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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Começo a escrever com a intenção de não me alargar muito em comentário. Sinto que há algumas considerações a adiantar sobre o jogo, mas não mais do que isso. Esclareço, desde já, no entanto, que qualquer crítica da minha parte não visa de modo algum desvalorizar o feito da nossa equipa. Como sempre, comento não em função do resultado, mas sim da exibição e da globalidade de circunstâncias inerentes à partida.
Primeiro e sobretudo, muito satisfeito com a conquista desta prova pelo Sporting. Já a merecíamos há muito, e como diz o povo, "mais vale tarde do que nunca". Até deu para me enervar (um pouco), ocorrência excepcional para mim hoje em dia.
Reconheço, há muito, que finais são para ganhar, mas não posso deixar de expressar a minha decepção pela incapacidade do Sporting em derrotar este vulgar Vitória de Setúbal nos 90 minutos. Demos 45 minutos de avanço ao adversário e até com um golo para coroar uma exibição muito longe do que se desejava e esperava. Além de já ter acontecido em diversos jogos esta época, sinto que nesta final se fica a dever, fundamentalmente, ao facto de termos jogado com oito jogadores e meio no primeiro período. Passo a explicar:
- Nem sei bem o que dizer de Bryan Ruiz, depois de tudo o que se passou com ele esta época. Mas, na minha opinião, não oferece condições para ser titular nesta equipa, muito menos num jogo decisivo;
- Rúben Ribeiro ainda não me convenceu que é jogador para o Sporting. Mesmo que venha a provar o contrário, neste momento, havendo lógica e sensatez (o que com Jorge Jesus talvez seja exigir muito), não devia integrar o onze inicial;
- Temos, por fim, Fredy Montero. Ainda lhe dou meio valor, pela sua entrega, apesar da caricata condição física. Não podemos esquecer que fez apenas meia dúzia de treinos desde que chegou, depois de estar parado desde o dia 3 de Novembro.
Felizmente, Jorge Jesus também reconheceu esta lacuna da equipa e fez para corrigir o seu erro, dando entrada a Battaglia e Acuña logo a seguir ao intervalo. Este último também não tem estado muito bem, mas com o seu espírito combativo, sempre contribui mais do que Bryan Ruiz.
No segundo período, o Sporting criou oportunidades suficientes para chegar ao empate e então vencer o jogo. Muito se fica a dever à ansiedade de alguns jogadores, com alguma infelicidade à mistura. Mas, sobretudo, notou-se a falta de Gelson Martins e, em grau inferior, até de Daniel Podence. O jogo exigia velocidade e criatividade, características natas destes dois jogadores. Acho que ficou bem vincado quão importante Gelson é para esta equipa.
Uma palavra final sobre Rui Costa, o árbitro da partida, com uma actuação no mínimo sofrível. Não comento vários lances em que me irritou com as suas decisões e até admito que não tenha visto a defesa com a mão de Podstawski aos 79 minutos, mas fica por explicar a flagrante omissão do cartão vermelho. Quem comete um erro tão grosseiro, não tem competência para trabalhar jogos a I Liga. Não deixa de ser justiça irónica que quem falhou um penálti pelo Vitória de Setúbal, foi precisamente o jogador que não devia estar em campo.
P.S.: A escolha de William Carvalho para marcar a quinta grande penalidade, dá validade ao velho ditado que diz que treinadores são bestas ou bestiais. Jorge Jesus safou-se desta !
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