante da sua real capacidade de preparar bem mentalmente os seus jogadores, perante tamanha responsabilidade da conquista obrigatória dos 3 pontos, para manter a distância que tinha para o segundo classificado. Os inúmeros erros inicias da equipa, alguns deles caricatos, mostraram falta de concentração inaceitáveis de vários elementos da equipa e pouco foco colectivo no objectivo. St.Juste não se sente confortável para uma defesa a 4 e percebeu-se logo de início, com 2 erros graves, quando o Quaresma parece não contar, Inácio continua sem confiança, muito baralhado nas suas tarefas principalmente defensivas e Hjulmand parece não ter sido bem avisado que já tinha um amarelo. Ser treinador do Sporting é um grau de exigência muito mais elevado do que o Rui Borges mostrou ontem ter, em que lhe faltou mais competência.
VASCO SEABRA - 4.5 - Na verdade deu banho táctico e estratégico ao treinador do Sporting, a sorte protege os audazes, foi sortudo quando o adversário foi obrigado a queimar 2 substituições logo no início do jogo, sortudo no autogolo surreal do 1-0, sortudo no penálti (2-1) e na expulsão oferecidos pelo capitão do Sporting, mas em tudo isso não tem culpa, depois já com o jogo partido na segunda parte, viu os seus avançados a terem um desperdício atroz só com o Rui Silva pela frente e ao mesmo tempo a sua defesa a andar aos papeis, a perderem o controle do esférico em vários lances, oferecendo um resultado imprevisível até ao derradeiro segundo do jogo.
MIGUEL NOGUEIRA (Árbitro) - 3 - Nos lances capitais, na grande penalidade e expulsão, cumpriu a lei, quiçá com tolerância zero no lance do 2º amarelo ao capitão do Sporting quando ofereceu às duas equipas um critério muito largo em todo o jogo e que teve consequências nas várias faltas não sancionadas, com maior prejuízo para o Sporting.
FÁBIO MELO (VAR) - 3 - Chamou o árbitro para que decidisse no lance dentro da area do Sporting entre o Hjulmand e o Henrique Araújo e aceita-se a decisão, o capitão do Sporting sem qualquer necessidade envolveu-se com os braços com o jovem avançado do Arouca e pôs-se a jeito. Também tomou decisão acertada quando a bola bateu na mão do João Simões dentro da sua area, o jogador tem o braço na sua posição natural e a bola bateu primeiro na sua coxa.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o BORUSSIA DORTMUND Jornada nº 9, Playoffs da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou numa derrota por 3-0.
QUE RAIO DE 2ª PARTE TÃO DESASTRADA
Uma 2ª parte desastrosa deixa praticamente o Sporting de fora da Liga dos Campeões. Os leões até surpreenderam no 1ºtempo, estiveram por cima dos alemães com mais iniciativa e algumas chances (Maxi Araujo acertou na barra) de marcar (pecaram na finalização), mas caíram drasticamente após o intervalo, não conseguindo contrariar a equipa alemã quando apertou e deu mais andamento ao jogo, subindo as linhas e o seu nível numa alta rotação em velocidade e muita eficácia no passe. Transparecendo a falta de experiência e andamento de alguns jogadores leoninos, bem como a incapacidade do treinador Rui Borges em encontrar soluções fora do seu plano-base. As substituições também falharam, não trouxeram a energia que a equipa necessitava.
DESTAQUE - RUI SILVA - 4.5 - A ironia de uma noite em que sofreu 3 golos e mostrou qualidades em todas as acções, com os pés, cruzamentos, controlo de profundidade e entre os postes, brilhando em 2/3 defesas de elevada categoria.
IVÁN FRESNEDA - 3.5 - Ser titular em vários jogos seguidos fé-lo ganhar confiança, libertando-o para acções muito positivas, com detalhes técnicos que surpreendeu, por nunca antes vistos.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Somou mais um jogo em que foi o melhor na linha defensiva, mas com adversários deste nível mais elevado percebeu que ainda tem muito para evoluir, ter que aprender a assumir o comando dos movimentos defensivos dos colegas, com especial nos cruzamentos tensos nas suas costas. Teve acção de qualidade na área alemã, quando dominou uma bola com nota artística, tirando um adversário da frente e rematou com relativo perigo.
JEREMIAH ST JUSTE - 2.5 - Não foi o comandante que os colegas da defesa necessitavam, vários erros na abordagem dos lances e apático nos cruzamentos para o poste mais distante da sua baliza, com o adversário a fazer golo fácil num deles.
MATHEUS REIS (Cap) - 2.5 - Também mostrou muitas dificuldades na organização global da linha defensiva, melhor nos duelos individuais, mas com vários erros na leitura dos espaços nas costas e nas dobras na 2ª parte.
MAXIMILIANO ARAUJO - 4 - Está em grande forma, destemido com a bola no pé na condução. Foi quebra cabeças na 1ªparte, no melhor período da equipa, para a defesa alemã. Quase que faz grande golo do meio da rua, quando rematou fortíssimo com a bola a bater com estrondo na barra, sem hipótese de defesa para o Gregor Kobel.
ZENO DEBAST - 2 - Tem-se empenhando e esforçadamente na sua nova missão do meio campo, ontem com responsabilidades acrescidas, o tentar substituir o grande capitão nórdico, mas nem perto lhe conseguiu chegar. Voltou a mostrar tremendas dificuldades quando recebe a bola de costas e perdeu-se com facilidade no meio do carrossel alemão, sem conseguir interpretar da melhor forma os lances e os espaços.
JOÃO SIMÕES - 3 - Foi dos melhores elementos da equipa na 1ª parte, mas baixou muito o rendimento após o intervalo, 2 erros quase seguidos em que entregou a bola ao adversário, num quase que resultava em golo e no outro, resultou mesmo no 1ºgolo alemão, sentiu-se afectado e perdeu o discernimento, sendo substituído saindo em lágrimas, consciente das falhas.
FRANCISCO TRINCÃO - 1 - Teve noite difícil, com um nível muito insuficiente em toda a partida.
GEOVANY QUENDA - 4 - O mais criativo em toda a 1ª parte, com várias pinceladas de lances geniais e vários bons passes, mas desapareceu rápido na 2ª parte, engolido pela alta rotação da equipa alemã. Deixou à vontade o Guirassy no 2-0.
CONRAD HARALD - 3 - Um combatente por natureza, caindo e levantando-se para voltar sempre à luta sem dar tréguas a ninguém, uma autentica praga para qualquer defesa, correu toda a largura e profundidade do terreno no ataque. Um tremendo míssil que saiu do seu pé direito, obrigou o Gregor Kobel a uma defesa de recurso. Ficou a ideia que saiu antes do tempo.
VIKTOR GYOKERES - 2.5 - (entrou 59') - Já deu boas indicações da sua recuperação, não temendo o choque dos duelos físicos, testou também várias vezes a velocidade em condução. Será titular em breve, quiçá já no sábado contra o Arouca. No final do jogo ficou no relvado a praticar spinters de baliza a baliza, um "bien venido campeão".
DANIEL BRAGANÇA - 1 - (entrou 62') - Tarda em chegar ao patamar de forma aceitável, verdade que se esforçou, mas no meio de todos aqueles matulões alemães e que não falhavam um passe, sentiu-se aos papéis até o final.
HIDEMASA MORITA - 1 - (entrou 62') - Também procura melhorar o seu rendimento físico, mas estes alemães não foram o adversário ideal, que lhes roubou sempre a bola.
GABRIEL TEIXEIRA - 1 - (entrou 73') - Fez os seus primeiros minutos com a camisola do Sporting e não guardará boas recordações, muito inofensivo foi presa fácil para os panzers alemães.
EDUARDO QUARESMA - 1 - (entrou 73') - Entrou no pior momento da equipa, quando todos já tinham atirado a toalha ao piso, com os alemães a dominarem a seu belo prazer. Nem se deu por ele.
RUI BORGES - 2 - Tem a desculpa das lesões, verdade que subiram ao relvado só 2/3 elementos considerados no início titulares, mas voltou a provar ser um conservador excessivo, não conseguindo dar à equipa a consistência exibicional, trabalhando pouco os processos de criatividade ofensiva. As substituições só pioraram a equipa, persistindo no erro do Bragança a 10, onde já se viu que não funciona. Vai ter tempo agora para praticar o plano de recuperação de todos e focarem-se no objectivo central e principal da época, a conquista do bi campeonato.
NIKO KOVAC - 5 - Uma estratégia de 2 faces bem trabalhada e que resultou em pleno, enganando bem a equipa portuguesa, lançando o isco na 1ª parte, com um bloco mais recuado, correndo alguns riscos, para depois se lançarem na 2ª parte, mais avançados no terreno e fazendo girar a bola com velocidade num carrossel de grande eficácia. Engoliram a equipa do Sporting, que ficou sem argumentos para tamanho andamento muito acima dos hábitos caseiros com exigência bem mais modesta. Guirassy fez estragos, golo, assistência e mestria em segurar a bola e a ganhar duelos.
ESPEN ESKÁS (Árbitro Noruega) - 3 - Em alguns momentos deu ideia de ter alguma ligação familiar com o João Pinheiro português, pelas vezes em que fez vista grossa a faltas evidentes dos alemães a jogadores do Sporting.
DENNIS HIGLER (VAR - Países Baixos) - 3 - Sem casos para analisar.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FC Porto da jornada 21 da Liga Portugal Betclic, que resultou num empate 1-1. Golo de Iván Fresneda 42'.
TIVERAM O PÁSSARO NA MÃO, MAS AQUELE FINAL TRÁGICO ...
O Sporting esteve a escassos instantes de vencer na casa do FC Porto e dar uma machadada importante nas contas do título. Deixaram fugir os 3 preciosos pontos já nos descontos, num momento único do jogo, com a defesa a ter um bloqueio colectivo momentâneo, que permitiu uma bola pelo ar para as suas costas e um cruzamento com toda a gente a chegar atrasada para impedir o golo do empate. Uma primeira parte em que só deu Leão, sempre muito superior, com domínio quase avassalador, na gestão do ritmo e intensidade do jogo, empurrando a equipa da casa para trás, obrigando-a a manter-se quase sempre no seu processo defensivo. Não surpreendeu por isso a vantagem no placard que os leões, com toda a justiça, levaram para o intervalo. A segunda parte trouxe todavia um Sporting transfigurado, dando surpreendentemente a iniciativa ao FC Porto, deixando-o crescer e a acreditar que podia chegar ao golo do empate. À equipa de Alvalade faltou-lhe uma voz de comando, principalmente já no momento dos descontos, a escassos instantes do apito final, quando se deixou empatar. Fresneda voltou a marcar, Diomande e Matheus Reis foram expulsos no último minuto.
DESTAQUE : MORTEN HJULMAND - 5.5 - Foi quem mais fez para levar os 3 pontos do Dragão, incrível a forma como se exibiu, um monstro que encheu todo o campo e com uma leitura irrepreensível do jogo e dos lances. Muito completo tecnicamente e fortíssimo nos duelos físicos. É já um sério candidato a melhor jogador do campeonato.
RUI SILVA - 4 - Finalmente teve um lance para brilhar que deixou um grande bruááá nas bancadas do estádio, uma grande defesa, felina, na segunda parte a negar o golo do empate ao PêPê.
IVÁN FRESNEDA - 4.5 - Descobriu que afinal é um defesa goleador, tomou-lhe o gosto e aí vai mais um, e este logo num palco de estrelas e que quase dava a vitória ao Leão. Na segunda parte estoirou fisicamente e devia ter sido substituído.
OUSMANE DIOMANDE - 5.5 - Não merecia aquela dupla traição, o golo do empate em que não teve culpa e o cartão vermelho, após uma acção muito mal interpretada pelo árbitro. No resto esteve fantástico na sua missão, limpou tudo, mostrando que é um central para jogar em qualquer equipa do Mundo.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Vários furos abaixo do seu colega, com alguns erros comprometedores, um deles resultou numa bola na barra na baliza de Rui Silva. Vê-se ainda amarrado mentalmente e a precisar de soltar-se, para recuperar a confiança.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 4 - Das melhores exibições da equipa, fortíssimo na condução e competente a defender.
JOÃO SIMÕES - 3 - Que lástima para ele e para a equipa o minuto 23´, quando se viu obrigado a abandonar o jogo por lesão. Estava a ser dos melhores elementos em campo, dando pura energia a todo o carrossel dos lances construtivos do Sporting . A equipa perdeu claramente com a sua saída.
DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - O elemento menos da equipa, claramente ainda fora de forma, jogou sempre em esforço, mostrando incapacidade física, voltou a ter más decisões no ultimo passe.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Exibição regular, sem deslumbrar, mas com boas iniciativas com acções atacantes a criar espaços e linhas de passe a rasgar as linhas adversárias. Inconformado, tentou sempre esticar o jogo da equipa, até que as pernas começaram a traí-lo pela fadiga na 2ª parte.
JEOVANY QUENDA - 5 - Um exibição agridoce, voltou a repetir o que de melhor sabe fazer, mas também o seu pior. Um génio a criar lances do nada, em espaços curtos, como a jogada que resultou no golo, dessa vez cruzou bem e resultou e golo, mas teve outros lances que podia e devia ter feito melhor e a equipa podia agora estar a festejar a vitória. Por 3 vezes tinha um colega em excelente posição para finalizar, mas definiu pessimamente, até no lance que sofreu falta para grande penalidade devia ter feito o passe para o Trincão ou o Gyokeres que seria só encostar para o golo. Urge fazer treinos extra para melhor a definição e a decisão do ultimo passe.
CONRAD HARDER - 3 - Voltou a mostrar dificuldades na recepção para poder oferecer à equipa o timing para subir organizada. Teve duas boas oportunidades para fazer golo, uma rematou por cima e a outra com um gesto acrobático fez passar a bola perto do poste.
ZENO DEBAST - 2.5 - (entrou 23') - Não conseguiu dar o mesmo andamento que o João Simões estava a dar, manteve-se sempre mais refugiado e perdido nas linhas recuadas da equipa, sem nunca se expor no risco e que a equipa tanto necessitava, principalmente na 2ª parte, quando começaram a faltar as forças.
HIDEMASA MORITA - 3 - (entrou 69') - Não entrou bem no jogo, a falta de ritmo pela paragem sacou-lhe intensidade e que agora precisa de recuperar. Correu bem a um lance com o Quenda lançado pela esquerda em profundidade, mas a bola nunca lhe chegou para o que seria um golo fácil.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - (entrou 69') - A sua entrada teve logo impacto num lance que quase resulta em golo. Depois acumulou perdas de bola pela falta de ritmo devido à paragem. A equipa anseia pelo retorno do seu grande goleador rapidamente.
MATHEUS REIS - 3 - (entrou 86') - Entrada muito tardia no jogo, percebeu-se logo a diferença, ganhando todos os duelos num momento importante, quando o FC Porto já tinha tomado as rédeas do jogo, no auge do seu ataque desesperado e em massa na direção da baliza do Sporting. Acabou por ser expulso, numa decisão de todo incoerente e intolerante do árbitro da partida.
RUI BORGES - 3 - Teve os 3 pássaros na mão e viu fugirem 2 nos descontos. Tem também algumas responsabilidades pelo falhanço da vitória nos instantes finais do jogo. Foi visível a quebra a fundo da equipa e com isso ter que recuar no terreno, convidando o adversário a subir as suas linhas sem uma sua pronta intervenção. Demorou uma eternidade nas substituições, deixando a equipa a sofrer, desamparada, como que se as substituições já estivessem programadas ao minuto, acontecesse o que acontecesse, uma atitude que mostra ter que evoluir e melhorar, ter que se adaptar às necessidades de uma equipa grande, numa leitura mais correcta do jogo. Fez 4 substituições e com o Fresneda de rastos e o Quaresma no banco e foi precisamente naquele lado que saiu o golo do empate.
MARTIN ANSELMI - 3 - O Sporting ainda teve presentes que sobraram do Natal para oferecer e o jovem treinador argentino e a sua equipa agradeceram, apesar de obterem um resultado nada do seu agrado, um empate que os coloca praticamente fora da luta pelo título. Um jogo em que foram dominados em toda a primeira parte e só com o estoiro físico do adversário na 2ª metade, ousaram subir as linhas para o risco total dum ataque massivo mas ao mesmo tempo muito atabalhoado, com o golo do empate a surgir no ultimo minuto dos descontos.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 1 - Até que estava a fazer uma excelente arbitragem, corajosa nas decisões e com domínio total do jogo e das equipas, até que tudo se foi pelo cano já no tempo da compensação, um brusco descontrole emocional de todo surpreendente e que resultou num tsunami de asneiras, umas atrás das outras. 2 expulsões incompreensíveis e injustas a jogadores do Sporting que feriram de morte toda aquela coerência que mostrou nas suas decisões até então. Diomande encostou a cabeça ao adversário (que fez teatro) sem qualquer agressão, Matheus Reis fez muito menos que vários jogadores do FC Porto no final do jogo, que protestaram veemente ( Rodrigo Moura e Samu já tinham amarelo) sem que fossem admoestados.
TIAGO MARTINS (VAR) - 1 - Esta dupla João Pinheiro/ Tiago Martins, em que todos conhecem bem a sua inclinação, já com um tremendo histórico em decisões polémicas que prejudicaram sempre o mesmo, jamais assumiria a grande penalidade sobre o Quenda no último lance do jogo.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o FARENSE da jornada 20 da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3-1. Golos de Iván Fresneda 11', Ousmane Diomande 26' e Conrad Harder 88'.
VITÓRIA SÓLIDA E SEGURA DO LEÃO
Insólito, o Sporting teve mais titularíssimos no camarote que em campo na noite de ontem. Com tantas adversidades a equipa deu, todavia, uma grande resposta com uma entrada forte, muito dinâmica, intensa e pragmática na troca de bola que permitiu chegar à vantagem de 2 golos aos 25'. Um início de um exibição que entusiasmou mas que se foi esvaziando com o passar dos minutos. Um golo fortuito do Farense a reduzir para 2-1 em cima do intervalo, obrigou o leão a um esforço adicional e até com algum sofrimento em toda a segunda parte até aos 88', quando o jovem nórdico Conrad Harder matou e fechou o jogo com um gesto técnico insólito, uma peitaça na bola à boca da baliza que surpreendeu o guarda-redes algarvio. Fresneda e Diomande estrearam-se a marcar, Geny Catamo teve que abandonar por lesão aos 25' (mais uma).
DESTAQUE - CONRAD HARDER - 3.5 - Exibição bem conseguida num momento difícil da equipa pelas muitas ausências por lesão. Altruísta jogou mais para a equipa, fez grande assistência para o 1-0 e exibiu bons recortes técnicos interessantes, como no lance do seu golo em que iniciou e finalizou a jogada.
RUI SILVA - 3 - Voltou a não aquecer as luvas. Com único trabalho de maior apuro, o ter sido chamado a sair da baliza na antecipação em alguns poucos lances, num deles acabou por meter água, quando derrubou fortemente o colega Inácio e quase que a bola sobrava para o avançado algarvio.
IVÁN FRESNEDA - 3 - Muito irrequieto, pró-activo em todo o tempo, querendo muito mostrar-se útil à equipa, teve finalmente o seu prémio e que já ameaçava em jogos anteriores, marcou o seu 1º golo da sua carreira como sénior. Mas voltou a sentir problemas nas tarefas defensivas, muito trapalhão nos duelos, perdendo a bola em alguns lances em zonas proibidas.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Voltou a ser o melhor da defesa com exibição em crescendo no jogo, com destaque também para as ações ofensivas. Fez o 2-0 e o seu primeiro golo da época, após um canto bem batido por Trincão.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Não é normal vê-lo a ser batido várias vezes no um para um e nas bolas lançadas pelo ar. Teve oportunidade de ouro para fazer o 3-1 depois de um excelente passe do Maxi Araújo, rematou bem de primeira mas não acertou com a baliza.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 3 - Exibição equilibrada e positiva, voltou a somar pontos na missão de domínio do corredor esquerdo tanto a defender como a construir. Joga com alegria e muito comprometido com a equipa, fazendo recuperações notáveis à sua posição defensiva e roubando por várias vezes a bola ao adversário.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 3.5 - Uma grande primeira parte jogando em todo o terreno na tarefa árdua do box to box, deu preciosa ajuda à sua defesa dando o corpo ás balas em vários lances, em que o adversário conseguiu espaço para rematar. A fadiga atacou-o em força na segunda parte com o decorrer dos minutos, perdendo gás e protagonismo.
DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Está-lhe difícil voltar à sua forma, pegou no jogo várias vezes, mas depois não conseguiu dar-lhe a melhor sequência aos lances, faltou discernimento na definição do último passe, mostrou não ter ainda ritmo para a posição 10.
GENY CATAMO -2.5 - Estava a fazer uma exibição positiva até ao lance em que se lesionou, obrigando-o a abandonar o relvado ainda muito cedo do jogo, 25'.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Deu indícios fortes de poder estar a regressar à sua forma, bons lances brilhantes de bons recortes técnicos, estando várias vezes a farejar o golo. Muito activo também, principalmente na reacção e acabou exausto.
GEOVANY QUENDA - 3.5 - Cada vez mais se assume o joker da equipa, nitidamente a subir de forma com mais confiança nas decisões, irreverente nos duelos e pensador na primeira fase da construção, a gerir o ritmo e o seu ataque, no timing concertado com os colegas.
JOÃO SIMÕES - 3.5 - Entrou 25'. Cada vez que entra acrescenta bastante à equipa, Estando muito bem na partida, assumindo a batuta da intensidade que a equipa tinha que dar ao jogo. Sabe ler muito bem os lances e o jogo estratégico do adversário, sempre numa grande rotação com movimentos desconcertantes oferecendo sempre linhas de passe ao colega portador da bola.
MATHEUS REIS - 2.5 - Entrou 77'. Boa entrada, com assistência para o 3-1.
ZENO DEBAST - (Sem nota) - Entrou 90'.
AFONSO MOREIRA (Sem nota) - Entrou 91'
RUI BORGES - 4 - Dificilmente voltará a viver um período igual com a equipa, tremendamente adverso, olhava para a zona dos camarotes e até lhe doía a alma, via lá sentados a maioria dos seus titulares que tanto jeito lhe dariam ontem, nesta fase de enorme desgaste de quase todos que tem ainda disponíveis para mandar lá para dentro. Está sem dúvida a mostrar um bom trabalho perante tantas condicionantes, em que em cada jogo se lesiona um jogador e ontem foi a vez do Geny Catamo. A equipa entrou forte, focada no objectivo de manter a distância dos 6 pontos antes da visita ao Dragão, com a missão a ser cumprida com solidez e segurança.
TOZÉ MARRECO - 2.5 - A equipa demonstrou poucos argumentos ofensivos, com o golo fortuito em cima do intervalo colocou a equipa de novo no jogo provocando incerteza no resultado e ainda ameaçou o empate em transições especialmente pelo Elves Baldé o seu melhor elemento no jogo.
ANTÓNIO NOBRE (Árbitro) - 4 - Arbitragem segura, com a maioria das suas decisões terem sido assertivas.
LUÍS FERREIRA (VAR) - 4 - Uma só vez foi necessário intervir, para validar o golo do Farense que o fiscal de linha tinha anulado por fora de jogo.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o BOLONHA, jornada nº 8 da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou num empate 1-1. Golo de Conrad Harder 77'.
OS LEÕES AINDA TREMERAM MAS NÃO CAÍRAM
O Sporting confirmou o apuramento para o play off da Liga dos Campeões, mas a muito custo, tendo que suar bastante para arrancar um empate em Alvalade contra uma equipa italiana que aos 20' ja ganhava 1-0 e com uma bola na barra, que usou e abusou de uma agressividade a passar os limites, estranhamente muito permitida pelo árbitro francês. Os leões apresentaram uma performance pobre, de uma equipa cansada a acusar em muito as várias ausências. Sem Pote, Gyokeres, Morita, Nuno Santos... a equipa fica muito limitada, com poucas referências e ainda com um banco, em que as soluções eram 7 juniores, 2 guarda redes e 3 defesas, tornando mais difícil encarar jogos da Liga Milionária. Muitas dificuldades na saída de bola e nos duelos a meio campo, a fruirem jogo só pelo flanco esquerdo e na maioria das vezes com pouca ligação construtiva. Valeu a entrada decisiva de João Simões com impacto directo no 1-1 e com outros grandes lances, em que ainda ameaçaram a reviravolta. Harder empatou e Debast abandonou o terreno de jogo aos 50' devido a lesão muito feia.
DESTAQUE - MAXIMILIANO ARAÚJO - 4 -Exibição fortificada pela persistência e coragem a carregar a bola durante todo os 90' pelo seu corredor até à area italiana que ajudou a disfarçar e a esconder as lacunas e dificuldades, como a leitura dos lances, o seu timing e dos espaços a dar ao adversário.
FRANCO ISRAEL - 4 - Salvou o 2-0 e a equipa possivelmente da eliminação com uma grande defesa a um remate de primeira (53') do Tommaso Pobega já dentro da área.
IVÁN FRESNEDA - 2.5 - Foram muitas as lacunas técnicas, principalmente na recepção e nos duelos com a bola pelo ar. Muito por sua culpa o ataque da equipa nunca existiu pela direita.
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Foi grande e dominante, nunca deu nada ao italianos, limpando tudo o que lhe apareceu pela frente. Precisa sim de melhorar a leitura do ataque à bola nas bolas paradas na área adversária.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Já esteve melhor que no jogo anterior contra o Nacional, mais forte e rápido na reacção e nos duelos, mas ainda muito ineficaz na área adversária nas bolas paradas.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 4 - Encheu de novo o campo com um antídoto contra toda aquela agressividade italiana, travando luta dura e dolorosa com todos eles e levando quase sempre a melhor nos duelos.
ZENO DEBAST - 3.5 - Estava a fazer um jogo positivo no jogo de bola rente à relva, mas o azar bateu-lhe também à porta, embrulhou-se com um adversário no relvado e saiu muito mal tratado, com uma lesão que pareceu bem feia, uma torção violenta de toda a perna.
GENY CATAMO - 3.5 - Deu indícios de melhoria de forma, com alguns lances técnicos bem conseguidos em situações específicas, mas ainda lhe faltou outras coisas do que já lhe vimos fazer antes. Foi muito massacrado pelos italianos com faltas duras e implacáveis, que o desgastaram bastante no decorrer do jogo.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Também melhorou a sua produção do seu último jogo com o Nacional, mais rápido com a bola, mais assertivo na decisão do último passe e mais pulmão no ritmo de intensidade.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - A surpresa é ter a nota puxada... para cima, o quer dizer do que (não) fez em todo o jogo. Andou muito encostado à direita e nem se viu, saindo muito prejudicado pela incapacidade do Fresneda que tornou mais difícil ajudar equipa a poder atacar por esse lado.
CONRAD HARDER - 4 - Continua ainda muito cru, sem conseguir dar o seguimento aos lances em que a equipa o solicita, pecando muito na definição, mas acabou por ser o herói da noite que lhe salvou uma nota alta, num lance de alguma sorte com a bola a entrar na baliza italiana, depois de um excelente passe do João Simões. Um golo que vale ouro, garantiu a passagem para a fase seguinte dos play off.
JOÃO SIMÕES - 4 - Foi decisivo, uma entrada de leão igual ao jogo anterior, dinamizou o ataque da equipa com um impacto directo no golo do empate e em mais uma mão cheia de outros grandes lances que fizeram ameaçar a reviravolta no marcador.
GEOVANY QUENDA - 3.5 - Entrou na hora certa, quando os italianos já cediam perante a enorme pressão homem a homem que exerceram desde o inicio do jogo. Com mais espaço pode explorar o seu futebol repentino e explosivo, mas voltou a falhar fortemente na definição do ultimo passe.
MATHEUS REIS - (SEM NOTA) - Entrou aos 87'.
RUI BORGES - 4 - Fica difícil preparar um jogo na mais alta competição mundial de clubes e ainda contra uma das melhores equipas italianas da actualidade, conhecida pela sua enorme agressividade, com tantas contrariedades. Equipa que acusa nesta altura muita fadiga a somar as ausências de principais referências que a deixa muito fragilizada e limitada, bastava olhar para o banco e ver 7 juniores, 2 guarda redes e 3 defesas. Apesar das dificuldades o objectivo foi cumprido, mas urge que o clube seja mais ambicioso no mercado se quer a afirmação europeia. Ficou clara a sua estratégia, tentar aguentar e controlar os italianos numa primeira fase do jogo e depois tentar a sorte com as entradas do João Simões e do Geovany Quenda.
VINCENZO ITALIANO - 4 - Trouxe a lição bem estudada, cinicamente explorou ao máximo as fragilidades do Sporting com uma marcação individual impiedosa, muito agressiva, sempre numa dureza excessiva castigando com faltas sucessivas o adversário, sabia do cansaço dos seus jogadores e das várias ausências importantes. Uma atitude competitiva que ficou estranha por já estarem eliminados, será que era para dividir por todos o bolo em caso de vitória?
BENOÎT BASTIEN (Árbitro fRANCÊS) - 1 - Arbitragem muito amiga dos italianos, fazendo vista grossa a várias faltas duras a castigarem os jogadores do Sporting. Uma expulsão por agressão ao Geovany Quenda que foi perdoada ao italianos, sendo substituída por um cartão amarelo.
BENOIT MILLOT (VAR FRANCÊS) - 1 - Tinha que chamar o árbitro para rever as imagens do lance da agressão ao Geovany Quenda.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o NACIONAL da 19.ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 2 - 0. Golos de Francisco Trincão 45+1 e João Simôes 90'.
UM LEÃO A MEIO GÁS VALEU A INSPIRAÇÃO DE TRINCÃO
Um jogo sem história, uma vitória do Sporting muito suada perante um Nacional que veio a Alvalade para jogar numa só parte do campo, com um bloco muito baixo e com muitas unidades na frente da sua baliza, com intuito de adiar ao máximo o golo dos leões. O maior obstáculo leonino mais que Benfica e FC Porto neste campeonato, são mesmo os índices físicos, com vários elementos a meio gás que comprometem a velocidade e a intensidade que seriam necessárias para que a equipa ultrapasse com menos dificuldades adversários como o de ontem, que passam os 90' recolhidos no seu meio campo, recusando jogar futebol, "vivendo" na espera do erro para desferirem um qualquer golpe, ou na tentativa de levarem um pontito. Valeu a inspiração do Trincão com um golo fantástico (candidato a melhor da época) e depois a maturidade da equipa na gestão da vantagem. O jovem João Simões entrou e estreou-se a marcar em cima do apito final. O Sporting é agora mais líder, abrindo um fosso de 6 pontos para o Benfica.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - O jogo estava a ir muito morno, com a equipa a mostrar pouca energia para poder circular a bola com mais velocidade, quando se lembrou de fazer aquele enorme disparo do meio da rua que apanhou a todos de surpresa, a bola entrou como um bólide dentro da baliza do atónico Lucas Oliveira, rebentando com toda aquela teia de aranhas montada pelo treinador do Nacional. Resolveu com um golo de antologia, candidato a melhor golo da época.
RUI SILVA - 3 - Ainda não foi desta que conseguiu mostrar serviço, assistiu de cadeirinha ao jogo e as pouquíssimas vezes que interveio com os pés, fé-lo com critério. Um único deslize, um passe à queima para o Fresneda permitiu o único remate do adversário aos 86'.
IVÁN FRESNEDA - 2 - Começam a faltar-lhe argumentos, uma exibição muito penosa, mostrou défice em tantas coisas.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Voltou a ser implacável, ganhando todos os duelos na relva e pelo ar. Fez meia assistência para o 2-0.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Está a tentar voltar ao seu bom ritmo anterior à lesão, competente a defender mas os passes longos ainda lhe saem pouco calibrados.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 2.5 - A facilidade com que era anulado quando não tinha espaço para correr demonstrou cansaço mental, com muitas dificuldades nos duelos e tremendamente desastrado nos cruzamentos.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 3.5 - O polvo verde voltou a atacar, foi tudo dele naquele meio campo, sobraram-lhe tentáculos que agarrou a todos os que tentaram gracinhas. Parece ter íman sobre a bola, ela vinha ter sempre com ele.
HIDEMASA MORITA - 3 - Exibição discreta e sofrida, tentou ajudar a dar mais velocidade ao ataque e pode ter- se excedido, saiu frustrado com queixas fisicas (68') prevendo-se uma nova lesão muscular nos gémeos.
DANIEL BRAGANÇA - 2.5 - Mostrou-se longe do ritmo que é exigido, pouca intensidade na reacção, ausência de agilidade mental e fisica nas decisões e ainda fragilidade nos confrontos físicos, contra um bloco adversário muito fechado e estacionado foi sempre presa fácil.
GEOVANY QUENDA - 3 - Exibiu os já usuais grandes detalhes técnicos e mágicos em variados lances, mas quando chegava ao ultimo terço desaparecia do jogo porque nunca definiu bem.
VIKTOR GYOKERES - 3.5 - O lutador do costume, sempre com um critério elevado em tudo o que fez, desgastou os gigantes centrais do Nacional numa luta física tremenda. Teve grande chance para marcar, mas o guarda-redes Lucas conseguiu numa aparatosa defesa desviar a bola com a palma da mão.
GENY CATAMO - 2.5 - Brilhou aos 90', num raide pela direita, após passe do Diomande e que resultou no 2-0
ZENO DEBAST - 2 - Com bola e de frente tem passe bom e certeiro entre linhas, mas depois falta tudo o resto.
JOÃO SIMÔES - 3 - Entrou aos 89' e marcou aos 90' o golo de uma vida. Vai ser-lhe difícil dormir nas próximas noites. Um golo que terá seguramente um lugar especial no álbum da sua historia de jogador.
CONRAD HARDER - (SEM NOTA) - Entrou aos 89'.
MATHEUS REIS - (SEM NOTA)- Entrou aos 89'.
RUI BORGES - 3.5 - Depois do esforço inglório na Alemanha viu a equipa com dificuldades acrescidas pelo cansaço físico e mental para ultrapassar os bem arrumados autocarros da equipa do Nacional em frente à sua baliza. Só um "golazo" como o do Trincão podia acabar com aquilo, quando furou todas aquelas barreiras. Terá que agir com outra rapidez nas substituições, aos 88' o desgaste já está consumado e os que entram nada vêm adiantar. Ultrapassada a fase João Pereira, vê a equipa recuperar a vantagem que tinha para os rivais quando o Ruben Amorim resolveu abandonar o barco. Agora é mais Líder, com uma vantagem já importante.
TIAGO MARGARIDO - 2 - Centrou o foco numa organização ultra defensiva, do velho ferrolho, com um bloco muito baixo e mantendo sempre muitas unidades perto da sua área de baliza, com duas linhas muito juntas. Apostou no desgaste dos jogadores do Sporting chegados da Alemanha, acreditou que o resultado a zero acabaria por enervar os leões e o publico de Alvalade, só não contou com o míssil do Trincão que fez estragos irreparáveis à sua estratégia.
lANCU VASILICA (Árbitro) - 3 - Teve um inicio negativo, com vários erros nas más decisões em lances que foram faltosos sobre jogadores do Sporting e não assinalou, com o decorrer do jogo melhorou a calibragem da sua visão e terminou em bom plano.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 3 - Sem lances duvidosos nas duas áreas, nunca se intrometeu.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o RB LEIPZIG, jornada nº 7 da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou numa derrota por 2-1. Golo de Viktor Gyokeres 75'.
UM LEÃO SEM AS GARRAS AFIADAS ADIOU O APURAMENTO
Os leões mereciam outro resultado pelo que fizeram na segunda parte em que foram claramente superiores à equipa alemã, empurrando-os para trás, silenciando o Red Bull Arena durante largos minutos, terminando com mais bola e mais oportunidades de golo, mas acabaram por pagar muito bem caro a desinspiração ofensiva e os vários erros (grosseiros) individuais da defesa. Depois de uma 1ª parte muito oferecida, com a equipa muito macia nos duelos e com dificuldades em fechar os espaços no meio campo, apresentou-se após o intervalo mais concentrada e decidida a tomar a iniciativa do jogo. Com a entrada do trio (Gyokeres, Bragança e Morita ) chegaram já sem surpresa ao empate e quando parecia que ia a caminho da remontada, Esgaio (como é que ainda é opção?) deitou tudo a perder, outro golo sofrido muito consentido, de forma caricata, aos trambolhões. No derradeiro lance do jogo, Gonçalo Inácio esteve muito perto de novo empate, saltou sem oposição mas falhou de cabeça por centímetros o alvo.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Como toda a equipa, fez uma exibição aos repelões, alguns lances vistosos com excelentes detalhes técnicos de encher o olho, tentou agarrar a equipa e levá-la para a frente em toda a segunda parte, mas faltou-lhe sempre uma melhor definição.
FRANCO ISRAEL - 2.5 - Ficou a ideia que podia ter feito melhor no 2º golo alemão, voltou a ter falhas grosseiras no jogo de pés.
IVÁN FRESNEDA - 2 - Fez piscinas a mais, correr muito nunca quer dizer correr com qualidade, foi presa fácil para os alemães que encontraram no seu corredor um passador em toda a 1ª parte, mostrou muitas dificuldades na sua principal função, o fechar os espaços, Catamo também pouco ou nada o ajudou.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Os golos sofridos foram muito consentidos e o jovem costa marfiense não ficou isento de culpas nos dois. Foi também pouco expedito na saída, demorando excessivamente a largar a bola.
JEREMIAH ST.JUSTE - 2 - Já se estranhava tanto tempo sem se lesionar, lá se quebrou de novo qualquer elemento do corpo feito de cristal e teve que ser substituído, mas até que estava a fazer um bom jogo.
ZENO DEBAST - 1 - Uma exibição muito cinzenta, com um adversário de outro calibre veio ao de cima o muito que lhe falta para aquela posição de meio campo, não basta a segurança como vê o jogo de frente, pressionado cedeu muitas vezes sem saber como agir e tem pouca agilidade quando é necessario rodar.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 4 - Lá foi segurando as pontas até onde pode e merecia outro tipo de ajuda dos colegas na 1ª parte. Com as entradas do Morita e do Bragança sentiu-se mais confortável no meio campo, mas já sentia o peso das pernas muito desgastadas.
GENY CATAMO - 1 - Tarda em voltar à sua forma, perdeu-se com a bola nos pés sem a soltar no devido timing na maioria dos lances. Ajudou a "enterrar" o colega Fresneda sem nunca o ajudar convenientemente nas tarefas defensivas (ficou ligado ao 1-0) e raramente ganhou um duelo a atacar. O treinador pediu-lhe para trocar de corredor mas não adiantou, sem surpresa foi dos primeiros a ser substituído.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 3.5 - Voltou a mostrar consistência nas suas tarefas, com exibição positiva e dos que mais tentou arranjar espaços para furar a ultima linha da defesa alemâ.
GEOVANY QUENDA - 2 - Exibição frouxa, falhou sempre na definição do ultimo passe e desastrado nos duelos em que nunca deu sequência após o 1º drible.
CONRAD HARDER - 2 - Os mesmos erros do jogo com o Rio Ave, só vê baliza na base da força, nunca em jeito e astúcia. Correu muito na ajuda na pressão alta.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Claramente o melhor elemento da defesa, ajudou a equipa a melhorar bastante a circulação da bola e ainda teve na cabeça o golo do empate no derradeiro lance do jogo, saltou decidido mas o "cabezazo" levou a bola a passar rente à trave.
VIKTOR GYOKERES - 4 - "Mr Sir Gyogolo" entrou e...voltou a marcar um grande "golazo" com um dos seus movimentos preferidos, levar o defesa para dentro e fugir como uma seta para fora, para depois fuzilar a baliza do Maarten. Quase que faz novo golo com um bom golpe de cabeça.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Ajudou a equipa a agarrar a posse de bola, fazendo-a circular entre as linhas defensivas alemãs, mas faltou-lhe mais ousadia e risco nos duelos.
HIDEMASA MORITA - 2.5 - Como o colega Bragança, a sua entrada teve impacto positivo para que a equipa assumisse a posse da bola e corresse na tentativa da remontada, mas faltou sempre qualquer coisa mais deixando-se abalar animicamente com o 2º golo alemão que aconteceu logo a seguir ao do empate.
RICARDO ESGAIO - 1 - É sina, ficar sempre agarrado aos momentos mais negros da equipa. Quando todos (atéos alemâes, publico incluído), esperavam o golo da remontada, eis que do nada nasceu mais uma grande trapalhada que envolveu o Esgaio, metido no lance e com a bola aos trambolhões a entrar na baliza do Sporting, um golo que deitou tudo a perder.
RUI BORGES - 2 - Foi um jogo para aprender e para sacar muitos apontamentos importantes da equipa, dos jogadores, da estratégia e outras coisas mais. Repetir Vila do Conde na Alemanha não podia resultar. Fresneda e os corredores não podem ficar tão desprotegidos, Debast não é ainda solução contra equipas de outro nível, Catamo e Conrad necessitam urgente de ajuda e ainda o Esgaio, porquê? Uma mensagem? Verdade que a derrota soou muito injusta, mas também se esperava algo mais da equipa. Na próxima semana tem a oportunidade de rectificar em Alvalade e garantir o apuramento contra os italianos do Bolonha.
MARCO ROSE - 3 - É uma boa equipa que joga de forma muito pragmática na base da muito boa qualidade que os seus jogadores têm no passe e na leitura dos espaços. Beneficiaram do alto índice de eficácia na finalização, aproveitando quase tudo o que a equipa portuguesa lhes ofereceu, os muitos erros.
MANFREDAS LUKJANCUKAS (Árbitro lituano) - 3 - Um inicio medíocre, muito caseiro, sempre a beneficiar os da casa nas divididas, percebeu que não era esse o melhor caminho e melhorou com o decorrer do jogo, com mais justiça nas suas decisões.
DANIELE CHIFI (VAR Italiano) - 5 - Excelente a chamar o árbitro para ver as imagens no golo anulado, de facto há um jogador fora de jogo que ilude o Fresneda impedindo-o de disputar o lance da melhor forma, lance que passou despercebido na imagem corrida.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o RIO AVE da 18.ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3 - 0. Golos de Aderllan Santos (Auto Golo) 3', Morten Hjulmand (Penálti) 23' e Viktor Gyokeres 88'.
DOMÍNIO ABSURDO DO LÍDER EM VILA DO CONDE
O Sporting com Gyokeres poupado no banco e com várias surpresas no onze, construiu em Vila do Conde a exibição quiçá melhor conseguida até ao momento no campeonato. Os leões podiam ter alcançado, sem exagero, uma das maiores goleadas da história do futebol português, (teve lances para fazer 9/10 golos) mas o desperdício foi igualmente absurdo como o domínio do jogo durante os 90'. O resultado de 3-0, num dos campos mais difíceis da Liga Portugal (o Rio Ave não perdia há 20 jogos na sua casa) soube manifestamente a muito pouco, Conrad Harder (titular) foi o maior rosto desse desperdício (5 chances claras perdidas), mas Trincão, Geny e Quenda também falharam vários lances na finalização. Um jogo de sentido único, com a equipa de Rui Borges a ter um caudal ofensivo impressionante, sempre com o pé no acelerador, numa velocidade deveras estonteante e num carrossel constante que os jogadores vilacondenses nunca conseguiram acompanhar, roubando-lhes qualquer ideia de iniciativa para poder contrariar, acabando resignados na maior parte do tempo a uma posição passiva e muito defensiva no jogo.
DESTAQUE - GEOVANY QUENDA - 5 - Exibição fantástica em tudo o que não envolveu a finalização, mas que terá forçosamente que a melhorar, se quiser alcançar e ter lugar no comboio mágico que o levará às estrelas.
RUI SILVA - 4 - É verdade que teve uma estreia muito tranquila, não fez uma única defesa, mas já mostrou ao que vem, tomou sempre as decisões certas, na antecipação nas costas da defesa e na facilidade de jogar com os pés, com os passes sempre bem calibrados e com critério numa bela leitura dos lances.
IVÁN FRESNEDA - 5 - Foi quase o Fresneda e mais dez, dando uma excelente resposta a quem o queria despachar. Incansável e sempre com intensidade alta na disputa dos lances em que levou na maioria das vezes a melhor, mostrou muita fome de bola e sede de mostrar o seu valor.
OUSMANE DIOMANDE - 5 - Ainda tem aqueles ataques da tentação de exagerar no contacto físico na fronteira da falta desnecessária. Foi avisado, acalmou e percebeu que só precisa de concentrar-se e acreditar mais em si próprio, mostrou que dessa forma torna-se muito difícil de ser ultrapassado, exibição imperial.
GONÇALO INÁCIO - 4.5 - A chegar ao onze depois de lesão prolongada, viu-se logo o impacto, a sua visão na leitura do jogo, dos lances e a precisão do passe provocaram claras melhorias na construção, junto com Debast e Araujo criaram um trio de enorme sucesso em toda a partida.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 5 - Está a querer ameaçar chegar à etapa que lhe falta, a consistência, o patamar das boas exibições regulares, esteve muito participativo nos movimentos criativos que rasgaram as linhas defensivas do adversário em variados lances. Percebe-se que acredita muito nas ideias do treinador que lhe dá um papel de destaque.
MORTEN HJULMAND - 5 - Foi igual a si próprio, não sabe jogar mal, sente a liberdade e confiança na forma como lê o jogo, o que lhe permite antecipar-se ao que a equipa necessita e ao que o adversário vai fazer. Cada vez mais o vemos subir no terreno para participar no apoio à linha da frente, mas quando a equipa perde a bola e o adversário contra ataca, lá aparece ele a limpar o lance. Marcou de forma irrepreensível o penálti no 2-0.
ZENO DEBAST - 5 - Foi a grande surpresa, uma aposta clara do treinador ao confiar-lhe a missão no meio campo, saiu-se muitîssimo bem, concentração elevadíssima e forte na reacção dos lances em que teve que pensar rápido, brilhou na qualidade de passe, dando maior dimensão ao jogo construtivo da equipa. A equipa pode ter perdido um central e ganho um valoroso elemento para o meio campo.
GENY CATAMO - 3.5 - Ainda não conseguiu chegar ao seu momento de melhor forma, continua a pecar na decisão do timing em vários lances de finalização ou no ultimo passe e que causariam maior perigo ao adversário.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - O leão que nunca descansa, muito participativo e sempre disponível na reacção à perda mantendo a pressão alta ou depois, na missão de criar e levar a equipa para a frente. Esteve menos inspirado na finalização.
CONRAD HARDER - 4.5 - O grande combatente do jogo, um tanque que foi a todas sem dar tréguas e por isso foi também o que mais falhou, teve inúmeras oportunidades para marcar, contámos cinco, faltou sorte, um guarda redes adversário menos inspirado, mas acima de tudo, faltou-lhe a experiência e a maturidade de saber lidar e gerir melhor a ansiedade. Sozinho desgastou toda a defesa do Rio Ave que só se sentiram aliviados e contentes com a saída do jovem viking dinamarquês aos 81', mas logo de seguida levaram com outro peso bem mais pesado em cima, o viking sueco.
JOÃO SIMÕES - 4 - Num claro crescendo continuado, mais confiante a mostrar coragem no risco e a sair-se bem na maioria dos lances. Vai ganhando a pulso o seu espaço.
DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Uma excelente noticia ter participado no jogo, depois de algumas semanas ausente por lesão. Entrou bem, a todo o gás, com uma condução de bola bem conseguida e que resultou no 3º golo que fechou o resultado final.
VIKTOR GYOKERES - 4.5 - O professou entrou a 10' do final para mostrar ao aluno (Harder) como se faz, pouco tempo em campo, mas ainda a tempo para participar em 3 lances de golo iminente, um remate forte que saiu ao lado do poste, um excelente remate bem colocado a fazer o 3-0 e ainda um terceiro remate que levou a bola a bater no poste, desviada in extremis pelo guarda redes Miszta.
RICARDO ESGAIO - SEM NOTA - Entrou aos 89'.
RUI BORGES - 6 - Exibição de se lhe tirar o chapéu contra um adversário que não perdia no seu castelo à 20 jogos. Mostrou muita coragem no onze inicial com várias novidades, uma equipa que jogou pela 1ªvez junta, a experiência bem conseguida de Debast no meio campo, a aposta clara em Fresneda na direita, Inácio vindo de uma paragem de várias semanas e a maior de todas, sem Gyokeres que poupado começou no banco, entrando só nos instantes finais do jogo. Ficou claro para todos, a imensa margem que a equipa ainda tem para poder crescer nas suas ideias de jogo, principalmente quando tiver o Pote e o Morita de volta à equipa. O campeão está de volta, com o seu futebol que encanta para muita tristeza dos rivais.
ARMANDO TEIXEIRA - 1 - Vinham de uma sequência de 20 jogos sem perder naquele terreno, mas foi dolorosamente atropelado e nem teve tempo para perceber como aconteceu. Bem pode agradecer ao seu guarda-redes (fez uma dúzia de boas defesas, algumas por instinto) por ter escapado a uma derrota humilhante.
LUÍS GODINHO (Árbitro) - 5.5 - Uma grande arbitragem, corajosa, quando assim acontece também merece nota quase máxima. Não foi isenta de erros, mas isso seria impossível de acontecer como na grande penalidade, mas viu as imagens e não teve dúvidas em assinalar.
VASCO SANTOS (VAR) - 5 - Excelente decisão de chamar o árbitro no lance da grande penalidade clara e óbvia, repondo a justiça.
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