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O presidente Frederico Varandas, à margem da Assembleia Geral da SAD realizada esta terça-feira, comentou os eventos de Famalicão do passado sábado:

"É conhecido que as forças de segurança se encontram em protesto, nomeadamente a PSP. O Sporting teve a infelicidade de ser o primeiro grande a entrar em campo nessa jornada. A PSP teve aquela atitude de protesto, agiu através de um fator surpresa, ninguém sabia e acabou por não haver condições para se realizar o jogo. A partir daí, e olhando para os jogos de FC Porto e Benfica, houve tempo para as entidades se precaverem, para que não se repetisse o que aconteceu connosco.

Não entramos de modo algum em cabalas da PSP, nem em certas teorias de conspiração mirabolantes contra o Sporting: primeiro, porque isso não é verdade e segundo porque isso nos desresponsabiliza, tira-nos lucidez e tira foco à nossa missão, que é vencer. Queríamos que tivesse acontecido? Não. Mas aconteceu. Aconteceu e até já definimos um objectivo: chegar à data desse jogo, com menos um jogo e em primeiro. Quando houver oportunidade de calendário, seja Março, Abril ou Maio, estaremos preparados para jogar e para ir buscar os três pontos.

Queríamos ter jogado, claro, o Famalicão queria ter jogado, a Liga queria que tivesse havido jogo, mas o próprio Subintendente [da PSP] disse que não havia condições, que não existiam efectivos suficientes, lamentavelmente para os nossos jogadores, mas também para os nossos adeptos, que têm enchido todos os campos onde vamos. Uma palavra também para eles, porque é frustrante".

Não vou debater esta suavizadora narrativa do presidente, com uma descrição dos eventos em Famalicão que eu considero deveras simplista, mas que eu compreendo perfeitamente atendendo à sua posição como líder de uma instituição como o Sporting Clube de Portugal.

A parte em que afirma que teorias de conspiração "nos desresponsabiliza" é algo ambíguo, mas fica a ideia que o intuito é não fazer ondas destabilizadoras ou alimentar polémicas.

O presidente, e Rúben Amorim antes, foram ambos muito inteligentes nas suas afirmações com o bem estar do Sporting em mente. Isto não anula, contudo, que os acontecimentos de Famalicão não obedecem a um planeamento sombrio para condicionar o sucesso da nossa equipa de futebol, nem que tivesse sido um mero caso de juntar o útil ao agradável.

Nós não sabemos o que ocorreu nos bastidores deste incidente, mas não podemos ignorar o histórico do futebol português em que o Sporting já foi alvo de diversas acções insólitas. A nossa memória não é assim tão curta e não somos totalmente ignorantes do que ocorre atrás das cortinas na caça aos muitos milhões ao alcance, porque, por escabroso que seja, há sempre quem não olha a meios para atingir fins.

De resto, também é esse o nosso desejo... voltar a Famalicão com um jogo a menos e em primeiro lugar e, então, conquistar os três pontos. Está para ver quando isso acontecerá.

publicado às 03:03

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37 comentários

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De Diogo Machado a 07.02.2024 às 13:09

Muito bem o presidente e o Ruben. O objectivo é chegar em primeiro quando jogarmos com o Famalicão.
Há que ter foco no essencial e não nos distrairmos com teorias e cabalas. O foco é que dependemos só de nós para estarmos em primeiro e queremos estar em primeiro mesmo com um jogo a menos.
Excelente resposta do Sporting ao que se passou.
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De Rui Gomes a 07.02.2024 às 13:50

Nas circunstâncias, não podiam seguir outro caminho. Foram inteligentes!
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De Diogo Machado a 07.02.2024 às 14:26

Podiam ter seguido outro caminho, que era o da conspiração e da vitimização. Mas contra atacaram muito bem e o conteúdo do discurso é positivo e com foco no essencial: vencer.
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De Leão do Norte a 07.02.2024 às 13:47

Tanta justificação e aplausos, por parte de todos os lados, às palavras de Frederico Varandas para quê? Acalma-lhes o espírito e alivia a consciência?

Foi uma reacção em modo institucional, complementada pela formação militar de Frederico Varandas que nunca lhe permitiria colocar em causa qualquer acção, ou comportamento, relativo a forças de segurança.
E o problema não foi o protesto da polícia. Foi o que dele se gerou, nomeadamente uma estranha sucessão de obstáculos à realização do jogo nesse fim de semana.

Falar em teorias da conspiração e ridículo.
Mas é questionável a inação que impediu encontrar uma solução para que o jogo se realizasse nesse fim de semana.
E para alguns que agradável foi o Sporting não ter disputado o jogo!
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De Rui Gomes a 07.02.2024 às 13:58

Amigo Leão do Norte,

Podemos recorrer a outras palavras que não "conspiração", mas na realidade vai tudo parar ao mesmo.

Houve uma acção global de má fé para o jogo não ser realizado, Ponto!

E se a polícia fez sentir a sua posição no sábado, nada salvo essa mesma polícia podia impedir de se realizar no domingo, e assim fez. Portanto, conspiração ou algo com outro nome, houve uma absulta determinação para o jogo não se realizar.

A real intenção?... Talvez seja esclarecida com o passar do tempo.
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De Rui Gomes a 07.02.2024 às 19:36

Perdão... "absoluta".
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De Naçao Valente a 07.02.2024 às 16:29

O presidente Frederico Varandas pensa pela sua cabeça e eu penso pela minha. Em relação aos acontecimentos que se verificaram em Leiria, o que ele disse de forma sintética, no primeiro parágrafo, corresponde "ipsis verbis", ao que tenho vindo a escrever. Há outra coisa que considero: o presidente Varandas, independentemente de ser militar ou não, não é hipócrita. E assim acredito que o que disse é genuíno. Disse-o como figura institucional que não se deve alimentar "cabalas", mas disse-o porque é a análise que faz e porque, racionalmente, com base nos dados que existem, não pode ser outra.

Um argumento que sido usado por quem defende uma conspiração, é o recurso a argumentação relacionada com acontecimentos do passado. Isso aplica-se, sobretudo, desde o início do consulado de Pinto da Costa, com a criação do "sistema". Em tempos mais recentes, houve situações ocasionais, que objectivamente prejudicaram o Sporting. Para não me alongar, lembro o penalty inventado na taça "Lucílio Batista" , no golo com a mão do Rony, ou até na greve dos árbitros aos jogos do Sporting. Tudo isto foi provocado pelo sector da arbitragem. Mesmo a acção descoberta no "apito dourado" está ligado a esse sector e a quem o controla.

Agora estamos perante um processo reivindicativo, ligado a um grupo profissional. Que interesse é que tem esse grupo em tirar o Sporting, à condição, do primeiro lugar? Partindo da ideia absurda de que foram comprados, quem os comprou? Comprar um árbitro é a mesma coisa que corromper 20 ou mais polícias? Perguntas que já fiz neste debate e que não vi respondidas.

Admito e respeito todas as opiniões, mas sinceramente não as entendo. Também nunca daria uma no cravo e outra na ferradura, insinuando que a posição do Presidente se justifica, mas não é sincera. Sim ou sopas. Concordo com o presidente Varandas, mas se não concordasse di-lo-ia sem qualquer reserva.



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De Rui Gomes a 07.02.2024 às 19:47

Amigo Nação Valente,

Só lhe digo isto, quer concorde ou não. Sinceridade, no futebol, é um valor estranho e aquilo que se deve/pode fazer ou dizer e o que se faz ou diz é invariavelmente distinto.

Eu sei que para alguém como o amigo Nação Valente isto não encaixa: ser excessivamente sincero é ser ingénuo. Uma verdade cruel!

Nunca fui jogador de grande nível, fui sim um reconhecido dirigente de clubes e até vice-presidente de uma liga profissional. O que ocorre atrás de portas fechadas, mais vezes do que não, contraria a visão das coisas do mero adepto.
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De José Sousa a 07.02.2024 às 18:05

Discurso institucional e politicamente correto. Não disse o que lhe vai na alma.
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De Rui Gomes a 07.02.2024 às 19:37

Em síntese, será isso!

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