Mais uma vez o Sporting não deslumbrou, longe disso em facto, mas trabalhou muito para conseguir mais uma importante vitória neste seu surpreendente campeonato. A bem dizer, nunca teve controlo absoluto do jogo mas também não nunca o concedeu a um Vitória de Guimarães que apenas exerceu maior pressão ofensiva e criou oportunidades de algum perigo durante um breve período na segunda parte.
Os primeiros 45 minutos foram muito repartidos, com o Sporting a conseguir mais profundidade ofensiva através de Mané, Heldon e Capel, mas a executar cruzamentos de fraca qualidade e a falhar frequentemente no último passe, tendência aliás que manteve durante toda a partida. Leonardo Jardim mexeu na equipa ao intervalo, fazendo entrar Fredy Montero para o lugar de Heldon e aos 48' surgiu o remate do pé direito de Marcos Rojo que tabelou num defesa e traiu o guarda-redes do Vitória. Tinha o destino, e o árbitro auxiliar com deficiências oculares, que um bom golo de Montero aos 59', que daria termo ao seu longo jejum, acabaria por ser mal anulado por fora de jogo não existente. Já perdi conta dos golos que já foram mal ajuizados em detrimento do Sporting.
Penso que foi um jogo de esforço colectivo em que nenhum jogador se evidenciou muito mais do que qualquer outro. A defesa sem reparos negativos de grande relevância; um meio campo muito lutador com Carlos Mané mais uma vez a demonstrar os seus dotes criativos; Capel e Heldon a conseguirem a desejada profundidade nas alas mas depois a evidenciarem muito pouca eficácia nos cruzamentos; e um Slimani muito trabalhador e a cobrir muito terreno, mas com dificuldade em executar lances com os pés, porventura até desperdiçando pelo menos uma oportunidade flagrante para golo. Viu um cartão amarelo por simulação aos 5', na minha opinião bem mostrado, e arriscou o segundo aos 51 minutos, com o que pareceu ser outra simulação, mas que, felizmente, o árbitro entendeu não sancionar. Aquilo que mais me afrontou, como já referi, foram os fracos cruzamentos e a frequência de últimos passes faltosos.
Continuamos no bom caminho, se não para o título que já estará fora do alcance, mas em excelente posição para garantir o 2.º lugar e o acesso directo à fase de grupos da Champions. Segundo consta, estiveram presentes em Alvalade 35,674 espectadores.
Comentário à parte em relação aos nomes de sócios nas camisolas dos jogadores. É uma ideia, como tantas outras, que agradará a uns e não a outros. A parte que mais me surpreendeu é os Regulamentos da Liga o permitirem e quero crer que os dirigentes do Sporting averiguaram essa disposição antes de assumir o acto. É possível que já tenha ocorrido no passado, mas não tenho memória disso.