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Não teve grande impacto na imprensa quando foi criado, mas o XXIII Capital tem vindo a tornar-se um dos mais influentes fundos de investimento no futebol, financiando milhões de euros de transferências como a de João Félix para Madrid ou a de Griezmann para Barcelona. O jornal inglês The Guardian investigou as origens desta mina.

Criado pelo australiano Stephen Duval e pelo britânico Jason Traub, XXIII Capital abriu recentemente um escritório em Barcelona, a somar aos que já tinha em Londres, Nova Iorque e Los Angeles.

E tudo terá começado com a ida de Bernardo Silva para o Mónaco. Tendo brilhado pelas reservas do SL Benfica na II Liga e sendo regularmente chamado às camadas jovens das selecções, Bernardo tinha esperança que Jorge Jesus o pusesse a jogar na equipa principal. Infelizmente para o jogador português, Jesus não o considerava preparado para a subida de escalão e terá sido dito ao jogador para ter “paciência”.

Foi uma situação complicada para todas as partes mas ainda mais para o empresário Jorge Mendes, representante tanto do jogador como de Jorge Jesus. Sentindo que um dos seus mais valiosos activos estava a ficar muito frustrado, o antigo DJ que se tornou empresário, conseguiu que Bernardo Silva fosse para o Mónaco por empréstimo em Agosto de 2014. O clube do principado tinha contratado vários jogadores da caderneta de Mendes, como James Rodríguez ou Radamel Falcão.

Poucos dias depois da confirmação da transferência de Bernardo Silva, o XXIII começou a transaccionar. A empresa foi então listada como sendo controlada pelo grupo Candlewood Investment, sediado em Nova Iorque mas registado no paraíso fiscal das Ilhas Caimão.

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E o que tem então o jogador português a ver com isto? A ida de Bernardo para o Mónaco foi tornada permanente em Janeiro de 2015, por pouco mais de 15 milhões de euros. No entanto, seria apenas um ano mais tarde que a história ficaria mais clara. Em Janeiro de 2016, o site Football Leaks publicou três documentos com detalhes das transacções entre o Benfica e o Mónaco.

Os primeiros dois diziam respeito ao acordo relativo ao empréstimo de Bernardo Silva e à sua mudança definitiva, enquanto o terceiro documento, datado de 10 de Julho de 2015, mostrava a ordem a autorizar o pagamento da comissão de transferência: 5,25 milhões de euros. O mais surpreendente, no entanto, era que de um lado estava o Mónaco e do outro, em vez do Benfica, estava o fundo XXIII Capital.

Outros documentos explicariam mais tarde que o XXIII Capital teria comprado crédito ao clube da Luz, um método usado em muitas outras transferências nessa altura, como por exemplo a do médio Giannelli Imbula do FC Porto para o Marselha, em 2015.

De acordo com o The Guardian, o SL Benfica descreveu a actuação como uma “operação financeira normal”, apesar de não haver qualquer menção do fundo XXIII Capital no relatório anual de contas em 2015. No documento, o lucro com a venda de Bernardo Silva é de 12,855 milhões de euros, o que significa que quase 3 milhões foram para outro lado.

Tendo em conta a falta evidente de documentação oficial, é difícil saber exactamente como esse dinheiro foi distribuído. É provável que pelo menos 10% do valor total tenha ido para a Gestifute. Segundo os registos, a empresa de Jorge Mendes recebeu perto de 4 milhões de euros do Benfica nesse ano, o que incluiu a ida de João Cancelo para o Valência por 15 milhões. A pergunta mantém-se: quanto foi pago ao fundo XXIII Capital pela aquisição do crédito, com uns potenciais 1,3 milhões de euros não contabilizados dos 15,75 milhões de euros no total emprestado em três parcelas – uma quantia que corresponde a 9%.

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Desde essa altura, o fundo parece imparável. Traub foi recentemente citado numa série de artigos da imprensa britânica, em que descreve como a actuação estratégica da empresa, baseada principalmente em “soluções financeiras inovadoras” tem ajudado a estabelecê-la como player global no mundo do futebol.

Todos os clubes sentem a mesma necessidade porque os seus activos intangíveis – os jogadores – sugam toda a sua liquidez,” explicou ao “Evening Standard”, em Agosto passado. “Se pensarmos nos princípios de uma transferência, temos o clube vendedor que quer o dinheiro logo ali e temos o clube comprador que, por um número de razões, quer pagar às pinguinhas. Intervimos muitas vezes para dizer: podemos resolver as questões de ambos, ajudando um a ter o dinheiro logo ali e o outro a pagar às pinguinhas, durante cinco anos. Tudo o que precisam é de negociar o custo do financiamento.”

O Barcelona, então impedido de conseguir fundos das instituições tradicionais, pediu um empréstimo de 85 milhões de euros ao XXIII Capital em Julho 2019 para poder comprar Griezmann ao Atlético. Nove dias antes, o Atlético pediu um empréstimo de 96 milhões de euros para contratar João Félix ao Benfica, jogador também representado por Jorge Mendes.

Tanto o Atlético como o Benfica já foram multados pela FIFA por quebrarem as regras que proíbem a propriedade de uma terceira parte. Mas quando questionado sobre se os fundos como o XXIII Capital estariam a permitir aos investidores evitar o escrutínio do órgão máximo do futebol a estes acordos, Traub disse ao "The Guardian”: “Nenhum dos acordos em que entramos nos dão a capacidade de influenciar a sua independência na utilização, transferência ou qualquer outra questão, nem nos dão o direito de receber compensação pela futura transferência de um jogador, os dois princípios-chave da propriedade de uma terceira parte definidos pela FIFA".

Vários clientes do agente Jorge Mendes mudaram de clube graças a empréstimos do XXIII Capital, a começar por Bernardo Silva, mas Traub diz: “A nossa relação comercial é exclusivamente com os clubes uma vez que ela existe para dar liquidez ao clube para ir ao encontro das suas necessidades”.

A relação entre o Benfica, clube com o qual Jorge Mendes tem laços apertados – e o XXIII Capital continua forte. Em Fevereiro de 2018, o clube da Luz assinou um acordo para a aquisição de crédito pelos seus direitos televisivos – 100 milhões de euros – “de forma a equilibrar as contas”, de acordo com Traub.

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Quanto às fontes do fundo, um dos principais investidores é a Quantum Partners LP, um fundo privado de investimento administrado por George Soros, apesar de Traub insistir que não tem “qualquer contacto directo” com o investidor.

O Twente, clube holandês que teve de ser socorrido pelo governo local em Abril de 2016 para que se mantivesse vivo, pediram um empréstimo de 8 milhões de euros ao XXIII Capital, o principal financiador da família Pozzo que detém o Watford, em Inglaterra.

Tendo presente que estamos a apenas semanas de abrir o mercado de Janeiro, anuncia-se uma nova época festiva para a empresa sediada em Londres.

Publicação de Tribuna Expresso, assente na reportagem do jornal The Guardian

publicado às 03:32

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54 comentários

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De Falcão a 23.11.2019 às 09:33

Tomara o Sporting ter fundos para poder entrar neste fundo.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 11:32

Tem a certeza que compreendeu a infprmação apresentada?
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De Rui Gomes a 24.11.2019 às 17:35

Perdão, lapso ortográfico... "informação".
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De LG a 23.11.2019 às 09:57

Rui, vai-me perdoar o copy paste e a extensão, mas este comentário, que vi noutro blog, diz tudo sobre a notícia:

"Estes fundos, também conhecidos por fundos abutres, emergiram num contexto em que os Bancos convencionais passaram a ser aliados do poder político, policial e judicial.

Dantes, quem pretendia lavar dinheiro, fazia-o à descarada e sem medo aos balcões dos Bancos.
Os Bancos esfregavam as mãos de contentamento, pois de um momento para o outro viam entrar nos cofres milhões e milhões de euros/dólares sem terem que pedir justificação da origem daqueles fundos.

A partir de uma directiva, creio que datada de 2008 (combate ao branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e evasão fiscal) todos estes movimentos de monumental lavagem de dinheiro, passaram a estar sob um escrutínio muito apertado.

Resultado : quem precisa de lavar elevadas somas de dinheiro, constitui fundos, cujos titulares estão protegidos pelo sigilo existente nas offshores (raramente se consegue saber quem são os "donos" desses fundos) e obtém retornos muito maiores do que aqueles que auferia através de depósitos/investimentos bancários.

Como entretanto a maioria dos Bancos passou a considerar o investimento no futebol como sendo de altíssimo risco e portanto, desaconselhável, estão lançados os alicerces para a pouca vergonha que prolifera no futebol.

Continua a haver rios de dinheiro para lavar, que tem fugido ao controlo dos Bancos e que tem sido canalizado para o futebol, que é um mundo à parte, sem controlo nem escrutínio e que garante a quem está no meio, total impunidade.

Resumindo e concluindo, os crimes de branqueamento de capitais, financiamento ao terrorismo e evasão fiscal, multiplicaram-se exponencialmente, pois passaram a ser praticados por debaixo da mesa e protegidos do escrutínio e da investigação policial/judicial.

Os nomes que nós conhecemos não passam de testas de ferro, uns fantoches que dão a cara, mas que são tão somente e apenas as pontas de um colossal iceberg.

Se alguém se der ao trabalho de pesquisar e averiguar que fundo é o XXIII Capital, não chega a conclusão nenhuma, pois o emaranhado de pistas (e falsas pistas) é de tal ordem, que ficamos ainda mais confundidos e baralhados.

A indústria do futebol (não o futebol enquanto modalidade desportiva) é um antro horroroso, criminoso, medonho, para o qual muitos de nós sem saber, alimenta e estimula.

As verbas hoje em dia de uma transferência de um futebolista, não são racionais nem têm qualquer lógica.

São baseadas em três crimes, muitas vezes impossíveis de identificar claramente : extorsão, exploração e especulação.
Há indícios, mas as provas são quase inexistentes.
A própria Justiça internacional, já está a validar e a considerar as provas indirectas, pois os nexos de causalidade, são quase sempre impossíveis de estabelecer.

Por isso, nenhuma surpresa relativamente ao teor desta publicação.
Mas é muito pertinente e pode ser que uns fiquem mais sensibilizados para a pouca vergonha que grassa na indústria do futebol."

Só acrescento um dado adicional: finalmente as entidades mundiais (em Portugal o GAFI) começam a acordar para o risco do branqueamento de capitais no futebol. Deveremos ter novidades brevemente
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De Indiana Julio a 23.11.2019 às 11:02

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De Antonio Vieira a 23.11.2019 às 14:20

Bonito esclarecimento como funciona os meandros do futebol A pratica do futebol é lindo de se ver, mas o que está por trás dele está podre...
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 15:17

E, lamentavelmente, não é estado recente. Pior ainda, não há causa para optimismo que vai melhorar.
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De João Carvalho a 24.11.2019 às 00:46

Temos aqui um conjunto de suposições e teorias da conspiração feito pelo caro LG, que não faz ideia do que escreveu, porque não têm qualquer contacto com a realidade.
Quem fez esse quadro nem o soube fazer. É examinar com atenção o que está lá. Não faz qualquer sentido.

Depois temos o facto de haver pessoas que, por não perceberem como funciona o sistema financeiro, pensam que é apenas constituído pelo sistema bancário.
Há outras instituições financeiras que funcionam de forma semelhante como o sistema bancário, mas que funcionam de forma totalmente legal.

Vários clubes portugueses e internacionais utilizaram este fundo e não me parece que tenham cometido algo de ilícito ou cometido algum crime.
Já em relação ao fundo Doyen, com quem o Sporting trabalhou e a quem tentou pregar um valente calote, parece que já não é bem assim.

Este assunto foi criado e trazido para a praça pública pela comunicação do Porto, como já é seu hábito, sempre que têm necessidade de desviar as atenções do estado calamitoso em que se encontram as suas finanças. Que estão mesmo calamitosas.
Também já é habitual que há sempre alguns sportinguistas sempre prontos a dar uma mãozinha aos aliados do norte.

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De Rui Gomes a 24.11.2019 às 03:15

Típica narrativa encarnada que pouco mais vale do que o espaço que ocupa.

Curioso como o The Guardian conduziu uma investigação e reportou os resultados apenas e tão só para danificar a imagem do Benfica!?!

"Vários clubes portugueses e internacionais utilizaram este fundo e não me parece que tenham cometido algo de ilícito ou cometido algum crime".

Agradeço que indique um único clube português, além do SLB, claro. Se não o fizer, passo a considerá-lo um grande mentiroso.
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De João Carvalho a 24.11.2019 às 12:58

O FCP com este fundo e com vários jogadores.
O Sporting com o Doyen, outro fundo.
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De Rui Gomes a 24.11.2019 às 17:27

Diga lá quais foram os jogadores do FC Porto com este fundo!

As contas do Sporting com a Doyen fazem parte do passado e não são chamadas para aqui.
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De IruñaRed a 25.11.2019 às 00:04

Fcp: Imbula e Ruben Neves (Agosto de 2017)... E os 5,25 não são "comissão", mas sim a primeira tranche de 3 q o Slb teria para cobrar e q totalizam o Preço de Venda (15,75)... e se ao lucro lhe sumarmos a comissão real (2Milhões) e os 9% dos custos da operação, tb dá o PV! De 3,4 BILIÕES apenas esses menos de 6% os preocupam... Também é curioso q dos anos 2015, 16, 17 e 18 não apareça nada.... Investigação muito profunda e rigorosa, não é! Saudações Benfiquistas
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 10:58

Como diria um ex-presidente do Sporting, talvez por ouvir dizer, "no futebol é muito fácil roubar e desviar dinheiro.."

Estes fundos sem fundo, aparentemente são uma boa fonte de financiamento dos clubes, mas dada a falta de escrutínio e de transparência também podem servir para fins ilícitos.

O Expresso, diligentemente, usa mais uma vez o nome do Benfica para embrulhar tudo num invólucro pestilento, para fazer crer que esse grande inimigo comum utiliza meios nebulosos para se financiar.
Justifica-se um alerta à CMVM (não confundir com os alertas da CMTV)

Já agora, posso nomear os fundos que trabalham ou trabalharam com o FCPorto e o Sporting?

Acho melhor não, aliás vou mandar um email ao Expresso para fazerem uma adenda a esta "noticia" requentada, e que toda a gente conhece há anos.

Podiam por exemplo falar do fundo Apollo, que desinteressadamente se propõe financiar o Sporting.

Pode acontecer é que uma qualquer comissão posterior, queira ouvir o CEO da Apollo, e este, tal como fez no caso da compra do Banif, se recuse a vir, e mande um representante, que alguém que escreve por aí talvez se atreva a chamar de testa-de-ferro.

Ou então posso falar dos fundos que trabalham com o FCPorto, ou até um Banco brasileiro sem balcões em Portugal, mas a lista seria tão extensa que me escuso a fazê-lo.

Se o Expresso me der o mesmo espaço para fazer este tipo de auto de fé, penso que haveria alguma equidade no tratamento da "noticia".
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 11:23

A sua intenção é evidente, mas escreve muito e diz quase nada de relevante!!!
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 11:30

Caro Rui Gomes,
Concordo em absoluto.
A sua frase poderia ser endereçada a este proto "jornalista".

Como vê, apenas repliquei o Expresso.
Uma não noticia, uma mão cheia de malícia e outra de polémica.

É o jornalixo que temos, meras folhas de propaganda e disseminação de "noticias" convenientemente "trabalhadas".
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 11:36

Mais uma vez nada diz, limita-se a adjectivar negativamente por envolver o "glorioso".

Duvido muito que o The Guardian tivesse essa preocupação em mente ao publicar o resultado da sua investigação.

Não há muito tempo,debatemos se o termo facciosismo lhe era aplicável. Eu até adiantei que considerava um exagero, mas agora fico a pensar.

E, desculpe, é escusado vir com mais do mesmo.
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 11:46

Caro Rui Gomes,
Não sou pessoa de me melindrar com os juízos que possam fazer de mim, nada do que escrevo tem a intenção de ofender os autores do blogue, nem os outros comentadores.

Não escondo o meu pensamento, a não ser que possam passar os limites da boa "convivência".

Eu não discuto a bondade da "noticia", mas tenho conhecimento suficiente para fazer a minha interpretação dos objectivos dessa pseuda peça jornalística.

I rest my case
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 11:55

A causa da sua adjectivação negativa é por de mais evidente!!!

Mas uma vez que é tão crítico, talvez que nos possa elucidar, em detalhe, como realmente funciona o fundo XXIII Capital, especialmente no que diz respeito aos negócios levados a cabo pelo SLB.
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 12:36


Caro Rui Gomes,
Como sabe, este e outros fundos são constituídos por capitais genericamente considerados de origem indefinida.

Podem ser de origem legal ou meros instrumentos de lavagem de dinheiro.

Pelo que sei, nenhum clube menciona detalhadamente e com minúcia este tipo de operações nos R&C, talvez pela elevada perda de valor que lhe estão associadas.

Não pretendo passar a ideia de que o Benfica é, neste tipo de negócios, um clube transparente, mas a verdade é que nenhum clube o é, de nenhum país, nem de nenhuma actividade desportiva.

O Benfica já teve um fundo próprio, mas a mudança das regras de partilha de passes levou à sua extinção, e tendo a banca tradicional "fechado" as portas ao futebol, os clubes procuram fontes alternativas para se financiarem.

Os fundos são um desses instrumentos, a parte moral é uma interpretação, até ao dia em que alguma entidade destas, ou algum clube seja condenado por práticas criminosas ou ilegais.

A nebulosa que atinge os negócios milionários é uma questão lateral, e é uma constatação evidente que a falta de controle e escrutínio pode levar a más práticas, algumas de índole criminosa.

Mas isto não é algo que tenha especificamente a ver com estes fundos, as financeiras tradicionais também são ou foram afectadas pela rédea solta e pela corrupção, como é caso flagrante a debacle da Lehman Brothers, da AIG e outras apoiadas pelo Estado Americano, como a Fannie Mae.

O meu enfoque cingiu-se apenas ao tratamento sectário dado a esta noticia pelo Expresso.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 12:45

Outra vez o mesmo?... A investigação foi conduzida pelo The Guardian, não pelo Expresso, que é apenas o tradutor português.
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 12:47

Bem, hoje não consigo explicar-me, peço desculpa, não sei fazer melhor.

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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 13:13

Por outras palavras, não tem aegumentos para refutar a reportagem do The Guardian.

Eu até desconheço a exactidão das conclusões de investigação conduzida pelo jornal inglês, mas parece-me que a ser refutada o deve ser com factos concretos e não com discurso clubístico.

Ainda, é por de mais óbvio que o SLB não é um alvo exclusivo, apenas um de vários elementos ligados ao fundo através das contratações referidas.
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 13:41

Está mesmo dificil, este parto

Eu não tenho argumentos para refutar o artigo, simplesmente porque não tenho como o fazer, e na generalidade o artigo é factual.

Já expliquei, ou melhor, já tentei explicar de várias formas que o meu ponto não era esse.

Já reli o que escrevi, e da minha parte não tenho nada a acrescentar.

Isto parece um empate arrancado a ferros aos 97 minutos
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De altaia a 23.11.2019 às 15:45

Já agora que tanto percebe desse assunto, pode nos explicar como funciona o fundo Apoolo, é só para eu entender...
Obrigado.
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De Anónimo a 23.11.2019 às 12:19

Calculo que andem por aí alguns “Rui Pinto” que deveriam ser recrutados e bem pagos para investigar está criminalidade crescente. Ou então “condenar” o próprio Rui Pinto a uns anos de prisão domiciliária nas instalações da PJ, em instalações equipadas com a mais moderna tecnologia para desvendar toda a podridão que grassa no futebol.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 12:25

Se não se identificar, não voltará a ser publicado.
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De Hugo Boss a 23.11.2019 às 12:38

qual jornalista??? A noticia não é assinada!? Deve ter sido a "fonte" que escreveu!
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 12:45

Então, se a noticia não é assinada, posso concluir que quem a escreveu não foi um jornalista.

Assim compreendo, talvez tenha sido a senhora da limpeza que ia a passar, viu um espaço em branco para preencher, e "toma lá disto"
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 13:14

Quando não se tem aegumentos, escreve-se coisas destas...
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 13:52

Caro Rui Gomes,
Então vou-lhe dar um argumento diferente, focado no meu ponto, que é o sectarismo da noticia.

Pode explicar-me, já que a questão é de interesse publico, porque é que este artigo não menciona as transferências de Inbula e Ruben Neves, do FCPorto, feitas com recurso a este mesmo fundo XXIIICapital ?

Eu dou-lhe a minha resposta, é porque para o Expresso, e a maioria da CS, existe um manto sobre tudo que seja informação que possa tocar ao de leve na infabilidade papal.
Não vá um macaco qualquer fazer plantão em frente ao colégio dos filhos...

Já conheço esta gente e os seus estratagemas há décadas.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 14:46

Estamos a perder tempo e energia com esta futilidade de argumentos.

O que está em questão são negócios em que este fundo participou. Vai buscar outros casos que não são relacionados.
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De Rui Gomes a 24.11.2019 às 17:29

Perdeu uma boa oportunidade para não escrever este disparate, com ou sem humor!
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 12:47

Faltava o caro com mais uma das suas usuais bocas avulsas. Visite o link do The Guardian e verá que é o jornalista, até com foto.
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De Hugo Boss a 23.11.2019 às 12:54

Refiro-me ao Expresso...
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 13:07

A Expresso Tribuna limitou-se a traduzir a reportagem do The Guardian.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 11:29

P.S.: A informação apresentada origina com o The Guardian e não com a Expresso Tribuna.

"O Expresso, diligentemente, usa mais uma vez o nome do Benfica para embrulhar tudo num invólucro pestilento, para fazer crer que esse grande inimigo comum utiliza meios nebulosos para se financiar".

Conclusão ridícula!!!
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De ChakraIndigo a 23.11.2019 às 11:36

"Publicação de Tribuna Expresso, assente na reportagem do jornal The Guardian"

Assente- Ter como base ou fundamento, baseado em...

No entanto, se for um adjectivo, pode ser "combinado".

Ridículos, são alguns dos actuais jornalistas do outrora prestigiado Expresso.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 11:39

Eu dei o link da reportagem do The Guardian, que eu li cuidadosamente antes de publicar o post.

Recomendo que o caro faça o mesmo, caso compreenda inglês.
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De Ribss a 23.11.2019 às 11:38

É sempre a inchar... que prazer ver a sua dor de cotovelo!!!
Este blog só é mesmo bom para isso, ve-lo a inchaaaaar... deve ser mesmo triste ser sapo
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 11:40

Triste é a sua ignorância!!!
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De Leão da Guia a 23.11.2019 às 13:08

E enquanto se vai expandido e intensificando a trafulhice criminosa do mundo sórdido do futebol industrial, o seu corajoso denunciador, Rui Pinto, continua preso, silenciado e isolado em Portugal, porque esta nossa arcaica e paradoxal justiça persiste em privilegiar o sacrifício do denunciante à investigação convicente dos crimes mafiosos por ele desvendados - facto que, obviamente, motiva largas suspeitas de iparticulares nteresses escondidos.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 13:18

Não obstante a possível criminalidade de Rui Pinto, isso parace-me óbvio. Há interesses que exigem ser defendidos por todos os meios.
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De Paulinha a 23.11.2019 às 15:29

Concluindo, como o Sporting está falido, o Benfica tem que estar falido também.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 16:10

"Paulinha"... ? Mudou de nome?

Perdeu uma boa oportunidade...
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De IruñaRed a 25.11.2019 às 00:22

Denunciante pode ser qqer "queixinhas", os q a lei protege (e aínda bem q o faz) e lhes reconhece legitimidade para são os q o fazem desde dentro das próprias instituições (Snowden, Falciani, etc...) Rui pinto não é um "AssopraApitos" é um Hacker sem qqer respeito pelas leis da privacidade e protecção de dados, q todos nós gostamos e agradecemos... a não ser qdo aparecem as palavras Slb!!!
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De António Tavares a 23.11.2019 às 16:09

Sendo ele XXIII Capital ou outro qualquer, todos os clubes do Mundo Ocidental (onde se incluí Benfica, Porto e Sporting) têm como mecanismo de financiamento os fundos. Cabe ao Estado controlar os negócios financeiros. Benfica ou outro qualquer precisa de dinheiro vivo, se houver instituição financeira credenciada e com capacidade para em negócios entre as partes possa financiar o Benfica não estou a ver o crime.

No texto vi referência aos percentuais pago pelo Benfica aos Agentes. Querem passar a ideia que só o Benfica paga tais valores. O que é manifestamente uma mentira. Todos os negócios de futebolistas os agentes recebem.

E para o Benfica é muito bom que o negócio de venda de jogadores seja feito pela intermediação do melhor agente do Mundo, o Mendes.

Eu pessoalmente sou da posição de que não se devia pagar tanto assim aos agentes. Mas, esta é opinião de um cidadão, sem nenhum peso neste assunto de milhões. Não tendo força para mais, só espero que o Benfica ganhe mais dinheiro que os rivais. Por que Dinheiro é Poder.
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De Rui Gomes a 23.11.2019 às 16:14

Não é segredo algum que todos os clubes pagam comissões aos agentes. Não é a isso, especificamente, que a reportagem do The Guardian se refere.

A explicação recai sobre a posição fulcral deste fundo em relação a certos negócios de certos clubes com certo agente nosso conhecido.

Se o SLB não quisesse ser mencionado, não devia ter participado.
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De António Tavares a 24.11.2019 às 12:47

Nem o Benfica e nem nenhuma empresa são obrigados a declarar todo o processo e trâmite dos seus negócios. Não sendo obrigado, todas empresas escondem os nuances das suas atividades.

O Benfica, assim com o Sporting e o Porto foram buscar dinheiro vivo a quem tinha, para cumprir com a sua política financeira interna. Não consigo ver nada de extraordinário nisto. E os Fundos, não estão a cumprir quem deve ser punido não é o Benfica, mas sim quem tem a função de regular o sistema.
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De Rui Gomes a 24.11.2019 às 17:32

Mas eu não vi nesta reportagem qualquer acusação específica contra o Benfica.

Nada, pelo menos, para justificar os "advogados de defesa" que apareceram aqui prontamente a proteger a "dama"!
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De Anónimo a 23.11.2019 às 17:04

Os clubes sempre se financiaram em outras entidades, dantes eram os bancos, como estes deixaram de emprestar devido aos prejuízos que isso originou (ex. Sporting+BES), agora financiam-se em fundos de capital privado
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De José Coelho a 23.11.2019 às 17:05

José Dantas Corlho
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De Rui Gomes a 24.11.2019 às 17:34

Nós sabemos isso, mas o que me parece que está em questão são os processos e as divulgações de transacções, sendo estas pouco ou nada transparentes.
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De Jose Coelho a 24.11.2019 às 17:47

Mas porque é que no futebol os negócios devem os detalhes setwm conhecidos por todos? Não vejo isso noutros ramos de atividade.
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De Rui Gomes a 24.11.2019 às 19:24

Porque desporto, é uma indústria distinta e precisamente por isso existem regras especiais, entre elas as do fair-play financeiro. E, mesmo assim, ainda há muito que deixa a desejar e que a FIFA e a UEFA ainda não solucionaram.

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