Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Vizela da 34.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Gonçalo Inácio 20' e Ivanildo Fernandes 85' (auto golo).
FECHO DA TEMPORADA COM TRIUNFO NUM JOGO DE SENTIDO ÚNICO
Serviços mínimos do leão no fecho da temporada garantiram a vitória com remontada em Vizela. Com 12 vitórias e 3 empates nos últimos 15 jogos, mostraram um Sporting na sua melhor fase de toda a época, mas foi insuficiente para alcançar o principal objectivo, o acesso à liga milionária.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Foi decisivo na vitória com a participação directa nos dois golos.
FRANCO ISRAEL - 3 - Fica a ideia que podia ter feito algo mais no golo do adversário.
RICARDO ESGAIO - 3 - Voltou aos cruzamentos erráticos e pouco mais se viu fazer.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 2.5 - Facilitou e o adversário marcou. Deixou o Osmajic correr por ali fora até fazer golo.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Foi o melhor da defesa, marcando o seu quarto golo da época, o primeiro na Liga Portugal.
MATHEUS REIS - 3 - Com a cabeça já na próxima época, onde estava no golo do Vizela? Pouco acrescentou.
NUNO SANTOS - 3 - Muita bulha nos duelos que entreveve o público local, mas no geral saiu pouco sumo.
DÁRIO ESSUGO - 1 - Se era um teste chumbou. Muitos problemas no posicionamento e na construção.
HIDEMASA MORITA - 3 - O mais equilibrado nas acções, manteve a concentração mas nunca desequilibrou.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Muitos dribles mas só fizeram cócegas ao adversário.
PAULINHO - 2 - Ficou perto de fazer um golo de belo efeito a uma bola cruzada do Nuno Santos e ficou por aí.
MARCUS EDWARDS - 3 - Mexeu muito com o jogo quando entrou e por isso o adversário castigou-o com faltas.
HÉCTOR BELLERÍN - 1 - Correu, ganhou espaço várias vezes mas... a bola nunca lhe chegou.
YOUSSEF CHERMITI - 1 - Presa fácil para os centrais do Vizela que nunca lhe deram espaço.
RÚBEN AMORIM - 4 - Com os objectivos todos destruídos, conseguiu manter o chip da vitória na cabeça dos jogadores no último jogo da época. Terminou a temporada em alta, nos últimos 15 jogos obteve 12 vitórias, o que resulta num tremendo sabor amargo pela injustiça de ficar de fora dos lugares de acesso à Champions League. Agora é hora de começar a construir um plantel com melhores garantias para a época 23/24.
MANUEL TULIPA - 2 - Viu a sua equipa marcar um golo muito cedo na partida e de seguida a ser empurrada para trás e aí se manteve até ao final do jogo, sem argumentos que pudessem impedir a remontada justa do leão.
CLÁUDIO PEREIRA (Árbitro) - 4 - Não se deixou perder pelas quilharias entre jogadores, nem quando deu grande confusão. Segurou sempre as rédeas da partida e levou até final a água ao moinho, acertando sempre mais que os erros técnicos e disciplinares.
MANUEL MOTA (VAR) - 3 - Não se meteu em alhadas naquela hora da confusão e foi a melhor decisão, validou bem os golos.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Benfica da 33.ª jornada da Liga BWIN, que resultou num empate a 2-2. Golos de Francisco Trincão 39' e Ousmane Diomande 44'.
UMA PRIMEIRA PARTE DE GALA E DOIS GOLOS DE VANTAGEM NÃO FORAM SUFICIENTES
O grande problema que perseguiu o leão em toda a época, voltou a ser determinante no jogo de ontem, a falta de banco para segurar a equipa quando mais necessitava. Enquanto que o adversário que já nada tinha a perder arriscou tudo, melhorando substancialmente com as substituições que lançaram a equipa para a frente no risco total, o Sporting foi perdendo reacção com a falta de ajuda que nunca chegou do banco. Depois de uma primeira parte de sonho, em que teve o controlo absoluto do jogo, banalizando o provável campeão nacional, conseguindo 2 golos de uma vantagem que deixou depois escapar na etapa complementar. Com as linhas excessivamente recuadas, resultado do estoiro físico colectivo monumental e já sem o controle do meio campo, os leões convidaram o SL Benfica a avançar no terreno e a ganhar confiança nos duelos. Tiveram já quase no final uma oportunidade de ouro nos pés do Paulinho para matar o jogo, mas decidiu muito mal e quem não marca...leva castigo, o adversário roubou a vitória já nos descontos, num lance todavia ilegal, muito mal validado pelo VAR Hugo Miguel.
DESTAQUE - OUSMANE DIOMANDE - 4 - É justo que divida o destaque com o Manuel Ugarte que encheu o campo, mas aquele golo de rompante após um excelente cabezazo que sentou o Roger Schmidt e que deu uma vantagem de 2 golos à equipa merecia melhor sorte no resultado final.
FRANCO ISRAEL - 3 - Não comprometeu mas verdade seja dita também não acrescentou. Mostrou confiança no jogo de pés e na colocação da bola mas teve falta de feeling no primeiro golo adversário, moveu-se sem necessidade para o poste mais perto e a bola foi para o outro lado.
RICARDO ESGAIO - 4 - Grande primeira parte, das melhores prestações da época, muito forte mentalmente a decidir nos duelos, ofereceu um "toma-lá e faz-te famoso" ao Pote que inexplicavelmente não meteu a bola na baliza do guardea redes grego. A sua saída só se entende por estoiro, se não estava cansado fica sem explicação.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3 - Exibição intermitente, algum nervosismo durante a 2ª parte precisamente nos momentos que a equipa mais necessitou do seu capitão. Não segurou o tal cabo de aço da defesa como tantas vezes o tão bem fez no passado.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Solidário com a intermitência do seu capitão, depois de uma exibição muito segura da primeira parte, não se entende que se tenha deixado afundar tanto na segunda, com perda de vários ressaltos na zona central da sua área, faltou-lhe maior tranquilidade mental, pareceu já muito desgastado.
NUNO SANTOS - 4 - O Sporting surpreendeu o SLBenfica pelo bom jogo que os seus alas deram aos flancos, na primeira parte foi quebra cabeças para todos os que lhe apareciam pela frente e foi muito "culpado" por retirar do jogo o João Mário que já não regressou para a segunda parte. levou sempre a melhor nos duelos, com inúmeras piscinas em grande velocidade. Esteve ainda envolvido nos 2 golos da equipa, mas quebrou na segunda parte em que já não conseguia recuperar e por isso teve que ser substituído.
MANUEL UGARTE - 4 - "Que jogazo hermanito". Que falta irá fazer se for embora, encheu o campo e merecia melhor ajuda quando começou a quebrar na segunda parte depois de correr kilómetros. Aquele slalom a bailar entre adversários enquanto os ultrapassava, ficou na retina de todos que também merecia melhor final da excelente iniciativa. Caiu de pé o jovem uruguaio.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Boa primeira parte, todavia algo distante da exibição memorável que fez em Londres, no Emirates Stadium, foi um dos principais responsáveis pelo amasso que deram ao SLBenfica na primeira parte e pagou cara a factura pelo enorme esforço que despendeu, foi caindo a pique na segunda parte até já não poder mais e foi substituído, um pouco antes teve oportunidade de fazer o terceiro golo num bom remate frontal.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Excelente sentido de oportunidade no lance que faz o primeiro da partida e que lhe salvou a nota positiva. Não fez uma grande jogo e na segunda parte entrou mal na partida, estava a ser uma nulidade que reclamava a substituição e o treinadoratento fez-lhe a vontade.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - "Que pasó muchacho"? Esperava-se muito mais do melhor jogador da equipa, do joker que decide em tantos jogos, o jogo passou-lhe ao lado, raramente se viu, só mesmo quando falhou escandalosamente em cima da linha de golo, nem necessitava de dar direcção à bola, bastava que ele deixasse que ela lhe batesse e faria um dos golos mais fáceis da carreira, o cruzamento do Esgaio já vinha com o selo de golo, foi deveras escandaloso, lance que ira correr mundo como uma das maiores perdidas da época.
MARCUS EDWARDS - 2.5 - Muitas dificuldades em fazer o seu jogo de bola colada no pé, faltou-lhe energia física, deixou que vários lances se complicassem por perder o controle do timing. Não desequilibrou como tão bem sabe fazer e não surpreendeu a sua substituição quando a equipa já tinha perdido o controle do meio campo e a bola não lhe chegava.
PAULINHO - 1 - Surpresa não ter sido titular e quando foi chamado na segunda parte a equipa já estava muito partida e quebrada, sem a reação para unir as linhas e com isso a sua prestação não teve o efeito desejado. Teve oportunidade de ouro para acabar com "aquilo" e fechar o jogo, isolou-se e fez quase tudo bem feito, mas decidiu muito mal, esqueceu-se que quem decide no remate nunca é o jogador mas sim a equipa, tinha um colega à sua esquerda solto na área que seria só empurrar para dentro da baliza do guarda redes grego e dar um ponto final no resultado, nestes momentos não pode falhar, amputou a equipa da vitória que seria justa, terá que reflectir.
HECTOR BELLERÍN - 2 - Dos que saltaram do banco foi dos que melhor responderam na ajuda ao afundanço colectivo da equipa, deu continuidade ao bom trabalho realizado pelo colega no corredor.
MATHEUS REIS - 1 - Entrou fresco e com a equipa a necessitar de estancar o cada vez maior atrevimento do adversário, mas falhou no objectivo e nada acrescentou, nada ajudou.
DÁRIO ESSUGO - 1 - Que entrada tola no jogo, assim não vais lá miúdo, estás a evoluir ou a regredir? A equipa naquela hora difícil necessita de homens, decididos, e com tino na cabeça. Foi opção falhada, andou a cheirar a bola e as botas dos adversários. Melhor voltar a dar um passo atrás e rever o que não está bem.
ARTHUR GOMES - 1 - Começa a ser um elemento que desilude cada vez mais em cada jogo, assim dificilmente ganhará o bilhete para o comboio que ira transportar o plantel da próxima época. Vimo-lo entrar no jogo e depois...ficou invisivel!
RÚBEN AMORIM - 3 - Na luz fizeram 30mt de alto nível, desta vez já conseguiram chegar aos 45mt, mas o jogo tem 90' mister. Vai ter muito trabalho após o final deste campeonato que é para esquecer e também para lembrar, para que não se repita. Não se compreende tamanho afundanço da equipa em toda a segunda parte, após uma primeira parte de gala, jogada ao alto nível por todos da equipa, em que amedrontaram seriamente o grande rival, mas a hora de ir ao banco é sempre um pavor e os adversários já sabem que é aí que chega a hora deles no jogo.
ROGER SCHMIDT - 3 - Que susto levou o alemão, o golo do jovem Diomande sentou-o no banco, algo que se viu pela primeira vez durante em toda a época, imaginamos para preparar o saco para meter a viola, estava-lhe a ser difícil digerir todo aquele amasso que a sua equipa estava a levar, mas tem um banco de luxo e arriscou tudo quando já nada tinha a perder e teve a estrelinha de campeão. O VAR que ele quer abolir do futebol salvou-o de uma derrota anunciada, oferecendo-lhe um golo que foi marcado ilegalmente, a estrelinha afinal brilhou mesmo.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 3.5 - Estranhamente fez uma boa arbitragem, sempre firme nas decisões, pena ter sido muito mal acompanhado (também estranhamente) pelo VAR, que borrou a pintura com uma decisão que teve clara influência no resultado final, o golo do empate teve uma ilegalidade clara que não foi sancionada.
HUGO MIGUEL (VAR) - ZERO - Teve erro grave com influência no resultado, o golo do empate resultou de um lance em que no seu início é cometida uma clara ilegalidade pelo Florentino, no momento do cruzamento estava fora de jogo e não podia de forma alguma interferir na movimentação dos defesas do Sporting em fazerem-se à bola, é clara a obstrução que faz ao Coates, tinha que ficar imóvel, mas prejudicou o Coates de se fazer ao lance, acção suficiente para o golo ser anulado, as leis são claras como foram as imagens (muito bem desta vez a Sport TV) que mostram a infracção de vários ângulos.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Marítimo da 32.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de, Matheus Costa (auto golo) 85' e Sebastián Coates 90+3'.
REVIRAVOLTA COM FINAL "CINEMATOGRÁFICO" NUM JOGO FEIO
O leão voltou a pôr-se a jeito contra o Marítimo, a equipa da ilha repetiu a mesma estratégia da primeira volta, aproveitando-se da apatia e falta de pressão dos jogadores do Sporting no meio campo, a estrelinha voltou sorrir-lhes com o erro do Coates para marcarem o seu golo muito cedo (10 minutos ), que obrigou os leões a correrem atrás do prejuízo. Mas faltou muita cabeça e inspiração a toda a equipa leonina que raramente incomodou o guarda-redes dos madeirenses em toda a primeira parte. No retorno do intervalo o treinador do Sporting tentou dar uma mensagem forte à equipa, fazendo 3 substituições de uma assentada, o adversário foi recuando cada vez mais, forçados à estratégia de só defender e de qualquer forma a vantagem do único remate à baliza do Sporting em todo o jogo, recorrendo muitas vezes ao detestável anti-jogo. O golo do empate apareceu quase em cima dos 90' e a vitória justa já nos descontos, após um bom cruzamento (finalmente) do Edwards, a que o Paulinho respondeu colocando de cabeça a bola no sítio certo, para o Coates empurrar para dentro da baliza. Aí deu-se início a uma cessão cinematográfica, com cenas bem dignas de um filme deveras cómico dramático, protagonizadas pelo árbitro Tiago Martins, que terá certamente conquistado o seu óscar de actor mais imbecil, patético e miserável.
DESTAQUE - PAULINHO - 4 - Cabeceou a bola para o sítio exacto permitindo ao seu capitão empurrá-la para dentro da baliza; o golo da reviravolta, o golo da justiça. O destaque maior, quando substituiu o mal expulso Adán na baliza para segurar a vitória. Momento que ficará guardado na história e o Jorge Vital esteve atento.
ANTONIO ADÁN - 2 - Numa época para esquecer só faltava mesmo ser mal expulso. Tinha carradas de razão, mas devia ter tido mais cabeça fria e esperar pela decisão do VAR. No jogo, sofreu um golo e sentou-se na cadeira a assistir ao resto da partida.
HÉCTOR BELLERÍN - 2 - Pouco interventivo, não foi surpresa alguma ser dos primeiros a ser substituído.
OUSMANE DIOMANDE - 2 - Ausência de intensidade e muitos passes para trás, jogar benzinho não é suficiente quando se necessita partir para a remontada, foi também (bem) substituído.
SEBASTIAN COATES (Cap) - 3 - O golo salvou-lhe a nota negativa, muito apático e lento a transportar o jogo quando se exigia mais velocidade e passes mais tensos. Redimiu-se por aquela monumental falha na defesa que resultou no golo problema do Marítimo, selou a vitória arrancada a ferros.
MATHEUS REIS - 1- Transportou o seu equipamento no relvado e pouco mais fez. A cabeça estava aonde? Foi bem substituído.
ARTHUR GOMES - 1 - Tinha missão importante, mas não aproveitou a oportunidade, sempre muito desastrado nas acções e na falta delas.
MANUEL UGARTE - 2.5 - Solidário na falta de inspiração de toda a equipa. Melhor a bloquear as raras vezes que o adversário passou o meio campo. Ficou cedo condicionado por um cartão amarelo evitável.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - No inconformismo teve nota elevada, mas faltou depois tudo o resto, raramente acertou no timing da decisão. Importante o seu remate que resultou no auto-golo do empate que permitiu depois a remontada.
MARCUS EDWARDS - 2.5 - Dois únicos lances em que acertou, o cruzamento bem medido para a cabeça do Paulinho que enganou toda a defesa adversária com o excelente passe para o espaço vazio, onde apareceu o Coates para dar alegria a toda a bancada sportinguista e o lance que foi rasteirado dentro da área que o árbitro e o VAR grosseiramente não quiseram marcar.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - O corpo esteve no relvado mas a cabeça não. O treinador bem tentou que acorda-se, dando-lhe uma segunda oportunidade quando o colocou no corredor direito, mas o sono esteve profundo e teve que ser substituído.
HIDEMASA MORITA - 2 - Entrou para a segunda parte para impor outro ritmo e velocidade, mas não fez a diferença, exibição que resultou insuficiente.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Não lhe seria difícil fazer melhor que o apagado Matheus Reis, mas a apatia geral da equipa condicionou-lhe a exibição, também não acertou com o timing e direcção do passe, errando a maior parte.
NUNO SANTOS - 2 - No banco e perante as imagens víamos a sua impaciência e vontade de ir a jogo. Entrou para a segunda parte mas depressa se deixou envolver pelo ritmo muito baixo da equipa. Teve grande oportunidade de marcar numa recarga, mas a inspiração estava nas nuvens e foi para lá que atirou a bola. No lance da polémica, devia ter-se desfeito da bola e não decidir pela fintinha que quase dava grandes dissabores, felizmente hoje temos VAR.
ISSAHAKU FATAWU - 3 - Foi a substituição surpresa na segunda parte. Não fazendo uma grande exibição acabou por ser o melhor elemento criativo da equipa, o que mais mexeu com o jogo e mais preocupações trouxe ao adversário, que se sentiu forçado a deslocar mais um elemento para as dobras, mas insuficiente perante a rapidez do jovem do Gana, que ganhou várias vezes a linha de fundo com espaço livre para cruzar.
RICARDO ESGAIO - 2 - Entrou para castigar o Diomande pela sua falta de dinâmica. Cumpriu, o adversário raramente lhe apareceu naquela zona, só defendia.
RUBÉN AMORIM - 2 - Mister, faltou tanta coisa. O Marítimo quase que faz história em roubar 6 pontos ao Sporting numa época que luta para não descer. As cabeças dos jogadores não estiveram no jogo, na primeira volta claramente estavam a pensar no jogo com o Benfica e agora parece ter acontecido o mesmo. A questão é mental, terá que rever as formas de motivação neste tipo de jogos. Tentou remediar várias coisas durante o jogo, mas o problema já vinha do balneário, valeu o milagre do costume, o minuto "noventa e Coates" e também o VAR ter tido a coragem de parar o artista do árbitro. Verdade que a equipa acusou em demasia o cuidado a ter com o encomendado Tiago Martins, mas terá mesmo que rever, não pode repetir-se.
JOSÉ GOMES - 1 - Que dizer de tudo o que vimos? Só mesmo o comentador da Sport TV a querer ser simpático para o seu familiar (André Vidigal) teceu comentários sempre excessivamente elogiosos a uma equipazinha que trouxe todos os autocarros e camiões para colocar à frente da sua baliza. Fez um remate à baliza e teve a sorte da bola entrar, depois foi defender, defender, defender... é legal fazê-lo, mas não merece elogios por isso. Depois queria à força que o golo do Riascos fosse validado, depois da falta evidente sobre o Nuno Santos e ainda ficou ofendido por ter sido invalidado.
TIAGO MARTINS (Árbitro) - ZERO - Que dizer deste artista? Começa logo com a sua estranha nomeação depois de larga ausência dos relvados. Curioso ser o árbitro com maior média de amarelos mostrados, aparecer neste jogo que antecede o jogo com o Benfica, precisamente quando o Sporting tem vários jogadores à bica, isto não foi por acaso. Ignorou o penálti claro sobre o Marcus Edwards, brinda com amarelo o Diomande após uma falta grosseira sobre o Trincão que fingiu não ver para depois fazer todo aquele espectáculo no final. Desautorizou o seu bandeirinha que assinalou a falta clara ao Nuno Santos, validando depois o golo por 2 vezes, a segunda depois de ter ido conversar com o seu fiscal de linha e sem nunca esperar pela decisão do VAR, atitude clara para pressionar o colega do VAR (André Narciso) para não interferir. Passou depois pela vergonha de ter que voltar com a decisão atrás. E que falar da enxurrada de amarelos, 14 e tinha que haver pelo menos uma vítima, calhou ao Antonio Adán. Este artista terá o seu óscar de melhor actor patético e imbecil. Não devia apitar nunca mais um jogo de futebol. Tudo isto, após o presidente do Sporting ter feito comentários elogiosos aos árbitros como todos ouvimos.
ANDRÉ NARCISO (VAR) - 3 - Teria nota máxima se tem chamado o artista do árbitro para rever o lance em que o Edwards é claramente ceifado dentro da área, lance para grande penalidade. Mas de louvar a sua coragem por ter enfrentado o "patrão" e não o deixar levar a sua avante com aquela tentativa de golpe de estado, no lance que o Marítimo mete pela segunda vez a bola na baliza do Sporting, após falta clara sobre o Nuno Santos. Teve-os no sítio e o Tiago Martins mereceu o vexame público.
Uma nota final, desta vez e perante os gravosos acontecimentos dos últimos minutos do jogo, alongamos os nossos comentários sobretudo sobre o árbitro. Fica também o registo da péssima prestação da Sport TV na sua transmissão, os disparatados comentários do Luís Vidigal e a falta de muitas imagens de tudo o que se passou após o segundo golo do Sporting.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Famalicão da 30.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 2-1. Golos de Morita 18' e Ricardo Esgaio 60'.
EDWARDS DESEQUILIBROU E ADÁN SEGUROU UMA VITÓRIA MERECIDA
O leão foi na maior parte do tempo superior ao Famalicão, com mais capacidade em desequilibrar no meio campo e em zonas de finalização e só quando chegou ao 2-0 baixou a intensidade. O adversário aproveitou o jogo mais partido para subir mais no terreno e tentar a sua sorte, conseguindo marcar o seu golo através de uma grande infelicidade do capitão leonino, que na tentativa de cortar a bola, introduziu-a na sua baliza. O autogolo levou a equipa a percorrer o fio da navalha, à beira do precipício até ao apito final do árbitro, uma estranha atracção pelo abismo, imagem de marca da equipa nesta época.
DESTAQUE - MARCUS EDWARDS - 4.5 - Voltou a ser o maior desequilibrador do jogo, saíram dos seus pés meia dúzia de lances que fizeram a diferença, dois resultaram nos golos da equipa.
ANTONIO ADÁN - 4.5 - Brilhou com os seus fantásticos reflexos negando por duas vezes o golo ao adversário.
RICARDO ESGAIO - 4 - Fez história com o seu primeiro golo pela equipa principal do Sporting, numa recarga portentosa que colocou a bola no fundo das redes e que deu os três pontos à equipa. Não teve um bom início de jogo.
OUSMANE DIOMANDE - 1 - Claudicou em três lances por falta de concentração e que podiam ter resultado em golo do Famalicão. O treinador defendeu-o, tirando-o do jogo.
SEBASTIÁN COATES - 3 - Estava a fazer um jogo seguro e tranquilo até ao momento (69') em que cortou um cruzamento, enviando a bola para dentro da sua baliza obrigando a equipa a trabalhos extras até ao final para segurar a vitória.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Exibição modesta, seguro a defender mas muito pouca ajuda na construção.
NUNO SANTOS - 3 - Sempre com atitude muito positiva e irreverente que agitaram o jogo. Por duas vezes teve a chance de marcar, mas com a pontaria desafinada.
MANUEL UGARTE - 4 - É o elemento da equipa que mais garantias oferece com as suas exibições, quase sempre constantes na alta rotação e na capacidade de sacrifício. Voltou a ser grande no jogo.
HIDEMASA MORITA - 4 - O leão japonês tem evoluído muito com o passar dos jogos. Conquistou com todo o mérito os adeptos, o seu treinador e o lugar de imprescindível na equipa. Foi o elo de ligação entre linhas com competência
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Exibição oscilante que só estabilizou com a entrada de Chermiti, transfigurando-se a partir daí com lances geniais. Foi caso para perguntar, onde esteve aquele Trincão até então.
PEDRO GONÇALVES - 2 - Passou ao lado do jogo. Às vezes acontece. No lance em que se isolou na área sublinhou sua ausência. Saiu do jogo juntamente com o Diomande.
MATHEUS REIS - 2 - Época muito abaixo do que mostrou na anterior. A saída "forçada" do jovem costa-marfinense trouxe-o para o jogo, mas pouco se viu.
YOUSSEF CHERMITI - 3 - É verdade que se esforça bastante e mostra muita vontade de fazer algo válido para a equipa. É lutador e nunca se esconde do jogo, terá no futuro o resultado que tanto procura. Quem trabalha desta forma será recompensado.
MATEO TANLONGO - 2.5 - Desta vez jogou uns minutos mais, mostrou entrosamento com os colegas e facilidade de ler o que o jogo lhe pedia.
ARTHUR GOMES - 2 - Alguns poucos lances em que voltou a mostrar a sua capacidade de drible, mas que em nada resultaram, 15' em jogo também não deram para muito mais.
HÉCTOR BELLERÍN - 2 - Pouco tempo em jogo para mostrar que já estará bem recuperado.
RÚBEN AMORIM - 4 - O Famalicão tem sido a sua besta negra desde que chegou ao Sporting. Aquele autogolo a 20 minutos do fim e pouco depois a espantosa defesa do Adán ainda criaram algumas nuvens em Alvalade. Aquela bizarra atracção pelo abismo ameaçou atacar de novo a equipa, mas tudo acabou em bem.
JOÃO PEDRO SOUSA - 3 - Explorou ao máximo a estrelinha dos jogos com o Sporting, fez os seus jogadores acreditarem que podia acontecer de novo e por isso foram corajosos em enfrentar o leão de frente, mas a equipa do Sporting é melhor, foi melhor e provou-o.
MANUEL OLIVEIRA (Árbitro) - 2 - Velho conhecido pelas piores razões, amigo do Norte do país espera sempre a oportunidade para deixar a sua marca anti-Sporting para agradar sabe-se-lá a quem. Nos lances divididos é sabido como decide.
BRUNO ESTEVES (VAR) - 2 - O toque no pé do Chermiti é claro e evidente, verdade que o jovem leonino tem o movimento da perna para ganhar vantagem colocando-a à frente do adversário no contacto com o corpo, mas seguindo a coerência de outros lances idênticos que aconteceram com outras equipas devia ter marcado penálti.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o V. Guimarães da 29.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 2-0. Golos de Pedro Gonçalves 47' e Arthur Gomes 90+3'.
RUGIDO FORTE EM GUIMARÃES DE UM LEÃO FERIDO
O Sporting conseguiu dominar o Vitória, mesmo jogando lento e com pouca intensidade em toda a primeira parte, com a maioria dos seus jogadores muito desaparecidos do jogo e a criarem muito pouco, praticando um futebol pachorrento e de baixo nível. Com o golo a abrir o segundo período (47'), tudo mudou, os leões despertaram e soltaram-se, rubricando uma exibição com outra cor, maior dinâmica nos movimentos e nos passes, assumindo o controle total sobre o adversário. Criaram várias oportunidades em que com melhor eficácia até podiam ter goleado. Ainda marcaram mais um golo ao cair do pano e que deu plena justiça ao resultado.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Desabrochou o jogo com um golo à Pote, um passe/remate com a bola a entrar com cortesia e estilo na baliza do Celton Biai que ainda esticou os olhos para defender mas... em vão. Após uma primeira parte muito discreta, o golo deu-lhe outra alma e quase que consegue o segundo logo a seguir, um remate em arco mas a bola foi bloqueada a meio caminho.
ANTONIO ADÁN - 3 - Não fez uma defesa mas sim uma assistência para o golo do colega brasileiro Arthur. Foi espectador privilegiado em todo o jogo.
RICARDO ESGAIO - 3 - Deu-se muito ao jogo e protegeu as costas do Marcus Edwards. Podia ter marcado na única oportunidade da equipa na primeira parte, uma bola bem rematada, mas que não chegou ao destino.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Foi crescendo durante a partida e na segunda parte entrou na sintonia perfeita com as suas acções de desarme, antecipação e passe.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3 - Alguma indolência na 1.ª parte, parando excessivamente o jogo, ainda na primeira fase da construção dos ataques da equipa. Cresceu também após o golo, mostrando-se mais rápido e mais confiante no passe. Meteu uma bola que lhe chegou bem cruzada, na baliza do Vitória, mas estava fora de jogo.
MATHEUS REIS - 3 - Solidário na lassidão da equipa na primeira parte, errando vários passes e com movimentos sem saída. Depois do intervalo esteve muito mais interventivo no seu corredor e na ligação com o Nuno Santos. A defender não complicou, jogou mais simples e com melhor eficácia.
NUNO SANTOS - 3 - Voltou a conquistar por várias vezes espaços livres para cruzar, mas a direcção da bola nunca foi a melhor. A defender teve sempre o seu lado bem fechado.
MANUEL UGARTE - 3.5 - Dividiu os lances da primeira parte com o adversário. Após o intervalo apareceu com outra dinâmica, decidido a não consentir mais divisões, ganhou a esmagadora maioria dos duelos que mataram a construção do jogo do Vitória, reduzindo-o a um plano muito mais apagado.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Algo discreto no primeiro período, a jogar o quanto baste. Transfigurou-se na etapa complementar após o golo inaugural, marcou um ritmo mais elevado e carregou a equipa para o domínio completo sobre o adversário obrigando-o a recuar até ao apito final do árbitro.
MARCUS EDWARDS - 3 - Se dermos corpo às suas muitas acções de drible, foi sempre desconcertante na primeira fase da finta, mas a segunda fase, onde já tem que definir foi uma tragédia, raramente acertou.
YOUSSEF CHERMITI - 2.5 - Alguns (muito poucos) apontamentos positivos nas suas acções, como a tentativa de marcar de calcanhar, após um bom cruzamento em que surgiu solto na cara do Celton Biai, ou num remate acrobático impedido por um defesa (pareceu penálti). Foi o primeiro a sair nas substituições porque é preciso dar muito mais.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Entrou com a corda toda, foram 20 minutos de grande nível. Desafiou os adversários de frente forçando-os a fazerem pela vida. Mexeu muito com o jogo, ofereceu de bandeja um golo ao Pote que desperdiçou a oportunidade e ele próprio esteve perto de marcar.
GONÇALO INÁCIO - 2 - Entrou já na parte final da partida, mais fresco para dar melhor solidez ao lado esquerdo da defesa.
ROCHINHA - 1 - Foi a jogo nos instantes finais, só mesmo a tempo para abraçar o colega Arthur, pelo golo que marcou, o segundo da equipa, que carimbou os 3 pontos.
ARTHUR GOMES - 3 - O corredor esquerdo é o seu habitat natural, pegou na bola e fez golo, mas teve ajuda, o guardião do Vitória decidiu oferecer-lhe um peru.
RÚBEN AMORIM - 4 - Não vai ser-lhe fácil manter a equipa no foco das vitórias nos jogos que faltam, com os objectivos já todos no charco e do que têm que fazer no relvado. A primeira parte foi paupérrima, valeu o golo logo a abrir a 2ª parte que soltou toda a equipa para uma exibição muito diferente, melhor, com maior dinâmica e velocidade nas acções.
JOÃO TEIXEIRA - 2 - Viu a sua equipa tentar fazer pela vida na primeira parte, tentando dificultar ao máximo o jogo excessivamente lento do Sporting. Mas a diferença entre as duas equipas é abismal e quando os leões decidiram pegar nas rédeas da partida viu a sua equipa desaparecer do jogo até final. Teve uma estranha reacção após o golo invalidado à sua equipa pelo VAR e no final arrasou os seus comandados com críticas surpreendentes.
LUÍS GODINHO (Árbitro) - 3 - Melhor no juízo técnico e muitos erros no disciplinar, perdoando vários amarelos aos vimaranenses que quase ameaçaram fazê-lo perder o controle da partida. Terá que rever o vídeo do jogo para que perceba onde errou.
HUGO MIGUEL (VAR) - 3 - Foram 4 as bolas que entraram mas só 2 valeram, assumiu a decisão que havia fora de jogo por escassos centímetros nesse lances. Um lance na área do Vitória com o Chermiti que deixaram dúvidas, pareceu impedido de rematar.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com a Juventus da 2.ª mão dos quartos de final da Liga Europa que resultou num empate a 1. Golo de Marcus Edwards 20' (penálti)
O SONHO DA EUROPA ACABOU
Inglório todo o esforço do leão na tentativa de derrubar a melhor Juventus da época que aos 9' já tinha uma vantagem de dois golos na eliminatória, um golo fortuito, marcado muito cedo que gelou Alvalade. A equipa leonina reagiu de pronto igualando a partida aos 20' e até final não teve a competência de vencer o seu maior inimigo de toda uma época, a ineficácia, que voltou a atacar em força a calibragem do tiro à baliza da Vecchia Signora. A exemplo do jogo de Turim, voltaram a desperdiçar várias oportunidades bem construídas. Uma saída da Europa com sabor deveras amargo, porque foram melhores que a Juventus nos dois jogos.
DESTAQUE - MANUEL UGARTE - 4 - Muito raçudo e duro de quebrar. Levou um amarelo logo de início, sofreu depois uma entrada muito dura que lhe rasgou as meias de cima a baixo, recusou ser assistido, cerrou os dentes e voltou ao jogo enchendo o campo, varreu vários contra ataques do adversário, sofreu a falta que resultou no penálti, carregou a equipa em vários lances e terminou a central no lugar do seu capitão Coates. Que jogazo para o Mundo ver.
ANTONIO ADÁN - 3 - Desta vez não comprometeu, foram os seus colegas que chocaram as suas cabeças caindo redondos no relvado, o que abriu a cratera para o remate fatal de Rabiot que eliminou o Sporting. Não teve grande trabalho na noite.
RICARDO ESGAIO - 3 - Exibição regular, teve nos pés uma das maiores oportunidades do jogo, mas atirou para as nuvens. Voltou a mostrar lacunas quando o jogo exigiu outra velocidade e ousadia.
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Com muita surpresa, foi o melhor elemento da defesa, mais rápido e assertivo no passe que nos jogos anteriores, com destaque o ter aparecido várias vezes em terrenos adiantados no apoio da construção. Felino a matar várias iniciativas do ataque adversário com cortes de categoria. Podia ter feito o 2-1 num cabezazo que levou o guardião da Juventus a defender com os olhos uma bola que quase tirou tinta ao poste.
SEBASTIÁN COATES - 3.5 - Secou uma das vedetas da Juventus, o srº 82 milhões, Dusan Vlahovic, ganhou-lhe todos os lances que disputaram. Nas horas extras como ponta de lança, não foi tão eficaz, teve a oportunidade de ouro em dois lances para levar a equipa ao prolongamento, mas em ambos decidiu muito mal.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Exibição irregular. Teve uma noite de muito trabalho pelas correrias loucas atrás do Di Maria, acabaram os 2 esgotados e substituídos. Um choque de cabeças com o Pote abriu o espaço para o remate que resultou no golo da Juventus.
NUNO SANTOS - 3 - Impôs um ritmo violento no seu corredor e quando chegava à ultima linha da defesa da Juve mastigava na decisão, dando tempo ao adversário de recuperar as posições, faltou-lhe coragem para romper, optando pelo passe seguro para trás.
HIDEMASA MORITA - 3 - A exemplo de Turim teve uma excelente entrada no jogo. Avisados os italianos, trouxeram a lição bem estudada para o anular, armaram-lhe uma teia atacando com dobragens os seus espaços em acções de desgaste, com o decorrer do jogo foi baixando a pique a sua produção.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Allegri percebeu bem de onde vinha o perigo do Sporting e preparou a forma de bloquear os movimentos na diagonal do Pedro, com os elementos da sua segunda linha a caírem-lhe e de imediato sobre ele. Cedo deixou-se engolir pela teia que lhe foi montada.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Nota puxada para cima pelas muitas e variadas acções de grande sacrifício entre as linhas do adversário. A bola raramente lhe chegou com espaço e quando teve oportunidade fuzilou, com a bola a bater estrondosamente no poste.
MARCUS EDWARDS - 4 - Foi mesmo um diabo à solta, a peça que saiu fora do controle da estratégia do treinador da Juventus que se deixou enganar pela fraca prestação do jovem inglês em Turim. Foi um quebra cabeças dos defesas adversários em toda partida e que nunca acertaram com a sua marcação. Deu de bandeja ao Trincão a bola que esbarrou no poste e uma outra ao seu capitão Coates que não foi competente no remate frontal à baliza do Wojciech Szczesny.
MATHEUS REIS - 2 - Trouxe frescura ao corredor esquerdo mas nenhuma melhoria assinalável à equipa. Só nos instantes finais do jogo, com a Juventus mais recuada, teve participação notável na ajuda aos colegas mais adiantados, mas sem acções de brio.
YOUSSEF CHERMITI - 1 - Voltou a ser facilmente anulado pelos centrais da Juventus, uma aposta sem qualquer efeito prático.
ARTHUR GOMES - 2.5 - Um enorme cruzamento bem executado que encontrou solto já na pequena area o "ponta de lança" Coates em posição de fuzilar, mas tomou a pior decisão, o passe cruzado que a defesa da Juventus cortou e aliviou.
RÚBEN AMORIM - 2 - A equipa merecia no mínimo o prolongamento, foram melhores é um facto, mas isso não chegou e nunca chega, se não meterem a bola dentro da baliza mais vezes que o adversário. Renovou o lado esquerdo com 2 elementos frescos, mas esqueceu-se do lado direito, mantendo todo o jogo um Ricardo Esgaio muito ineficaz. É um facto que aconteceram fenómenos de difícil explicação nesta eliminatória como em toda a época, mas que não podem explicar tudo, a gritante ineficácia nas zonas de finalização. Esta equipa do Sporting e os seus adeptos mereciam um final de época muito mais feliz.
MASSIMILIANO ALLEGRI - 4 - Mostrou que é de facto um dos melhores treinadores do Mundo a gerir vantagens mínimas. Alvalade viu a melhor versão da Juventus desta época. Chegaram com a lição bem estudada e anularam na maior parte do tempo os pontos mais fortes do Sporting. Só Ugarte e Marcus Edwards lhes deram reais fortes dores de cabeça, quase que provocam a remontada no resultado, aí entrou em jogo o outro elemento que nem o Allegri controla e que decidiu a eliminatória...a sorte, a mesma que tiveram em Turim.
FRANÇOIS LETEXIER (Árbitro França) - 3 - O árbitro francês mostrou muito pouca personalidade e até alguma falta de coragem em várias decisões, deixando passar faltas evidentes dos italianos que pararam contra ataques do Sporting que podiam gerar perigo. Disciplinarmente também ficou aquém, perdoando alguns amarelos em lances grosseiros dos jogadores da Juventus.
POL VAN BOEKEL (VAR Países Baixos) - 3 - Confirmou a falta evidente para grande penalidade e não teve mais lances para intervir.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arouca da 28.ª jornada da Liga BWIN, que resultou num empate a 1. Golo de Pedro Gonçalves 87' (Penálti?
MAU ESPECTÁCULO EM ALVALADE DAS TRÊS EQUIPAS
A equipa apresentou-se cansada. Jogo que reflectiu a Imagem de marca da má época do Sporting na Liga, os adversários não necessitam de se esforçar nas ideias para marcar ao Sporting, a defesa leonina trata desse problema, basta lá irem uma vez à área do Sporting e haverá quem lhes ofereça um golo. A história repetiu-se mais uma vez e como isso não bastasse, ainda lhes ofereceu um penálti falhado ( mal marcado), tudo ingredientes que motivaram um adversário que apresentou um péssimo futebol, num sistema ultra defensivo, com uma linha permanente de 6 defesas, além de explorarem de forma bem visível e exagerada o anti-jogo durante toda a partida. O Arouca veio a Alvalade com o objectivo claro de tentar levar um pontito, abdicando de jogar futebol e teve a sorte de ter encontrado um dos piores Sporting da época (após um jogo europeu muito desgastante), apático, lento, desinspirado e com grande desacerto de todos os elementos que foram a jogo. O pódio passou agora a ser uma miragem. Baterias agora voltadas para o jogo com a Juventus em que a equipa irá dar certamente uma resposta muito diferente, tem 4 dias para recuperar bem.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 3 - Desinspirado em quase tudo, verdade que foi dos que mais tentou remar contra a maré no desacerto geral, mas fé-lo sempre em esforço e tudo lhe saiu mal, não sacou um passe médio e um cruzamento bem feito. Para marcar o golo (tardio) do empate, necessitou de 2 penáltis.
ANTÓNIO ADÁN - 3 - Espectador em todo o jogo, o único movimento que se lhe viu fazer, quando foi buscar a bola ao fundo da sua baliza, num lance que seria fora de jogo se a bola não fosse oferecida para zona proibida pelo Diomande.
HÉCTOR BELLERÍN - Zero - Não esteve em campo?
OUSMANE DIOMANDE - 1 - Não está em condições físicas para poder responder à exigência da sua tarefa, com o Ramadan seria preferível quiça lançar o Luís Neto. Ofereceu o golo do adversário num lance inacreditável.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 2.5 - Exibição muito sofrível e em esforço, acumulou erros no passe e como ponta de lança (segunda parte) foi muito ineficaz.
MATHEUS REIS - 2 - Nada acrescentou, muita precipitação como tem sido habitual nos últimos jogos e andou quase sempre fora do timing.
NUNO SANTOS - 3 - Não se entende a sua substituição, estava a ser o elemento mais esclarecido, verdade que esteve desastrado nos cruzamentos, mas conseguiu com facilidade sempre espaço livre para os fazer.
MANUEL UGARTE - 2 - A pior exibição de leão ao peito, nada lhe saiu bem, jogou também fora do timing que o jogo pedia.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Prometeu de início com boas iniciativas de rotura mas desapareceu após o primeiro penálti falhado, devia ter sido substituído, mas o banco não oferecia alternativas.
ARTHUR GOMES - 2.5 - Alguns bons apontamentos que lhe resultaram, mas necessitou de uma dúzia de cruzamentos para acertar um bem feito a que o Chermiti falhou à boca da baliza, porque não acreditou. Foi peixe fora de água como extremo à direita.
YOUSSEF CHERMITI - 2 - Se é o que o Sporting tem para apresentar na ausência do Paulinho é um problema que terão que resolver urgente na próxima época, voltou a ser facilmente anulado pelos defesas contrários. Um único lance de registo, quando ganhou de cabeça aos centrais e atirou ao poste. Luta muito, mas falta-lhe sempre o resto. Vai crescer é um facto mas necessita de tempo, para ganhar mais fibras, melhor controle da bola e feeling de matador.
HIDEMASA MORITA - 3 - A equipa melhorou com a sua entrada ganhando definitivamente o meio campo. Esteve no melhor lance da equipa, atirando um tirazo de cabeça uma bola que quase deita a baliza do Arruabarrena ao piso e que lhe daria o destaque. Com o seu 1.77m de altura, foi também o elemento mais perigoso nas bolas aéreas na área do Arouca com 3 bons cabezazos.
ROCHINHA - 2 - Esperava-se que desse continuidade à boa prestação que teve no jogo contra o Casa Pia, mas nunca conseguiu encontrar espaços no bloco ultra defensivo do Arouca, tentou rematar fora da área mas a bola saiu-lhe as duas vezes para a bancada.
RICARDO ESGAIO - 1 - Uma entrada aos 77' que ficou dificil de perceber e que nada resultou de positivo.
GONÇALO INÁCIO - 1 - Entrou aos 88' para ser mais um elemento para as bolas paradas na área do Arouca, não resultou.
RÚBEN AMORIM - 2 - Desta vez a mensagem do novo chip não passou para os jogadores, faltou muita coisa na equipa, energia, velocidade, intensidade e o elemento mais precioso, o querer ganhar. Na hora do grande aperto ao adversário fez sair o seu ala mais perigoso (Nuno Santos) manda avançar o Coates para ponta de lança e lança na partida os defesas Ricardo Esgaio e Gonçalo Inácio, são decisões da sua responsabilidade, não resultaram de todo. Tem que aprender melhor como enfrentar linhas de 6 e 7 defesas, jogar a passo nunca as irá conseguir desmontar e o seu elemento que melhor respondeu aos poucos cruzamentos de jeito foi o pequeno japonês com o seu 1.77m. A aposta clara passa agora em eliminar a Juventus.
ARMANDO EVANGELISTA - 1 - Futebol horrível que ofereceu ao publico que pagou bilhete em Alvalade, não surpreende que a Liga seja ultrapassada pela Eredivisie dos Países Baixos, o seu Arouca deu uma péssima contribuição ao futebol. Fez voltar o anti jogo em força e juntou-lhe um sistema ultra defensivo MUITO FEIO de se ver, tudo por causa de um pontito. Um futebol que merecia sair derrotado, goleado.
VÍTOR FERREIRA (Árbitro) - 3 - Arbitragem repleta de equívocos, desastrado no campo disciplinar que permitiu várias entradas à margem da lei sem as sancionar com a cartolina amarela, mostrou pouca atenção nos lances de ponta pé de canto, com vários erros de decisão. Os lances que resultaram nas duas grandes penalidades deixaram também algumas dúvidas, mas teve o beneplácito do VAR
TIAGO MARTINS (VAR) - 3 - Chamou o árbitro para ver o primeiro o lance da grande penalidade e confirmou a decisão do árbitro no segundo lance. Ambos deixaram dúvidas. A favor a coerência nos lances, já tivemos nesta época lances idênticos que foram sancionados e por isso tem que se aceitar com a justiça da igualdade.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com a Juventus, Liga Europa, Quartos-De-Final 1ª.mão, que resultou numa derrota por 1-0.
A INEFICÁCIA DE FINALIZAÇÃO VOLTOU A TRAIR
UM SPORTING MUITO SUPERIOR À VECCHIA SIGNORA
Os leões de Alvalade fizeram história em Itália, dominaram a Juventus no seu próprio estádio perante os seus adeptos e mereciam ter saído de Turim com uma justa vitória. Um golo displicentemente oferecido de bandeja (mais um, do guarda redes espanhol) e várias oportunidades bem flagrantes para marcar desperdiçadas, deram um resultado enganador e muito penalizador à melhor equipa em toda a partida.
Muita superioridade com bola a impor momentos do jogo humilhantes à Juventus muito recolhida junto à sua área, a defender em bloco como equipa pequena, à espera do erro para sair em contra ataque.
Ter tido mais posse de bola (58%), o dobro dos remates enquadrados, o triplo dos cantos e ainda o quadruplo das oportunidades de golo, não evitaram a injusta derrota, o que vai obrigar à remontada no jogo da segunda mão no José Alvalade, para poder marcar presença nas meias finais da Liga Europa.
DESTAQUE - HIDEMASA MORITA - 5.5 - Encheu o campo e merecia ter saído em ombros do relvado com uma gloriosa vitória. Surpreendeu pela portentosa qualidade que apresentou em todo a partida, a melhor exibição de leão ao peito e atenção, a um nível elevadíssimo. Interpretou o jogo na perfeição, um mágico, que aparecia por todos os lados, atrás, no centro, à frente, sempre onde era necessário.
ANTONIO ADÁN - 1 - É verdade que foi um herói em Londres, ninguém vai esquecer, mas aquele deslize, querer socar a bola quando devia resolver simples com uma palmada. Golo sofrido muito injusto para a equipa e que deu vida a uma Juventus moribunda e já muito encostada ás cordas. Não ajudou também o facto dos colegas falharem golos de baliza aberta, o que com outro resultado daria outra perspectiva ao seu erro, que assim se tornou decisivo na derrota.
RICARDO ESGAIO - 2 - Voltou a ser dos elementos mais fracos da equipa, quando o jogo pediu níveis mais elevados à equipa, ficou em dificuldades e cometeu erros. Provocou alguns sustos na defesa pelo seu mau posicionamento e não está isento de culpas no golo do adversário, primeiro deixou o Chiesa fazer o que quis para cruzar com perigo, valeu o corte do Matheus Reis para canto e no canto não estorvou como devia o Vlahovic que cabeceou sem dificuldade no lance que resultou o remate letal de Gatti.
JEREMIAH ST. JUSTE - 4 - Estava a realizar mais uma belíssima exibição, mas numa aceleração dentro da área adversária sentiu o rasgão na coxa e acabou aí. Saiu do relvado lavado em lágrimas pelo infortúnio da sexta lesão da época e que terá agora pela frente mais umas quantas semanas de calvário na recuperação.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 4 - Fez um bom jogo, competente nas suas várias funções como líder da defesa e da equipa, leu sempre muito bem o que o jogo pedia, gerindo na perfeição o adiantamento de toda a equipa em bloco para exercer a pressão e que fez recuar o adversário até à zona da sua grande área.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Exibição competente, geriu bem o amarelo que levou ainda cedo e sem nunca se inibir nos lances disputados, o que demonstra a grande confiança em chegar primeiro na bola ou na acção legal do uso do corpo.
NUNO SANTOS - 4 - Viu-se que saiu chateado, contrariado por ter sido substituído, sinal que se sentia ainda bem, a verdade é que a sua saída foi prematura e a equipa perdeu com a substituição, o colega Matheus Reis esteve pior, com várias acções desastradas. Teve oportunidade soberana para marcar, fez tudo muito bem mas o emaranhado de pernas adversárias desviou a bola do golo.
PEDRO GONÇALVES - 4 - O mais perdulário da noite, duas boas ocasiões para fazer golo e uma outra enormíssima à boca da baliza já nos descontos, todas desperdiçadas e que castigaram por isso a equipa no resultado. Teve a seu cargo uma missão complicada, a de carregar a equipa, mas foram poucas as vezes que as coisas lhe saíram bem no último terço, faltou uma melhor definição e outra velocidade de execução.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - O Adversário agrupou-se a maior parte das vezes dentro do seu meio campo, numa espera, na ausência do espaço, o jovem transmontano esteve bem no controle da bola e nas combinações que procuravam roturas, menos eficaz no ultimo terço, onde raramente apareceu, faltou-lhe aí mais ambição e confiança para assumir os lances.
MARCUS EDWARDS - 2.5 - Está a atravessar um período muito difícil, nota-se-lhe alguns problemas físicos, perdeu velocidade e capacidade de choque nos duelos, foi muitas vezes desarmado com facilidade provocando vários contra ataques com espaço e superioridade numérica do adversário. Esteve também mais lento a decidir o que dava tempo à defesa da Vecchia Signora recuperar as posições.
YOUSSEF CHERMITI - 2.5 - Corajoso e muitas ganas de ir a todas na mais ingrata missão de todos da equipa. Levou porrada, levantava-se e ia de novo a eles, mas os matulões da defesa da Juventus, com muitos anos de manhas deram-lhe cabo do corpo, castigaram-no bastante, exploraram a sua inexperiência na abordagem dos lances, desgastaram-no até ao limite das suas forças. Não surpreendeu a sua substituição, estava a ser facilmente anulado pelos três centrais adversários.
OUSMANE DIOMANDE - 2.5 - Entrada forçada a substituir o azarado colega neerlandês. Nota-se que perdeu algum do fulgor visto anteriormente, menos ágil e eficaz nos duelos e menor confiança no passe, o período de Ramadan saca-lhe energias necessárias para um combate deste nível. Face às circunstâncias, acabou por cumprir e até subiu de rendimento no decorrer do jogo
ARTHUR GOMES - 3 - As suas entradas nas segundas partes têm trazido coisas diferentes à equipa. Voltou a entrar muito bem no jogo e ajudou com critério na busca do empate, obrigando a Juventus a recolher-se ainda mais atrás e a defender-se de qualquer forma. Dos seus pés saiu o lance que resultou na dupla perdida incrível de Pote e Bellerín.
MATHEUS REIS - 2.5 - Entrada em falso no jogo, voltou a exibir-se ao baixo nível do último jogo contra o Casa Pia, muito trapalhão nos lances, pareceu quase sempre muito bloqueado na decisão. Não veio a acrescentar.
DÁRIO ESSUGO - 3 - Logo que entrou mostrou-se ao jogo, querendo muito ajudar a equipa e empurrá-la para o golo do empate. Não o fez por vezes da melhor forma, errando os primeiros passes e decidindo mal em cruzamentos mal executados. Acalmou, leu melhor o seu timing de entrada e passe e acabou forte saindo-se bem superior nas acções em que participou na parte final da partida.
HÉCTOR BELLERÍN - 2.5 - Trouxe outra dinâmica que o Esgaio não consegue dar, o lado direito do ataque da equipa passou com a sua entrada a ser um quebra cabeças para as ultimas linhas da defesa da Juventus, pena que tenha entrado já muito tarde. Teve nos pés a melhor oportunidade de golo da noite, na recarga e com a baliza escancarada rematou muito mal, atirou para o sítio onde estava o guarda redes ainda a recompor-se do remate à queima do Pote, ali tinha que fazer golo.
RÚBEN AMORIM - 5 - O seu trabalho que se lhe pedia foi feito e de forma exemplar, na preparação da equipa para um jogo num estádio mundialmente difícil para todos e contra a melhor Juventus da época. A equipa teve maior domínio da partida, mais controle da bola, as melhores oportunidades, geriu melhor os timings. Fez a sua parte e bem, houve sim quem a não fizesse lá dentro do relvado, não pode controlar os erros do seu guarda redes e a tremenda ineficácia na definição dos seus avançados em lances fáceis, assim fica difícil. Agora terá uma tarefa espinhosa em Alvalade, com a Juventus em vantagem e carregada de experiência na sua gestão, sem a pressão do seu próprio público. Vão ter que fazer um grande jogo para a remontada e de novo sem o Paulinho e que tanta falta fez ontem e agora também sem o St. Juste, 2 elementos importantíssimos.,
MASSIMILIANO ALLEGRI - 3 - Bem pode estar "Allegri" com o resultado, porque pela exibição viu-se-lhe no final o rosto carregado de preocupação, percebeu que a vantagem de um golo pode não ser suficiente para Alvalade. Montou a estratégia esperada, muito cínica, mas de equipa pequena, respeitaram muito o Sporting e tiveram medo, jogaram sempre no contra ataque e na sua casa perante os seus adeptos, a tradição já não é o que era.
HALIL UMUT MELER (Árbitro, Turquia) - 4 - Boa arbitragem no geral, teve pulso no jogo, mas andou no limite de perder o controle por más decisões disciplinares, perdoando vários amarelos a jogadores da Juventus. Tecnicamente esteve quase sempre bem, embora tenha errado ao assinalar falta e a mostrar o cartão amarelo a Gonçalo Inácio logo aos 20 minutos.
JÉRÔME BRISARD (VAR, França) - 3 - Sem casos duvidosos para análise.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Casa Pia da 27.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 4-3. Golos de Francisco Trincão 1', 39', 85'; e Pedro Gonçalves 48'.
O LEÃO QUASE QUE CAIU NA CANTIGA DAS JANEIRAS DOS GANSOS
Na tarde do domingo pascoal, o Sporting deixou-se embalar pela cantiga das janeiras e ofereceu três golos à equipa de Pina Manique que surpreendentemente amarrou os leões, empatando a partida por três vezes, mas houve um leão à solta, Francisco Tringolos, que fez o seu primeiro hat trick da carreira, coroado com uma exibição de encher o olho. A inesperada displicência da defesa leonina quase que deitou tudo a perder, obrigando a equipa a ter que trabalhar muito na parte final do jogo, para conseguir a justa vitória e os três pontos que lhe permitem manter a esperança de chegar ao pódio. Um cínico até diria que esta exibição da defesa do Sporting, no mínimo muito estranha, foi estratégia para enganar o Massimiliano Allegri, treinador da Juventus.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 5 - Foi o menino tri-golos e ainda com uma meia assistência, o passe genial que resultou no golo do Pote. Que evolução no rendimento apresentou ontem o Francisco, uma confiança de altíssimo nível, a soltar-se nos espaços e muito ágil nas execuções. Começa a dar sinais claros que é uma aposta ganha e que poderá vir a ser uma peça muito importante nos próximos jogos da Europa contra a Juventus. Para já, conquistou com mérito a esperada titularidade em Turim.
ANTONIO ADÁN - 3 - Fim de tarde difícil e ingrata, com tantos brindes dos colegas da defesa viu a sua baliza violada por 3 vezes, sem chances de contrariar os fuzilamentos dos avançados dos gansos nos únicos 3 dos 4 remates enquadrados que fizeram.
RICARDO ESGAIO - 2 - Exibição fraca. Prometeu muito logo no primeiro lance da partida, envolvendo-se na triangulação que resultou no golo inaugural e supersónico do Trincão, mas a inspiração foi de curta duração, desaparecendo do jogo com acções muito inconsequentes. Foi cúmplice nos dois últimos golos do Casa Pia quando não interceptou a bola lançada para as suas costas, o que se tornou decisivo para a sua imediata substituição.
OUSMANE DIOMANDE - 2 - Em pleno Ramadão e sem as forças suficientes para dar à equipa o que era exigido. Limitou-se a não sair da sua zona de conforto e sem quaisquer iniciativas de registo. No lance que resultou no segundo empate dos casa-pianos, andava por onde? Sem surpresa, já não voltou na segunda parte.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 2 - O Capitão ontem ficou nas covas em alguns dos lances capitais na sua área. Tem responsabilidades no primeiro e terceiro golos do adversário, pela má abordagem que teve na leitura dos movimentos dos avançados contrários. Com o resultado em 3-2 quase que faz o quarto golo da equipa, num excelente cabezazo e que tirou tinta ao poste da baliza do Lucas Paes.
MATHEUS REIS - 2 - Na defesa ninguém em particular esteve bem e o brasileiro também teve uma tarde para esquecer, culpas directas no 1º e 2º golos do Casa Pia; no primeiro quando teve oportunidade não se desfez da bola e depois quando o fez, endossou a bola a um adversário solto que pôde armar facilmente o cruzamento; no segundo precipitou-se com um corte de cabeça para uma zona proibida (centro da área) onde apareceu solto o japonês Yuki Soma que fuzilou o Adán. Também ficou no balneário após o intervalo.
NUNO SANTOS - 2.5 - Escapou à enxurrada de substituições que o treinador provocou no final da primeira parte. Em todo o jogo um único lance de registo, uma excelente abertura aos 21 minutos para o espaço a desmarcar o jovem Chermiti que ficou na cara do guardião Lucas Paes.
MANUEL UGARTE - 3 - Exibição irregular, longe do que lhe é habitualmente ver fazer, andou a espaços perdido no meio campo sem o acerto do timing da chegada para fechar ou do corte, apresentou também algumas dificuldades em armar o jogo no apoio aos colegas da frente. Parece esgotado e a necessitar de algum tempo para se recuperar.
PEDRO GONÇALVES - 5 - Voltou a ser o motor da equipa, a principal fonte de lances que resultaram geniais e que romperam inúmeras vezes as linhas da defesa muito fechada e solidaria dos gansos. Carregou a equipa durante os 90'+, marcou um belo golo, o terceiro, enganando o guarda redes que se atirou para o lado contrário e ainda assistiu em dois dos golos do Francisco Trincão. Os melhores lances do ataque dos leões passaram pelos seus pés, mostrando que está em grande forma.
MARCUS EDWARDS - 2 - Nota simpática, puxada para cima, porque só fez asneiras em todo o jogo. O treinador manteve-o até final o que só se explica pela falta de criativos no banco. Muito ligado ao jogo é um facto, mas somou más decisões na esmagadora maioria dos lances. Teve oportunidade soberana para fazer o 4º, na zona frontal junto à marca de penálti, mas falhou escandalosamente, atirando contra o corpo do guarda redes.
YOUSSEF CHERMITI - 2 - Melhorou na concentração e desta vez nunca foi apanhado em fora de jogo. Mas faltou muito do resto, esteve longe de ser solução para o ataque ao golo. Muita precipitação nos lances e falta de qualidade no domínio da bola depois de ganhar a vantagem. Apareceu por duas vezes solto na área, a primeira já com o guarda redes batido depois de o driblar e ultrapassar e em ambas não foi competente na finalização. Também não escapou à enxurrada das substituições que o treinador provocou no final da primeira parte, já não regressou após o intervalo.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Entrou para a segunda parte e já muito avisado do que viu a equipa (não) fazer na primeira. Não conseguiu também evitar uma má abordagem no lance que resultou no terceiro empate do Casa Pia. Activo na antecipação, ofereceu melhor segurança na defesa que o colega substituído.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - No mesmo registo do Gonçalo Inácio, tentou ser mais eficaz sem complicar no passe e tornar-se em mais um elemento válido para acrescentar no apoio, principalmente na hora de atacar o quarto golo, que daria a justa vitória da equipa.
HIDEMASA MORITA - 4 - Na verdade surpreendeu pela positiva, uma entrada de leão, em grande e que encheu o campo na segunda parte, foi a chave que a equipa necessitava para responder ao 3º empate da tarde. Mais fresco que em Barcelos, voltou a ser o Morita que conhecemos, muita eficácia no passe a rasgar linhas e que muito desgastaram a equipa adversária.
ARTHUR GOMES - 3 - Conseguiu ser mais positivo que o Ricardo Esgaio, ensaiou lances que agitaram o jogo da equipa e que tiveram a consequência de provocar danos na defesa sempre muito coesa da equipa de Pina Manique.
ROCHINHA - 3 - Muito pouco tempo em campo para o que de bom apresentaria. Entrou muito bem no jogo, confiante nos dribles de frente, trouxe coisas diferentes à equipa e mais dificuldades à defesa já muito desgastada dos gansos. No minuto em que entrou, descobriu um espaço na área adversária onde apareceu o Pote que cruzou para o hat trick do Trincão garantindo os três preciosos pontos.
RÚBEN AMORIM - 3.5 - Se pudesse teria substituído meia equipa no final da primeira parte, os níveis de concentração da equipa apresentaram-se muito desequilibrados, com vários elementos a não conseguirem fazer a sua parte. Tem razão quando diz, que se fosse a cumprir o que prometeu, que quem não se apresentasse bem no jogo não jogaria contra a Juventus, teria muita dificuldade em conseguir onze elementos para Turim. Provocou uma revolução no intervalo, deixando 3 jogadores na cabine como mensagem forte e clara para a equipa, teriam que arrepiar caminho na segunda parte se quisessem sair dali com a vitória. O objectivo acabou por ser cumprido, mas ficou a lição que no futebol não pode haver canções das janeiras, nem em jogos no domingo de Páscoa.
FILIPE MARTINS - 3 - Equipa muito chatinha no bom sentido, não deu a mínima chance quando a defesa do Sporting errou, cada tiro cada melro, por três vezes conseguiram com muita surpresa chegar ao empate, mas a vitória dos leões é incontestável, foi sempre a única equipa que procurou ganhar a partida. Fizeram jus à classificação que ocupam na tabela e terem sido considerados a equipa sensação no final da primeira volta da Liga.
FÁBIO VERÍSSIMO (Árbitro) - 5 - Já escrevemos aqui antes, é o melhor árbitro português mas a que o "sistema" não lhe interessa reconhecer, porque ele não lhes pertence e tem a sua carreira muito prejudicada por isso. Não se lhe nota qualquer outra intenção nos erros que comete e impossível é não errar.
ANTÓNIO NOBRE - 4 - Desta vez não complicou e decidiu o que as imagens à sua frente mostraram. Ficou algumas dúvidas no lance maldoso do brasileiro Felippe Cardoso, uma entrada com cor muito alaranjada ao tornozelo do Coates. Já vimos vermelhos directos por menos.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Gil Vicente da 25.ª jornada da Liga BWIN, que resultou num empate a zero.
FOI GALO, MAS FALTOU MUITO A CHAMA DO LEÃO
Rubén Amorim já resolveu o problema atrás na defesa e agora terá que vir a resolver no meio campo criativo e na frente onde se decidem os jogos. É gritante a dependência no Paulinho nas zonas do ataque e quando não joga, fica a ideia que ninguém se entende naquele último terço do terreno.
Conseguiram trabalhar bem até junto da área do Gil Vicente, para depois desperdiçarem todas as vantagens que tinham conseguido, de espaços entre as linhas adversárias e até de superioridade numérica em alguns dos lances. Tudo foi ao charco pelos inúmeros erros cometidos, alguns a demonstrarem infantilidade e ingenuidade. Um desastre de todos sem excepção no último passe.
A pouca velocidade de execução e a recuperação lenta do fora de jogo foi decepcionante. A equipa joga mecanizada e tem um modelo muito treinado, mas isso por si só não é suficiente, tem que haver também organização, intensidade, pragmatismo, criatividade e acerto na hora do último passe.
O que ainda mais surpreendeu foi o facto de terem caído sistematicamente nos mesmos erros, o que foi dando vida a um adversário obrigado a recuar e a recolher-se cada vez mais junto à sua área. Ontem faltou um patrão, uma voz forte com raça de leão no relvado.
A equipa manteve até final a ameaça de uma vitória que parecia sempre iminente, mas todos os cartuchos lançados resultaram secos e a Champions ficou agora mais longe, um furo na roda da frente, na perseguição.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 3.5- Pareceu sempre ser o mais lúcido, provocou muitas roturas no meio campo e na defesa do Gil e quando teve o adversário quebrado e com espaço para matar, faltou-lhe depois a eficácia na decisão. Carregou a equipa muitas vezes, merecia ter tido outro apoio com melhor qualidade dos colegas.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - Noite quase sempre tranquila, só perturbada com o seu já habitual frissom que provoca aos adeptos no jogo de pés com os passes à queima. Salvou um golo certo, quando com coragem e agilidade felina tirou o pão da boca ao Marlon.
RICARDO ESGAIO - 3 - Actuação regular, mas nunca conseguiu ganhar as costas do adversário e pecou também na definição quando chegava ao último terço. A ineficácia do jovem inglês em todo o jogo todo também não o ajudou.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3.5 - Entrou bem no jogo e foi junto com o Coates os melhores na defesa, pena que tenha aparecido poucas vezes na ajuda a construir.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 3.5 - Esteve mais lento que nos últimos jogos, resultado das longas viagens e jogos pela sua selecção, mas mostrou sempre eficácia nas intervenções defensivas, subiu na parte final à área do Gil, para fazer a diferença nas bolas aéreas mas que inexplicavelmente nunca lhe chegaram.
GONÇALO INÁCIO - 2.5 -Teve um bom início, mostrando vontade de ajudar a empurrar a equipa para a frente, mas os vários passes falhados, sem nexo para o espaço de ninguém e as dificuldades visíveis nas recuperações mostraram, que afinal não recuperou bem da lesão do último jogo e Já não regressou para a segunda parte.
MATHEUS REIS - 3 - Regular a defender mas de pouca ou nenhuma utilidade no apoio da construção, nunca soube aproveitar os espaços que teve no seu corredor na ultima linha da defesa do Gil. Quase sempre muito trapalhão nos duelos. Quando teve todo o espaço para cruzar, nunca deu a direcção à bola para a finalização.
MANUEL UGARTE - 3 - Também melhor a defender e a cortar os lances de ataque ao adversário, poucas vezes se viu a ligar bem o jogo com os colegas da frente e definiu quase sempre mal o último passe, nada lhe saiu bem.
HIDEMASA MORITA - 2.5 - Exibição cinzenta, muito frouxa na sua principal missão, do ligar o jogo no ultimo terço, raramente aproveitou os espaços, autoestradas, que construiu no meio campo, faltou-lhe melhor discernimento a decidir depois. Bem a fechar as iniciativas do adversário no centro do terreno.
MARCUS EDWARDS - 2 - Voltou a ter um jogo de enorme quebra e ficamos sem saber o motivo. Teve lances de rotura que abriram crateras na ultima linha da defesa adversária que nunca lhe deu o melhor seguimento, no passe para o colega em melhor posição ou desaproveitadas quando se pedia o remate pronto e com direcção, mastigou sempre os lances e com isso perderam-se várias oportunidades de criar verdadeiro perigo para a baliza do Andrew.
YOUSSEF CHERMITI - 2 - Um início de jogo que ainda criou água na boca, quase que conseguia um excelente golo com nota artística, mas depressa se deixou afundar numa confrangedora ineficácia, deixando-se apanhar muitas vezes no fora de jogo, situação que já lhe notamos anteriormente como uma deficiência que terá que reparar urgentemente, mostrou também limitações nos duelos de frente em espaços curtos. O empate do Sporting passou muito pela sua inaptidão na missão que lhe estava destinada, ainda na primeira parte e já os adeptos sentiram saudades do Paulinho e ainda viu o seu capitão Coates ter que vir a ocupar as suas zonas, para a derradeira tentativa do golo da vitória, tudo maus sinais que confirmam a sua fraca exibição. Tem muito ainda para trabalhar e melhorar.
NUNO SANTOS - 2.5 - A segunda parte foi jogada no meio campo gilista e por isso foi mais extremo que defesa, mas esteve muito desastrado nas decisões, no cruzamento ou quando rematou à baliza do Andrew.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Entrou para o último quarto de hora mas esteve sempre fora do timing dos lances, nada veio a acrescentar.
ARTHUR GOMES - 2.5 - Ainda ameaçou mexer com o jogo, agitando o ataque da equipa arrancando alguns cruzamentos mas que acabaram nas mãos do Andrew. Perdeu-se também perdeu-se em indefenições.
MATEO TANLONGO - 1- Substituição sem qualquer resultado prático. Terá que aprender a calcular melhor a chegada na disputa da bola, chega muitas vezes atrasado, à queima, fazendo depois faltas desnecessárias.
RUBÉN AMORIM - 3 - Que faltou à equipa se conseguiram o mais difícil? Conquistaram por várias vezes roturas na defesa adversária, mas faltou quem matasse, matar não é só meter a bola na baliza mas também fazer entrar a bola no espaço e colocar o colega na cara do guarda redes e do golo. Deve ter percebido a urgência de ter ali mais gente que o faça e que o plantel não tem, só ter o Paulinho é muito pouco e quando não pode estar, a equipa parece amputada. Percebeu também que o jovem Chermiti está ainda muito longe de ser solução. A perseguição ao pódio teve um tremendo percalço, mas a solução é vencer o próximo jogo no Casa Pia.
DANIEL SOUSA - 3 - Que alívio quando o Nuno Almeida apitou para o fim da partida. Viu a sua equipa a recuar e permanecer toda a última meia hora do jogo encostada sempre às cordas, agarrada unicamente à motivação que a tremenda ineficácia dos atacantes dos leões, lance após lance, lhes ofereceu de bandeja. Um empate caidinho do céu e que valeu também pela grande competência do seu guarda redes, destacadamente o melhor elemento da noite.
NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 3.5 - No geral decidiu sempre bem tecnicamente. Os gilistas traziam a lição bem estudada, um árbitro que tem como registo de marcar poucas faltas e mostrar poucos cartões é sempre convite para parar de qualquer forma as iniciativas perigosas do adversário. Pecou sim na disciplina, os de Barcelos abusaram nas faltas, com vários elementos a acabarem a partida com 6/7 faltas e sem o castigo do amarelo que se exigia. O Bilel Aouacheria entrou aos 67 minutos e cometeu cinco faltas seguidas sem nunca ser dispilinado.
HUGO MIGUEL (VAR) - 3 - Esteve particularmente atento nos lances do fora de jogo em que anulou 2 golos ao Sporting. O lance do primeiro golo anulado deixou muitas dúvidas sobre a posição do Chermiti no momento exacto que o Adán pontapeia a bola.
Portugal tornou-se famoso internacionalmente, virou o antro da bandidagem, políticos, empresários e muito em especial dirigentes do futebol que encontraram ali o filão, para elaborarem os seus esquemas ilícitos e mafiosos, com objectivos claros de obter riqueza pessoal da forma mais fácil.
Faz duas semanas que os portugueses acordaram de madrugada com o forte ruído de mais uma bomba, o barão das revistas cor de rosa era preso, juntamente com o seu advogado e o técnico de contas, as cabeças da serpente de mais um esquema maquiavélico que visou meter muitos milhões ao bolso durante anos a fio e perante os olhos das fracas autoridades portuguesas.
Uma ideia simples, a empresa produtora das revistas e que tinha todos os encargos vendia as ditas a um preço baixíssimo a uma outra empresa do mesmo dono, do mesmo bandido, que como prestação de serviços se ocupava da distribuição, com essa estratégia os lucros musculados passavam para a empresa compradora e a que produzia e pagava o grosso dos encargos vivia obviamente sempre asfixiada, com as consequências de despedimentos em massa para o objectivo de pedir vários PER. Conclusão... deixava de pagar ordenados em massa, criando o caos e uma situação propícia para pedir o perdão de dívidas de vários milhões ao estado.
No futebol as artimanhas dos canalhas, dos que já foram descobertos mas não condenados (Catch Me if You Can), passam por esquemas da mesma estirpe, o mais que badalado esquema mafioso do Apito Dourado que envolveu o FC Porto e o seu presidente Jorge Nuno Pinto da Costa. O exemplo clássico da podridão, através da qual se reflecte a vileza de algumas pessoas, que sob a capa opaca dos exércitos de facciosismo vivem e continuam a enriquecer à base de multi-acções ilícitas orquestradas ao pormenor, oferecendo cargos privilegiados, dinheiro sujo e favores sexuais, para aqueles que aceitaram retribuírem com resultados facilitados nos jogos ou em decisões administrativas, que protegem o FC Porto numa tremenda violação que rasgam todas as regras elementares da garantia da igualdade entre todos os participantes nas competições nacionais.
Os tribunais, as autoridades de investigação e o Ministério Público não têm mãos a medir, atolados de enxurrada pelos inúmeros processos que um jovem hacker (Rui Pinto) lhes proporcionou. O escândalo chegou com estrondo, o "imaculado" e "glorioso" Sport Lisboa e Benfica está comprometido já há alguns anos, num dos maiores processos de corrupção e actividades ilícitas da história do desporto e do futebol mundial.
O bandido Luís Filipe Vieira que contratou os "pistoleiros" Domingos Soares de Oliveira o testa das contas, Carlos Janela o estratega da manipulação dos media, Paulo Gonçalves o general operacional que ligava todas as pontas e César Boaventura o "pirañita" atirador furtivo, para cabecilhas da quadrilha que reinou durante mais de uma década no futebol português.
Uma estratégia óbvia e plagiada dos vários capítulos do Apito Dourado, trouxe elementos renovados e inovadores que iam além de corromper os "padres" nos jogos, corrompiam também jogadores adversários para em troca de milhares de euros facilitarem a vitória ao "glorioso" e ainda magistrados e juízes para fecharem os olhos às falcatruas que fossem delatadas.
Independentemente de como acabar toda esta história de marginais, da (in)capacidade da polícia judiciária e dos tribunais conseguirem as provas, de eventualmente FC Porto e Sport Lisboa e Benfica virem a escapar à descida de divisão, entre outras punições, nunca escaparão de certeza ao veredicto moral de todos os adeptos espalhados por esse mundo fora, pelas actividades criminosas que marcam páginas muito negras no desporto em Portugal, usurpando vitórias e títulos que são já uma mentira eterna, ferindo de morte a ideia de um desporto saudável e imaculado baseado no esforço das equipas e dos atletas.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Santa Clara da 26.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 3-0. Golos de Paulinho 14', Francisco Trincão 22' e Marcus Edwards 52'.
LEÃO CONFIRMOU O BOM MOMENTO
Rúben Amorim parece ter encontrado finalmente os pontos de equilíbrio da equipa, chegaram tarde na época mas talvez ainda a tempo de pelo menos poder vir a garantir um dos objectivos principais, que é o acesso aos milhões da liga milionária. Jogo muito competente, muito vivo na primeira meia hora e de um só sentido em toda a partida no regresso do leão à competição. Sem nunca facilitarem até a vitória ficar praticamente garantida ainda cedo, aos 52 minutos, quando Marcus Edwards faz o 3-0. Os açorianos acusaram a diferença no resultado que podia ter ficado ainda mais dilatado e nada fizeram para responder, mesmo quando a equipa de Alvalade baixou consideravelmente o ritmo após as substituições a meio da segunda parte. Só por uma vez criaram perigo à baliza do Sporting, quando já nos descontos, tiveram um remate enquadrado, com a bola a beijar o poste com o guardião espanhol batido.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Todos da equipa titular apresentaram-se com fome de bola, com uma exibição global equilibrada sem ninguém a destacar-se, a eleição cai no Trincão pela sua enorme disponibilidade no apoio ao trio da construção (Paulinho, Marcus e Pedro Gonçalves). Finalmente mostrou a capacidade de jogar o jogo todo sem grandes oscilações, marcou o segundo da noite e podia ter bisado por duas vezes.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - Das noites mais tranquilas que teve em Alvalade, o adversário só ameaçou e com um remate ao poste, segundos antes do final do jogo.
ARTHUR GOMES - 4 - candidato ao destaque, a sua exibição foi a boa surpresa depois das dúvidas que se levantaram pelas ausências do Ricardo Esgaio e do Bellerín. Dois piques para cortar bolas nas costas dos colegas centrais já batidos, destacaram a sua competência, até parecia que já jogava há anos naquela posição.É verdade que o adversário ajudou, fez dele mais extremo que lateral e sendo um extremo...
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Começou o jogo a central à direita, passou para o centro da defesa com a saída do Gonçalo inácio e acabou na esquerda com a saída do Matheus Reis e não se notou diferenças; personalidade e tremenda capacidade de antecipação. Precisa sim de melhorar a precisão do passe nas combinações triangulares nas saídas.
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Alternou passes falhados com outros de perfeição, esteve sempre mais em foco com o que fazia no apoio à construção do que a defender, contra um adversário que quase nunca conseguiu passar do meio campo. Quase que marca com um bom cabezazo após uma bola parada. O resultado no placard já dilatado na primeira parte, permitiu a sua substituição por precaução ao intervalo, por ter torcido um pé.
MATHEUS REIS - 3.5 - Exibição quanto baste, muito activo na reacção pondo à prova algumas vezes a sua boa velocidade, não facilitou e fez bem a sua parte. O momento mais alto quando saiu a meio da segunda parte para dar lugar ao regresso do Luís Neto após longa paragem.
NUNO SANTOS - 3 - No segundo terço do terreno foi rei, mais infeliz nas acções no último terço, aí nada lhe saiu bem apesar das inúmeras tentativas de cruzamentos e passes para as costas da defesa açoriana.
MANUEL UGARTE - 3.5 - Mal tinha desfeito a mala da viagem, após longas horas de avião ainda chegou a tempo para fazer uns bons kilómetros a correr no relvado de Alvalade e com um dedo da mão atado com uma protecção. Já joga de olhos fechados naquele meio campo e não sabe jogar mal.
PEDRO GONÇALVES - 4 - Também candidato ao destaque, só que não jogou o tempo todo. Construiu muito jogo pelo interior e pela ala esquerda, rompendo as linhas do Santa Clara por várias vezes. Exímio no passe curto para o espaço que inventa, mostrou estar confiante e em forma. Fez a assistência para o golo do Paulinho.
MARCUS EDWARDS - 4 - Podia ter sido o destaque do jogo, voltou a ser o atacante mais desequilibrador, marcou um belo golo com o pé direito após uma bola lhe ter sobrado já dentro da área adversária e podia ter marcado mais dois, mas não foi eficaz. Fez ainda a assistência para o golo do Trincão. Saiu aos 75' para gestão de esforço, quarta feira vai ser mais duro em Barcelos
PAULINHO - 4 - Uma exibição muito viva a confirmar o bom momento com a confiança em alta. Devia ter sido o destaque, marcou o sempre difícil primeiro golo que desbloqueou o jogo e ainda participou no 3º golo marcado pelo colega Edwards. Por duas vezes chega uma nada atrasado a cruzamentos à boca da baliza.
JEREMIAH ST JUSTE - 3 - Após um grave défice de centrais, o Sporting passou ao luxo de ter quantidade e qualidade nesse sector, com seis centrais polivalentes, quiçá a equipa da Liga melhor apetrechada no eixo defensivo. Com o regresso do malogrado Luís Neto, o treinador pode fazer a gestão ajustada para ter sempre três centrais prontos para ir a jogo e sem se notar a ausência de ninguém. St. Juste fez o seu "treino intensivo" na segunda parte, já a preparar Barcelos e Casa Pia.
LUÍS NETO - 4 - Para grande parte do público que foi assistir ao jogo, a entrada do Luís Neto aos 70' foi o principal destaque da partida, grande ovação de todos e de pé em Alvalade que emocionaram o veterano jogador e capitão. Nota alta pela perseverança e grande fé de que iria retornar à competição. Agora vai encontrar uma realidade diferente, terá que enfrentar maior concorrência para o lugar ( St. Juste e Diomande).
HIDEMASA MORITA - 2 - Mais uma viagem muito desgastante por ter ido jogar pela sua selecção do Japão, jogos que têm afectado a sua performance com a equipa do Sporting. Jogou os últimos 20', sempre num ritmo baixo, moderado, modo de gestão.
MATEO TANLONGO - 2.5 - O miúdo mostrou muita raça nos duelos, não deu espaço algum ao adversário caindo-lhe logo em cima, algo que ainda não lhe tínhamos visto. Com adversários mais subidos joga mais recuado, onde já mostrou o seu bom lançamento teleguiado. Com o Santa Clara encostado às cordas, o jovem argentino e com a língua nos dentes não lhe deu tréguas na pressão. Deixou boas indicações da sua evolução.
ROCHINHA - 2 - O treinador ao lançá-lo no jogo depois de tanto tempo ausente, quis dar-lhe a possibilidade de poder renascer a motivação que lhe permita acreditar que vale a pena sempre lutar por um lugar, terá que continuar a trabalhar e mostrar que também tem unhas de leão.
RUBÉN AMORIM - 5 - Que desperdício as derrotas com o Chaves, Arouca e Marítimo, esta equipa, este futebol estaria agora a lutar pelo título. Encontrou finalmente os pontos de equilíbrio da equipa, tarde na época, mas visando já um futuro próximo que pode trazer a consistência exibicional. Resolveu os problemas na defesa, melhorou a consistência do Paulinho, do Trincão e do Marcus, acertou nas posições onde o Pedro rende mais e com tudo isso, a equipa até parece outra.
DANILDO ACCIOLY - 2 - Não há muito para dizer. A sua equipa tem deficiências que um treinador não vai conseguir resolver sem um melhoramento significativo dos activos à sua disposição.
ANDRÉ NARCISO (Árbitro) - 5 - O melhor elogio, é que quase nem demos por ele, assim deveriam ser todos os árbitros.
TIAGO MARTINS (VAR) - 3 - Pôde dormir a sesta, tudo aconteceu muito certinho lá no relvado, sem casos.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arsenal, Liga Europa, Oitavos De Final 2ª.mão, que resultou num empate a 1. Golo de Pedro Gonçalves 55' e vitória por 5-3 no desempate por grandes penalidades. Marcaram Jeremiah St. Juste, Ricardo Esgaio, Gonçalo Inácio, Arthur Gomes e Nuno Santos.
SPORTING COM O MUNDO A SEUS PÉS
FEZ HISTÓRIA AO DERRUBAR O LÍDER DA PREMIER LEAGUE
Contra todas as expectativas o Sporting fez história em Londres, com uma exibição épica (uma das melhores na sua história) eliminando o poderoso líder da Premier League, o gigante Arsenal na sua própria casa. A equipa de Amorim foi superior aos londrinos nos 90', período que até podia ter resolvido a eliminatória já perto do fim (Edwards isolado e frente a Aaron Ramsdale desperdiçou o 2-1) logo após o grande momento do jogo, o fantástico golo do Pedro Gonçalves do meio campo que ficará para a história e que deixou estupefactos todos os que viram no estádio e pela TV.
No prolongamento e com as substituições a equipa perdeu muita da qualidade e com isso o controle do jogo, sofrendo até final, o Arsenal jogou aí a sua última cartada com a entrada da dupla Odegaard e Bukayo Saka e nem com a expulsão do Manuel Ugarte (melhor em campo) a equipa tremeu com o ataque maciço dos Gunners, que debaixo do barulho ensurdecedor dos seus adeptos atacaram desesperadamente.
Valeu a tremenda solidariedade dos leões, agarrando-se com unhas uns aos outros sobre a batuta do gigante Antonio Adán que defendeu tudo, com uma mão cheia de paradas milagrosas só ao alcance dos grandes guarda-redes. Nos penáltis a decisão caiu para a equipa que mais quis ganhar, dando justiça ao resultado e à eliminatória. Foi épico e vai ficar na memória de todos.
DESTAQUE - ANTONIO ADÁN - 6 - Definitivamente fez as pazes com os adeptos, que noite! Que paradas! Que personalidade! Foi muito mais gigante que o monstro Arsenal, deu e vendeu confiança a todos, agarrando-os numa união sem limites até ao fim. Foi decisivo com defesas que pareciam impossíveis e também nas grandes penalidades, com a defesa que deu a chave da porta da eliminatória para o Nuno Santos a abrir.
RICARDO ESGAIO - 5 - Um único deslize e que resultou no golo do Arsenal, temeu-se o pior para ele e para a equipa, não se intimidou por isso e já não voltou a falhar, percebeu onde tinha que estar no espaço que o separava do colega neerlandês e arrancou para uma exibição segura e equilibrad. Surpreendeu muito pelo enorme pulmão que teve nos 120', correndo muito pelo seu corredor. Com um passe a rasgar isolou o Marcus, no lance que podia ter decidido o jogo mais cedo e depois com um bom cruzamento rasteiro, quase que serve de bandeja o Paulinho para o golo. Marcou sem vacilar a sua grande penalidade.
JEREMIAH ST. JUSTE - 6 - Dos jogadores que mais surpreenderam no jogo, excelente exibição, assumindo iniciativas arriscadas pelo interior que levaram o pânico à defesa londrina. Foi sempre o mais seguro e esclarecido da defesa, dando o exemplo na coragem para enfrentar todas aquelas estrelas que lideram a Primier League. Cada vez mais fica visível a sua grande qualidade, quiçá dos melhores centrais da Europa. Irrepreensível a forma como marcou a sua grande penalidade.
OUSMANE DIOMANDE - 6 - Que surpresa! Que idade tem? Quanto custou afinal? Já ninguém se lembra! Que futuro vai ter este muchacho, que personalidade apresentou neste enorme desafio de nível altíssimo, perante uma das melhores equipas do mundo. É ouro que o Sporting encontrou em Mafra. Sempre no sítio certo assumindo o comando da defesa como se tratasse já de um veterano. Rápido na acção do desarme e ainda sacou em cima da linha de golo uma bola que ia entrar.
GONÇALO INÁCIO - 5 - Já tem um futebol muito adulto no que concerne a leitura do jogo, principalmente no posicionamento, que o ajudam a reparar a tempo alguns erros no passe, foi ao limite das suas forças terminando o jogo em sofrimento e com cambras. Junto com Matheus Reis voltaram a secar o lado direito do ataque do Arsenal nos 90'. Muito confiante na marcação da sua grande penalidade, que não falhou.
MATHEUS REIS - 5 - A estratégia dos gunners era explorar mais o lado direito (Ricardo Esgaio) da defesa do Sporting, o que desde logo representa um enorme elogio à dupla da esquerda que já em Alvalade se apresentou mais forte e coesa a anular os avançados adversários. Foi mais posicional, porque o ataque arsenalista também foi posicional, saiu exausto já no prolongamento para dar o lugar ao Nuno Santos.
MANUEL UGARTE - 6 - Encheu o campo do Emirates Estádio, mais uma grande exibição que irá fazer com que no final da época dificilmente continue no Sporting. Foi o melhor em campo dos 33 jogadores que pisaram o relvado. Parecia estar em todo o lado, cortando inúmeros lances ao adversário no centro do terreno, ainda ousou ir por ali fora com a bola colada no pé entre as linhas defensivas do Arsenal. Acabou por levar o segundo amarelo num lance que não teve alternativa, o adversário saía rápido em vantagem numérica.
PEDRO GONÇALVES - 6 - Um golo que vale a pontuação máxima, pelo momento, o do empate e que fez abanar o gigante Arsenal, pela execução do outro mundo e que provocou um momentâneo silêncio no estádio com toda a gente de boca aberta, algo muito mágico aconteceu na noite de ontem naquele estádio, foi o clique decisivo para a equipa acreditar que seria uma noite inesquecível, a bola sobrevoou todo o meio campo e foi anichar-se dentro da baliza do gigante Aaron Ramsdale, que em desespero tentou evitar. Foi mais um "puzkazazo" a juntar ao do Nuno Santos. Com um golo assim já não importa o que fez no resto do jogo.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Foi o elemento menos esclarecido do meio campo, lento na execução, na decisão e a proteger a bola no pé permitiu várias vezes o adversário roubar-lhe a bola e partir para rápidos e perigosos contra ataques. A meio do prolongamento um bom lançamento largo encontrou-o solto de adversários perto da área dos gunners, não soube aproveitar, perdendo a bola de forma infantil, o treinador não gostou e substitui-o de seguida.
MARCUS EDWARDS - 4.5 - Tentar tentou sempre criar desequilíbrios na defesa do Arsenal, quando conseguia, procurou rematar com boa direcção para a baliza, mas a bola esbarrou sempre nas pernas adversárias. Teve a grande oportunidade e que podia ter resolvido a eliminatória mais cedo; isolado já no período perto dos 90', não conseguiu enganar o gigante guardião londrino que defendeu o seu remate com a cara, o que faria o 2-1.
PAULINHO - 5 - Um mouro de trabalho no centro dos experientes defesas do Arsenal, ganhou inúmeras bolas de costas para a baliza, aguentando bem os contactos físicos, foi fundamental no que foi o melhor período da equipa na segunda parte após o golo do empate, combinou com sucesso vários lances com o Pedro Gonçalves que provocaram autoestradas no meio campo e nas costas dos arsenalistas. Saiu exausto para dar entrada ao jovem Chermiti.
YOUSSEF CHERMITI - 3.5 - Teve uma entrada difícil e de grande sofrimento, andou a cheirar a bola durante muito do tempo, coincidindo com o melhor momento do Arsenal que passou a superar-se no prolongamento, subindo as linhas e com elementos frescos tentou evitar as grandes penalidades. Foi a hora de defender, sofrer e da solidariedade da equipa, o jovem e inexperiente avançado aprendeu a lição e cresceu com o que viveu nesse tão complicado espaço de tempo, em que viu a bola sempre a fugir-lhe.
DÁRIO ESSUGO - 3 - A inexperiência ainda em alguns lances que podiam ter deitado tudo a perder, especialmente num atraso sem nexo que isolou o Trossard na área do Sporting, valeu ser a noite de San Adán. Passou também por muito sofrimento no prolongamento até ao ansiado apito final da partida.
NUNO SANTOS - 6 - Entrou para trazer de novo a reacção que se estava a perder já com a fadiga do colega Matheus Reis. Conseguiu responder à entrada do perigoso Bukayo Saka anulando-lhe várias iniciativas. Executou com muita frieza o último penálti, marcando o golo histórico que eliminou o líder da Primier League em Londres debaixo de um dilúvio de água e provocando uma tremenda explosão de alegria em todos os sportinguistas por esse mundo fora.
ARTHUR GOMES - 3.5 - Entrada discreta no jogo, viu-se em duas iniciativas que com espaço tentou levar a bola para a frente mas perdeu o timing de passe e com ele a bola para o adversário. Esteve melhor ao marcar e bem a sua grande penalidade sem hesitações.
MATEO TANLONGO - 1 - Com o colega Uruguaio expulso pedia-se a sua entrada imediata para manter o equilíbrio do meio campo nos instantes finais do prolongamento. Segundos após da sua entrada, o árbitro apitou e todos poderam respirar.
RÚBEN AMORIM - 6 - Mais um belo cartão de visita dourado que deixou em Inglaterra, qualquer dia acaba mesmo por receber a chamada que o vai levar do Sporting. Preparou o jogo ao nível de um mestre, soube transmitir a confiança aos jogadores para acreditarem que era possível. Fez estremecer e assustar o gigante no seu próprio covil e acabou por o fazer tombar com estrondo, perante os olhos incrédulos dos seus adeptos e de todos os que assistiram via TV por esse mundo fora. Sabia que não podia competir com o banco do adversário na hora de substituir e pediu a todos muito sacrifício, teriam que jogar os 90' e mantendo sempre o nível elevado, a equipa respondeu e esteve aí um dos segredos do estrondoso triunfo.
MIKEL ARTETA - 5 - Não foi por falta de aviso, há uma semana passaram por Alvalade e sentiram já aí na carne as unhas do grande leão. Foram derrubados com justiça, o Sporting foi a melhor equipa nos 2 jogos e quando se deu conta do que estava a acontecer ficou baralhado, sem saber o que fazer, pensava resolver o jogo cedo mas viu o plano de jogo cair por terra, afinal este leão apresentou-se mais perigoso que imaginava. Tentou depois fazer a diferença no prolongamento com as estrelas que tinha no banco, mas era a noite gloriosa do Sporting.
MATEO LAHOZ (Árbitro espanhol) - 4.5 - Quis ser simpático para os da casa e deixou o jogo correr muito à inglesa. É um árbitro bem reconhecido por proteger os poderosos e talvez acreditasse que a lei do mais forte acabaria naturalmente por fazer a diferença. Os portugueses contrariaram essa ideia e viu-se depois no prolongamento a tomar decisões bem mais inclinadas para a equipa de Londres mas que acabaram por não ter influência no resultado.
MASSIMILIANO IRRATI (VAR italiano) - 5 - Sem casos que suscitassem grandes dúvidas em lances capitais, decidiu bem em não intervir.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Boavista da 24.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 3-0. Golo de Nuno Santos 17', Salvador Agra (autogolo) e Paulinho 90+3'.
O LEÃO NÃO FACILITOU E SEGUE FORTE NA PERSEGUIÇÃO
Sporting responde aos rivais com o quarto triunfo consecutivo. Uma entrada da equipa fortíssima com uma tremenda capacidade de reacção na perda da bola, asfixiaram por completo as panteras do Petit que nunca tiveram tempo para pensar, respirar e reagir à pressão. O primeiro golo, que tardou bastante a vir, face às oportunidades claras que foram criadas, apareceu com toda a naturalidade e com nota artística do Nuno Santos, execução para candidato a golo do ano e que já está a correr por esse mundo fora. Os leões surpreendentemente mantiveram sempre o pé a fundo no acelerador e também em toda a segunda parte, marcando com justiça mais 2 golos e desperdiçando outros tantos, tal foi o domínio da partida. A equipa do Boavista terminou o jogo sem um único remate enquadrado à baliza do jovem Franco Israel e o único positivo que levaram, foi terem escapado a uma goleada das antigas.
DESTAQUE - NUNO SANTOS - 5 - Esteve sempre ligado e... uhauuu! Que golazzo, um "puskazazo" de letra, que ficará para o álbum dos "recuerdos". Agora só falta melhorar ainda mais, para também poder marcar os golos mais simples e fáceis, teve mais duas boas oportunidades, mas sem o abecedário não as concretizou. Mais uma grande exibição do irreverente ala leonino.
FRANCO ISRAEL - 3.5 - Mostrou que tem vontade de triunfar, com estaleca para o que aí vem na sua carreira futura, o treinador no final deixou escapar algo nas suas palavras que aponta para um bom futuro para o jovem guardião uruguaio, há que continuar com os pés bem assentes na terra para lá chegar. Personalidade e muita concentração nas poucas vezes que teve que intervir. Deixou boas indicações.
RICARDO ESGAIO - 4.5 - Agora claramente liberto do fantasma do Pedro Porro aplica-se com mais ganas, imaginamos que também o faz durante a semana nos treinos, já não é o jogador acomodado que víamos antes, assume a responsabilidade dos lances e melhorou bastante no critério da decisão, foi consistente e quase que era premiado com um belo golo que a trave negou, voltou a poder marcar, mas foi lento a chegar facilitando a mancha do Bracali, quase no final assistiu na perfeição ao golo do Paulinho, que foi só encostar.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Está a surgir cada vez mais integrado no sistema de jogo da equipa. Voltou a distinguir-se no passe e no critério com a bola no pés, principalmente nas saídas. A defesa do Sporting CP finalmente parece ter encontrado as soluções, e para muitos anos, que lhe faltou nas últimas épocas.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3.5 - O jogo dos colegas do meio campo foi simplesmente extraordinário, o que lhe facilitou bastante a vida, só teve que estar atento para dobrar as bolas (poucas) que sobraram para limpar e matar as ténuas iniciativas do Boavista. Noite tranquila do capitão do Sporting.
MATHEUS REIS - 3.5 - Melhorou muito, tanto a sua forma física como a confiança, depois do excelente jogo com o Arsenal, ontem voltou a não facilitar, viu-se leve e ágil na reacção. Foi poupado no início da segunda parte, Londres vai ser duro.
MANUEL UGARTE - 5 - Encheu o campo, foi um monstro com tentáculos que amarraram por completo o meio campo das panteras, uma diferença abismal na equipa quando joga o jovem uruguaio, está a correr a passos largos para um patamar elevadíssimo como ontem voltou a demonstrar. Aquele golo do outro mundo do Nuno Santos, que nem Pelé nem Maradona, sacou-lhe o destaque.
HIDEMASA MORITA - 4 - Trabalhou herculeamente sem dar muito nas vistas, sendo o complemento perfeito do Manuel Ugarte no controlo do meio campo. Ambos estenderam uma teia que se tornou asfixiante para as tentativas de saídas do Bosvista.
MARCUS EDWARDS - 4 - Voltou a ser o criativo de serviço, a gazua que desorientou e desequilibrou muitas vezes as linhas da defesa da equipa do xadrez. Continua a evoluir fisicamente e na resistência, sendo mais consistente nas suas acções e durante mais tempo de jogo, saiu aos 73', o que é um bom indicativo.
PEDRO GONÇALVES - 3 - O mais discreto na equipa, ressentiu-se do jogo europeu e não conseguiu ser tão afoito nos duelos, nem tão rápido na chegada. Saiu também no início da segunda parte, para recuperar energias para Londres.
YOUSSEF CHERMITI - 4 - Provoca muita bulha em todos os lances que disputa e não entrega uma bola como perdida, podia ter feito um dos golos mais rápidos do ano, ainda não tinha passado um minuto, mas Bracali defendeu por instinto, com a bola a bater na barra. Foi o jogador mais perdulário da partida, teve mais duas chances privilegiadas para marcar, mas desperdiçou. A forma como desgastou os defesas adversários foi notável e por isso a nota alta.
FRANCISCO TRINCÃO - 3 - Entrou bem no jogo, decidido nos lances que atacou de frente com critério e domínio absoluto da bola. Num desses lances, penetrou a área do Boavista em condições para marcar, mas foi derrubado pelas costas para penálti, que a notória dupla diabólica (árbitro e VAR) não quiseram assinalar.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Em gestão de esforço entrou só na segunda parte (58') e logo com uma tremenda fífia, perdeu a bola em zona proibida (frontal à baliza) que podia ter dado o golo ao Boavista, mas valeu-lhe o Ugarte que resolveu in extremis. Após o susto recuperou a tranquilidade resolvendo todos os lances que lhe apareceram pela frente até final.
PAULINHO - 3 - Entrada (72') enérgica num jogo que já estava partido e com o adversário rendido, fez ainda o terceiro golo, após excelente leitura do lance, quando o Tanlongo lançou o Esgaio pela direita e cruzou com peso e medida para só encostar para o fundo das redes de Bracali. Já soma 4 golos em 4 jogos seguidos e 14 na época.
ARTHUR GOMES - 2 - Entrou a substituir o Marcus Edwards (73'), poucas iniciativas de relevo, salvo quando entrou na área com a equipa em superioridade numérica e fez uma péssima opção rematando para fora.
MATEO TANLONGO - 2.5 - Entrou quase ao cair do pano, mas a tempo de mostrar a sua grande marca, o passe (tamlongo) a larga distância, enviando a bola redondinha para o Esgaio desmarcado na direita e que resultou no golo que fechou o marcador e o jogo.
RÚBEN AMORIM - 5 - Voltou a brilhar na capacidade de saber mudar o chip europeu para os jogos da Liga, os jogadores perceberam a mensagem e não facilitaram num confronto importante que não correndo bem, podia deitar por terra a tentativa de recuperação aos rivais na tabela, quando na próxima jornada disputa-se um SC Braga vs FC Porto. Com o resultado numa vantagem de dois golos e com o adversário sempre encostado às cordas, geriu bem as substituições, dando mais algum descanso a jogadores nucleares para o jogo de Londres.
ARMANDO TEIXEIRA (PETIT) - 1 - Não esperava um leão tão faminto de panteras e que acabou por transformar em gatinhos. Foi surpreendido, pensava (não só ele), encontrar uma equipa a acusar o desgastante duelo com os ingleses, mas equivocou-se, foi esmagado por um grande Sporting e só conseguiu livrar-se de uma goleada das antigas. Levaram 3 e sem fazerem um único remate à baliza do Sporting em todo o jogo.
JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 1 - Desta vez o Sporting não se pôs a jeito e contrariou o que lhe tinham preparado para este jogo após Arsenal. A evidência no penálti claro aos 59', mostrou ao que vinha, Francisco Trincão é claramente carregado pelas costas, uma grande penalidade que o freguês do costume sonegou, é-lhe já viciante prejudicar o Sporting.
RUI COSTA (VAR) - ZERO - A dupla diabólica com vício anti-Sporting voltou a atacar, desta vez vieram os dois juntos embrulhados para o serviço/biscate. Até dando de barato que o Pinheiro só olhou para os pés e não viu o empurrão pelas costas, mesmo estando de frente e com visibilidade clara, o outro diabo, a actuar como VAR, tinha a obrigação de alertar o parceiro das asneiras para ir ver as imagens. Mas este Rui Costa é um nulo, "no sirve para nada".
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Arsenal, Liga Europa, Oitavos De Final 1ª.mão, que resultou num empate a 2. Golos de Gonçalo Inácio 34' e Paulinho 55'.
O SPORTING DEU ESPECTÁCULO E MERECIA MAIS...
O leão travou o líder isolado da Liga inglesa. Os Gunners enfrentaram em Lisboa um adversário inesperado, que os contrariou em muitos momentos do jogo e que criaram oportunidades suficientes para levarem um resultado bem mais positivo para o 2º jogo da decisão em Londres. A eficácia voltou a trair a equipa de Amorim, logo após a remontada, Paulinho podia ter chocado a Europa, teve nos pés e isolado a possibilidade de dar uma vantagem de dois golos ao Sporting, mas desperdiçou, atirando ao lado, de seguida o Arsenal fez o empate num lance fortuito de infelicidade para Morita e que provocou um duro golpe na ambição dos jogadores leoninos, o ritmo do jogo baixou a partir daí e até final, com o Arsenal a ter que vestir o fato macaco para poder gerir com sucesso o resultado do empate.
DESTAQUE - SEBASTIÁN COATES (Cap) - 5.5 - Voltou 'el comandante', foi simplesmente imperial, só lhe faltou mesmo marcar o golo para ter a nota máxima. Só ele sabe manejar e comandar daquela forma toda a defesa, que foi o sector que mais se destacou na equipa. Foi determinante para que todos à sua volta se exibissem em grande plano e nunca se inibiram contra um adversário que mostrou ser poderoso, que colocou quase sempre uma linha de ataque com 5 e 6 elementos. O capitão uruguaio não merecia o empate e muito menos o amarelo, que o retira do jogo de Londres, será o elemento que mais falta irá fazer na equipa.
ANTONIO ADÁN - 4 - Ontem também voltou o desaparecido Adán da primeira época, esteve fantástico, dando espectáculo com tremendas paradas, só não conseguiu evitar um cabezazo à queima na sua pequena área e um ressalto que o traiu. Felino e astuto na relva e muito seguro nos céus.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - Boa exibição do patinho feio, seguro na maioria das suas acções e competente no apoio da construção, nunca se amedrontou com os nomes que lhe apareceram pela frente, fazendo bem o seu trabalho para a equipa.
JEMEMIAH ST. JUSTE - 4 - Cada jogo ganha forma e confiança nas suas pernas, vários lances em que se destacou saindo por cima nos duelos, mostrou eficácia no passe sobre pressão. E possui a 6ª na sua caixa de velocidades e que mais ninguém tem, acelerou como uma seta e foi buscar o isolado Martinelli que já se preparava para ultrapassar o Adán e festejar um golo.
GONÇALO INÁCIO - 5 - Ter ao seu lado um jogador do calibre de Sebastián Coates é um privilégio que levará para o resto da sua vida. Evoluiu muito e ganha forma a sua chegada ao patamar dos centrais consagrados, lê muito bem o jogo, onde a bola cai e os passes saem-lhe cada vez mais certeiros. Apurou a sua meia distância nos remates e com a cereja bem merecida, um excelente cabezazo bem no meinho dos centrais do Arsenal que deu início à remontada e que fez explodir Alvalade.
MATHEUS REIS - 4 - Antecipava-se que teria pela frente tarefa complicadíssima mas surpreendentemente secou as vedetas da direita do ataque dos gunners, procurou jogar simples sem complicar e chegou com êxito na maioria das vezes na antecipação aos seus adversários, mostrou sempre grande disponibilidade para as dobras e não cometeu erros que comprometessem no passe.
HIDEMASA MORITA - 3 - Exibição muito sofrível e de sofrimento, aquela não é de todo a sua praia, jogar tão recuado e perante um adversário muito ágil e criativo. Teve muitas dificuldades com momentos de alguns colapsos que lhe provocaram inércia na leitura dos movimentos dos atacantes que lhe apareciam pela frente, andou algo perdido no que teria que fazer. E quando a sorte não ajuda tudo acontece, desviou a trajectória da bola traindo o Adán e que resultou no golo do empate forasteiro.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Exibição irregular, raramente conseguiu entrar no jogo ou saindo-se por cima nos lances de transição. Actuou também em zonas mais recuadas para o apoio ao colega japonês. Logo a abrir a partida (6'), podia ter feito o primeiro, fez tudo bem feito, tirando os adversários do caminho, menos o remate em curva que saiu ao lado. Mais tarde (55') rematou forte para defesa incompleta do Matt Turner que permitiu ao Paulinho recargar com sucesso; brilhou ainda quando numa transição rápida isolou o Paulinho no lance que podia ter resultado no terceiro golo, acompanhou a jogada e ficou em condições de marcar, mas o Paulinho...ficou cego e não viu ninguém, nem a baliza.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Exibição sofrível e muito irregular, pareceu sempre um motor que queria pegar e quando pegava ía abaixo, foi assim a maior parte do tempo até ser substituído. Algumas boas jogadas que partiram os rins aos defesas adversários, mas depois faltou melhor critério no seguimento dos lances.
MARCUS EDWARDS - 4 - Actuação uns furos acima dos colegas da frente, foi o criativo que mais dores de cabeça provocou à linha defensiva arsenalista. Marcou o canto para o cabezazo do Gonçalo, depois num lance em que ganhou espaço rematou para uma defesa apertadíssima do Matt Turner. Foi protagonista em outros lances que provocaram rotura nas linhas da defesa arsenalista, mas que faltou depois melhor acerto no último passe.
PAULINHO - 3 - Foi igual a si próprio, capaz do melhor e do pior, falhar um golo que seria muito importante naquele momento, isolado e na cara do guardião londrino atirou para as nuvens e tinha o Pote ao seu lado que seria só encostar para golo e estar no sítio certo para numa recarga fazer a reviravolta no resultado. Uma primeira parte falhada em que não entrou no jogo.
NUNO SANTOS - 2 - Era hora de refrescar as laterais, o ritmo de jogo já estava em queda livre de ambas as equipas e o resultado já parecia feito, com o Arsenal a refrescar também a sua defesa para tentar gerir o empate. O Nuno cumpriu nos 20' em que actuou numa acção mais cautelosa, sem as suas aventuras habituais pelo corredor.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Entrou bem, mas falta-lhe rodar mais para aprender o tipo de ritmo destes jogos, muito jovem e vindo de uma divisão secundária actua ainda com alguma lentidão nas suas acções. Mas mostrou competência em lances de algum apuro.
YOUSSEF CHERMITI - 2 - Missão ingrata para os 15' que jogou e que resultaram sem história, o Arsenal renovou a sua defesa e as forças já faltavam no meio campo do Sporting para as transições que levassem a bola para a frente. Viu-se mais em acções de ajuda a fechar os espaços ao adversário. Mostrou qualidade a sair da pressão em algumas disputas mais ríspidas e apertadas sem espaço.
ISSAHAKU FATAWU - 1 - Muito pouco tempo em jogo (5') para agarrar o seu ritmo, sem apoio restou-lhe ajudar para impedir as subidas dos laterais do Arsenal, o resultado da partida já estava feito.
RÚBEN AMORIM - 5.5 - Voltou a surpreender pela positiva, preparando bem o jogo com uma estratégia bastante arrojada, de olhos nos olhos com o líder da Premier League. Um adversário que se mostrou muito poderoso, com um processo de jogo que empurra os adversários para trás, metendo depois uma linha alargada de seis elementos no ataque. A equipa esteve por cima do Arsenal em muitos momentos da partida e quase que consegue uma vantagem de dois golos e que só não aconteceu por meros detalhes. Fazer muito com pouco não é para todos e esse voltou a ser o seu grande mérito.
MIKEL ARTETA - 4 - Entraram no jogo descontraídos e até com alguma arrogância, mas saíram do relvado de fininho, prestando justa homenagem ao Sporting. Após terem conseguido o empate, fez entrar dois defesas e um médio defensivo, temeu perder o jogo e já percebeu que em Londres pode não ser tão fácil como imaginaria. Mas tem o mérito de ter uma equipa que joga como equipa, com um processo que dificulta qualquer adversário.
TOBIAS STIELER (Árbitro) (Alemão) - 2 - O árbitro alemão sabe-a toda, a profissão ensinou-lhe sempre a proteger os mais poderosos, os portugas não fazem mal a ninguém, é simples arbitrar jogos com equipas portuguesas contra formações das maiores ligas da Europa. Podia e devia ter marcado falta no lance do Pote que resultou no golo do empate dos ingleses, viu, mas não lhe apeteceu, se tivesse sido ao contrário marcaria, como ficou demonstrado em faltas bem menores.
BASTIAN DANKERK (VAR) (Alemão) - 2 - Uma parceria germânica muito solidária, principalmente o que esteve a dormir todo o tempo no VAR. Lances faltosos dos ingleses é para seguir, inimaginável contrariar o colega mais velho que apitou no relvado. "No pasa nada".
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Portimonense, da 23ª. jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 1-0. Golo de Paulinho 77''.
VITÓRIA A FERROS NO ALGARVE
O domínio e o desperdício são já as principais características do Sporting na sua versão 2022/23. O futebol não tem justiça, ontem a equipa voltou a jogar muito bem, a dominar completamente a maior parte do tempo, criando inúmeras oportunidades claras para marcar, que, inexplicavelmente, eram desperdiçadas, ora porque a bola batia nos ferros ou até na cara do guarda-redes, ora porque desviava por puro azar, outras ainda por simples aselhice na pontaria (penálti) e que foram transformando um jogo que parecia ir resolver-se com alguma facilidade, numa quase extrema dificuldade e complicação, com o tempo a escoar-se e o empate a persistir. O veneno algarvio parecia ir acabar por ter o seu efeito desejado, mas o Rúben Amorim tinha afinal a solução no banco, o antídoto que Paulinho levou para o jogo e que resultou num lance de execução artística só ao alcance dos craques, oferecendo aos leões a justíssima vitória.
DESTAQUE - PAULINHO - 4 - Os adeptos pedem-lhe para resolver e resolveu, entrou num momento em que o jogo estava já muito complicado, foram quinze minutos de muito bom nível, trazendo o antídoto letal do banco que aniquilou os algarvios. Fez o que mais ninguém tinha conseguido fazer em 75 minutos, o golo e numa grande finalização dando seguimento a um excelente lançamento do Pote, que terminou com o sofrimento de todos.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - Exibição característica da época menos conseguida, esteve no medíocre de lances que provocaram intranquilidade, mas também em outros excepcionais que salvou a equipa de sofrer danos que resultariam de todo injustos, com realce para a dupla parada nos instantes finais da partida e que podia ter dado o golo do empate.
RICARDO ESGAIO - 3 - Jogo equilibrado no global da sua actuação, cumprindo a missão. O problema fulcral é quando a equipa necessita de algo mais que não está ao seu alcance dar. Teve oportunidade de ouro para marcar com o guarda redes a defender com a cara por instinto.
OUSMANE DIOMANDE - 3.5 - Com cada jogo que faz vai mostrando algo mais, agora já melhor entrosado sai a jogar com muito bom critério, sendo um acréscimo notável na ajuda da construção. É rápido na reacção e sabe usar o corpo nas disputas, sendo difícil de ultrapassar pelos adversários. Mostra competência.
SEBASTIÁN COATES (Cap) - 3 - Algum apuro a resolver erros dos colegas, curioso o momento em que se justificava com o árbitro pela falta em que foi amarelado e ao mesmo tempo dava uma dura no Gonçalo Inácio pelo erro que cometeu. Necessita de cuidados de gestão de esforço e por isso foi substituído quase no final.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Um erro inadmissível ainda na primeira parte que podia ter dado tudo a perder, valeu-lhe o seu capitão que salvou a situação mas não o cartão amarelo que o condicionou. Melhorou na segunda parte mas voltou a ficar algo intranquilo após o golo do Paulinho, o Portimonense já sem mais nada a perder, provocou muito jogo directo nos instantes finais da partida provocando alguma instabilidade.
NUNO SANTOS - 3.5 - Muito activo no seu corredor, levou quase sempre a melhor frente ao seu opositor directo (Pedrão) e executou vários cruzamentos, mas pouco eficazes.
MANUEL UGARTE - 3 - Jogo difícil, pelo excessivo e muito agressivo contacto físico dos algarvios na disputa dos lances, ficou cedo inferiorizado pelas mazelas dessas entradas, às quais o árbitro fez vista grossa sem amarelar como devia os prevaricadores.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Depois de um início de jogo confuso e de menor acerto foi crescendo progressivamente na partida. Muito melhor na segunda parte quando matou à raiz várias tentativas de saída do Portimonense. Podia ter também facturado, mas a bola foi salva em cima da linha de golo por um defesa adversário.
PEDRO GONÇALVES - 3.5 - Noite que não vai esquecer pelos piores motivos, voltou a ser o atirador de serviço mas desta vez nunca conseguiu acertar no golo, teve 5 oportunidades flagrantes de marcar, um penálti muito mal executado, uma bola que acertou nos ferros, duas outras que permitiu a defesa da noite e uma defesa por instinto do Nakamura e ainda uma outra que saiu ligeiramente ao lado. Redimiu-se no acerto do pique na bola bem medido, que permitiu ao Paulinho finalizar. Certo que falhou bastante, mas esteve nos principais lances e podia ter saído do Algarve de saco cheio.
MARCUS EDWARDS - 3 - Desaparecido em combate. Fugazes surgimentos na partida a que executou alguns dribles que desequilibraram o adversário, isolando num desses lances o Pote e depois voltou a desaparecer. Reapareceu posteriormente num lance que podia ter dado auto golo com a bola a bater na barra e ainda um outro que falhou escandalosamente atirando ao lado.
YOUSSEF CHERMITI - 3 - Lutou muito e foi importante em segurar a bola muitas vezes lá na frente para que o apoio chegasse, vai ter que melhorar na definição do ultimo passe, perderam-se alguns contra ataques por fazer más opções no passe decisivo e dentro da área adversária foi sempre anulado pelos centrais algarvios.
MATHEUS REIS - 3 - Entrou a mexer esclarcidamente no jogo, trouxe novas pilhas à equipa (que até já estava a necessitar) para o derradeiro ataque ao castelo algarvio e a tempo da conquista dos três preciosos pontos.
FRANCISCO TRINCÃO - 2 - Ninguém deu por ele, salvo quando apareceu uma vez na área a tentar driblar todo o mundo, quiçá ainda contagiado pelo grande golo que marcou em Alvalade na jornada anterior.
JEREMIAH ST. JUSTE - 2 - Foi lançado nos derradeiros instantes do jogo, quando o Portimonense fez avançar todas as suas tropas no ataque desesperado para a tentativa de evitar a derrota. Deu uma ajuda nessa fase mais intranquila da equipa.
RÚBEN AMORIM - 4 - Saiu ileso do Algarve, com a muito desejada vitória e sem sofrer golos (terceiro jogo seguido) no sempre complicado campo do Portimonense. Mas o jogo veio a complicar-se, depois de tanto desperdício que desanimava a equipa e dava alento ao adversário que se julgou numa noite invencível. Fez entrar Paulinho que contrariou essa ideia, dando plena justiça ao resultado e fazendo respirar de alívio os adeptos. Leu bem a hora de substituir e desta vez o banco não desiludiu, resolveu. Registou a sua 100.ª vitória ao leme do Sporting.
PAULO SÉRGIO - 2 - Montou um inédito autocarro venenoso (estratégias exclusivas para o Sporting) com nove jogadores com características defensivas, na verdade não resultou, tantas foram as vezes que os leões conseguiram rompê-lo, criando oportunidades atrás de oportunidades claras de fazer golo. Só o desperdício adiou o inevitável, Paulinho entrou e furou-lhe os pneus e a rede da baliza do seu guarda-redes que deveria chamar-se antes "NAKAMURO".
GUSTAVO CORREIA ( Árbitro) - 3 - Gestão do jogo sempre no limite do seu controle, vários erros no julgamento das faltas e dos cartões amarelos com prejuízo claro para o Sporting. Ugarte foi bastante massacrado em lances para amarelo e nem falta marcou. Caiu com facilidade nas simulações dos jogadores algarvios, marcando faltas inexistentes e ainda castigando os jogadores do Sporting com despropositados amarelos.
ANDRÉ NARCISO (VAR) - 4 - Esteve muito bem em alertar o árbitro no lance da falta grosseira sobre o Nuno Santos (aos 39'), que ocorreu dentro da área e resultou na grande penalidade falhada por Pote.
A PÉROLA DE ALVALADE
DESTAQUE - ISSAHAKU FATAWU - 6 - Jogas muito miúdo... coitados dos defesas que calha marcar-te, vão ter muitos pesadelos e depressões. Falta trabalhares um pouco mais a definição (decisão) e sobes às estrelas. Marcou no jogo uma enorme diferença para todos os outros da equipa e adversários, é de outro patamar já muito elevado. Com ele a equipa pode sonhar com legitimidade de chegar à final e ganhar. Os holandeses tiveram vontade de protestar: 'Assim não vale! Fica muito desequilibrado'.
É naquela posição que faz a diferença, o seu primeiro hat trick que vai correr mundo.
É justo referir que a completar o marcador (5-1) da grande exibição dos sub-19, tivemos duas outras promessas da formação leonina: Rodrigo Ribeiro e Mateus Fernandes.
Esta vitória garantiu a passagem dos leões aos quartos de final da Youth League.
Frederico Varandas, Rúben Amorim e o restante staff técnico da equipa principal, Roberto Martínez, seleccionador nacional de Portugal, acompanhado por José Couceiro, director-técnico da Federação Portuguesa de Futebol, e Aurélio Pereira foram alguns dos presentes no Estádio Aurélio Pereira.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Estoril, da 22ª. jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 2-0. Golos de Héctor Bellerín 40' e Francisco Trincão 51'.
O LEÃO COMEU O CANÁRIO
Jogo de um só sentido contra uma muralha de canários que tudo tentou para retardar o primeiro golo. Os ex-Barcelona resolveram, Bellerín estreou-se a marcar, desamarrando já perto do intervalo o nó que os estorilenses trouxeram bem atado para Alvalade e Francisco Trincão fechou o resultado na segunda parte, com um golo de antologia, que fez levantar o estádio e os adeptos do sofá que viam pela TV. Com o Estoril sempre encostado às cordas, o leão perdeu uma oportunidade de banquetear-se, tantas foram as oportunidades esbanjadas até final.
DESTAQUE - FRANCISCO TRINCÃO - 4.5 - Um golo que irá para o seu álbum especial que ilustram os melhores momentos da sua carreira, para recordar toda a vida. Um momento à Messi dos seus vinte anitos, quando driblava meia equipa adversária e a bola terminava no fundo da baliza. É este Francisco Trincão que conhecemos no passado e que gostaríamos muito que regresse. Mas não foi apenas o grande golo que marcou e matou o Estoril, movimentou-se com critério na maioria dos lances em que participou e sempre disponível para dar aos colegas linhas de passe.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - Uma defesa complicada saindo destemido aos pés do avançado canarinho e quase no final viu uma bola bater no poste, de resto foi espectador.
HÈCTOR BELLERÍN - 4 - Marcou o sempre difícil primeiro golo do jogo e que abriu o nó bem atado de uma defesa grudada ao autocarro que os canarinhos trouxeram da Costa do Sol do Estoril. Começa a ganhar confiança para penetrar pelo interior enquanto Edwards assume a ala, confundindo a defesa adversária.
JEREMIAH ST. JUSTE - 4 - Está de facto mais confiante, entregou-se de corpo e alma e com muita eficácia dando boa sequência a Bellerín e Edwards no trabalho de construção. Defensivamente raramente foi testado pelas escassas iniciativas do Estoril.
SEBASTIÁN COATES - 3 - Exibição bem tranquila contra um adversário que andou quase sempre distante das suas zonas no eixo defensivo. Nota-se-lhe alguma fadiga na reacção, necessita de repouso.
MATHEUS REIS - 2.5 - Foi o elo mais fraco da defesa e da equipa, fora de forma, inventou em zonas proibidas que podiam ter dado dissabores.
NUNO SANTOS - 3 - Tentou sempre dar mais ritmo ao jogo, mas os cruzamentos foram algo ineficazes, como também as vezes que tentou em boa posição rematar à baliza.
HIDEMASA MORITA - 4 - Boa exibição, foi um mouro de trabalho, sem conta as bolas recuperadas ao adversário no meio campo, tremendo na pressão quase asfixiante, que bloqueou os estorilistas de saírem pelo centro do terreno obrigando-os a lateralizar os passes. Com processo de passe simples a sua acção foi decisiva em libertar os colegas nos espaços e a manter os estorilistas sempre muito recuados e receosos.
PEDRO GONÇALVES - 3 - Foi jogo não, voltou a andar por terrenos mais recuados por opção do treinador e as suas tarefas não lhe permitiram protagonismo, raramente ousou aventurar-se para zonas perto da área adversária, o seu plano de jogo não era o que lhe estava destinado.
MARCUS EDWARDS - 3.5 - Uma primeira parte que prometeu bastante, criou vários desequilíbrios na última linha da defesa do Estoril mas sem causar-lhe sérios danos, o físico voltou a traí-lo na luta corpo a corpo e faltou mais velocidade de execução para lhes quebrar os rins. Merecia ser feliz num remate em arco de soberba execução e que quase tirou tinta ao poste. Desta vez ficou até ao final, necessita de ganhar resistência mantendo a intensidade.
PAULINHO - 2.5 - Exibição sofrível, não sendo um finalizador sente mais dificuldades contra um adversário que entrega o meio campo e se aglomera na sua defesa numa linha larga e com muita gente para as dobras. Ficou sem espaços e não teve capacidade de os criar em zonas de finalização. Apresentou também ineficácia nos cruzamentos.
YOUSSEF CHERMITI - 3 - Entrou a substituir o Paulinho (67') e mexeu com o jogo, muito forte na reacção provocou problemas mais sérios à defesa do Estoril, ficou a ideia que podia ter entrado mais cedo.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Está num período de grande forma e em claro crescimento para atingir patamares ainda mais elevados, muito forte e veloz na antecipação exibiu-se com tremenda personalidade. O seleccionador estava lá...para o ver.
RICARDO ESGAIO - 2 - A sua entrada no jogo proporcionou um dos poucos momentos mais acalorados da noite, a empatia inesperada dos adeptos no seu apoio e que o brindou de forma muito positiva. Cumpriu com a sua missão já muito simplificada, o adversário já estava KO.
ARTHUR GOMES - 2 - Entrou para refrescar a equipa com a missão de a ajudar a não deixar cair excessivamente a intensidade, apesar do jogo já estar praticamente decidido.
MATEO TANLONGO - 2 - O treinador deixou claro, que afinal o jovem argentino ainda não está listo para assumir a responsabilidade da titularidade naquela posição. Mais uns curtos minutos em jogo para dar continuidade ao plano de adaptação.
RÚBEN AMORIM - 4 - Missão dos três pontos cumprida, em jornada muito importante, a equipa somou e recuperou alguns pontos na classificação, o objectivo ficou a ser ainda mais possível de alcançar. Preparou mentalmente bem os jogadores para este jogo, depois da jornada europeia com viagens e muita pressão à volta. São três vitórias seguidas que vão dar muito mais alento e confiança para os jogos muito importantes que vêm a seguir, a caminhada continua.
PEDRO GUERREIRO - 2 - Semana difícil para a sua equipa, despedido o treinador e em situação muito complicada na tabela, Alvalade e o Sporting não seriam com certeza o lugar certo para alcançarem alguma estabilidade,. A lei do mais forte prevaleceu e foi mais que evidente nos noventa minutos. Só o autocarro e o esbanjar do leão evitou que a derrota fosse bem mais pesada.
MANUEL MOTA (Árbitro) - 4 - Ultimamente tem andado a surpreender pela positiva, tem evitado em meter-se em alhadas vestindo mais a camisola de árbitro. Numa partida fácil de dirigir não inventou e saiu com nota alta.
HUGO MIGUEL ( VAR) - 4 - Sem casos para grandes análises, não se meteu nas decisões do colega do relvado.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Midtjylland, Liga Europa, Play off, 2ª.mão, que resultou numa vitória por 4-0. Golos de Sebastián Coates 21', Pedro Gonçalves 50', 77' e Stefan Gartenmann 85' (auto golo).
SPORTING MOSTROU OS GALÕES NA DINAMARCA E GOLEOU
O leão segue em frente depois de meter os dinamarqueses "en su sítio" com uma exibição competente, provida de responsabilidade que marcou a enorme diferença entre as duas equipas. Pedro Gonçalves deu continuidade à sua produtividade em Chaves, estando nos quatro golos da goleada aos campeões de Herning que ficaram cedo condicionados com uma expulsão aos 38 minutos. Sebastián Coates voltou a marcar na hora certa, cortando o ímpeto inicial do Midtjylland que tentou ameaçar a baliza leonina nos minutos iniciais. A partir daí, os leões assumiram o controle total da partida, com os golos a aparecerem naturalmente, dando expressão a uma goleada muito inesperada, depois da sensação do empate no jogo da primeira mão em Lisboa.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 5 - Ali naquelas zonas do terreno é rei, voltou a fazer a diferença, esteve envolvido nos quatro golos; marcou o canto para o primeiro, fez o segundo e o terceiro e ainda pressionou a provocar o erro que resultou no anedótico atraso do defesa dinamarquês para a sua baliza deserta, fechando o marcador. Está de volta à grande forma e com a confiança em alta.
ANTONIO ADÁN - 4 - Foi importante a sua acção nos vinte minutos iniciais, coincidentes com o melhor período do Midtjylland, que acossou a sua baliza várias vezes. Muito bem posicionado e concentrado esteve sempre no caminho da bola, transmitindo confiança à equipa, principalmente ao sector defensivo, que teve uma entrada no jogo algo nervosa.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - Exibição com maturidade que cresceu após a equipa ficar na frente do marcador. Ganhou confiança e controle no bloqueio das tentativas do adversário pela sua lateral. Tacticamente esteve a bom nível nas saídas, dando largura para o melhor apoio na construção, oferecendo bom critério na maioria dos lances.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3.5 - Continua a subir de forma, procura ganhar a confiança total nos duelos e no momento de meter o pé. Mostrou boa leitura dos timings de chegar e dos espaços. Teve também um início de jogo inconsequente perante as linhas muito avançadas do adversário que tentou intimidar. Importante a sua acção no canto do Pote em que a bola acabou por sobrar para o Coates fazer o importante primeiro golo do jogo.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 4 - Voltou a facturar e de novo na hora certa. O adversário pressionava com as suas linhas muito avançadas e o golo (21') trouxe a tranquilidade e a confiança que a equipa necessitava. O início foi de cortar à faca, cometendo alguns erros de posicionamento, no passe e com cortes defeituosos que não lhe são habituais. Depois do golo cresceu muito no jogo e acabou à Coates..
GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Exibição no global bastante determinada, mas também não escapou à tremideira dos primeiros minutos quando o adversário lhe apareceu por todos os lados, viveu momentos de apuro que só tiveram fim com o golo do seu capitão. Cresceu com a equipa e não deu mais hipóteses a partir daí até ao apito final.
ARTHUR GOMES - 4 - Foi a grande surpresa da noite pela sua exibição muito conseguida. Teve momentos deveras brilhantes com bola, que provocaram muitos desequilíbrios nas linhas adversárias; forte na finta curta e nos pequenos espaços; teve acção determinante na hora de empurrar o Midtjylland para longe da baliza de Adán. Foi surpreendentemente competente a fechar a sua ala esquerda, mostrando que evoluiu nessa tarefa.
MANUEL UGARTE - 4 - Não foi uma exibição de encher o olho, sentiu muitas dificuldades em parar o adversário naquele início louco em que lhe apareciam por todos os lados dificultando-lhe a marcação. Teve que vestir o fato macaco e atirar-se à luta para os duelos rasgadinhos. Com a equipa a ganhar, teve finalmente tempo e espaço para ler melhor o jogo e assumir o controle do meio campo. A luta deixou-lhe marcas, um amarelo que o fez sair mais cedo por precaução e que o impedirá de alinhar no próximo jogo.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Exibição muito esforçada e bem longe do que pode fazer. Teve muita dificuldade em acompanhar a velocidade dos dinamarqueses e poucas vezes deu sequência aos lances com bola na ligação aos colegas à sua frente. Foi o primeiro a ser substituído, quiçá por gestão de esforço, tendo em conta que vem de uma lesão.
MARCUS EDWARDS - 3 - Foi o elemento mais fraco, as suas movimentações foram quase sempre insuficientes para provocar desequilíbrios no adversário, tentou sem sucesso as suas habituais diagonais, o adversário provocou sempre o contacto físico sabendo dessa sua fragilidade. Teve uma perdida escandalosa que daria à equipa a vantagem de 2 golos ainda na primeira parte, correu isolado todo o meio campo adversário e depois achou que o guarda redes gigante dinamarquês não era suficientemente alto para lhe poder fazer uma chapelada, o Jonas Lossl agradeceu. Saiu a meio da segunda parte.
PAULINHO - 3 - Voltou a ter uma missão bastante difícil no meio dos gigantes centrais dinamarqueses, mas enfrentou a luta com enorme espírito guerreiro mostrando muita disponibilidade física nos duelos. Foi importante a sua acção de não deixar os centrais adversários subirem no terreno e depois no controle da equipa no jogo, nas triangulações com o Pedro Gonçalves, que aniquilaram de vez com as esperanças do Midtjylland.
HECTÓR BELLERÍN - 3 - Esperava-se a sua titularidade; entrou no início da segunda parte por estratégia pré-definida, ajudando a equipa a dar maturidade ao seu jogo que passou dessa forma a controlar por completo.
MATEUS FERNANDES - 3 - Também foi surpresa o seu ressurgimento na equipa e a substituir o colega japonês (53'). Trouxe energia e capacidade de reacção a um meio campo que já dominava o adversário e que se esvaziava a cada minuto que passava.
FRANCISCO TRINCÃO - 2.5 - Entrou a substituir o Marcus Edwards. Teve uma exibição ao nível do inglês, sem grande brilho e sem grandes rasgos individuais. Ajudou a equipa a conseguir mais dois golos, já contra um adversário rendido e abatido.
NUNO SANTOS - 2.5 - Entrou no melhor período da equipa em que dominava a seu bel prazer em todo o terreno de jogo o adversário. Assistiu o Pote no 'bis' deste da partida.
MATEO TANLONGO - 2 - A substituição habitual para o lugar de Manuel Ugarte já com um amarelo. Cumpriu nos 15' que jogou, dando a mesma intensidade do colega nos lances divididos no meio campo.
RÚBEN AMORIM - 5 - Tanto se falou deste jogo na Dinamarca e da saída a Chaves, calou a todos, duas vitórias brilhantes com 7 golos marcados e só 2 sofridos. A equipa continua na Liga Europa e na perseguição ao 3º lugar da Liga. Preparou muito bem o jogo desta 2ª mão, surpreendeu com a equipa titular nas laterais, mas o resultado final deu-lhe razão nas escolhas. É sempre importante não deixar o adversário marcar primeiro e a verdade é que os dinamarqueses nunca tiverem ocasiões flagrantes para o fazer, mesmo durante aquele seu inicio frenético. A expulsão do brasileiro Paulinho facilitou-lhe muito a tarefa, mas a equipa já estava na frente do marcador e com o controle total do jogo.
ALBERT CAPELLAS - 1 - Acordou na realidade, percebeu a enorme diferença em quase tudo das duas formações, a verdade é que nunca teve hipóteses no jogo e na eliminatória, tentou que a sua equipa fosse atrevida logo no arranque, arriscando a subida das linhas, mas faltou qualidade para ferir realmente o Sporting. Depois a expulsão do seu jogador acabou com o resto, se já via a equipa a esvaziar-se aos poucos, ali o balão rebentou.
IVAN KRUZLIAK (ÁRBITRO - eslovaco) - 3.5 - Arbitragem gerida de forma algo estranha e confusa, ora deixava jogar à inglesa, ora apitava à portuguesa com faltinhas sem nexo. Faltou melhor coerência na sua ideia de gestão.
BARTOSZ FRANKOWSKI (VAR - polaco) - 4 - Alguns lances que precipitaram dúvidas, especialmente na área do Midtjylland, com realce para uma eventual agressão ao St. Juste, mas as imagens não esclareceram e esse lance acabou por resultar em golo.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Desportivo de Chaves, da 21ª. jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória por 3-1. Golos de Pedro Gonçalves 8', 61' e Nuno Santos 70'.
VITÓRIA MUITO IMPORTANTE EM CHAVES, NUMA NOITE DE DESPERDÍCIOS
Marcar cedo é sinal de vitória para o leão, uma exibição muito conseguida num campo tradicionalmente dos mais difíceis de passar, a prova disso é que viram a trave negar-lhes a vantagem de 2 golos e pouco depois o Chaves empatar a partida. Tiveram que saber sofrer e reagir, para ficarem de novo na frente, a bola teimava em não entrar ou por detalhes ou porque o guardião adversário engatou para uma grande exibição, mas era a noite de Pote, que marcou um golazo à Pote e ainda ficou a dever a si próprio não se ter isolado na lista dos marcadores da Liga, oferecendo um penálti ao jovem Chermiti que acabou por falhar. De assinalar a estreia como titular do jovem gigante (1,90) Diomande, no trio de centrais.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 5 - Voltou a viver uma das suas tradicionais noites em que já sentia saudades, podia e devia ter feito o hat-trick, não era o momento para oferecer penáltis a ninguém. Esteve sempre num nível elevado no regresso à sua posição preferida, onde rende muito mais para a equipa. Fez um grande golo na altura certa, dando confiança ao grupo no rumo à vitória que acabou justamente por acontecer.
ANTONIO ADÁN - 3.5 - Gerou alguma expectativa de como iria reagir depois do lance trágico do jogo da Europa, no geral esteve bem, negou o golo aos transmontanos com uma mancha perfeita ao isolado Juninho. Ficou a ideia que podia ter feito melhor no remate fora da área do João Teixeira, que resultou no golo do empate flaviense, a bola também caprichou no relvado provocando um efeito raro, entrando depois junto ao poste mais distante.
HÉCTOR BELLERÍN - 3.5 - Exibição que deixou os adeptos leoninos tranquilos, o Pedro Porro foi bem substituído. Bellerín não é tão fogoso como o seu jovem "hermanito", mas em contrapartida tem mais escola na leitura do jogo e aparece sempre onde tem que estar. Bom de bola no pé, sabe desenvencilhar-se nos apertos e soltar-se bem nos duelos pela imprevisibilidade das suas acções.
OUSMANE DIOMANDE - 3 - Foi a sua estreia, tentou jogar com personalidade e menor risco, fez alguns passes com menor acerto no início, mas foi crescendo no jogo com a confiança. Deu ideia clara de vir a ser muito forte no jogo aéreo e também na saída com a bola colada no pé. Falta-lhe o normal entrosamento com o colega lateral à sua direita.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 3 - Noite difícil para o capitão, enfrentou um "10" (João Teixeira) com tremenda eficácia na colocação da bola quase ao milímetro nas suas costas e daí perdeu alguns duelos no mano a mano. Deixou ainda fugir o Juninho, que apareceu isolado na área e que podia ter feito o golo mas bem defendido pelo Adán.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Voltou a ser o melhor de uma defesa que revelou ontem alguma tremideira, a não resolver várias bolas lançadas nas suas costas. Esteve em evidência em vários cortes determinantes e brilhou no passe para o Pote que mudou o jogo.
NUNO SANTOS - 4 - Voltou às noites do "bandido sem lei" mandando em todo o seu corredor o que "picou" a plateia flaviense do seu lado, mas é disso que o Nuno gosta, é a sua praia. Soltou-se muitas vezes na frente finalizando os lances com critério, falhou um golo feito na cara do Rodrigo Moura, deu de bandeja um golo ao Paulinho, anulado por fora de jogo, marcou um bom golo com remate violento na passada e ainda fez várias piscinas olímpicas a cortar lances perigosos ao adversário.
MANUEL UGARTE - 3.5 - Exibição de sacrifício, faltou-lhe alguma da energia a que estamos acostumados a ver-lhe em todos os jogos, não conseguiu bloquear por várias vezes as iniciativas do João Teixeira que lhe provocou desgaste, sentiu-se mais isolado na sua tarefa, o Pote jogou mais adiantado e só ficou mais aliviado quando teve a companhia do Morita.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Talvez a melhor exibição que realizou na época. Vimos um Trincão diferente, mais eficaz e com outro tino nos lances. O Trincão da noite de ontem tem lugar nesta equipa leonina. Ganhou a maioria dos duelos, conseguindo espaços livres que confundiram a defesa flaviense, deu de bandeja dourada para, "o toma-lá e faz-te famoso" ao Paulinho (25'), que quase rompeu a barra da baliza do Chaves, seria o 2-0.
MARCUS EDWARDS - 3 - Passou ao lado do jogo, algumas ameaças de lances que pareciam poder resultar, mas foi-se esvaziando com o tempo até ser substituído (71'). O melhor momento, quando numa diagonal descobriu o Nuno Santos solto à esquerda e com um soberbo passe isolou-o, ficando na cara do guardião do Chaves.
PAULINHO - 4 - Noite ingrata por uma exibição enfeitiçada, depois de ser protagonista do lance do penálti (7') que resultou no primeiro, apareceu depois na boca do golo e quase que rebenta com a trave da baliza do Chaves, viu depois 2 golos serem-lhe anulados por fora de jogo após os festejar (terá que rever e trabalhar melhor os seus movimentos na linha do fora de jogo), mas redimiu-se com um excelente passe para o solto Nuno Santos que disparou para o xeque mate da partida.
HIDEMASA MORITA - 3 - Reapareceu depois de dois jogos ausente por lesão, jogou com precaução a ritmo moderado mas trouxe maior equilíbrio ao meio campo, dando uma ajuda preciosa ao muito desamparado Manuel Ugarte.
ARTHUR GOMES - 2 - Entrou a substituir o inglês mas pouco acrescentou, foi pouco produtivo com vários lances a serem anulados na construção por deficiente leitura do que tinha que fazer.
JEREMIAH ST. JUSTE - 2 - Também entrou a meio da segunda parte, era hora de gerir o resultado da vantagem de 2 golos, cumpriu fechando o seu lado, todavia o cruzamento do segundo golo do Chaves saiu da sua zona.
YOUSSEF CHERMITI - 1 - Entrada muito em falso na partida, esbanjou uma soberba oportunidade para marcar, isolado não conseguiu enganar o guardião adversário, depois, no penálti que o Pote lhe ofereceu, deixou-se dominar pela ansiedade e parecia necessitar de fraldas naquele momento, atirou denunciado.
MATEO TANLONGO - 1 - Pouco tempo em jogo (10') para "calientar su ritmo", pouco ou nada se viu.
RÚBEN AMORIM - 5 - Depois da guerra em tempos de "cólera", com a equipa a passar um mau momento, com alguma descrença e incapacidade para dar a volta, ressurgiu em Chaves com inesperada energia e crença dando uma boa resposta à situação, fizeram um bom jogo num campo historicamente difícil e asseguraram com uma vitória bem justa a vitamina ideal para o jogo europeu de quinta feira.
VÍTOR CAMPELOS - 4 - Montou uma "belíssima squadra" bem orientada, que trabalha muito bem os momentos que o jogo pede, fazendo da vitória do Sporting ainda mais valorizada pelas dificuldades que com mérito lhe criou. Verdade que houve lances em que a sorte lhe sorriu, mas também faz parte do jogo.
ANTÓNIO NOBRE (Árbitro) - 3 - Dirigiu a partida com altos e baixos, nem sempre decidiu bem nos lances faltosos, a exemplo de um tremendo pisão ao Paulinho que lhe deixou marcas bem visíveis. Nos penáltis apitou prontamente, ficando a cargo do VAR a análise dos lances, que os confirmou. Ficaram também dúvidas num lance na área do Sporting que envolveu o Coates, mas o VAR voltou dar-lhe sinal que estava tudo bem.
FÁBIO MELO (VAR) - 3 - Vários lances nas áreas que teve forçosamente que analisar, ficaram dúvidas no primeiro penálti sobre o Paulinho e num braço na bola ou vice versa do Coates na área do Sporting, as imagens apresentadas não foram claras.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.